Semana

Foto de Emerson PS

Calculo do Amor

Quanto você acha que vale um grande amor?
Ou melhor... Como você calcula o amor por alguém?
Alguns diriam que sabem o quanto amam outra pessoa pelo tempo que se pensa uma na outra, que vai da hora em que se acorda à hora de dormir, e ainda durante os sonhos.
Outras diriam que pelo tempo que passam juntos, que é variado conforme a situação do casal. As vezes apenas às noites, as vezes apenas aos finais de semana... Mas para eles o que prova o quanto se amam é a qualidade desse tempo juntos, que soa diversificados em olhares apaixonantes, carinho, afago, conversas significativas que começam com um: como foi seu dia?, as vezes tratar alguma indiferença, o que torna o amor mais sólido, pois é prazeroso quando são resolvidas as diferenças e isso fortalece a união, e também por que é gostoso fazer as pazes.
Acredito que todas as formas de amar estão corretas...
é gostoso pensar o dia todo em quem você que sempre ao seu lado;
rir sozinho quando se lembra de momentos bons;
quando antes de dormir você faz questão de desejar uma ótima noite para esta pessoa que sabe que a voz dela ficará em sua mente e, ter um soninho gostoso e sonhar com ela é inevitável e alegra o coração;
é bom acordar lembrando do sonho e sorrir por que você ama,
e um bom dia faz todo o resto dele ser único...;
é bom estar juntos, sentir o cheiro, o cafuné, o abraço, o beijo...
mas o que torna o calculo do amor perfeitamente único é este...:
Pensamentos 24hs por dia x Dias que se vêm na semana x meses que vão passar juntos agora divide o resultado por ele mesmo.
Encontrou a resposta?
Está naquele segundo, quando os olhos se fixam uns nos outros , a Mao gela, o coração acelera e o mundo para... em câmera lenta você diz...: EU TE AMO!
Neste momento as variáveis são irrelevantes, e o Máximo denominador comum é aquela pessoa.
Basta agora somar ao resultado a o infinito, para que a eternidade seja o meio da historia desse grande amor.

Foto de Joice Lagos

Dedicada ao jovem maikon Willian Pereira Amon (falecido)

Numa madrugada de domingo você disse essa frase " diga para a Joice que eu a amo"
Meu coração teria explodido de tanta alegria, se não fosse pelo simples fato de que foi seu ultimo sopro de vida, seus últimos sussurros.
"Uma linda história de amor" disseram muitos, eu particularmente digo que foi a história de amor mais trágica que já conheci.
E o que mais me dói é que essa história tão triste é minha, e é hoje é a minha lembrança mais doída.
Você foi baleado covardemente naquele domingo , quando saía da danceteria, eu soube somente na hora do almoço, mas confesso que não acreditei, que me pareceu uma brincadeira boba, afinal fiz aniversário naquela semana. mas não, para meu desepero era mais real do meu eu gostaria.
naquela hora meu Mundo desabou, os sonhos que eu tinha se despedaçaram, eu chorei de dor, chorei de desepero, chorei todas as lágrimas que tinha em mim.
Te ver naquele caixão, me fez sentir vontade de soprar vida em seu corpo, de te abraçar e te impedir de ir embora, te impedir de sofrer.
Senti muito por não ter estado com você em seus últimos momentos de vida, senti por termos terminado o namoro um mês antes do incidente.
Pensei naquele instante que a minha vida ia com você. Mas Deus não me abandonou naquele momento, apesar de todas as lágrimas e de toda a dor, eu suportei o vazio e segui em frente, mesmo com o coração partido eu continuei a viver.
E Deus me presenteou, ele me deu outro amor, um homem maravilhoso que tenho certeza que você aprovaria.
Mas não sinta ciúmes meu anjo, porque você sempre será minha lembrança mais doce, ninguém apagará você de mim, ninguém consumirá com as lembranças.
E meu amor se você chegar a ler esta carta não sinta ciúmes do Maikon, não posso impedir que ele seja especial na minha vida, que seja uma lembrança boa, afinal tudo que foi bom no passado a gente guarda na alma e no coração para sempre. e você é meu presente e meu futuro é ao teu lado, e eu te amo muito.
E hoje através desta carta gostaria de desejar que o Maikon esteja em paz, onde quer que esteja.
Dedicada ao jovem Maikon Willian Pereira Amon, baleado covardemente ao sair de uma Danceteria em 09/01/2005.
De sua ex. namorada e grande amiga Joice Lagos

Foto de diny

NAMORADO

Namorado:
Ter ou não ter, é uma questão.
Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si
mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado
de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de saliva,
lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.

Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil.
Mas namorado, mesmo, é muito difícil.

Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer
proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase
desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda,
decidida, ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de
aflição.

Quem não tem namorado não é quem não tem um amor: é quem não sabe o
gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um
envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter namorado.

Nao tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas,
medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Nao tem
namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar
sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria. Nao tem namorado quem faz
pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a
felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.

Nao tem namorado quem nao sabe o valor de mãos dadas; de carinho
escondido na hora que passa o filme; de flor catada no muro e entregue
de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico
Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre a
meia rasgada; de ânsia de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô,
bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Nao tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer sesta
abraçado, fazer compra junto. Nao tem namorado quem não gosta de falar
do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro
dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Nao
tem namorado quem nao redescobre a criança própria e a do amado e sai
com ela para parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton
Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical na Metro.

Nao tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem nao dedica
livros, quem não recorta artigos, quem não chateia com o fato de o seu
bem ser paquerado. Nao tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem
curtir; quem curte sem aprofundar. Nao tem namorado quem nunca sentiu o
gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou
meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais. Nao tem namorado quem
ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de
obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Nao tem
namorado quem confunde solidão com ficar sozinho. Nao tem namorado quem
não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.

Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você
vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve,
aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar.

Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções
de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de
si mesmo e descubra o próprio jardim.

Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua
janela.

Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de
fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu
descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante
a dizer frases sutis e palavras de galanteria.

Se você não tem namorado é porque ainda nao enlouqueceu aquele pouquinho
necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.
Elou-cresça.

(Carlos Drummond de Andrade).

Foto de cafezambeze

CARTAS COM ESTÓRIAS DE ÁFRICA (I/VII)

O DIA EM QUE TEU PAI LEVITOU/O DIA EM QUE SEU SANGUE FRIO E SUA INEGUALÁVEL PONTARIA SALVARAM UM AMIGO

Belém, 27/01/2006

Cara sobrinha

Faz tempo me perguntaste se não tinha fotos do teu pai quando em África, pedido que encaminhei para os meus imãos e que creio, devem ter dado uma de baianos. Amanhã... Amanhã...

Esta semana pegaram uma sucuri, prima da anaconda, com uns 4 metros, que passeava no galpão da empresa onde trabalho. Houve comentários e estórias e me lembrei d'algumas onde o teu pai foi a personagem. Não são fotos... mas tentarei enviar-te de vez enquando alguma estorieta.

O DIA EM QUE TEU PAI LEVITOU

Eramos garotos. Eu com uns 10 anos e teu pai com uns 13.
Moravamos em Vila Pery, mais ao menos no centro geográfico de Moçambique.
A alguns quilômetros da vila, destacava-se no horizonte uma formação rochosa conhecida como a Cabeça do Velho.
Não sei mais de quem foi a idêia, acho que dele, mas resolvemos escalar a Cabeça do Velho. Menos temerário, me lembro de atentar para o problema das cobras que eram uma praga. Que nada, argumentou, vamos levar o cavalo marinho do pai (um chicote feito de couro de hipopótamo com um metro e meio mais ou menos), uma chicotada na cobra que aparecer e quebramos-lhe a espinha.
Pegamos um lanche, cantis com água e um caixote kodak e, lá fomos a pé.
A escalada correu bem e em poucas horas chegamos ao topo. Depois de algumas fotos (que ainda devem existir) começamos a descida.
Seguiamos por uma espécie de trilha ladeada por capim seco. Teu pai caminhava uns 5 metros à minha frente quando duas cobras resolveram atravessar a trilha.
Eu gritei e, instintivamente, talvez alertado pela restolhada das cobras no capim, teu pai pulou. Como em câmara lenta e com o coração querendo sair pela boca, vi as cobras de cabeça levantada passarem por debaixo das pernas dele.
Devem ter sido talvez frações de segundo, mas ele ficou parado no ar, de pernas encolhidas. Só caiu depois das malvadas terem passado.
Do susto, me vinguei por uns tempos aconselhando-o, todas as vezes que saíamos, a não esquecer o cavalo marinho para o caso de aparecer alguma cobra.

