Sintomas

Foto de Cecília Santos

O QUE É "PALÍNDROMO E TAUTOLOGIA" ?? DESCUBRA, SE AINDA NÃO SABE!!

Recebi um e-mail, com esse artigo, achei interessante,
resolvi compatilhar com vocês. Espero que gostem!!

VOCÊ SABE O QUE É UM PALÍNDROMO?

Um palíndromo é uma palavra ou um número que se lê da mesma maneira nos dois sentidos, normalmente, da esquerda para a direita e ao contrário.

Exemplos: OVO, OSSO, RADAR. O mesmo se aplica às frases, embora a coincidência seja tanto mais difícil de conseguir quanto maior a frase; é o caso do conhecido:

SOCORRAM-ME, SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS.

Diante do interesse pelo assunto (confesse, já leu a frase ao contrário), tomei a liberdade de seleccionar alguns dos melhores palíndromos da língua de Camões...

ANOTARAM A DATA DA MARATONA

ASSIM A AIA IA A MISSA

A DIVA EM ARGEL ALEGRA-ME A VIDA

A DROGA DA GORDA

A MALA NADA NA LAMA

A TORRE DA DERROTA

LUZA ROCELINA, A NAMORADA DO MANUEL, LEU NA MODA DA ROMANA: ANIL É COR AZUL

O CÉU SUECO

O GALO AMA O LAGO

O LOBO AMA O BOLO

O ROMANO ACATA AMORES A DAMAS AMADAS E ROMA ATACA O NAMORO

RIR, O BREVE VERBO RIR

A CARA RAJADA DA JARARACA

SAIRAM O TIO E OITO MARIAS

ZÉ DE LIMA RUA LAURA MIL E DEZ

E já agora

E sabe o que é TAUTOLOGIA?

É o termo usado para definir um dos vícios, e erros, mais comuns de linguagem. Consiste na repetição de uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.
O exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou o 'descer para baixo'. Mas há outros, como pode ver na lista a seguir:

- elo de ligação
- acabamento final
- certeza absoluta
- quantia exacta
- nos dias 8, 9 e 10, inclusive
- juntamente com
- expressamente proibido
- em duas metades iguais
- sintomas indicativos
- há anos atrás
- vereador da cidade
- outra alternativa
- detalhes minuciosos
- a razão é porque
- anexo junto à carta
- de sua livreescolha
- superávit positivo
- todosforam unânimes
- conviver junto
- facto real
- encarar de frente
- multidão de pessoas
- amanhecer o dia
- criação nova
- retornar de novo
- empréstimo temporário
- surpresa inesperada
- escolha opcional
- planear antecipadamente
- abertura inaugural
- continua a permanecer
- a últimaversão definitiva
- possivelmente poderá ocorrer
- comparecer em pessoa
- gritar bem alto
- propriedade característica
- demasiadamente excessivo
- a seu critério pessoal
- exceder em muito .

Note que todas essas repetições são dispensáveis.
Por exemplo, 'surpresa inesperada'. Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não.
Devemos evitar o uso das repetições desnecessárias. Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia.

Gostou?
Reenvie para os amigos amantes da língua portuguesa.
E, assim, se fala em bom português

No popular se diz: 'Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro'

Correto: 'Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro'

EU NÃO SABIA. E VOCÊ?

Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão.'

Enquanto o correto é: ' Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.'

'Cor de burro quando foge.'

O correto é: Corro de burro quando foge!

Outro que no popular todo mundo erra:

'Quem tem boca vai a Roma.'

O correto é:
'Quem tem boca vaia Roma.' (isso mesmo, do verbo vaiar).

Outro que todo mundo diz errado,

'Cuspido e escarrado' - quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa.

O correto é:
'Esculpido em Carrara.' (Carrara é um tipo de mármore)

Mais um famoso... 'Quem não tem cão, caça com gato.'

O correto é:
'Quem não tem cão, caça como gato... ou seja, sozinho!'

Vai dizer que você falava corretamente algum desses?

PS/ recebi esse artigo atráves de e-mail*

Foto de Lilianysantos

O amor sentimento perigoso

O amor e um sentimento inesperado que chega quando você menos espera, além de ser incrível supeendente às vezes exagerado, e doloroso e quando se trata de amor não correspondido porque você espera amar e ser amado mais nem sempre isso acontece.

A amor supera qualquer barreira e obstáculo quando você ama loucamente você faz de tudo para está do lado de quem você ama, não há nada e ninguém que impeça o importante para essa pessoa e ser feliz e nada mais.

