Sentidos

Foto de Zepoeta.com

O templo.

O templo.
De: José dos reis santos.

Eu agora sou um templo,
Que nas paredes brancas,
Impregnadas da textura da tez,
E da cor de tua pele.
Forma nos meus olhos imagens dos teus,
Que, como estrelas, reluzem na minha alma.

O ouro que cobre os corrimões das escadas,
O lustre do mais fino cristal
Que ostenta exuberância, o mármore puro,
Tem as formas de teus carinhos.
Não há como me deixar, o templo é teu retrato,
Cheios das essências de seus sentidos...

Agora sou um templo, vazio e cheio.
Sou sem ti, mas por ti é que vivo.
Como templo, romperei todos os tempos,
Transgredirei a memória, ficarei na história,
Minhas paredes não sumirão o branco,
E teus passos, meu coração jamais esquecerá...
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Foto de M.Veríssimo

Acabou a musica

Acabou a musica que compusemos,
em nossos pensamentos ditosos...
dedos trémulos ansiosos expusemos
no teclado de corpos sequiosos.

Acabou a musica que delicadamente,
no instrumento da tua alma toquei
notas graves vibrando infatigavelmente,
percorrendo segredos que ocultos acariciei.

No tambor de tua pele aveludada
escrevemos versos em tons de gemidos...
mas acabou a musica na qual alterada,

nos embrulhámos suados em sustenidos
e orgulhosos tocámos música transpirada
maestros na orgia dos sentidos.

Foto de M.Veríssimo

No Meu Poema

No meu poema
escrito em sangue,
escrevo com o corpo
da alma, nua
aberta e exangue
vaga no sentido
carregada de sentimento
pleno e pungente

No meu poema
choro a felicidade
de te ter respirado
de termos dançado nus
despidos de mágoa
vestidos de saudade
na dança dos sentidos
soltos, efémeros

No meu poema
esvaio-me exausto
derramado em jorros
de luz e sombra
delineando o teu contorno
venerando a tua imagem
gravada a lume
na carne viva
da minha memória

No meu poema
me entrego rendido
nos teus braços

Foto de angela lugo

Algum dia sentirá...

Quando teu coração bater mais forte no peito
É porque estou chegando perto de ti
Quando estiver a sonhar... E acordar
É porque saí de teus sonhos
Quando teus olhos encharcarem pelas lágrimas
É porque não estarei mais na tua visão
Quando sentires que está sozinho na solidão
É porque parti e a saudade bateu no coração
Quando estiver a cantar e sua voz emudecer
É porque sua canção chegou aos meus ouvidos
Quando sentir um olhar sobre ti
É porque olho o porta retrato que está tua foto
Quando a insegurança aflorar em teus sentidos
É porque a segurança está em meus braços
Quando perceberes que a estrada acabou
É porque está distanciando-se de mim
Quando olhar para o céu e ver uma nuvem passar
É porque estou olhando para ti todos os momentos
Quando sentires tua alma saindo do teu corpo
É porque ela veio de encontro a minha
Quando na tua boca estiver um gosto de mel
É porque meus lábios estiveram selados aos seus
Quando finalmente se sentires feliz na tua vida
É porque estará completamente dentro da minha
Quando sentir um tremor em tua alma
É porque este dia sentirá todo meu amor por ti
Quando o relógio do tempo parar...
É porque morri de tanto te amar...

Ângela lugo

Foto de Rick_DX

4 Sentidos \ Um beijo

4 Sentidos

A vida tem 4 sentidos:
Amar, sofrer, lutar e vencer!
Quem ama sofre,
Quem sofre luta,
Quem luta vence!
Por isso, ama muito,
Sofre pouco,
Luta bastante
E vence sempre!

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Um beijo

Abre a mao!
Espera...
Agora podes fecha-la.
Ecosta-a ao rosto...
Abre-a.
Sentiste!
Era um beijo meu

Foto de Carlos Danilo

Sem título ainda

O amor se alojou nas víceras sem licença
Que contaminou o sangue das minhas veias
Que entorpeceram os sentidos
Mas o que sobrou de lucidez
Acendeu a luz da busca
Se não enxerga,ofusca
Coragem de olhar para os demônios
Brilho de sobrevivência perdida
Bálsamo de alívio,mistura de dor e partida

Foto de M.Veríssimo

Tua Melodia

Foi-me trazida agora pelo vento,
a tua voz levemente sibilando…
num claro e cálido encantamento,
ao meu ouvido docemente ciciando...!

E contou-me histórias de encantar,
em viagens de sonhos vividos,
contos belos, contos de embalar,
pelas pequenas coisas transmitidos.

A tua melodia assim me envolveu...
fez-me partir, fez-me sonhar...
fui pirata, rei, bobo, ateu,

na musica que os meus sentidos revolveu.
E enfeitiçando-me obrigou-me a cantar,
a tua melodia, que do meu desejo nasceu.

Foto de Foxylady

Masmorra

Final de tarde.
O vermelho no céu anunciava o calor que passara e se iria sentir no dia seguinte.
A luz fugidia desvanece e mal se vislumbram as sombras naquelas paredes semi- rebocadas.
Entram sons quase imperceptíveis pelas grades da pequena entrada, vejo pés que passam e outros que se cruzam indeléveis no caminho a percorrer.

