Seres

Foto de Amy Cris

Ilusão perdida

Luzes, câmera, ação
Mais um capítulo de uma vida perturbada no ar
Não sou a garota feliz da novela, sou aquela que morre no final, depois de vários ataques e perdas
Nada na vida é fácil, mas o que acontece na minha história é irreal, não pode ser mudado e sempre será um drama
E o que dizer dos romances perfeitos?
Bem, eles não existem, é tudo uma grande farsa que continuará iludindo os humanos; seres fracos e submissos
Eu quero mesmo é me isolar, fugir da ilusão, viver a realidade por mais que ela seja puro terror
A verdadeira comédia é estar feliz onde todos deveriam chorar por tudo e por todos
O suspense, serve para, às vezes, nos surpreender
Mas eu já não vejo surpresas num mundo que a cada dia me envergonha mais
Faço mesmo parte de todas essas coisas sem sentido e completamente sujas?
Não vou me dar ao trabalho de responder, não há mais respostas
Sou obrigada a me conformar com todas essas dúvidas que construíram esta maldita vida, até o fim, até a esperada morte...que unicamente sobreviverá para sempre.

Foto de Drica Chaves

Impressão de Ontem

Ontem, só ontem tive a impressão do etéreo
como gotas que caem em silêncio
e deságuam no coração...
Ontem eu vi amanhecendo o jasmim
Cheiro de essência amorosa
À beira da janela da vida...
Só ontem a brisa desmanchou os meus cabelos
Aquietando as mechas sentimentais
Revigorando a tez robustecida...
Ontem a maciez da pele se fez sentir
E então admiti o hidratante brilho do olhar
A penetrar fundo no inebriante mundo...
Só ontem fiquei a festejar
A tua dança, a tua chama acesa
Iluminando arestas e frestas a espreitar...
Ontem segui trilhos do trem esperançoso
Na Estação do Tempo
Serenando o abraço-chegada...
Só ontem encontrei o encanto
Há muito viajando outros caminhos
Já por diversos seres conquistados...
Ontem...
Só ontem...
Eu e a lua
Ficamos mudas
Tua boca (em meu sonho) pronunciou as mais belas palavras
Tatuadas na minha presunção...
Ontem, só ontem...

(Drica Chaves)

*Direitos autorais reservados.

Foto de Carmen Lúcia

Recônditos

Recolho versos dos dias,
palavras de intensa magia
que traduzam os vazios,
onde sonhos esquecidos
esperam, adormecidos...

Onde a breve euforia
ao atingir o seu ápice
agoniza em nostalgia
desfazendo seu disfarce...

Onde o frio do inverno
congela almas em desatino
que não puderam seguir
o lacônico destino...

E pelos cantos das esquinas
escondem o desencanto
do trágico fracasso
atribuindo ao acaso
a frágil incapacidade,
a impossibilidade
de olhar para o céu
e enxergá-lo azul...

Nos recônditos do mundo
mora um silêncio profundo
de um grito sufocado,
pedido de socorro,
engasgado,
onde seres choram versos
transtornados
clamando por fagulhas
de luz, de blues...

E da dor vejo nascer
a mais bela poesia
a resplandecer
sob a luz do dia.

_Carmen Lúcia

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Muito Além da Rede Globo - Capítulo 5

O amor é um problema crônico.
Sempre existe um comentário malicioso por detrás das câmeras. Sempre existe uma vida oculta nas cozinhas dos restaurantes. Sim, os cochichos das coxias, os bastidores das igrejas neo-pentescostais que vendem cocaína, as maquiagens de bancos que saem com água e sabão.
Mais que um problema, o amor é um entrave aos mais esclarecidos.
O amor possui entrelinhas que só os mais inocentes podem captar. As crianças que se adaptam ao mundo normal são concebidas ao som de pagode e morrem ao som de ambulâncias. Como achar lirísmo nessa situação tão simplória? Só o amor sabe explicar.
Existe um lado oculto nos seres humanos que há tempos não se pronuncia abertamente.
O lado bom.

Foto de betimartins

Fragmentos de um poema...

Fragmentos de um poema...

As palavras parecem estar dormentes, os meus dedos cansados, as teclas do meu teclado parecem estar coladas, tudo parece estar inacabado.
Pensei em ti poema, pensei na forma de te falar no que sinto e faltam-me as palavras que furtivamente fogem sem deixar rasto.
Lembrei-me da lua com todo o seu esplendor, deixando-nos sonhar com as suas noites de luar majestosas entre segredos e noites de amor.
Meus olhos azuis olharam as flores do campo, delicadas entre árvores, desnudadas e o cheiro a jasmim, sentindo a brisa acariciar o meu rosto de mansinho.
Cansada do meu poema, refresquei os meus pés na beira do rio, deixa-me curiosa sobre todos aqueles seres vivos nadando em direção ao mar, por quê? Por que poema tudo é tão belo e único.
Deixei-me nadar até chegar ao mar, olhando aquele azul que refletia o céu azul, entre nuvens inquietas e sereias abandonadas, nos seus cânticos apaixonados, clamando pelos marinheiros.
Quanta imensidão, quantos sonhos sonhados ali, nem os poetas, nem as palavras eram dignas de tanta, poesia viva, descrita ali...
Suspirei de amor, olhando-te meu amor, onde a poesia não tem palavras para descrever o sentimento que minha alma sente, agradecida a ti inspiração.
Entre os vales e as montanhas bravias e inacessíveis, entre as quimeras e a poesia, quero escrever-te um poema e não consigo...
Despi minhas vestes do preconceito, uma a uma, desenhei-te sem jeito numa noite de amor que nos torna imortais, entre desejos e nossas vontades sem medo de amar.
Escrevo entre a penumbra do nosso quarto, encontro fragmentos de palavras por ai esquecidas, por muitos em cada esquina, mas por mim gravadas em pobre coração apaixonado pelo teu.
Entre duetos e promessas de amor fizemos da vida um belo poema vivo, realizado apenas pela força do nosso amor.
Hoje eu queria te escrever um poema, um poema de amor, mas afinal o que sou eu para te escrever o que minha alma já escreveu desde a eternidade dentro do meu coração, neste meu fragmento de um poema...