Mais nem sempre e tão fácil assim o coração e perigoso ele e capaz de confundi os sentimentos o resumo disso e sofrer e chorar então devemos sempre toma cuidado com quem a gente gosta porque nem sempre o que parece.

Quando temos a certeza que realmente e a pessoa nosso coração nos fala começamos a sentir alguns sintomas inexplicáveis saiba que se você começa senti esse tipo de sintoma em relação a esse sentimento, eu informo que você esta com uma doença muito grave está amando isso e o efeito do amor não sei se e contagioso mais eu gostaria muito de ter uma doença como essa.

Autora: Liliane

Foto de Jonas Melo

INSÔNIA

INSÔNIA

Outra vez é madrugada

E meu pensamento recorda você

O frio da tua ausência me faz solitário neste momento

Onde estarás agora?

Será que sentes neste momento os sintomas que sinto

Ou simplesmente olvidastes de nós

Como queria, tê-la em meus braços;

Sentir o gosto do teu gosto

Envolver-me em teu colo

E assim voltar adormecer em paz

Quem sabe só assim essa insônia fugiria de mim

Jonas Melo !

Foto de Sharise Meirelles

Êxtase

As coisas ditas,
Os segredos guardados,
Os planos feitos e as nossas coisas,
As coisas que nunca dividimos com ninguém.
O gosto do teu beijo ainda corrói meu sangue,
Deixa-o impuro, incapaz de se defender de algo tão forte.
E faz meu coração pulsar mais forte cada vez que teu cheiro cruza meu caminho
E me faz perder a rota do certo,
E balanço na linha imaginária do certo e do errado.
Preparando-me para cair de braços abertos no inferno onde você me deixa quando retorna.
E sempre, que retorna são os mesmos sintomas doentios,
Alucinações, ilusões e projeções de um futuro que obviamente jamias virá.
Não por minha decisão, mas pela falta de coragem que tinge o coração de quem eu amo.
E me deixa lá, perdida, sem poder voltar a superfície,
Para nadar pra longe do fogo em que você me envolve simultaneamente por medo de se arrepender depois,
Por medo de descobrir o que é amar...
E acima de tudo, por vergonha de ter que retirar tudo de mau que um dia foi dito sobre mim.
E assim me deixa lá, como um step.
Que me usa como uma reserva de forças guardada especialmente para você,
Onde você se recarrega, se alimenta e se refaz.
Quando sente que seu coração aperta e diminui
Quando permite que ele sinta a minha falta.
Quando o deixa demonstrara saudade que ele emite por não me ter.
Quando ele fizer você perceber que o meu amor é o teu refúgio, e que por isso, é sempre a ele que você recorre.
Portanto, lá você me mantém prisioneira, no calor dos teus braços.
Queimando no teu fogo.
O fogo que eu odeio, por amar tanto.
O veneno mais corrosivo e delicioso de todos os tempos.
O mais doce gosto de veneno, que causa êxtase em todo o meu ser.
O êxtase, que o teu amor venenoso produz em mim.

Foto de Derik Vieira

Degradação Despercebida

A vida se degrada a cada calçada
A cada dia, noite, a cada balada
Fumamos, bebemos, beijamos bocas anônimas
E só depois de dias, aparecem os sintomas

A solidão, o vazio e a saúde pedindo socorro
Não apenas pelos cigarros e bebidas
E sim por conta de seu ser, seu corpo,
Estar se contaminando com a boêmia

Com a luxuria disfarçada de alegria
Buscamos sentido no nosso dinheiro
Mas fazer o que se o ouro não da alergia
E a lata não brilha

Pensamentos sem moral
Ou moralista demais
Mas quando a cerveja desce
Todos os pré-conceitos se desfazem

Assim a vida vai se dissolvendo:
Baladas, bares, haves, festas
Cigarros, bebidas, amnésia
E enquanto isso eu não vivo,
Vou sobrevivendo

Foto de Renata Noll

O que é o amor...