Tento sacudir a cabeça na tentativa falhada de não entrar sangue nos olhos, em vão me debato, o mesmo escorre em gotas finas lânguidas e demoradas e já o saboreio...Posso reparar que pousa nos meus peitos desnudados e hirtos pela frescura do tenebroso lugar.

Virou costas e saiu.
Permaneço imóvel, imutável, imobilizada, mortal...
Desesperadamente indefesa.

A sós com os meus pensamentos encurralada entre 4 paredes decadentes, a ferrugem das grilhetas corrói-me a pele, estremeço no receio e na incerteza do futuro...

Rodas guincham num derradeiro esforço, entra uma mesa putrefacta com uma toalha preta disfarçando o rude artefacto.
Mais relevante o que nela jaz pousado: chibata, correntes...palmatória... venda...Gag...os punhais...velas vermelhas e pretas qual aparato satânico que faz ranger os dentes e elevar cada pêlo do corpo...

Não me atrevo a chiar um "ai". Observo apenas.

Levanta a mão, dirige-se num gesto para mim, calculo que vá aliviar minha dor, da coroa de espinhos que me martiriza mas em vez disso puxa por meus cabelos misturados de vermelho e atira minha cabeça com força para trás na cruz que me segura...

Quer me ouvir a implorar, caso ceda sofrerei torturas.

Meu mestre permanece calado, inamovível, inabalável de sua missão, limpar meus pensamentos de luxúria pecaminosa que me invadem os sonhos e me soltam a voz enquanto durmo, cheiro de mulher para mim estava off limits porque ele assim o ordenava.

De palmatória em riste, olhar maquiavélico que me cega, defere golpes em meu sexo.
Nada posso fazer senão respirar fundo a cada investida, dolorosa, que me arreganha as entranhas e me faz entregar assim de maneira inteira.
Afasta meus lábios, e agora acende a vela, a chama eleva-se majestosa e começa a soltar gotas que me marcam e ferem a fenda humedecida por um turbilhão de emoções, uma amálgama de sentimentos que me faz perder os sentidos.

A cera misturada com meus sucos cai no chão enquanto mais continua a cair em mim, estremeço ainda com cada gota, cada gota me arrepia e ferve o sangue cá dentro na ânsia e receio de o sentir.

Palmatória outra vez, castiga-me friamente, sua respiração denuncia o prazer animal e grotesco que suga de todo o cenário.

Os lábios inchados cobertos de cera começam a ser revelados à medida que a cera vai caindo a cada investida, ora nos mamilos hirtos do frio da noite que nos abraçou.

Engulo os queixumes, debato-me em vão, ele aumenta a intensidade...
Não aguentando mais perco os sentidos, o sentir mata-me aos poucos e colapso no escuro.

Acordo (quanto tempo terá passado?), o seu corpo aperta-me e um punhal no pescoço trava-me um hipotético gesto. Com a lâmina faz pequenos golpes no meu pescoço que chupa sofregamente, eu mal me atrevo a respirar horrorizada pelo seu olhar encerrado naquele capuz hediondo. Respiro tremulamente, dificilmente me lembro do frio, somente sinto o fio que corta minha pele enquanto me aperta cada vez mais.

Sinto seu membro encostado ao interior de minhas coxas, sofro por senti-lo...

O mestre respira ofegante, sinto seu perfume que me entesa mais ainda.
Sem contemplações nem avisos, de uma só golpada sinto-o todo vibrante dentro de mim...A cada investida enterram-se mais os espinhos que me ornamentam a fronte.
Largou do punhal e arranca-me a gag por onde fios de saliva escorrem para me dar a mão inteira na boca antes de poder gritar.
Ferrei com a força toda que advinha do prazer, sei que ele gosta que eu sofra e que me perca nos meandros das sensações do meu corpo...

Banhada na loucura o calor imenso que me sufoca e sobe corpo acima até me deixar desfalecida em seus braços enquanto ele me presenteia com o seu auge...

Beijou-me.
Soltou minhas mãos, beijou cada uma com devoção.
Soltou meus pés, beijou cada um com igual devoção.
Levou-me ao colo, deitou-me num banho quente com sais...

– Agora és minha Rainha, sirvo-te eu!

Foto de Aldinho Neto

O amor...

Se definição não existe
Se explicações nem chegam perto
Se o racionalismo para ele parece brincadeira de criança
Se faz cair teoria por teoria
Se, por lógica, nada se entende
O que faremos com tanta inexplicação
MISTÉRIO!

Os poetas sempre o citarão
Os artista o trarão para muito perto
Os anjos o farão pulsar
mas só os sentidos o farão fluir
E só os amantes o proclamarão
INEFÁVEL!!

Foto de InSaNnA

Amor em erupção

Sinto o calor de tuas mãos
na minha..
O sangue esquenta,
provocando arrepios..
a luz do teu olhar,
desenha os teus desejos,
no meu corpo,
A boca a caminhar...
Os meus sentidos loucos
dançam em seus dedos..
Perco-me no enlaçe confuso
dos nossos corpos,
em tantas carícias roubadas,
entre os nossos montes
de relvas..
Faíscas de volúpia
saltam em odores,
ressaltando as cores,
de nossas peles rubras..
hormônios em elevadores,
passeiam em suspiros cedentes..
Corpos em erupção !!
É A vida presente,
em lavas
transparentes..

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Beijos,beijos e beijos!
Obrigada pelo carinho!

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