O DIA EM QUE TEU PAI, SEU SANGUE FRIO E SUA INEGUALÁVEL PONTARIA SALVARAM UM AMIGO

Teu pai, desde pequeno, sempre foi um exímio atirador, tanto à bala como com arma de cartucho.

Devia ele ter uns 14/15 anos, quando fomos fazer uma caçada na farm de um amigo. O Aguiar.
Fomos de bicicleta, eram só 14 km. Na propriedade nos reunimos com o Aguiar e os irmãos, e lá fomos nós. Além das fisgas e pressão d'ar, a arma que levávamos era uma 410 (cartucho) de 5 tiros. Uma adaptação feita com uma culatra de fuzil Mauser.

Depois de matarmos algumas rolas e galinhas do mato (cangas), já de volta para a sede da farm, um dos funcionários que nos acompanhava começou a gritar:
Inhoca! Inhoca! (Cobra)
Era uma senhora Mamba Negra (veneno suficiente numa mordida para matar 10 pessoas em pouco tempo), bem grossa, que serpenteava rápido. Enquanto ela corria, teu pai fez quatro disparos e, embora depois constatássemos que todos a tinham acertado, eles não a pararam.

A bicha se arrastou para um grupo de arbustos, e esse nosso amigo Aguiar correu com um pau para afastar os arbustos à procura da cobra. Logo que ele se chegou aos arbustos, vimos a cobra levantar-se à altura da cabeça dele. Tudo se passou na velocidade de um raio. Um tiro e a cabeça da cobra voou... O susto veio depois quando nos apercebemos de como a morte nos rondou.

O Aguiar ficou branco como papel e sem conseguir falar por um bom bocado.

Foto de Evandro Machado Luciano

A Louca dos Espelhos

Os espelhos estavam voltados para as estradas da cidade de Outrora. Todo domingo Ofélia virava os seis espelhos de sua casa para a rua. Ninguém, absolutamente ninguém sabia o motivo. Alguns, mais perspicazes, ousavam especular...
Enfim...
Imagine, você andando tranquilamente pela estrada de chão batido, quando de repente, não mais que de repente, se depara com a imagem mais horripilante que possa ser concebida pela mente humana. Sim, os espelhos estavam voltados para a rua. Ofélia era, sem dúvida, a mulher mais maligna que a cidade de Outrora já conhecera. E não havia nada a ser feito. Ora bolas, a polícia local tentou de tudo: balas de canhão, bombas de hidrogênio, e armamentos bélicos jamais vistos, nem mesmo em Outrora. Os espelhos não quebravam de jeito algum. Magia? Alquimia? Sei não, havia algo de muito estranho naquela mulher.

O que sempre me incomodou naquele ser odioso, – veja bem, refiro-me à OFÉLIA- é que seus surtos psicopáticos aconteciam apenas nos domingos. Nos outros dias da semana, Ofélia agia como uma perfeita mulher de Outrora. Mantinha-se calma, submissa, obediente aos bons costumes e, jamais relava seus calejados dedos sobre os amaldiçoados espelhos. Que tinha aquela mulher? Que vozes lhe ordenavam repudiar os bons costumes e reverter sua normalidade em ousadia repreensiva? Quem era aquela mulher para apresentar ao mundo imagens tão devastadoras?
Ouviu-se dizer, que um dia desses, Outrora havia sido invadida por uma tropa distinta, vinda diretamente de Lugar Algum. Esses rebeldes enrustidos fantasiavam-se de nobres senhores, apoiados sob a retórica social, e desfilavam asneiras em praças públicas. Certa feita, pernoitaram na residência de Ofélia. Ao amanhecer, diziam querer libertá-la dos grilhões de Outrora, e conduzi-la à Lugar Algum.

Que desrespeito! Uma mulher exemplar, corrompida por estes arruaceiros. A partir daí, aquela casa nuca mais fora a mesma. Doravante, todos os domingos seriam de extremo pavor para os transeuntes da cidade.
Aquelas ruas nunca mais foram as mesmas.
Quando a semana anunciava o crepúsculo, todos temiam passar em frente à casa da louca dos espelhos. Enquanto isso, Ofélia sonhava. Sonhava com Lugar Algum.

Exceto nos outros dias, quando se tornava a mulher exemplar.

Foto de Siby

História de vida

As horas passam...
E completam um dia,
É a vida na sua travessia,
São horas que não voltam.

E os dias passam...
E completam a semana,
É a vida e a sua rotina,
Com momentos que marcam.

E as semanas passam...
E completam um mês,
É bom escrever o que se fez,
Palavras escritas é que ficam.