Amor
É inexplicável um sentimento assim
é diferente de tudo já vivido antes
é mistura de tudo,
é tudo junto.
É forte, tem um pouco de cada,
tem um pouco de tudo,
e um pouco de nada.
Tem um jeito de que vem não sei da onde
mas tem um jeito
de que simplismente vem.
Amor
Realidade que te cerca,
que te é constante.
É mal sem remédio,
é doença diagnosticada.
É amor,
é disfrutar de paz e de ternura
é um acalentar no peito
é embalar o sono.
Amor
é o sentimento unico
é te fazer bem e mal ao mesmo tempo
mas é amor.
Amor é a melhor doença
é meu mal,
e desse mal não hei de morrer.
Hei de viver, hei de viver de amor.
Amor
é o que amo,
é alguém que amo
é Michel.
Amor,
é canto dos pássaros,
é harpa dos anjos,
é o som da chuva no telhado ao teu lado,
é tudo que eu mais quero sentir.
É dia-a-dia,
é sonhar viver uma vida.
É o orvalho nas plantinhas do nosso jardim,
é o véu, é a grinalda.
Amor,
é o branco, o vermelho e o rosa.
Amor é ver amor em tudo,
é ver amor dos teus dedos,
é ver amor em seu corpo.
Amor é ter amor por tudo,
é ter amor por seus dedos,
é ter amor por seu corpo,
é te ter e te ser amor.
Amor
é beijar tua boca
sentindo sua alma.
É te medir os centímetros,
é gravar na memória tuas expressões.
Amor é decorar o seu jeito
é melhorar teus defeitos,
e é amar teus defeitos.
Amor
É beijar na careca,
é abraçar.
Amor é ser amigo,
é não ter tempo perdido,
é querer sempre comigo.
Amor não é simplismente calor,
não é simplismente paixão
mas é claro que amor tem tentação.
Amor
é o calorzinho gostoso,
é arrepio frio, é saboroso.
Amor
é querer um carinho
é querer um tempinho,
pra falar bobagens,
pra dizer eu te amo.
Amor
é planejar uma vida,
é amar e amar.
Por isso
por todos os motivos,
por tantos sintomas
Eu amo!

Foto de Graciele Gessner

Medos e Fobias. (Graciele_Gessner)




É quase impossível que alguém não tenha medo ou fobia de algo neste mundo transfigurado. Quando existe certo exagero nos sintomas já é doença e precisa ser tratado. É óbvio que muitos casos são causados por alguma inquietação, ou até da própria imaginação. Psicólogos e psiquiatras sabem bem como é isso. Muitos casos são tão graves que precisam de intervenção medicamentosa. Mas a pergunta que se faz necessária: porque sentimos medo ou fobia?

Ninguém nasce com o problema, pelo menos assim eu penso. Os medos e as fobias são circunstâncias da vida que levamos. Não temos proteção emocional para evitá-los. Somos atacados facilmente e dependendo da intensidade só tratando. A vida tem destes sentimentos, e como evitá-los?


06.02.2010

Escrito por Graciele Gessner.


*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de LUCAS OLIVEIRA PASSOS

AS ESTRELAS

As estrelas Lucas Oliveira Passos

As estrelas estavam lá, no pedaço de céu que me cabia apreciar pela janela, naquele leito de hospital em que eu me encontrava, arrasado e sem entender nada...mais uma vez minha vida mudava completamente, numa guinada imprevizível...a necessidade da cirurgia, a gravidade da doença, e por fim a notícia que tentaram me passar e que me recusava a entender, sabia que era algo terrível, algo que teria que me lembrar e aceitar para o resto da vida, mas naquele momento o bloqueio não permitia, eu não conseguia pensar, apenas aquela imensa tristeza, e um gigantesco desejo de morte que nunca havia sentido antes em toda minha vida.

A enfermeira se aproximou sem fazer qualquer barulho, e cuidadosamente fechou a pequena janela, próxima ao meu leito, minha única referência para o mundo exterior, minha única fuga para os pensamentos terríveis que invadiam minha mente.

- Tenho que fechar a janela, os outros pacientes estão reclamando do frio, me desculpe, sei que é a única coisa que parece lhe interessar...

Assim, todas noites, meu céu quadrado e pequeno, contido nas dimensões daquela janela, se apagava irremediavelmente, as estrelas, que eu tanto estudara e pesquisara, por puro deleite, em certa etapa da vida, eram agora meu único consolo, me faziam pensar no tão pequeno que eu era, naquela imensidão tamanha do universo.

Não sabia quanto tempo já se passara desde o dia em que me internei com câncer e uma hérnia abandonada por muito tempo, calculava algo em torno de uns seis meses, tudo fora um sucesso segundo os médicos, mas meu corpo não era mais o mesmo, meus 75 anos pesavam bastante no processo, o restabelecimento era lento, a angústia era grande, havia algo medonho a ser encarado, assimilado e entendido...um amargo na garganta, um peso imenso no peito...por que meu cérebro se recusava a processar a notícia que foram me dar? Minha filha Aninha, por que não aparecia mais no hospital para me visitar?

