O pranto teima em rolar...
Mas vejo a rosa se abrir, sorrindo,
Pedindo-me pra não chorar,
Então deixo a tristeza passar
E devagarinho ela vai se indo...
Não quero ver o amanhecer...
Mas a luz do sol magnetiza meu olhar
Que se perde na beleza que reluz
Que se ilumina com o novo alvorecer
Um novo dia que me faz renascer.
Recuso-me a admirar as estrelas...
Mas impossível evitar, deixar de vê-las,
A bailar na imensidão...Etérea coreografia,
Luzes que se confundem, celestiais sinfonias,
A me enviarem amor por telepatia.
Fecho os olhos e ando por aí...
Sinto meus pés acariciados pela grama,
E um caminho salpicado de flores
Faz meus olhos se abrirem
Diante de um festival de cores!
Ainda assim tento resistir...
E me fecho como concha solitária,
Por uma fresta, olho o céu e um clarão
Reflete o azul de seu olhar, em meu olhar...
De súbito, abraço a esperança e volto a sonhar.