Cantai, amor, cantai à beira-rio,
cantai enquanto o sol vos acalenta,
pois logo vem a noite e a tormenta
cobrir-vos-á com a dor do manto frio.
Chorai, amor, chorai rios de sangue,
chorai que sois culpada do meu Orco.
Deveis compartilhar da dor do morto
que vaga n`águas sujas deste mangue.
Vinde, amor, viver ao léu.
Aqui há vinho, harém, violoncelo...
Vinde, amor, que o Inferno é belo,
mil vezes mais belo que o Céu...