Toque

Foto de Civana

Jogo Insano

Ah, esse jogo insano,
peças se arrastam delicadamente,
ao toque das mãos,
deslizam, pulam, encaixam
e comem deliciosamente...
Não importa quem venceu,
olhares cruzados, beijos roubados,
corpos abraçados, desejos saciados.
Nessa luta não há vencedores,
somente vencidos,
pelo cansaço, pelo amor,
enternecidos.

(Civana)
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Poema inspirado no jogo maravilhoso do nosso amigo-poeta Dirceu Marcelino. Amei sua "Princesa do Jogo de Xadrez", parabéns amigo!

Foto de Dirceu Marcelino

RESPINGOS DE PAIXÕES XVII - CARRILHÕES DE BEIJOS - Cap III

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* PRINCESA DO JOGO DE XADREZ
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"Ah, esse jogo insano,
peças se arrastam delicadamente,
ao toque das mãos,
deslizam, pulam, encaixam
e comem deliciosamente...
Não importa quem venceu,
olhares cruzados, beijos roubados,
corpos abraçados, desejos saciados.
Nessa luta não há vencedores,
somente vencidos,
pelo cansaço, pelo amor,
enternecidos." (Civana)

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PRINCESA DO XADREZ

Acordei em tua cama
Coberto pela colcha de cetim
Que colocaste sobre mim
Enquanto cochilava.

Levantei-me:
Fiz as necessidades primárias
E fui para a área.

De tua bela casa,
Onde em uma mesa branca
Estavam as peças enfileiradas
Do nosso jogo preferido.

O xadrez.

Sentei-me a mesa,
Peguei o jornal e nem sei se o li
Pois, estava pensando
Na nossa última
Jogada.

Enquanto sonhava
Nem percebi tua chegada
Só senti o teu perfume
E o calor que me transmites.

Sentas-te à minha frente
E mudas, calmamente,
A primeira peça branca,
O peão da ala do Rei Branco,
E, automaticamente, mudo a preta,
Da ala correspondente.
Imediatamente, muda outra branca,
Eu, outro peão preto.
Mas, na próxima
Atacas-me com o cavalo.
Tive que prestar mais atenção,
Senão capturarias o meu bispo,
Pois, os teus cavalos são de raça,
Verdadeiros puros sangues,
Corcéis Negros, do haras,
De Carmem Cecília.

Ah! Como gosto de brincar com isso!
Foi assim a minha primeira “cantada”,
Disse-te para me atacar com a Rainha,
Pois, é essa que gosto de comer
E me advertiste, por usar
Termo tão chulo.

Eu, também, acho,
E, em então não falo mais,
Mais cada vez que eu te ataco
Não sei por que é isso que eu falo,
E tu, nunca mais o rejeitaste,
Como vou falar agora,
Como fiz ontem
Ao vê-la nesse vestido
Vermelho reluzente,
Marcante e sedutor,
Mostrando as tuas curvas
Os teus vales e teus montes,
Desde as falésias até o de Venus,
Os dois colossos e teus dotes.

E num racho cativante
Uma das colunas de alabastro
A mesma em que me encaixo
E ajeito-me o meu inchaço
E te abraço e te amasso,
E te levo e me segues
Suavemente.
Estou pensando, mas,
Isto foi ontem.

O teu colo
É um verdadeiro
Protocolo.

Suave,
Bronzeado,
Não se sabe pelo sol,
Ou pelo dom que lhe foi dado
No dia em que nasceste
E teve todo o corpo
Modulado...
Sarado.

Do jardim
Que nos rodeia
Exala-se um perfume sem igual,
Talvez, provocado pelo sol,
Em uma mágica da natureza
Que faz abrir as flores
E cantar o rouxinol.

Vejo inúmeras flores,
Mas sempre destaco as rosas,
Levanto-me, no exato momento
Em que me atacas com a Rainha
E apanho a mais bela rosa
Uma exuberante vermelha,
Mas vejo que teu vestido
E fechado por detrás
Com cinco botões
Em formato
De rosinhas,
Cor de rosas.

