Sonhos

Foto de Dennel

Suicídio do amor

Você me questiona a respeito das minhas afirmações, quando a culpo por meu sofrimento e desilusão. Você surgiu na minha vida quando meu coração estava tranqüilo e descompromissado. Na ocasião nada queria, a não ser a companhia dos meus amigos e aconchego da minha família, paixões não estavam nos meus planos.

Vindo não sei de onde surgiu você, linda, faceira e sapeca. Quem me chamou a atenção para sua beleza e encanto foi meu amigo (que hoje sei, não tão amigo), me incentivando a corresponder à sua paquera, detalhando o seu interesse por mim. Antes tivesse me tornado cego, surdo e mudo às suas ponderações.

Pouco a pouco, nos conhecemos e nos envolvemos; meus dias adquiriram uma nova dimensão, coloridos, surpreendentes e felizes com sua presença. À medida que os dias avançavam nossa felicidade aumentava, decorrente do amor que acreditávamos sentir.

Víamos nosso futuro construído a partir de uma base familiar, eu com minhas ocupações externas. À noite, quando voltasse, seria recebido pelo cão festeiro, alegre pelo regresso do seu dono; era recebido por você com um longo e ardoroso beijo, no tapete da sala, nosso pequenino encantado.

Quanta desilusão! Não sabendo como ou porque, os sonhos foram abruptamente interrompidos, os planos desfeitos. Busco incessantemente as razões do seu afastamento, inquiro meu coração, procuro onde poderia tê-la magoado, sem contudo, lograr êxito. Você não atende a meus telefonemas, não retorna aos meus e-mails; até sua família aumenta a minha dor e desilusão, ao mentir que você saiu.

Ontem te encontrei; até chorei de emoção, bateu forte o coração, as mãos suavam, e a palavra emperrou na garganta, permitindo-me apenas um “oi” que nem sequer foi respondido. Sua indiferença fez ruírem todas as minhas esperanças, meu olhar embaçado viu quando você cruzou a esquina, desaparecendo para sempre.

A amargura que sinto leva-me a escrever estas linhas, por favor, não repare na letra tremida; pois se escrevo não é para despedir-me, mas como o penúltimo ato anunciado de uma partida, partida da qual você é a causadora, ao me vender o último bilhete para embarque, fruto da sua insensibilidade.

Não lhe darei o direito de defesa, pois tem todas as culpas, inúmeras vezes me enfeitiçou com seu olhar, outras, prendeu-me com um sorriso magnetizado, do qual não conseguia livrar-me.

Creio que sequer uma lágrima será vertida, porém, quando me vires rodeado de flores, notarás um discreto sorriso no canto de meus lábios, sorriso irônico, de acusação, como a gritar para a sua consciência as palavras de acusação que em vida meu coração não permitiram. Olharás em volta e sentirás como se as demais pessoas estivessem te condenando, então saberás que é tarde, muito tarde para arrependimentos.

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de pttuii

Reformados

não somos tão poucos assim
que nem nos reste discernimento,
sôfrega batelada de nada é o que é,
depreendo que nos reste o
arrastamento pelos bicos
das mesas de esplanada,
a mirar tetas,
a mirar cus,
seremos poucos
quando fecharem as
ruas do sofrimento neoplásico,
meninos de ranho fácil
ganharão nesse dia,
as esquinas melancólicas
serão balizas dos vossos berlindes,
lençóis brancos amarelecidos,
sim, irá de assoar nesses trapos
pois as velhas desleixadas merecem,
até lá,
seremos cada vez menos,
os senhores de clemência
misturada com fortuna,
as almas centrípetas que se
portam pior que gatos em lutas jónicas...
com os próprios rabos,
em suma,
os controlos remotos de fugida,
(epitáfio de punheteiros, na minha linguagem)
para o fim ficam os sonhos,
nunca feliz soma de nadas,
é como os chamo,
odeio-os.....

Foto de diny

ALGUÉM

ALGUÉM

Preciso de alguém
que mais precise me ouvir
que mais falar
que fale também;
mas que seja doce!
que possa me abraçar
com amor, com carinho
sem que eu precise me retrair.