As lágrimas brotavam abundantemente nos meus olhos, não devia ser assim...tão acostumados com o sofrimento devido aos anos de trabalho voluntário na ajuda desvalidos...comecei a lembrar palavras que foram ditas...concluí que havia acontecido com Aninha algo terrível, agora ela era apenas uma pequena estrela no céu e ao mesmo tempo uma chaga aberta para sempre no meu peito, para o resto do resto de minha vida, pois minha vida agora só seria um resto, que talvez nem merecesse ser vivido...chorei a noite inteira...nunca fora de chorar, nunca chorava, mas era impossível evitar...comecei a recordar o passado e parei exatamente quando Aninha havia entrado em minha vida...antes de nascer...ainda quando era nada mais que uma promessa de vida no corpo de uma mulher, quinze anos atrás...em um ponto de ônibus em Copacabana...

- Tu podes me ajudar? Estou com fome, estou grávida, meu namorado me abandonou, minha família não quer me ver, cheguei de Curitiba ontem e não como nada a dois dias, preciso que alguém me ajude...

Olhei a mulher nos olhos atentamente, estimei não mais que 30 anos para sua idade, observei todo seu corpo, era bonita, estava maltratada, entretanto vestia roupas de qualidade...seus olhos mostravam que estava em situação de carência e mêdo, o corpo, uma gravidez de no mínimo dois meses, senti muita pena dela, eu nunca abandonaria uma mulher à própria sorte, mesmo sendo desconhecida, e assim me senti envolvido e pronto para ajudar...

- Qual é o seu nome, moça?

- Sonia, mas tu podes me chamar como tu quizeres, se puder me ajudar te agradeço muito...Tu és casado, posso ajudar no serviço da tua casa?

Aquela pergunta me fez lembrar que já fora dezenas de vezes, não no papel, mas a muito tempo este conceito de ser ou estar havia perdido o significado em minha vida, deixava o amor fluir da forma que viesse, amava as mulheres incondicionalmente, deixando-as livres para entrar e sair de minha vida como bem entendessem, aprendi a recomeçar sempre que fosse possível, sem olhar para trás e sem me importar com nada, estivera diversas vezes no topo e na base, e sabia que após tempestades a terra se torna fértil e pronta para a fecundação, e que o importante eram os dias de sol que viriam, trazendo lampejos de felicidade...pequenos momentos que tinham que ser aproveitados antes que se acabassem...não fechava nunca qualquer porta que pudesse permanecer aberta em minha vida, essa era minha filosofia de vida, era como eu me sentia...

- No momento estou morando sozinho, se você quizer, eu te levo para minha casa, lá você pode se alimentar, tomar um banho, trocar de roupa e ficar quanto tempo quizer...até ter um lugar melhor para ir...quando quizer ir...

E assim, desde o primeiro dia morando em minha casa, Sonia se posicionava como minha mulher, sem reservas, na cama inclusive, sem nada perguntar, sem nada pedir, com seu olhar meio ausente e distante, por vezes inquieto.

Comecei a perceber que Sonia seria um pássaro passageiro em minha vida e não demoraria a se lançar em novo vôo, e isto me incomodava, havia me apaixonado mais uma vez e agora amava Sonia e a pequena semente que crescia no seu útero, fecundada por outro homem, mas já adotada totalmente por mim. Passei a visitar minhas tias levando Sonia e a promessa de Aninha, cada vez maior em sua barriga, apresentando-a como minha nova companheira, na extrema tentativa de faze-la gostar daquela opção de vida, mas sentia que o olhar de Sonia estava cada dia mais longe.

Tinha percebido desde o início que Sonia, assim como meu falecido filho Lalo, apresentava sintomas típicos de viciados em drogas, a abstinência estava lhe pesando cada vez mais e chegaria a um ponto em que ela não suportaria ultrapassar...isso me aterrorizava e me fazia passar noites em claro procurando uma alternativa, abri o jogo com ela, mas ela negou tudo e inverteu a situação, dizendo que se eu queria um motivo para me livrar dela e de Aninha. Talvez Sonia nunca tenha sabido o quanto me feriam essas afirmações...o quanto era grande o meu amor por ela.