Então, me aproximo,
E te pergunto num sussurro:
“_Queres que te coma novamente?”
Pois, nessa posição, será fácil a captura,
E, não terás mais saída, pois, essa jogada é muito dura,
Ou te como a Rainha, ou capturo o teu Rei,
Como sou o Rei Negro, vou dar-lhe essa
Chance, mas tens de mudá-lo primeiro.

E foi o que fizeste,
E então se levantaste,
Demonstrando preocupação,
Como se a noite toda comigo não estiveste,
Ficou à minha frente, em pé,
Tremula e excitante,
E, então,

Carinhosamente,

Afaguei-lhe o pescoço,
Encostei-me suavemente
E dedilhei o primeiro botão,
Enquanto, levemente,
Fui acompanhando
Os teus passos,
E te beijando
Ternamente,
Abrindo o
Segundo,
E mordiscando teu pescoço,
No terceiro,
Já estávamos dentro da sala,
E toda sua costa exposta,
Não precisaria nem
Abrir os demais,
Pois, já deixastes cair
Teu lindo vestido vermelho
Até a cintura.

Então te beijo mais sensualmente,
Alisando com meus lábios,
Aquela pele reluzente e macia
Com gosto de quero mais.
Aquela rosa de pétalas felpudas,
Vermelha e sensual
Ainda está em teus cabelos
E por isso imagino em abrir os outros dois botões,
Nos dentes e te levo para o quarto,
Pois, com certeza, com eles abertos,
Vai desabrochar a rosa mais formosa
E é essa, justamente, a que quero.

Foto de Joaninhavoa

BUQUÊ DE QUÊ

É um buquê eu sei que é
Resta saber do que é que é!...

Eu tinha rosas, rosas encantadas
Nasciam no dia dos namorados
Brilhavam de noite pela lua ao luar
Gritavam de fome por ter de passar

Regava-as! Com águas!...
Mas elas queriam mais muito mais
Queriam-se fundir em amores de Oxóssis
Em sóis de osois! ricas moléculas plenas

Vidas! eram minhas rosas encantadas
Todas vermelhas aveludadas, safiras
Macias no toque com`a mão, enamoradas
Todas sensíveis sensuais, delicadas

Umas vezes emaculadas outras bem
fadadas outras encabuladas até à raiz
E ao Sol Pôr! Estas ninguém
ousara tocar por sorte ou por triz!

Eu juntava-as maravilhada, enusitada
Cremava-as ao sentir esvaírem o néctar
Pó! a seiva toda a vida em si per si, acostumada
E mais que cheirando snifava perfumes pairando no ar!

Eram rosas encantadas, metamorfoseando
Eram vidas vivenciadas, refazendo
Suas vidas! Radical a todo o instante
Eu só sei que era um buquê
Ainda hoje não sei de quê!...

JoaninhaVoa, in “Valquírias, meus amores”
(2008/03/02)

Foto de Henrique Fernandes

TRINTA DE FEVEREIRO

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Espero um toque que me encha de vida
E me dê leveza á mente
Uma carícia dada com natureza
Ampliando o que me tem faltado
Nos talvez de um salto em falso
Desculpado em cedos de mais
Porque o para sempre não é hoje
Prisioneiro de um trinta de Fevereiro
Receita inventada para enfartar
A loucura sã das minhas palavras
Estendendo textos em volta do ego
Uma utopia com nódoas de ilusão
Acontecer é uma insónia de desejos
Perseguido por sonhos acordado
Seguindo pegadas sem marca
Na periferia da realidade

