Sangue

Foto de fer.car

DE SEUS LÁBIOS

De seus lábios o suplício de morrer e viver
De seu terno olhar saber que longe de mim vai estar
Destas noites cálidas e febris, deste peito sofredor
De cada passo, o meu compasso de dor
De sua imagem, o anjo vestido de maldição
Me perco, me arrebento e ao fim mais uma vez sua
Nua e devastada interiormente
De seus lábios a sofreguição da partida
E o abraço com a eternidade
Cravada de espinhos n'alma
E o delírio de sentir que se foi
Como aquele céu que avisto cinzento e frio
As lembranças ardendo a memória
E uma lágrima rola sobre esta face triste
Adeus, a palavra que desfolhou-me como pétalas despetaladas
Cor vermelha sangue igual ao mesmo sangue que jorra da ferida
E sua falta de sensatez em ver-me entregue aos seus braços
De seus lábios mais uma vez provei a eternidade
Mais uma vez sequei-me por dentro
Porque descobri que todo ser que ama um dia há de chorar
A perda daquele que se vai para nunca mais voltar...

AUTORIA: FERNANDA BENEVIDES
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS

Foto de fer.car

DE SEUS LÁBIOS

De seus lábios o suplício de morrer e viver
De seu terno olhar saber que longe de mim vai estar
Destas noites cálidas e febris, deste peito sofredor
De cada passo, o meu compasso de dor
De sua imagem, o anjo vestido de maldição
Me perco, me arrebento e ao fim mais uma vez sua
Nua e devastada interiormente
De seus lábios a sofreguição da partida
E o abraço com a eternidade
Cravada de espinhos n'alma
E o delírio de sentir que se foi
Como aquele céu que avisto cinzento e frio
As lembranças ardendo a memória
E uma lágrima rola sobre esta face triste
Adeus, a palavra que desfolhou-me como pétalas despetaladas
Cor vermelha sangue igual ao mesmo sangue que jorra da ferida
E sua falta de sensatez em ver-me entregue aos seus braços
De seus lábios mais uma vez provei a eternidade
Mais uma vez sequei-me por dentro
Porque descobri que todo ser que ama um dia há de chorar
A perda daquele que se vai para nunca mais voltar...

AUTORIA: FERNANDA BENEVIDES
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS

Foto de Remisson Aniceto

Convite

Cantai, amor, cantai à beira-rio,
cantai enquanto o sol vos acalenta,
pois logo vem a noite e a tormenta
cobrir-vos-á com a dor do manto frio.

Chorai, amor, chorai rios de sangue,
chorai que sois culpada do meu Orco.
Deveis compartilhar da dor do morto
que vaga n`águas sujas deste mangue.

Vinde, amor, viver ao léu.
Aqui há vinho, harém, violoncelo...
Vinde, amor, que o Inferno é belo,
mil vezes mais belo que o Céu...

Foto de Boemio

De quem é a culpa?

O menino tem uma arma na mão
E se encaminha pra frente do portão,
Cada passo seu o aproxima mais e mais
Da tragédia iminente,
Na sala conversa um rapaz
Com olhar intransigente,
Ria, se divertia com aquela situação
E não percebia o perigo, a arma está carregada,
De repente ouve-se um estridente grito
Que emudece todos ao seu redor,
O rapaz cai morto com um suspiro
Preso na garanta cheia de sangue e de suor,
O menino sai tranqüilamente como se não tivesse acontecido
Como se ele não tivesse dado seu primeiro tiro,
Os colegas de turma saem correndo
Em meio ao assassino horrendo
Que sorria feliz, aliviado
Por ter finalmente saciado
A sede do diabo,
Todos estavam com medo mas o que ninguém sabia
Que o pobre rapaz que estava morto
Dias atrás tinha batido no menino que jurou por sua vida
Que ia se vingar por aquele estorvo.
Quem teve a culpa?
Quem atirou ou quem deu a arma?
Quem provocou ou quem soltou a bala?
O pequeno menininho foi pra casa sozinho,
Sua mãe lhe deu carinho e proteção
A policia bateu a porta e disse:
_ “seu filho matou rapaz rico!”
E quisera o levar mas sua corajosa mãe o protegeu,
Então a policia matou os dois pra se defender
Quem tem razão?
A culpa é de quem?