Betimartins

Foto de jean Batista

7º Concurso Literário - Os mais genuínos versos

Os mais genuínos versos
São os versos de amor;
Saem apressados,
Sem os ver ou ouvir;
São criados sem compor

São tão momentâneos que por vezes os perco.
É como se alguém me ocupasse
E depois partisse,
Deixando palavras que se afogam e desvanecem

É como um momento de luz,
Um tempo onde tudo se clarifica
E tudo me é dado.

Mas não seria efeito do amor
Se não me fosse retirado de seguida.
E fico com um olhar vazio,
Tentando entrar naquele transe de novo,
Sentir aquela erva fresca mais uma vez
Antes de colher o indesejado fruto.

Não posso controlar os acessos à verdade,
Mas posso garantir que os tenho.
O amor que me arde é ficção,
Que aparece parcialmente em seres,
Mas que não morre com eles.

Foto de jean Batista

7º Concurso Literário - Nunca será pela tua forma que me perderei

Quando te sentires só e descoberta
Lembra-te apenas do meu murmúrio ao teu ouvido;
Recorda o calor e a eternidade das palavras
E abraça-me no teu sonho.

Olha apenas em frente, nos meus olhos
E o alto céu contempla.

E quando tudo te cobrir de cinza
E o verde se converter em pó
E de tudo isto pensares fugir…
Eu pensarei em ti

Sonharei contigo no mais belo prado
Agarrando o teu abraço solto;
Levar-te-ei onde sempre quiseste ir
Aquecer o teu corpo, fazer-te sorrir
Afastaremos do espelho o olhar morto
E juntos, sempre juntos, o mundo enfrentaremos.

Quando de novo acordares
E me sentires encostar no teu peito
Presta atenção ao som do pensamento
Enquanto as eternas palavras ao coração chamo:

Não é por seres a mais bela que te amo

Foto de vino silva

Lembro-me Amor

Lembro-me amor,
Eu quase não sabia o que fazer,
se doava-te ao meu peito,ou deixava-te adormecer.
Ou se te mantinha acordada, para seres minha.
Ou recitava um poema,como uma canção de embalar,
em meus braços te mantinhase,quietinha,
e enroladinha que nem uma gatinha,
era tão bom!
O nosso momento e só deus tinha acesso.

Lembro-me amor,
a loucura de ter ,parado o trânsito,
para oferecer-te uma rosa,
nosso amor ,quebrava a monotonia,
agora quando longe de mim ,
estás, pareço, que nem sou mais eu,
em minhas melancolias,
não posso ouvir a nossa música,
a lembrança e o ciúme me faz,
pegar o telefone,e ligar para ti,
para que voltes logo,no nosso ninho de amor.

Foto de odias pereira

"ROSAS VERMELHAS"...

Essas rosas vermelhas me lembram,

Meus momentos no passado.

Me traz fatos antigos e relambram,

AH !... Como eu era feliz e apaixonado.

Eu amava e era amado,

Vivia o tempo todo sorrindo.

E por ela, eu era muito desejado,

E o nosso amor era tão lindo !...

Ela era uma princesa,

Cheia de vida e saúde.

Eu a amava com muita nobreza,

De todo o jeito que pude.

Toda manhã eu passava,

Na banquinha da florista.

E rosas vermelhas eu comprava.

Pra presentear minha artista.

No nosso amor não existia,

Brigas nem discurssão

Tudo que agente fazia,

Tinha amor no coração.

E o tempo ia passando,

Pra nós tristeza não existia.

Cada vez mais nos amando

Em toda hora do dia.

Mais a nossa felicidade

Sofreu uma decpeção,

E a doença da maldade.

Veio pra ferir o meu coração.

Meu grande amor adoeceu,

E subiu mais cedo pro céu.

E a minha vida estristeceu

Após esse fato cruel.

Rosas vermelhas me lembram do rosto,

De um amor antigo muito amado.

O amor que era composto,

Por dois seres apaixonados.

São José dos Campos

Odias Pereira
09/01/2011

Foto de maria rodrigues

Onde anda o amor?

Uma pergunta que faço a mim própria.
Onde anda o amor?
Eu ainda acredito no amor, penso mesmo que todos os seres humanos acreditam no amor.
Se assim não fosse, quando olhamos à nossa volta não viamos como os jovens se olham embevecidos, se abraçam e se beijam, não viamos como as pessoas, mesmo sem se conhecerem são capazes de trocar sorrisos e por vezes palavras afáveis.
E depois há o outro tipo de amor, o amor que se dá pela partilha, pelos gestos, pelas coisas simples, o amor que não escolhe idades, que por vezes, é a própria idade que nos mostra esse amor de uma maneira diferente.
É nesse amor que eu acredito, é desse amor que ando à procura.
É por esse amor que eu me questiono onde anda o amor?

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