Foto de Henrique Fernandes

SEXUALMENTE

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És fogueira que dá azo ao soar da minha pele
Arejas-me de emoções tórridas e intensas
Ao receber no rosto o vento do teu vestido
Quando rodopias viva numa dança sensual
Que me seduz o olhar e me faz desmaiar
Numa fantasia provocante que me atrai
A dançar contigo pelas orbitas do universo
Abrindo fendas de uma fornalha ardente
Que ruge sob os nossos corpos embrulhados
Em labaredas de pecado com luz de explosão
Deixando nossos corpos a deslizar eufóricos
Numa avalanche violenta de prazer louco
Uma loucura esvaziada numa troca de toques
Incandescentes pelos lençóis que roçamos
Deixando um rasto perfumado de sexo
Que faz perdurar esta vontade constante
De querer estarmos dissolvidos em nós
Depois de um toque e um olhar sugestivo
Mais um olhar de sim mutuo e mais um toque
E a nossa dança continua flutuando ardente
Pelos poros da nossa pele corada de entrega
E o nosso respirar ofegante hipnotiza a noite

Foto de Mentiroso Compulsivo

VEM AMOR!

Vem amor! Amor vem! Grita a minh’alma
Muito baixinho, p’ra ninguém ouvir.
Há o desejo, bem vês, bem o podes sentir,
Da vontade de te ter que não se acalma.

Espero-te aqui e agora sem demora
Com gestos deleitosos e de grande tesão.
Leva-me ao êxtase o meu corpo em aflição
Beija-me… desflora-me a toda a hora.

Deita-te comigo na cama desta aventura,
Rodopia-me com os teus toque de ternura
Afaga o som dos gemidos deste momento

Leva-me aos infernos e a todos os céus!
Arde-me… ama-me… despe todos os véus…
Deixa p'ra lá o pudor deste querer sedento.

© Jorge Oliveira 28.FEV.08

Foto de Henrique Fernandes

QUERO REPETIR O NOSSO ENCONTRO

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Suspirei fascínio ao tocar teus olhos
Com o meu olhar expectante e atento
Descobrindo-te como nunca te imaginei
E fui catapultado para a tua beleza interior
Exposto nos maravilhosos traços do teu rosto
Que se exibe singelo numa maravilha viva
Que desenvolveu em mim a relevância
Por onde se passeia o teu fantástico olhar
Ao tocar-te a face com um beijo simples
Senti nos meus lábios seres verdadeira
Jamais esquecerei o teu primeiro olá
Confirmando a flor que brota do teu ser
Cobrindo-me de deliciosas sensações
Que acolho no peito com paixão pura
Senti ao de leve um toque na minha mão
Do teu dedo num sem querer breve
Mas que naquele momento eu senti
O suficiente para te sentir no pensamento
Fundindo a respeito os sentimentos
Misturando amizade e paixão no meu sorrir
Que ao ver teu sorriso aumentou o meu desejo
De conhecer-te um pouco mais
E reconhecer a quão bela és em mim
Nos sonhos que me fazem acordar tímido
Em desabafos soltos de alegria
Sobre o nosso encontro naquela noite
E reparei nos teus passos a meu lado
Respirei a minha vaidade
Na companhia da tua elegância
Quero repetir o nosso encontro

Foto de wellingtondias

Assim me declaro a ti, meu amor

As saudades que sinto quando estás longe de mim apenas são suportadas pela ansiedade do teu regresso, cada toque teu é como um toque de seda na minha alma, cada vez que me olhas é como se conseguisses ler a minha alma e como ela anseia por ti!

Queria que o mundo parasse quando estamos juntos para nunca ter de te dizer adeus, que esses momentos fossem eternos como o que sinto por ti, pois nada é comparavel ao que sentimos um pelo outro e como nos completamos ate nos mais pequenos pormenores.

Adoro quando me dás a mão, pois elas encaixam como duas peças de um puzzle que foram feitas para estarem sempre juntas, quando me abraças pois sinto-me protegido de tudo e sei que nesse breve momento somos apenas um!!

Amo aqueles momentos quando olhas para mim como se nada neste mundo fosse mais belo do que eu, de como me fazes sentir a pessoa mais bela do mundo só com esse olhar!

Não te quero perder, pois não quero perder uma parte de mim, perder-te seria como perder um membro do corpo porque já fazes parte de mim.