Foto de TrabisDeMentia

Onze da noite

Onze da noite. Soava a campainha. “Aposto que ele estava à espera que a hora chegasse” pensei enquanto me dirigia à porta atando meu robe. Ajeitei os cabelos ainda húmidos e espreitei pelo orifício enquanto levava uma mão à maçaneta. Do lado de fora aguardava um indivíduo cabisbaixo. Não era ninguém que eu não esperasse! Corri o trinco e cumprimentei-o com um sorriso! “Entre”, Ordenei em tom de pedido e estendendo a minha mão à sala de estar. “Sente-se ali por favor, no sofá”. Não era um jovem bonito, mas era contudo interessante. Musculado o suficiente para me despertar a curiosidade e abastado de masculinidade se bem me quis parecer. Fiquei observando-o caminhar enquanto fechava lentamente a porta. “Sim, sem dúvida o que eu estou precisando”. Dei duas voltas à chave como sempre faço quando tenho visitas. Se por um lado transmite segurança a quem vem por bem, por outro lado transmite desconfiança a quem vem por mal. E eu gosto sempre de saber em que terreno estou pisando antes de partir para a caça. Aproximei-me do jovem contornando o sofá pela esquerda e me debruçando sobre as costas deste. “E vai querer beber alguma coisa?” Ele se virou e num instante desviou seus olhos para o meu robe propositadamente entreaberto. Antes que ele se engasgasse ao me responder eu continuei - “Não tenho nada com álcool, mas tenho sumo, água...Tenho chá preto fresco, quer?”
“Pode ser chá então se não se importar” disse ele retomando a posição. Atravessei a sala lentamente em direcção à cozinha. Pelo ruído quis-me parecer que ele estava se ajeitando por entre as calças. E concerteza que estava me observando. Assim é que eu gosto, de deixar meus convidados bem esfomeados antes da refeição! De mostrar à presa quem é o predador!

Não demorei mais que dois minutos. O jovem estava debruçado sobre a mesa de vidro com um ar de expectativa. “Espero que não se importe, preparei para si também!”. Não pude evitar o meu ar de surpresa. Afinal não é todos os dias que me deparo com um espectáculo destes! “Não! De jeito nenhum! Hoje vamo-nos divertir imenso!” - disse eu enquanto me ajoelhava e descortinava o porquê dos ruídos! Com um cartão de crédito ele ajeitava o risco de pó branco na minha direcção. Me estendeu uma nota de vinte enrolada sobre si mesma e me convidou. “Não! Você primeiro” retorqui lhe devolvendo a mão! Não se fez rogado! E na mesma sofreguidão que inspirou o pó se recostou no sofá! “Agora eu!”. Levei a nota á narina e limpei o que restava na mesa! Ele olhava para mim com um rasgo ofegante nos lábios e eu... Que saudades que eu tinha disto! Me sentia como que... Viva! Do meu coração partia uma sensação que se espalhava até ao formigueiro na ponta dos dedos! Fitava o jovem com meus dentes serrados, lábios entreabertos, olhar de desejo! Gatinhei até ele e me encaixei entre as suas pernas! “Era assim que me querias?” - falei sem esperar resposta. Puxei a sua camisa branca para fora das jeans e comecei pelo botão de baixo, escalando em direcção ao seu peito, ao seu pescoço. Ele me pegou nos cabelos e deixou que eu levasse minha língua até os seus lábios. Trepei para cima dele, e deixei que ele me desatasse. Sentia ele pulsando sob mim, pulsando a um ritmo louco. Como que implorando pelo meu toque ele se esfregava. Mas é assim que eu gosto, é assim que eu gosto! “Vem cá” disse eu lhe mostrando o caminho com a minha mão! “Vê como eu estou!” - O jovem não cabia em si com tanta loucura, tanto tesão. Tomou meus seios como se fossem dele e se vingou. Queria que eu devolvesse a ele o prazer que ele me estava a dar. “Mas eu devolvo, eu devolvo” -pensei. “Tira as calças” -mandei. Ele num ápice as chegou aos joelhos. Mostrava-se abastado, como eu já esperava pela firmeza das investidas. O tomei em minha mão e me apressei em aconchegá-lo em mim! A sua falta de ar estava, a cada batida, mais apercebida. Ele me olhava boquiaberto com ar de deslumbramento. Eu retorquia com movimentos mansos... Sob as minhas mãos palpitava um coração descontrolado. Cravei as unhas e demarquei meu espaço na sua boca. Sua língua me procurava numa ânsia louca. Demasiado louca para se conter num só lugar. Demasiado grande para caber num só sofá. Agarrou em mim e sem se permitir afastar me jogou no chão. Cruzei minhas pernas sobre as suas costas enquanto ele me ganhava centímetro a centímetro, enquanto palmo a palmo me arrastava pela sala. “Quero mais que isso, muito mais que isso” - eu avisava, mas ele já nem me ouvia de tão surdo que estava. Todo o seu ser se resumia num único ponto e com um único objectivo: me vencer no prazer. Encurralou-me num canto... Uma mão sob mim, outra na parede. Nada poderia ser mais perfeito. “Queres saber o que é prazer?" - Ameacei. Seus movimentos cada vez mais frenéticos eram já de um comboio descarrilado. “Queres?” - E no momento em que ele se enterrou em mim, eu me enterrei nele. Cruzei forte as minhas pernas e não lhe permiti nem mais um movimento.
Sob os meus lábios o quente sabor do prazer. Sob os meus lábios, em cada vez que ele compulsava, o doce sabor do sangue, impregnado de toxinas, me levava ao êxtase. Como leoa esperei pela morte incrédula da caça. Ali naquele canto, me satisfiz!