Preciso de alguém
para entender o que sinto
para compreender o que sou
as minhas loucuras, o meu jeito
e quando eu precise chorar,
me acolha em seu peito
e me nine com amor
até a dor passar...

Preciso de alguém
a quem eu possa confiar
meu mais íntimo segredo
meus sonhos, meu ser,
minha vida
sem nenhuma dúvida,
sem medo.

Preciso de alguém
a quem eu possa chamar de amigo
que mesmo longe; esteja sempre comigo
alguém assim, doce, puro, leal
até mesmo sem saber;
alguém assim muito especial´
"COMO VOCÊ!"

Diny Souto

Foto de Paulo Gondim

Perda

PERDA
Paulo Gondim
07/10/2008

Eu sei que você se desiludiu comigo
Dei motivos e te magoei muito.

Vi suas lágrimas caírem, ouvi seu soluço
Esquecida num canto da sala
Como se fosse um animalzinho ferido

Vi seu olhar perdido, numa direção incerta
Vi sua mão estendida, pedindo ajuda
E não fui capaz de me comover
Toda minha frieza foi brutal
E saí sem querer te ver

Mas o tempo passou e me trouxe a culpa
Como ferida aberta em chaga viva
Que me queima o peito e dilacera a alma
Na saudade que agora me acompanha
Que me tortura e me faz perder a calma

E busco nos meus sonhos tua imagem doce
Tua presença amiga, tuas mãos macias
Que me enchiam de carinho e de afeto
Quando te tinha por perto
Sem nada cobrar
Sem nada exigir

Só agora me dou conta da perda
Dos anos passados fora de ti
Dos beijos que não te dei
Do afeto que te neguei

Por isso, tens razão. Nosso caso teve fim.
Reconheço a culpa e me dou em penitência
Purgo minha dor, aceito minha cruz
No calvário que me traz a tua ausência

Foto de SuKitt

Momentos

Os momentos que vivo ao seu lado
Nunca hei de esquecer
Os beijos trocados
Os abraços apertados...

Quando andando de mãos dadas
Nossos olhares se cruzam
Revelam sentimentos jamais imaginados

Das conversas banais
Das problemas a se resolver
Tudo a mim importa
Desde de que venha de você

Das brincadeiras que fazemos
Como se a infância voltássemos
Das risadas que trocamos
Quantos sonhos idealizamos

Quando me vejo a pensar
Sei que a vida vale a pena
Por momentos assim compartilhar

Estar ao lado de quem me faz bem
Me torna melhor
Menos egoísta
Mais altruísta

Com você sempre quero estar
E momentos assim
Sempre vivenciar.

(Poema dedicado ao meu amor, Ge)

Foto de Sirlei Passolongo

Faça Uma Lista

Faça uma lista
Dos teus sonhos
Dos risos que iluminaste
Das canções que cantou
Em silêncio...

Faça uma lista
Das manhãs de encontros
Das tardes de despedidas
Das noites de reencontros
Dos planos para o dia seguinte...

Faça uma lista das tuas conquistas
Verá que são bem mais
que tuas derrotas.

Inspirada na canção A Lista
De Oswaldo Montenegro

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Sentimento sublime

Amar-me-ei! Osvania_Souza

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Amar-me-ei!

Amar-me-ei por quem sou, quando estou comigo.
Meu único bem querer, amar-me-ei sem medo.
Sem medo de entregar-me, sem cobrança.
Amar-me-ei, como o amor de uma criança.
No colo da mãe embalada, doce lembrança.
.
Embalar-me-ei nos sonhos, sem desilusões.
Vibrarei, renovando todas boas emoções.
Quero valorizar-me ainda mais, bem mais.
Para mim não existirá passado nem futuro.
Não farei do meu presente, um embrulho.

Sentir-me-ei orgulhosa, amar-me-ei toda prosa.
Sentirei meu cabelo, esvoaçar ao frescor do vento.
A brisa me soprando doces e belos momentos
Minha pele ao sol de outono se aquecendo.
A luz do luar a iluminar meu caminhar

Liberarei de mim belos e bons sentimentos
Quero provar tudo de bom um pouco.
Como um cálice espumante a transbordar
Um sentimento por mim quase louco
Paixão valorizada, reservada, centrada.