Quero-te sempre ao meu lado, quero sentir-me completo para o resto da vida e nunca mais ter de te dizer adeus, apenas até logo. Quero dizer que te amo todas as vezes que me apetecer e essas vezes nunca vão ser suficientes para descrever o que sinto por ti.

Amo-te por tudo o que és e o que me fazes sentir, adoro-te pela maneira como me olhas e como me chamas à razão quando é preciso, aprecio-te pelos mais breves momentos que passamos juntos e que me fazes sentir único.

Que nada nem ninguém neste mundo separe o que é inseparável, pois nunca mais nesta vida me quero sentir incompleto!

Foto de Henrique Fernandes

BEM-VINDA Á MINHA CAMA

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Aconchego-me e aqueço a alma
Na temperatura agradável do teu corpo
Ao entrares na minha cama com convites
Que sugerem a minha entrega ao fim do mundo
Porque tudo lá fora deixa de existir
Na minha cama aquecida pela nossa volúpia
E os lençóis deixam de ser lençóis para serem nuvens
De paixão onde sonhamos ajustados
Ao prazer que se transforma num corpo de amor
De dois corpos largados pelas suas almas
Que de estrela em estrela ao som de um violino
Dançam pela galáxia numa bússola romântica
E nossos corpos ali fundidos em matéria física
Homenageiam os sentidos de quem ama
Olhando a sensualidade com o charme de ambos
Que nos enche os olhos com fogo de artificio
De fantasias expostas no tecto do meu quarto
Ouvindo a delicadeza do som ao beijarmo-nos
Que no bom nosso silêncio soa como sinos
Batendo as horas que confirmam a nossa união
Sentindo o tacto ao pormenor do nosso toque
Honrando cada curva dos nossos corpos adormecidos
Na primavera hilariante dos sentimentos fieis
Que partilhamos nesta entrega sem pudores
Saboreando o néctar da vida nas nossas salivas
Contempladas em nossas línguas desejosas
De mais e mais querer saborear gulosamente
Mortalmente pecando a gula do nosso amor
E satisfeitos respiramos o sopro dos suspiros
Soltos na minha cama onde és bem-vinda meu amor

Foto de NiKKo

Foi um sonho

Esta noite sonhei que você estava ao meu lado como antes
e por momentos senti meu corpo ser aquecido pelo teu.
Senti minha alma ser despertada do casulo da tristeza
recuperando por instantes a alegria que há muito se perdeu.

Naqueles instantes que em minha fantasia eu lhe tinha
senti meus lábios roçam os seus com desejo.
Minha pele se arrepiou ante ao seu toque suave
denunciando a saudade presa, mas revelada em um beijo.

Com suas mãos envoltas em meu corpo eu dancei
ao som de uma musica nunca antes, por mim ouvida.
abraçada a você volitei e fui no mais alto do infinito
de onde eu via, em flash resumo de toda a minha vida.

Sentindo o calor de teu corpo no meu como outrora
sem medo admiti que ele ainda sente falta do teu.
E me entreguei como antes eu fazia, sem traumas
querendo para sempre ficar nos braços de Morfeu.

E sentindo minha alma agora repleta de alegria
em versos e poesias, meu amor mais uma vez lhe declarei.
Fiz do meu coração um jardim regado com lagrimas de esperança
onde rosas vermelhas, açucenas e jasmim eu plantei.

E deste sonho que me devolveu a alegria de viver, eu acordei
sentindo em meu rosto um toque como beijo doce de paixão,
que por instantes fizeram a minha realidade ser diferente
pois senti que dava adeus a tristeza e a solidão.

Mas era apenas vento da madrugada que soprava
trazendo ate a minha cama, seu perfume através do ar.
Fazendo com que o som do mar que se quebrava nas pedras
parecesse seu nome em meu ouvido, lentamente pronunciar.

E após ter de fato acordado desse sonho maravilhoso
aproximei–me da janela, e vi que a noite estava toda iluminada.
Olhei ao meu redor e deparei-me só com minha solidão,
e percebi que muito amei, mas não fui amada.

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