Som

Foto de Lefurias

Sonora do amor

Eu vou seguindo essa sonora
É o som do amor a toda hora
E eu vou a forra

Não chora não, minha senhora
Perdeu o amor, mas já passou

Agora, segue essa sonora
Que me curou
É a sonora do amor!

Sonora do amor me ajuda por favor
Pra mim esquecer aquela
Que um dia foi meu amor.

Sonora do amor me ajuda por favor
Que agora eu vou na farra
Pra encontrar um novo amor.

Foto de Passaro ferido

FIM DE CASO.

As malas já estavam prontas quando cheguei...
Nem tive oportunidade de perguntar.
POR QUÊ?
Também, não pedi pra ficar...
Apenas fiquei a observar, os movimentos inquietos,
Como um pássaro preso em uma gaiola.
Sabia o que queria, decisão já havia tomado
, mas por que essa agitação.
Nem um olhar ousou dar.
Silêncio total!
O som de uma buzina se ouve lá fora.......
Quebra se por um instante o silencio.
A porta se abre...
Um olhar..............
A porta se fecha..............
fim de caso....

Marcia.

Foto de Carmen Lúcia

Margarida e margaridas

Figura sinistra, simbólica,
que trago em minha memória,
que faz parte de minha história...

Metódico e irreverente, despojado e carente,
sábio e indolente, infeliz ou demente...(?)
Lembrava Cristo, fisicamente.
Vestes rasgadas, cabelos longos, barba mal aparada.
Ou quem sabe, um anti-Cristo,
oscilando entre o normal e o descomunal,
às margens do convívio social.

Andava pelas ruas e calçadas
fazendo gestos sem nexo, sem fazer mal,
balbuciando palavras distorcidas,
apavorando os perplexos normais
que temiam uma conduta anormal.

Um buquê de margaridas,
alvas, brancas, cultivadas,
a todos ele ofertava (e se orgulhava),
pois, por ele eram plantadas
em terras baldias, abandonadas.
Flores por todos ignoradas.

Havia momentos de agitações.
Delírios, alucinações, comoções...
Então ele era rei, poeta e compositor,
erguia o cabo da vassoura e era imperador!
-Camisa de força para o louco, o agitador!
Ao som da sirene era levado a um abatedor ...

E num desses manicômios,
tratamento de choque, fortalecer neurônios,
encontrou sua Margarida, sua amada, sua vida
e como loucos, amaram-se mais que o normal.
Amor que surpreendeu a muita gente
pela doçura, pela brandura de dois doentes.

Porém um dia, não mais a encontrou.
Levaram-na dali, outro rumo tomou
e transtornado pela dor, o louco chorou.

Não mais quis ser rei nem imperador.
Somente poeta pra cantar a sua dor...
Até que um dia para sempre se calou.
E numa cova fria, em pó se transformou,
ou foi ao encontro de seu amor...

Ao passar o tempo, viram lá nascer,
fazendo a cova triste resplandecer,
risonhas e brancas margaridas...
Vida e paixão, após a morte, restabelecidas.

_Carmen Lúcia_

Foto de Mitchell Pinheiro

Anjo ou Humano?

Estou confuso
Um anjo feminino fugiu do mundo celestial?
Ou a frialdade mundana descontrolou minha razão cerebral?
Uma criatura de sensibilidade grandiosa
Que não se confunde com fragilidade
Peça rara de infantilidade graciosa
Que não se confunde com imaturidade
A doçura encantadora que confunde o marmanjo mais indócil
A atitude mais arrebatadora que emana de seu sereno ócio
Sua identidade real se confunde em tantas belezas que permeia
Índia, menina, anjo ou sereia?
Quem és tu que o som de minha razão silenciara?
Que prende em sua ausência quem ti presenciara
Silenciara deixando audível nesse silêncio o seu nome
Presenciara protagonizando a nostalgia de minha noites insones
Por ser de carne, sua beleza física confunde os olhos daquele que a tem visível
Por ser de alma, céu e terra se confundem na sua graça inconfundível.

Foto de Carmen Vervloet

Língua Portuguesa

Poetizada por Bilac e Caetano,
língua-mãe de um povo varonil,
língua doce onde ouço e falo “eu te amo”,
expressão do sentimento do norte ao sul do Brasil.

Dos trovadores tu és o júbilo e a inspiração,
da nossa alma tu és o casulo, o gentil ninho,
com teu vocabulário se expressa o coração
e nos cantares vais abrindo os caminhos.

Se por ventura te atropela o povo incauto,
aceitas expressões que se difundem afoitamente,
e no azul marinho deslizas teu léxico-barco
sob o teto estrelado de um céu resplandecente.

E o teu som tão lindo encanta mundos...
Lira singela, sonata em execução,
espalhas a música do sentimento mais profundo
e unes irmãos que habitam em tantos chãos.

Foto de Graciele Gessner

Sonho Mágico. (Graciele_Gessner)

Como num sonho, ele veio ao mundo com o destino traçado. Foi na terça-feira gelada, nasceu à noite enquanto chovia. Deu o seu grito, dando ao ambiente inquieto o som da vida.

Quando foste colocado sobre a sua mãe, lágrimas de alegria brotaram em sua face. Nada mais seria igual...