E os meses passam...
E completam um ano,
Mistérios e tramas do destino,
Histórias de vidas que continuam...

Foto de luar da noite

Saudade

O coração que bate forte,
Marca presente,
Rasga uma vontade,
Dói na verdade.
Não muito tempo atrás,
Um chama que se acende,
Um sonho que não desvanece,
Não se deixa esquecer,
Quero ali viver,
Desapertar este nó da alma,
Que não enlaça,
Mas aperta e trás saudade.
Jamais te esquecerei,
Hoje sou prova disso,
Faz tanto tempo, mas,
Tanto tempo,
Uma verdadeira eternidade.
Rasgas as amarras,
Sorrisos e gargalhadas,
Hoje e sempre marca a verdade,
Como ontem, ou,
Na semana passada...
Trazes alegria contigo,
Mesmo em dias de tempestade...
Deito no teu colo,
Hoje como antes,
Uma menina,
Uma princesa,
Era tão mimada,
Mas muito amada,
Descobre teu corpo,
Num mergulho certo e seguro,
Como posso não te ver?
És tanto,
Mas nunca serás nada,
Corres na minha alma,
Escorres em minha face,
São teus meus sonhos,
Até o mais devasso...

Foto de Maria silvania dos santos

Depois de uma boa birita

Depois de uma boa birita

_ Olá! Meu nome é Arielle, sou ruiva tenho 1,55 e 52Kg, linda aos olhos de quase todos.
Hoje já me encontro com 25 anos de idade e sempre gostei fazer novas amizades, ou melhor, para mim nunca teve ninguém que eu considerasse estranho, para mim todos serião meus amigos, des de que não viesse me aconselhar.
Antes, a uns anos atraz, se as pessoas aproximasse de mim, ótimo, eu daria continuidade, se não, eu mesma chegava junto, isto para mim não faria diferença.
Desde os quatorze anos de idade, sempre gostei de sair as noites para as baladas com os amigos, e tudo para mim era perfeito, bastava aparecer e eu estaria dentro, pena que com isto não tive um final feliz.
O fato que vou contar é para arrepiar, mas agora não tenho como atraz voltar.
È um fato que aconteceu comigo aos meus 24 anos quase 25, quando eu pensava está curtindo o que era meu direito, quando tudo parecia perfeito.
Um fato que me arrependo muito, um fato que se eu pudesse voltar a traz e prever o futuro eu jamais faria, pois é triste lembrar aqueles dias.
Sempre tive amizade com pessoas da classe média para alta, claro era os de minha preferência, pois teria o que me oferecer, mês de outubro, que já é quase final de ano, è um mes que dá muita festa aqui na minha cidade e nas redondeza, e por isto era a época que eu mais me divertia, e se não era nesta época nós daria um jeito, ficar em casa as tarde é que não daria.
Também não posso negar que depois dos meus desoito anos, por ser maior de idade eu me sentia a super herói, aceitar conselhos nem pensar, sou maior de idade e sei me cuidar.
Eu , a Jaque, a Emanuela, o Leandro, o vinicio e o kaka, é uns colegas da minha rua mesmo. Estes já fazia parte do nosso grupo, estes em primeiro lugar, um grupinho de seis, nós faria a vez.
Sempre que possível juntávamos a nossa turma e íamos para algum lugar, sei-lá, alguma balada, uma cachoeira, um piquenique em alguma fazenda de algum amigo nosso, ou mesmo algum amigo que surgiu dirrepente, pois sempre parecia mas alguns novos amigos, ou os quais diziam amigos né.
E claro que os namoricos, as trocas de parceiros isto não era dispensável, o que não podia era ficar chupando dedo segurando vela.
