Sentidos

O amor é bom mas é dolorido, diante dos olhos das crianças ,passa despercebido
O amor é longo, como um filme antigo, que passa cheio de obstáculos, de chuviscos
O amor é sério , como o olhar do desejo ardente
Faz a dor tomar posse
Do coração e dos sentidos
O amor transforma o sorriso, em sol quente e brilhante noite e dia
Esse amor tão forte, inebria
Enlouquece , entorpece, aquece
Esquece e não é esquecido
Padece mas não cansa
Falece e ainda sobra
Alguma esperança.

Sinto-me só neste mundo onde tantos rostos se rodeiam, se aproximam, e eu só quero fugir porque não vejo ninguém; é perdida que te encontro e tua acalmando-me dás-me um mundo onde me possa isolar.Sinto que nesse momento renasço, dou-te o meu corpo numa inocência de bébé e tu simplesmente o tocas como se dum bébé se tratasse.Tiras pouco a pouco os espinhos que cravam a minha alma , dizendo que eu sou uma rosa mas eu apenas choro pelas urtigas que existem em mim.Cantas-me uma canção de embalar e eu, deixando-me embalar sinto as pálpebras fecharem-se pouco a pouco e é ai que tu desapareces...chove, troveja...é o terramoto da minha alma...corro como uma louca e procuro-te no vazio do meu quarto, tacteio a parede, com esperança que dela possas ressurgir...Sinto que apareceste, que estás ali, mas a tua invisibilidade impedem-me de te tocar...sinto o teu perfume mas não consigo cheirar-te...peço aos deuses que te devolvam, mas os mesmos emitindo gargalhadas dizem que não se pode ter o que não está ao nosso alcance.Dizem-me que para te ter terei que morrer e eu, banhada pela esperança de te voltar a abraçar nem espero pela morte...rastejando de alegria vou ao seu encontro.Bato com todas as minhas forças numa porta de aço que à minha frente se depara...mas de lá respondem-me que eu não posso entrar, que sou obrigada a padecer vivendo.Perco os sentidos e de novo sou empurrada para a vida...estou de novo rodeada mas tão sózinha!!!Tudo me oferecem, ao que tudo recuso, peço sómente o meu amor de volta...sinto que morri e ai tenho a certeza que "viva", já morri h+a imenso tempo.

Assina:Bela, just Belabita

Sinto um frio na barriga de um amante juvenil
Quando aproximo dos seus lábios,
Meu coração dispara, estala, e pulsa
Em uma sinfonia descompassada, desajustada
No ritmo do desejo pela procura do teu lábio

Minha espinha vem um calafrio
Que percorre toda as costas,
Em minhas mãos se tem uma leve tremida
Como um pequeno choque de nervos...

Meus olhos tremem lentamente
Com a carga do desejo sentido
Descarregando neles parte deste desejo intenso
E por um momento fica estático
E levemente se fecha e se rende a delícia do momento

Minha cabeça vai além da terra e alcança voou alto
Acima de todo o resto do mundo...
Tudo em volta é desnecessário
Tudo a minha volta é detalhe...

Minha virilha sente um calor que sobe lentamente
Vai ao meu sexo e volta as minhas pernas
Numa dança que envolve meu corpo todo

Minhas coxas se arrepiam timidamente
Como se tiveras cometendo um pecado
Por deixar cair nessa tentação no delírio do momento

Meu corpo se perde se rende numa luta injusta nesta dança sinfônica
Tocada por teu corpo a minha frente, música paradoxal
E absurda no êxtase de sentir, de pensar, de não pensar...

Entre tantos detalhes é por estes
Por esta coreografia que fazes no meu corpo
Que o fazes refém sem saber, que me ampliam meus sentidos
Que gosto tanto de te beijar...

Caminhando pelo vento
Tentando entender
Os meus sentimentos.

Quando ando
Ao lado do meu pranto
Idealizando planos
Para seguir na vida
Lutando contra meus sentimentos
Sem vitoria.

Todos meus sentidos insentidos
Caem diante a sua sedução
E esqueço aquela
Para quem jurei meu coração.

Sentimentos e sentidos
Todos sem razão
Que travam batalhas no meu coração
Mesmo sem errar
tenho que te pede perdão.