Foto de Boemio

Só quis te dar um pouco de humanidade

Se te fiz sofrer doce flor,
Se te fiz por algum motivo
Verter lagrima por mim
Se seu puro coração
Machucou-se e sangrou,
Se o seu sorriso
Manchou-se com este sangue,
E o seu espírito
Ficou perdido e renitente,
E sua graciosidade
Ficou magoada,
E seu beijo ficou amargo,
E o seu andar ficou pesado,
E sua mão ríspida,
E seu cansaço sem valor,
E sua canção sem voz,
E sua voz sem sentimento,
E seu corpo sem calor,
E o seus cabelos sem cor,
Em fim se te fiz
Por mim
Sentir aquilo que por ti
Sentia
Perdoa-me e desculpa-me
Foi quase assim que te encontrei
Por que não davas valor em si
E agora que já te ensinei
Todo este valor
Desculpa-me e perdoa-me
Pois te iniciei a esta dor
Doce amarga flor.

Foto de Boemio

A culpa é de quem?

O menino tem uma arma na mão
E se encaminha pra frente do portão,
Cada passo seu o aproxima mais e mais
Da tragédia iminente,
Na sala conversa um rapaz
Com olhar intransigente,
Ria, se divertia com aquela situação
E não percebia o perigo, a arma está carregada,
De repente ouve-se um estridente grito
Que emudece todos ao seu redor,
O rapaz cai morto com um suspiro
Preso na garanta cheia de sangue e de suor,
O menino sai tranqüilamente como se não tivesse acontecido
Como se ele não tivesse dado seu primeiro tiro,
Os colegas de turma saem correndo
Em meio ao assassino horrendo
Que sorria feliz, aliviado
Por ter finalmente saciado
A sede do diabo,
Todos estavam com medo mas o que ninguém sabia
Que o pobre rapaz que estava morto
Dias atrás tinha batido no menino que jurou por sua vida
Que ia se vingar por aquele estorvo.
Quem teve a culpa?
Quem atirou ou quem deu a arma?
Quem provocou ou quem soltou a bala?
O pequeno menininho foi pra casa sozinho,
Sua mãe lhe deu carinho e proteção
A policia bateu a porta e disse:
_ “seu filho matou rapaz rico!”
E quisera o levar mas sua corajosa mãe o protegeu,
Então a policia matou os dois pra se defender
Quem tem razão?
A culpa é de quem?

Foto de yurirbraz

Doce Vampira, tem pena de mim!