Mas como não era nada serio, não teria problema.
Depois de uma boa birita, uma farinhasinha, tudo era normal, até mesmo troca de casal.
Em nosso grupinho as vezes até menor de idade surgia, doze anos acima se fosse esperto, secreto e topasse de tudo, podia fazer parte do grupo, já era, pois a idade era nós quem faria,.
Pois na verdade quanto mais gente no grupo, seria mais divertido, quando saiamos para algum lugar, se ficasse alguém sem par, agente daria um jeito, ia observando o mato que entravamos claro, e arrumávamos mais alguns amigos que devagar faria parte do nosso grupo.
E claro que a preferência era para mocinha entre treze a dezesseis anos de idade, e que fosse rebelde, pois alem de estar com tudo em cima, era chama para nosso grupo e sabia que estas conseguiria disfarça com seus pais.
Para conquista-las, faríamos de amigos, pouco a pouco iamos conquistando, a primeira dose dos nossos produtos nós daríamos, diziam que era para melhorar o clima, que era só para experimentar.
Mas, claro que se preciso daríamos a segunda e ate a terceira no máximo.
E assim a coisa ia esquentando, sexo então, rolava sem dó, se estivesse em nosso grupo teria que topar de tudo, roubar, o que fosse preciso!
Agente estaria sempre mudando de lugar, era para não marca ponto.
Lembrando também que cada um teria uma missão.
Me lembro que, na ultima balada que fomos, conhecemos a bete, uma menina de quatorze anos, que dizia que fugir de casa por estar apaixonada, hum! Esta foi a faca e o queijo na mão, não deu muito trabalho para nos fazer companhia.
Mas nós não sabíamos que esta foi a nossa armadilha, pois no próximo final de semana, alugamos um sitio e fomos a turminha toda incluindo a bete, hum, esta era linda, perfeita, todos queriam ficar com ela.
E esta topava tudo, na hora do sexo se force preciso até a colega ela aceitava.
E nesta noite noite, um de nossos parceiros sugeriu que, quem ficasse com mais parceiro e tivesse mais transa dentro de três horas, ficaria livre da sua missão por um mes, aceito na hora! E claro que cada um iria lutar pra ser o vencedor(a)
Só pedimos o tempo para a higiene e assim pegaríamos o primeiro disponível sem temo de escolha.
Valendo, relógio rodando.
Começamos nossa ação.
E não é que a Bete ganhou, foi ela quem ficou com mais parceiro.
Mas pouco tempo depois vimos o resultado.
A Bete passou apresentar palidez, desanimo, desmaio, e passou afastar lentamente do grupo, se queríamos saber o estava acontecendo ,ela dizia não estar bem de saúde.
Três meses depois ,quando estávamos na maior curtição, quando vimos a policia invadindo o casarão.
A Bete, a Bete tinha ingravidado, para seus pais ela tinha nos entregado.
Antes nela nos não tivéssemos confiado, pois hoje estamos em uma cadeia publica esperando o julgamento, e temos certeza que seremos condenados.
Da minha parte eu sei que mereço, pois meus pais tentaram o que pode par me ajudar e eu não os quis escutar.
Meus pais estiveram aqui onde estou, com dor e lagrimas no olhar, eu ouvi minha mãe falar que, já que eu não ouvi os concelhos que eles quis me dar, que ela prefere ver eu aqui, do que na vida que vivi.
Autora; Maria silvania dos santos

