Não dá mais para esconder
O que está para ser descoberto
Através das nossas cobertas
Do cheiro intenso do amor
Não dá mais para aguentar
Este sentimento louco
Que teima em permanecer
Colado aos nossos corpos.
Que inebria nossa cama molhada
Magia de dois seres em turbilhão
Dois risos ternos e tortuosos
Vestidos só por palavras doces
Sussurras-me ao ouvido
Versos de intensa paixão
Sinto o frio a percorrer-me
E uma louca paixão a dominar-me.
Testemunham olhares apaixonados
Eletrizados e hipnotizados
Estão entregues ao ato sagrado
Nossas células despertas
Desmancham-se em atos profanos
Muito para além das fantasias
E das ilusões, que mascaram nossos sentidos.
Verdadeiras labaredas em chamas
Como lareiras atiçadas ao vento
Respingam centelhas de fogo ardente
Sem melodramas delirantes
Numa cama feita de magia,
Desfazem-se em mil formas de amor
Distribuem seu calor
Em atos de puro êxtase.
Vibram, contorcem, rebolam
Navegam seus corpos ungidos
Remexem, estremecem, se aquecem
É puro suor que escorre enlouquecido.
Em estado de pura sofreguidão,
Envolvem-se um no outro
Alimentando-se do real prazer
De carnais delícias fantásticas.
Colados, refeitos, desfeitos, satisfeitos
Na liturgia maravilhosa do querer
Estão agora repousados, extasiados, completos
Repletos no ardor, do torpor, do ato proibido
Aconchegam agora, perdidos...
Depois de tanta intensa sedução
Sentem-se simplesmente apaixonados
Por esse envolvimento que os prendem
Vestidos do mais sublime amor bandido
Das fantasias de suas orgias mais vadias
Dos sonhos mais cândidos, belos e floridos
Adormecem e se aquietam exaustos
Foi apenas mais uma noite de amor
Em que nossos sentimentos,
Viveram as emoções envolventes
E ficaram a vaguear por momentos únicos.
No frenesi sinfônico de almas platônicas.
Dueto: Deusaii & Hilde
Catarina Paula Camacho e Hildebrando Menezes