Doce Vampira, tem pena de mim!

Yuri Rodrigues

Minha doce vampira, não me sugue assim

Não vês a morte em meu jeito taciturno?

Não piore a cólera desse ser noturno

Sanguinária vampira, tem pena de mim!

Meu rosto pálido não diz-lhe que estou exangue?

Faz-me um vampiro defunto

Pare! Traz-me de volta ao mundo

Derrama em minha boca o teu sangue!

Minha mórbida vampira tem pena de mim!

Não me permita, por ti, ter ódio em avidez.

Lembra-te quem desfaleceu tua pálida tez?

Não podes, criança da noite, me exumar assim.

O meu ritual já foi lido

Sofrerei agora, as obras da tua imaginação

Quando terminar, enfim sentirás a minha destruição

E... Será tarde... Tudo já terá acontecido...

Terás perdido o vampiro que mais te amou

O sangue na lua cheia, não terá o mesmo sabor.

O cemitério, minha pequena, será apenas um monótono dissabor.

Jamais escapará dos meus olhos condenando o que se passou.

Tem pena de mim, princesa de atrocidade.

E escaparás ao meu vertiginoso fragor

Sangue por sangue, tua morte, meu vigor.

Sobreviverás à fúria da minha insanidade?

Minha dama-defunta ouça o que lhe direi:

Consome-me com tuas presas

Mas sabes se é isto que realmente desejas,

Conviver com o fantasma da maldição que te lançarei?

Pense no meu fim como o seu fim

E saberás; Ter ou não pena de mim?

Foto de yurirbraz

Ator solitário

Ator solitário
Yuri Rodrigues

O fúnebre lago de meu silêncio
É capaz de me mostrar o que eu não posso ver
Toda a realidade escondida por trás das máscaras da vida.
Aquela peça, chamada amor,
Que um dia me chamaste a encenar para ti...
Aquela peça...
Se eu a soubesse seria o meu último ato
Não faria o único papel.
Eu não posso atuar sozinho meu amor,
Toda a poesia escondida nas doces falas
Só tem sentido se forem sentidas...
Quando a cortina se abriu,
E vi que na platéia só havia você,
Fui tomado por um sentimento de extrema solidão.
Ouça o que te digo,
A peça não acabou,
Se a poesia não tem mais sentido,
É porque talvez ela não exista mais.
Que tal prestar um pouco de atenção no que eu digo?
Somente você pode dar vida aos meus desejos.
Vamos, aceite comigo, vamos interpretar juntos essa peça;
Cujo único público somos nós mesmos.
Preciso da luz dos seus olhos,
E do seu coração...
Mas a peça não foi terminada,
E todas as linhas finais
Terão de ser escritas com o nosso próprio sangue.
Que vir comigo escrever essas falas
Que só terminam em lágrimas?
A poesia voltou, as lágrimas voltaram,
A luz se apaga,
É o fim da peça, é o fim do desejo,
Que um dia você se recusou a realizar.

Foto de yurirbraz

Vampiro Mortal

Vampiro Mortal
Yuri Rodrigues

Quem pensas ser tú pequena rosa?
Como podes tú fazer do poeta
Um simples escravo dos teus próprios desejos...
Fez do demônio seu servo,
E fez todo o ódio virar amor.
Como podes tú dominar-me de tal forma
De modo a me tornar apenas uma dádiva da tua existência...
Eu que um dia vivi na escuridão da floresta,
Lutando contra os mais intrépidos monstros,
Destruindo todas os sentimentos do homem.
Hoje, eu, o mesmo que um dia matou,
Me vejo preso ao sangue de cada sentimento que um dia eximei.
Aquele pântano que um dia foi escuro,
Se irradiou com o brilho dos teus olhos,
Os morcegos se foram,
Deixaram apenas os pássaros com a tua canção...
E até mesmo as árvores com seus galhos secos
Se tornaram fontes sublimes de beleza...
Como posso eu então, um simples vampiro,
Não me render aos teus encantos?
Agora sou teu servo,
Escravo do teu brilho,
Um vampiro que sacrifica toda a sua imortalidade,
Por uma vida com o seu amor...

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