Silêncio

Foto de Fernanda Queiroz

Sombras da Noite

A noite jaz lá fora,
eu perdida em pensamentos,
passo por momentos,
onde é mais que solidão.

Talvez exaustão,
porque da solidão,
não se faz monotonia,
não há clima de euforia.
ou carta de rendição,
Não se canta uma canção,
que não seja melancolia,
não se traduz em utopia,
o que sente um coração,
na inércia da magia.

Pensamentos adormecidos,
retalhos de uma canção,
fazem as sombras da noite,
que perseguiram meu dia,
que habita lá fora,
junto à escuridão,
em mim se faz presente,
muito mais que um clarão.
Onde o silêncio da noite
Só trás recordação.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais reservados
Não concorrendo

Foto de Teresa Cordioli

O SILÊNCIO DESTE MEU AMOR

Teresa Cordioli
.
O silêncio desse meu amor
Fala mais alto que um tenor
Ecoa tanto nesse meu peito,
Que perto de ti fico sem jeito

O silêncio desse meu amor
Cala em minh’alma o calor
Do abraço que não me deste
Do beijo teu que não senti

O silêncio desse meu amor
É a voz que poetisa
Os versos que a ti escrevo
Em rimas que se eternizam,

O silêncio desse meu amor
Finge não te ver, hipnotizando-me
Ao te olhar [em silêncio]

Foto de Inês Santos

os arrabaldes das cidades...

Os arrabaldes das cidades…

Os arrabaldes das cidades…
Réprobo pensam que és…
Determinadas realidades…
Lepra julgam que contrais-te…
Para eles és um alça-pés…

À negralhada se referem…
Subestimam e interferem…
Necrópole chamam…estimo…
Ao teu lar…teu fadar…

Tu apenas tentas seguir teu destino…
Que fado, que sempiterno, que cretino…

És a podridão da sociedade…
Palhota de inferioridade…
Polícias têm sete vidas…
Negros têm oito balas…

Armadilhado andas…
Estás cansado de fugir…
Tens trabalho escravizado…
O teu fedor! Até tresandas…
No chão dormes, suado…
Para a prisão vais e vens…
Não admira,é única casa que tens…

São muitas as pielas…
E por cada uma delas!
As mulheres maltratas…
Cuidado com as ratas!
Pois queres apenas prazer…
E depois sais com HIV…

Ópio, cocaína, heroína…
Um minuto de silêncio…
Para todos os irmãos…
Que a heroína levou…
Enlacem todas as vossas mãos …
-O minuto acabou…

É um cenário sinistro…
Dos subúrbios e das favelas…
E por isso desisto…
Acreditas nas cidades belas?
És parvo…

Foto de patrick_bange

A BRUSCA POESIA DA MULHER AMADA III (à maneira de Vinicius)

O corpo da mulher amada é sagrado.
Súbito como um susto, voraz como a carne vermelha.
O toque à sua superfície angelical é leve,
tem de ser silencioso como uma oração,
íntimo infinitamente.
Pelo corpo mergulha-se na mulher amada,
procura-se a aurora de seu ser, a luz secreta,
o silêncio celeste de sua matéria impalpável.
Haverá a hipótese do suor quente:
beber o vinho de sua alma e deslizar pelos caminhos úmidos,
salgados e vermelhos de suas curvas de ouro.
Para ouvir a mulher amada respirar, tem-se que fechar os olhos,
porque há nisso qualquer coisa de divino,
de eterno, de graças à vida.
A voz da amada é o canto de cem mil harpas em harmonia uníssona.
Seu sorriso guarda o espanto de uma noite estrelada,
olha-se para seus olhos como para uma flor vermelha,
rara, hipnoticamente bela.
E cai-se dentro deles como em uma alegre armadilha.
Não há coisa mais bonita e azul que a mulher amada.
Segurar suas mãos como a duas porcelanas chinesas,
e beijá-las como a um filho que nascera.
Comer a Poesia da mulher amada,
fazê-la água fria no deserto, agasalho no inverno,
alimento para toda a vida.
Entregar-se como a um deus bom,
cantar-lhe as incomensuráveis ternuras que nela explodem.
A vida da mulher amada é o princípio da minha,
também o meio, também o fim.
E como prova final de amor eterno ao ser da mulher amada,
escrever-lhe um poema simples,
sussurrá-lo em seu ouvido à noite
e selar o infinito com um beijo morno:
uma luz infinda que ilumine duas escuridões.