Foto de Bruno Silvano

Amor de Primavera

Primavera, ahhh a primavera... Era meados do mês de setembro, a estação ainda era o inverno, mas os dias passavam de pressa e se aproximava da primavera, as temperaturas eram bastante altas para a época, soava um vento típico da estação, não um vento qualquer, mas daqueles que sopram sem rumo, que são abafado, que nos prendem e trazem uma serie de pensamentos, reflexões. Estava sentado ali em uma rede improvisada em meio a natureza na fazenda de meus pais, tentando a todo custo ler um livro sobre astronomia, mas aquele vento não deixava, foliava as paginas, e me sacudiam na rede, provocando um nó no estomago.
Era apenas um garoto de 15 anos, sonhador, pouco sociável, possuía vários amigos, mas muitas vezes me alta excluía, me sentia diferente por nunca ter “ficado”, com uma garota, não por falta de vontade, sim por muitas vezes ter sido rejeitado, ou talvez não ter feito nada certo, como geralmente acontece.
O vento varria as folhas das arvores, carregava os pássaros mesmo contra sua vontade para o norte, que mesmo sem saber seria o melhor lugar para eles, e o vento me fez refletir sobre todos os meus quinze anos de vida, sobre o que faria de errado de errado, sobre o vazio que sentia dentro de mim, me deixava ainda mais cabisbaixo, não sei de onde tirava forças de passar uma aparência de uma pessoa forte e feliz para os outros. O vento se intensificou e me recolhi para dentro de casa. Estava bastante cansado, o dia seguinte seria bastante corrido, logo fui dormir.
Acordei cedo, com o barulho do carro de som que anunciava sobre um festival de balonismo que aconteceria próximo a cidade na semana seguinte, para marcar o inicio da primavera, fiquei surpreso ao saber que o grupo de voluntários da ONG do hospital poderia entrar de graça. Meus pais já haviam saído para o trabalho, e meu café estava pronto no microondas, comi rápido e parti para o hospital, onde vestido de palhaço faria uma espécie de Standart Comedy em prol de ver ao menos um sorriso de esperança e felicidade e o brilho nos olhos, daquelas pequenas crianças, que faziam tratamento contra o câncer, essa satisfação não tem preço e com certeza era o que me fazia dormir em paz e dava força para continuar sorrindo.
Nunca esperei ser recompensado com meu trabalho, sim eu era sozinho, sentia falta de alguém para abraçar, beijar, mas mesmo assim mesmo entre trancos e barrancos conseguia ser feliz. Muitas vezes ainda chegava em casa e tinha que arranjar ainda mais forças, pois meus pais brigavam constantemente. Pouco sobrava tempo para conversar com meus amigos.
Os dias passavam muito rapidamente e comecei a sofrer com a mesmice da rotina, estava um pouco quanto animado para assistir ao festival, que aconteceria no dia seguinte, mas meus pais não concordaram muito com a idéia, meu pai chegou bêbado em casa e pela primeira vez bateu em minha mãe, fiquei completamente sem saber o que fazer, corri para pedir socorro, mas fui atropelado por uma moto, cai com tudo no chão, meus pais não reparam, apenas se entreolharam quando me viram chegar em casa com a perna quebrada. Nunca me senti tão mal quanto nesse dia..
O dia do festival havia chegado, havia me desanimado um pouco, mas fui convencido por uma amiga a ir.
Era o primeiro dia de primavera e as flores já haviam todos brotadas, eram um espetáculo de cor, perfume e harmonia, é a estação da magia havia chegado e eu ainda não tinha encontrado um par ideal pra mim, uma garota que me quisesse, me amargurei mas logo esqueci com os show que estavam por começar.
Não era muito bom em detectar cheiros, parecia uma rosa misturada com uma dama da noite, era um perfume irresistível, não percebi que vinha de um garota que estava atrás de mim, até esbarra-la. Estava vestindo a camisa do Criciúma, o maior time de SC, as cores davam ainda mais ênfase a sua beleza, não consegui falar nada, tinha medo de fazer tudo errado como de todas as outras vezes e deixar aquela guria espantada, o silencio foi quebrado por minha amiga, que nos apresentou.
Seu nome era Júlia, para mim a mais formosa flor do campo, tinha cabelos pretos, media perto de 1,60m, não era da cidade, mas também se fascinava por espetáculos. Seus olhos brilhantes me hipnotizavam, me chamavam a atenção. Não era perfeita, mas era a Garota ideal para qualquer garoto, esperta, cheirosa, linda, e ainda acima de tudo torcia para o Criciúma.
O dia foi passando e ficava cada vez mais encantado, não consegui para-la de olhar, de conversar, o papo se estendeu até o fim da tarde. Já temia me despedir e nunca mais vê-la.
O sol estava se pondo e deixava o céu cada vez mais tricolor, que se entrelaçavam com Júlia, o sol com seu sorriso, seu olhar, e o amarelo e preto com sua camiseta. Me considerei o cara de mais sorte do mundo, por ter passado ao menos um pôr-do-sol com ela, fiquemos bem agarradinhos, fiquei com medo de beija-la.. Não sei se terei outra oportunidade, mas rezo para que ano quer vem ela apareça nesse festival novamente.

Foto de Anderson Maciel

EM MOMENTO DE AFLIÇÃO

Em meus frios momentos de aflição minha pele já pálida demonstra o quanto eu estou em meu leito sofrendo solitário, mas com a certeza de que tudo isso me faz seguir em frente nessa curta jornada que me resta. A solidão tem sido minha companheira por todo esse tempo e tem me mostrado o quão bom é lembrar-se das tristezas, das ilusões e de tantas outras coisas tristes, afinal é graças a ela que vou me sentindo mais forte por pensar em sempre querer me aperfeiçoar vencendo dia após dia esse sentimento insano que corroí meu pequenino e finito ser... Minha vida tem sido sempre assim, os dias da semana todos tão iguais, pessoas tão idênticas em seus costumes e gestos que já não presencio mais a doçura de algo perpétuo e tão bom, porém contínuo seguindo e lá no fim vencerei a morte, pois ela não deve jamais ser vivida e sim vencida. Anderson Poeta

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