Sofrimentos por mim, jamais serão lembrados.
Farei de minha vida, estrada iluminada.
Serei no céu uma estrela a brilhar
E nesse estrelar, saberei me guiar.
Buscarei para mim novos horizontes

Voarei como pássaros acima dos montes
Cantarei o cântico dos vitoriosos
Bailarei sobre nuvens coloridas
Evitarei lugares onde o desamor se faz guarida
Assim me sentirei “Amada” na vida.

Osvania Souza

Foto de pttuii

Poemas vingativos nunca venderei

Vendo poemas que não indiciem atrocidades comuns.
Negoceio com base no acompanhamento espiritual de um xamã, doutorado em mistérios ininterruptos.
Dos seres inquisitórios, que comem aparições de santas redentoras ao pequeno almoço, e acompanham com uma meia de leite.
Servindo uma causa, um equilíbrio precário, vendo poemas que não prestam. Sonhos remelosos, em que crianças anafadas, soberbas redomas de culpabilização de casais de meia idade, morrem. Sentadas em secretárias acinzentadas de uma escola de interior, revezam-se com o colega do lado na procura por um amanhã de sonhos cumpridos. E, de repente, tombam. O colesterol poderá escorrer pelos pavilhões auriculares, dependendo do jantar do dia anterior.
Pegar em livros de cheques, e eu vendo um poema. Prometo acompanhamento em versos de chumbo. Metáforas oleosas, seborreicas mesmo. Cliente,....deixe a folha ao sol, e no ângulo certo, sentirá a melanina pronta a invadi-lo em ondas de prazer inefável.
Talvez, um dia, venda poemas de esperança. Aforismos preparam-me para composições evolutivas. No primor de um amor que não desilude, e que termina num miradouro, a contemplar um pôr do sol vermelho, que comeu feijoada de ozono ao almoço.
Agora nunca. Jamais. Em tempo algum me verão a vender poemas que o homem pode considerar vingativos. Recorrer a neurónios que dormem mais de 23 horas por dia para, num carrossel de minutos, dar mostras de personalidade doentia. Recorrer a imposições de um bom gosto duvidoso, para espezinhar conceitos. Pessoas mal formadas. Situações que o tempo se enganou a produzir.
Considerarei, Deus assim mo permita, vender poemas de lua rabujenta. Injuriar daquelas senhoras que fazem amor com o treinador de golfe, e depois masculinizam maridos que chupam havanos como se ornamentos fálicos fossem,...isso sim.
Mas poemas vingativos. Nunca venderei.

Foto de Sirlei Passolongo

Asas dos sonhos

Se eu fosse um artista
Queria tingir muitos vôos...
E cada desenho
Um vôo diferente...
Ah! Voar entre as nuvens
Sobre as montanhas na Primavera
Voar sobre as marés na aurora
Sobre as margaridas e azaléias
Voar até você
E te mostrar que a vida é bela
Que dos sonhos levantamos vôos
E da fé, tingimos de realidade
Nossa própria tela.

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de DeusaII

Se fechar os olhos!

Minha mente dança a som de um violino,
Que faz magia com a sua melodia.
Meus sonhos divagam
Por mundos encantados,
Onde nasce a fantasia e a Ilusão.
Meus pensamentos flutuam
Como ondas do mar,
Deixando-me num estado
De relaxamento profundo,
Num estado,
De Transe hipnótico.
A música continua a surgir
E quase consigo vê-la pairar sobre mim.
Então, fecho os olhos,
E consigo ver cada nota,
Consigo sentir cada ritmo,
Como se a música saísse de dentro de mim.
Fechando os olhos,
Até consigo ver sua forma ondulando,
Á medida que o violino toca
E encanta a minha alma.
É quase como se a minha existência
Ficasse enfeitiçada,
E tudo o que existe dentro de mim,
Flutuasse, deixando-me livre e solta.
Se fechar os olhos,
Sinto-me sair de mim,
Para quando a música parar,
Regressar de novo ao meu corpo.

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