Foto de Sirlei Passolongo

Tecemos o amor

Gosto de tecer versos
enquanto tuas mãos
tecem meu corpo...
costuram
cada pedaço de mim,
e meus olhos
tecem seus segredos
desvendando cada intenção
dos teus dedos... e logo,
dos versos esqueço,
o amor quebra o silêncio
e juntos tecemos
o mais completo
de todos os poemas.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

.

Foto de Marcelo Roque

Vício da Alma

Eu sou a flor
Embebida de orvalho
A inquietude
Que alimenta a serenidade
Aquele que parti
E deixa saudade
E aquele que fica
Depois da partida

Eu sou a palavra que falta
Daquilo que não têm palavras
O caminho mais curto
De uma estrada sem fim
O que há de mais doce
No sorrir de uma lágrima

Eu sou a dor
Mais nobre do querer
O silêncio absoluto
Que todos querem ouvir
A fronteira imaginária
Entre o ser e o sentir

E eu sou a doença
Disfarçada de cura
O impulso
Necessário do salto
O espaço
Preenchido entre os olhares
E o vício
Mais íntimo da Alma

Eu sou o amor ...

Foto de Marcelo Roque

Telepatia

Só você consegue me beijar os lábios ...
A uma distância inatingível aos olhos ...

Só você consegue sussurrar em meus ouvidos ...
Palavras telepáticas ...

Só você consegue adormecer ...
E amanhecer ao meu lado ...
Mesmo sem dividirmos a mesma cama ...

E só você ...
E mais ninguém ...

Consegue me falar de amor ...
Em silêncio ...

Foto de Bruna matias

DÚVIDA

E UMA DÚVIDA CERCAVA SEUS PRÓPRIOS DESEJOS,
UM EMBARAÇO ROMPIA SUA QUASE DECISÃO
E DOIS BRAÇOS LHE APERTAVAM POR INTEIRA
E LOGO ERAM QUATRO, ENTRELAÇADOS
SE AMANDO NO CHÃO.

PURAMENTE UNINDO DOIS CORPOS
EM UM SÓ CORAÇÃO, UM SÓ AMOR...

LIBERTANDO CARINHOS INDEFINIDOS
E TODA DÚVIDA SE FAZ SILÊNCIO...

NO SEU BEIJO O GOSTO DO MEU AMOR MENINA,
NO TEU SUSPIRO O ENCONTRO MARCADO PELO DESTINO,
EM MEUS OLHOS FULMINANTES,
O PRAZER DE TE QUERER...

MAS A VIDA DE REPENTE SE SOLTOU
E CONOSCO SORRINDO,
NOSSO AMOR SE LIBERTOU,
SE LEVANTOU!
E NO MOMENTO TÃO SOZINHA,
DEITADA NO CHÃO FICOU...

Foto de Cecília Santos

SILÊNCIO

SILÊNCIO
#
#
#
Você se afastou em silêncio.
Em silêncio aqui eu fiquei.
Tentando entender.
A razão do seu adeus.
As lágrimas caiam em silêncio.
Molhando o rosto meu.
Tinha gosto de sal, misturado
ao amargo fel do adeus.
Tentei acalmar minha alma.
Abafando meu grito de dor.
Mas no silêncio da noite.
Joguei meus aís ao léu.
Que foram sumindo no ar.
Feitos sussurros do vento.

Direitos reservados*
Cecília-SP/01/2008*

Foto de Psyller

Terras do verão

Nos campos de verão
Dancarei para longe com você
Eu nunca soube que a dor nos veria lá
E ainda que temessemos o silêncio
Nós nunca percebemos
Que a vida estava somente gentilmente passando

Quando a escuridão parece cair
Então eu posso ouvir você chamar
Sua voz esta mais limpa agora do que antes
E na chuva de verão
Eu carregarei toda sua dor
Se eu pudesse somente te ver de novo

Nas terras do verão
Uma luz ainda míngua em você
Como dias de inverno a muito tempo se foram
No meio de junho
E ainda que a cruz pareça mais leve
Em uma quente noite do meio do verão
Por que nós ainda sentimos tão frios por dentro/

Psyller

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