O tempo foi passando, dias, semanas, meses e finalmente Aninha nasceu, pequenininha, indefesa, totalmente dependente de tudo e de todos, sem saber em que mundo fora lançada e por quanto tempo...eu tentava esconder as lágrimas que brotavam de meus olhos quando observava a total indiferença de Sonia em relação a Aninha, e comecei quase por adivinhação do que viria, a ler tudo sobre crianças.

Quando Aninha completou duas semanas de vida, cheguei de uma entrevista para um novo emprego e não encontrei mais Sonia, ela havia partido, deixando apenas um pequeno bilhete junto ao berço. Sonia levou quase todo dinheiro de nossas reservas, Aninha passou nesse momento a ser responsabilidade e problema apenas meu. Eu me recusei a acreditar, andava pelas ruas olhando em todas as direções, procurando por Sonia, levando fotos, falando com drogados, mas nenhum sinal de Sonia, devia estar longe...talvez em Curitiba...talvez em qualquer lugar do mundo, bem longe dos meus olhos mas ainda dentro do meu coração, ocupando um espaço imenso e significando talvez a maior derrota de toda minha vida.

Sentia uma imensa agonia e abraçava Aninha toda vez que precisava sair para conseguir algum trabalho, agora eram apenas eu e ela, apenas nos dois para enfrentar o mundo e lutar pela vida. Como conseguiria trabalhar e ao mesmo tempo cuidar do bebe, teria que conseguir uma atividade que pudesse ser feita em casa, que não tomasse todo meu dia...tinha que conseguir voltar ao topo, com bastante dinheiro seria mais fácil resolver as coisas... nunca me importava com o dinheiro, mas agora ele era a coisa mais importante para que eu pudesse cumprir meu juramento, daria o máximo do resto de minha vida para que o futuro de Aninha fosse o melhor possívcel...eu sempre recomeçava...já não me assustava com isso... e assim fui vivendo aqueles dias de angústia e amargura, tendo como único prazer observar a vida e o tempo fazendo de Aninha uma menininha cada vez mais linda.

O tempo foi passando e meu trabalho em casa, com desenho, arte final e fotografia, conseguia manter Aninha na escola, ela estava cada dia mais linda, com seus dois aninhos completos, me chamava sempre de paizinho, o que me deixava orgulhoso, eu já aceitava que iria viver apenas para que aquela criança pudesse ser alguém neste mundo hostíl, e assim evitava agora me envolver com outras mulheres, vivia só para Aninha.

Quando Aninha completou quatro anos, escrevi para minha tia que morava em Porto Alegre, que não via já a uns vinte anos. Informei sobre minha vida e minhas preocupações em relação a minha filha, a incerteza das coisas e a necessidade de ter alguém que pudesse ajudar caso eu ficasse doente ou morresse. A resposta de minha tia veio rápida, “venha para Porto Alegre, só aqui poderemos te ajudar, precisamos de alguém de confiança para a fábrica de tecidos, minha filha Tânia separou do marido e já não consegue tocar tudo sozinha, ele participa do conselho de administração, mas não do dia a dia da fábrica, entre em contato, poderemos nos ajudar, sei que você é competente quando está motivado, te esperamos aqui ”.

O convite me deixou orgulhoso e me fez sonhar com a possibilidade de estar perto de Curitiba e conseguir encontrar Sonia, ainda moradora em meu coração apesar de tudo o que acontecera, e assim, em poucos dias eu e Aninha já estávamos reduzidos a apenas duas grandes malas, que continham tudo que tinhamos na vida, também cheias de esperanças e sonhos de melhores dias em nossas vidas.

Quando os momentos são felizes, passam muito rápido, e assim, Aninha já estava fazendo dez anos de vida. A ida para Porto Alegre fora muito boa para mim, Tânia estava muito abatida com a separação e se dedicou totalmente a mim e a filha, embora tivesse suas duas filhas adolescentes para cuidar. Aninha vez por outra me abraçava e lamentava por mais uma vez não poder ter a oportunidade de conhecer sua mãe. Eu procurava a todo custo esconder as lágrimas que teimavam em rolar de meus olhos cerrados enquanto a apertava fortemente contra o peito, dizendo que um dia isso seria possível, que ela voltaria e seríamos felizes. Estava muito bem posicionado na empresa, como diretor de produção, mantinha dois detetives mobilizados na busca por Sonia que parecia ter se transformado em pó. Não sei até hoje, se foi por me observar sofrendo e sem ninguém para compartilhar, ou se foi para causar ciúmes em Silvio, que a largara para viver com outra mulher, que Tânia começou uma aproximação maior, me fazendo seu acompanhante a festas e jantares e fatalmente acabamos nos gostando e começando um relacionamento amoroso escondido.