Não esteve nos planos de seus pais, mas Deus reservou a sua chegada. Para Deus você é o sonho mágico que dá sentido à vida. Vieste renascido Dele, e ele escolheu a sua mãe e o seu caminho.

09.07.2011

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de Rute Mesquita

Cantigas de amigo: Chuva

Chuva,
podes albergar-me debaixo da tua sintonia?
Turva,
está a ficar esta noite fria.

Afronto,
pelos teus toques exploradores.
Apronto,
sobre estes choques,
de amores.

Faz-me sentir por ti desejada
faz-me ir e voltar a vir,
sem nunca ficar parada.

Envolve-me
nas tuas doces gotículas.
Consome-me
sem que de mim restem partículas.

Ama-me
como nunca amaste o sol.
Mima-me
dizendo que sou o teu girassol.
Acaricia-me
desvenda os meus recantos.
Delicia-me
dos teus encantos.

Humedece-me
com a tua água.
Obedece-me
dá asas à nossa mágoa.

Faz-me soltar gritos de loucura,
faz-me perder a consciência
que ao chão me prende.
Diz-me que esta noite perdura
ao som da nossa inocência
que a nós se rende.
Deixa-me sem nada,
diz-me só que por ti sou amada.

Foto de Carmen Lúcia

A bailarina da tela

A música surge instantânea ...
Basta fechar os olhos
e a melodia se avoluma
num som perceptível apenas
a quem há de mais sensível ...
a quem foi legado
o dom sagrado de perceber
o imperceptível...

As cores, pinta-as o coração...
Tal deslumbre só é compatível às pulsações
de quem define as sensações,
gerando efeitos que invejam o arco-íris,
colorindo uma dança de emoções
num perfeito desequilíbrio da razão...

Uma aura de luz indefinida
define a moldura, incandesce a pintura
da tela que se acautela quando percebida,
revelando a bailarina pisando cristais,
rodopiando espelhos a refletir
fragmentos de amores imortais.

_Carmen Lúcia_

Foto de Rute Mesquita

Eternos sonhos

O vento assobia
as árvores arrepiam-se.
Enquanto a lua se erguia,
os lobos uivavam-se.

Os cânticos celestes
soam-se,
instrumentos como o violino,
as harpas, voam-se
pelos céus que me destes.

As folhas,
soltam-se bailando
suavemente e chorosamente.
Como se tivessem feito escolhas
errando,
humanamente.

A água imensa de cristal,
estilhaçou-se…
aquele brilho astral,
sufocou-se.

Desceu um anjo até mim
convidando-me para dançar
ao som da sua voz, tão suave quanto Jasmim,
disse-me para me levantar.

Eu levantei-me e aquela melodia
tomou conta do meu corpo.
Eu não me sentia
nem falava tão pouco.

À medida que me fui deixando bailar
os meus pés, iam-se distanciado do chão.
Não sei como irá esta dança acabar.
Sinto-me com paz que ilumine toda a escuridão.

Em movimentos sinuosos,
entrego-me aos céus.
Dizem-me os anjos carinhosos,
‘sonhos belos com os meus’.

Foto de andrelipx

Caixa...

Tenho uma caixa que não abre, tenho-a guardada no fundo dos forros do meu corpo. Só tem aranhas e mais aranhas que me fecham ainda mais a caixa, e que a trancam mais ainda no fundo. Ela contrapõem-se com o meu aro da juventude, este aro corrompido de tanto sal que lhe caí, este aro que só tem ferrugem e que não é mais torto porque a caixa assim o segura e o ampara. Podia fazer um paralelismo entre esta caixa e este aro, mas não consigo, porquê? Porque não existe um paralelismo possível, porque esta caixa habita dentro de mim e se fosse fazer este paralelismo teria que quebra-la, mas não sou capaz de a quebrar. Dentro dela tem as minhas belas e harmoniosas recordações que sempre que me lembro delas, toca como que uma melodia dentro de mim, que não há instrumento nenhum que o consiga fazer, porque ela toca diferentes melodias, cada qual com um som diferente e cada qual de forma e cor diferentes. Tenho nos meus forros esta caixa e este aro, simplesmente ficam presos, porque não há modo e maneira de tira-los de onde se encontram porque as finas linhas das aranhas fazem com que todo o que lá exista fique preso. Esta caixa é de grande valor e não há nada nem ninguém que a possa abrir, porque já tentei tudo... Já cantei, já escrevi, já recitei, já reflecti, mas acima de tudo, já a amei como a tinha que amar. Procurarei mil e uma, ou duas mil e duas, formas de a abrir, porque ela é minha e por mais que ela ria e chore de saudades daquele lugar, não irei parar, porque parar não serve para mim. A luta de palavras que iram surgir perguntar retóricas irá continuar, porque essa caixa é minha e de lá tirarei essas recordações. Esses forros são maus e cruéis, mas eu não me deixarei sair vencido, porque se sair vencido terei não só perdido a guerra e a batalha e desta batalha e guerra não saírem derrotado, mas sim vencedor...porque ela é minha e por mais que estejam quarenta mil aros a prender-me não desistirei....Abre-te caixa de uma vez por todas...Abre-te...

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