Sinto-me só neste mundo onde tantos rostos se rodeiam, se aproximam, e eu só quero fugir porque não vejo ninguém; é perdida que te encontro e tua acalmando-me dás-me um mundo onde me possa isolar.Sinto que nesse momento renasço, dou-te o meu corpo numa inocência de bébé e tu simplesmente o tocas como se dum bébé se tratasse.Tiras pouco a pouco os espinhos que cravam a minha alma , dizendo que eu sou uma rosa mas eu apenas choro pelas urtigas que existem em mim.Cantas-me uma canção de embalar e eu, deixando-me embalar sinto as pálpebras fecharem-se pouco a pouco e é ai que tu desapareces...chove, troveja...é o terramoto da minha alma...corro como uma louca e procuro-te no vazio do meu quarto, tacteio a parede, com esperança que dela possas ressurgir...Sinto que apareceste, que estás ali, mas a tua invisibilidade impedem-me de te tocar...sinto o teu perfume mas não consigo cheirar-te...peço aos deuses que te devolvam, mas os mesmos emitindo gargalhadas dizem que não se pode ter o que não está ao nosso alcance.Dizem-me que para te ter terei que morrer e eu, banhada pela esperança de te voltar a abraçar nem espero pela morte...rastejando de alegria vou ao seu encontro.Bato com todas as minhas forças numa porta de aço que à minha frente se depara...mas de lá respondem-me que eu não posso entrar, que sou obrigada a padecer vivendo.Perco os sentidos e de novo sou empurrada para a vida...estou de novo rodeada mas tão sózinha!!!Tudo me oferecem, ao que tudo recuso, peço sómente o meu amor de volta...sinto que morri e ai tenho a certeza que "viva", já morri h+a imenso tempo.
Assina:Bela, just Belabita