Era um sábado de manhã, acordei bem cedo pois havia combinado com Tânia um passeio nas regiões serranas, recebi um recado de Tia Albertina, me chamando no seu escritório, não imaginava o que poderia ser, lembro que eu estava muito orgulhoso com as novas máquinas que haviam dobrado a produção, embora a contragosto dela, que achava que as empresas tinham que operar sem dívidas, e que votara contra a compra do novo maquinário financiado. Tânia ficara pela primeira vez em posição contrária a dela e a de Silvio, durante a votação do conselho de administração. Silvio visitara tia Albertina na véspera e falara em reparar um erro e voltar a viver com Tânia. Até hoje não sei se eu estava certo ou não, mas nunca imaginei ouvir de minha própria tia o que ouví alí;

- Canalha, acabou para você, eu confiei em você e você me traiu, não adimito, não posso acreditar que você se envolveu com Tânia, ela é muito mais nova que você, isso é um desrespeito, quero que você volte para o Rio de Janeiro, não quero você mais aqui, já fiz as contas e este cheque é tudo que você tem direito, pegue sua filha e suma daqui, hoje mesmo...

Rasguei o cheque na frente de minha tia e fui buscar Aninha, preparamos as malas, apenas duas grandes malas, largando todo o resto para trás, novamente cheias de esperanças e sonhos de melhores dias em nossas vidas...

Hoje, um ano após sair do hospital, começo a procurar pelos parentes que me restam e pelos vizinhos, só agora consigo falar em Aninha sem que a voz me escape e um pranto enorme me sufoque, foi muito duro tentar recomeçar a vida e tentar entender como tudo se passou, eu e ela fomos vivendo nosso amor fraternal, que aumentava a cada dia, e nos bastávamos, o mundo não tinha mais sentido, até que a necessidade da cirurgia nos separou pela primeira vez na vida, aquela profunda tristeza e o medo da minha morte foi capaz de matar Aninha, de uma forma tão violenta que o coraçãozinho dela, de apenas quinze aninhos, não aguentou a solidão, se recusou a bater e parou para sempre. Eu e meu velho coração, ficamos em coma várias semanas, porém já tantas vezes vacinado pelas angústias da vida, aguentei firme até hoje, embora não consiga aceitar o que se passou e sinto, cada vez que olho as estrelas, que Aninha está lá, linda como sempre foi em sua curta vida, sempre ao alcance dos meus velhos e cansados olhos, minha amada estrelinha...Minha filha Aninha!

Sigo a jornada da vida, cumprindo minha missão, voltei ao trabalho voluntário com os desvalidos, tentando dar um pouco de utilidade a este resto de vida, sei que é questão de pouco tempo, breve estarei com ela para sempre...junto as estrelas...

Foto de Graciele Gessner

Orvalho da Solidão. (Graciele_Gessner)

O clima mudou, o orvalho desta noite gelada está fazendo sofrer o meu coração de saudade. Gostaria muito de chegar ao meu pequeno refúgio e ter a grande certeza de te encontrar adormecido na minha cama. Queria que você estivesse no meu quarto, te encontrar debaixo dos meus cobertores para me aquecer com o seu amor.

A saudade, esta distância, os nossos sentimentos são os meus ingredientes de minha inspiração. O frio desta noite de outono é a minha única companhia solitária, aumentando a saudade que estou sentindo de você.

O orvalho da noite que congela o meu corpo, a ausência de seus beijos que gelam meu coração, é um pacote misto dos sintomas da solidão que vivo.

Venha logo ao meu encontro, para me aquecer deste orvalho da infinita solidão.

04.05.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Graciele Gessner

Infinita Solidão (Graciele_Gessner)

Nesta noite silenciosa de brilhante constelação,
A solidão inquieta o meu singelo coração.
Até quando suportarei a sua falta de comunicação?
Será que terei fôlego para tanta solidão?

Esta solidão que gera esta distância entre nós;
A solidão da sua fala, dos seus gestos, dos seus carinhos...
É uma insuportável dor da sua ausência,
O intrigante silêncio que surge nesta noite solitária.

Uma dor intensamente dolorida,
A saudade misturada com solidão destrói meu coração.
Estou aqui sozinha nesta imensa e solitária solidão.

Um sentimento de infinitos sintomas,
A solidão nos consome sem pedir permissão.
E, vamos vivendo com esta inquietação.

23.04.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

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