Enviado por Carmen Lúcia em Qua, 25/06/2008 - 21:42
De repente, estremeço.
Um arrepio me rouba os sentidos.
Tira-me o chão, em transe permaneço.
Reflexos tomam conta de meus movimentos.
De meus atrevimentos...
O êxtase amplia tais momentos.
Um toque, um forte arrepio... Enlevo total!
Um vôo descomunal...
No ar, gemidos ofegantes, delirantes,
Encontro do sublime com o insano,
Choque do sagrado com o profano,
O arrojo e a fraqueza.
A entrega e a sutileza.
A dúvida e a certeza.
A força do desejo e a submissão.
A confirmação!
A paixão a rondar pelos cantos...
Doidivanas, semeando enganos...
Mentiras sutis, sentimentos vis,
Disfarce imprescindível à nossa carne,
Imbuído, incrustado, penetrado...
Uma fraqueza.Sim! A mais austera!
Uma mentira.Talvez!A mais sincera!
A alma dilacera, o corpo engabela.
E lá fora, em confronto com a paixão,
O amor correndo livre, sem direção.
Hoje quando acordei percebi que o mundo estava diferente de ontem, do tempo da minha infância. O passado ficou para trás. Eu não sou mais o mesmo, as pessoas também não são mais as mesmas, muitas até já se foram. Às vezes dá saudade dos tempos antigos, da fase da inocência. Mas o que preocupa mesmo são os tempos que virão. Se pudéssemos imaginar como seria o futuro descobriríamos que ele nunca chega e que quando nos damos conta ele já passou, e foi tão rápido que não deu tempo nem de vê-lo. Ainda bem! Talvez, se pudéssemos ver ao menos a silhueta dos tempos vindouros o desastre poderia ser maior, pois descobriríamos que o futuro não é como imaginamos. Nunca se sabe o que vai acontecer adiante, pois o mundo não para de girar e o relógio prossegue afoitamente em seu trabalho sem cessar, empurrando os ponteiros que atiram para todos os lados, como setas, nos atingindo com os mistérios do amanhã, enquanto achamos que aprisionamos o tempo em calendários, programando a vida, pré-estabelecendo a rotina, sem saber se o dia de amanhã virá. Será que estamos virando robôs ou não estamos bem programados?
Durante a noite sonhei com a morte, pensei na vida e descobri que ninguém está livre de se encontrar com o seu medo. Descobri que o homem não tem medo da morte, mas do que virá depois dela. O medo do desconhecido torna a vida uma grande produtora de adrenalina que nos arrebata aos pensamentos mais secretos sobre o outro lado da vida e nos torna conscientes de que a fatalidade mora ao lado da prudência e a morte nada mais é do que o embrião da vida, pois quando morremos é que nascemos, e quando nascemos da morte é que vivemos. Mas existe uma condição para que seja assim e ao menos que ela seja desrespeitada, então a morte pode se tornar um monstro intransponível que, mais do que assustar, pode possuir a vida e torna-la extinta por toda a eternidade.
Tentamos dominar o tempo e esquecemos que ele está prestes a ter um fim. Enjaulamos nosso medo da morte no recôndito de nosso ser tentando exonerar a incerteza do que virá com uma fé que muitas vezes não é suficiente para nos trazer a certeza sobre o amanhã e a vida, e esquecemos que no porão de nossa alma existe um monstro maior ainda, que somos nós mesmos. O nosso eu que quer pecar e se satisfazer dos desejos mas repugnantes que se possa desejar, se contrapondo a santidade e a justiça que ainda pode envolver o ser humano. Ë esse monstro que percebe o tempo acabando e se lança como um animal selvagem sobre o monturo da irracionalidade humana e se alimenta do opróbrio do ser mais importante da criação. Porque somos assim?
A vida é apenas uma experiência (para muitos, amarga como fel, para outros, doce como mel.) que serve para nos moldar a um padrão inexistente nesse mundo. Muitos tentaram com vãs filosofias, dogmas e doutrinas, teorias, misticismo e muitas outras formas, padronizar a vida que nem mesmo eles entendiam. Criaram regras, estabeleceram hierarquias, desrespeitaram o sagrado e mataram uns aos outros, fizeram terrorismo na tentativa de manipular a vida que desconheciam. Não adianta tentar entender, é preciso viver, e viver cada dia como se fosse o único, na busca de compreender a si mesmo, em seu verdadeiro conceito, na plenitude de sua intensidade. A vida está dentro de cada um e nada mais é do que a liberdade da alma de poder, em sua verdadeira essência, experimentar emoções latentes em si mesma.
O mundo quer controlar a vida, a morte quer seu fim e a vida quer somente ser vivida. Ontem eu dormi mais novo e amanheci mais velho. O espelho não me deixa enganado. A agitação da rotina me convence disso e o tempo apenas passa e me leva com ele, como um prisioneiro, acorrentado a ele com passagem só de ida, rumo ao encontro da bendita morte, o fim da gestação de um ser e o ínicio de uma “desconhecida” vida, de um novo indivíduo. Já não penso nas coisas de menino, nem vivo como um. Minha semente já está plantada nessa terra e dará continuidade a vida, a essa vida que eu quero entender... e morrer... e finalmente viver, sem o monstro da morte me perseguindo, sem as incertezas do amanhã.
A vida que foge de nossas mãos é a mesma que nos conduz como cativos do tempo que passou, que vivemos e do tempo que virá. O tempo que queremos controlar é o mesmo que corrói nossa existência, deteriorando o vigor, corrompendo a saúde, e que nos arremessa nos braços da morte. E a morte?! Ah! A morte nada mais é do que a libertação. Deixamos de ser homens empalhados, almas sem feitio, mentes com falhas para enfim gozar da plenitude da existência em sua totalidade, experimentando de forma definitiva a integralidade do ser. Contudo sem interferir no tempo individual, cada um precisa viver seu próprio tempo, pois basta à cada dia o seu próprio mal, deixando nas mãos do Criador o poder de decidir a hora do nascimento para a eternidade ou a morte definitiva de cada indivíduo, sabendo que isso é o resultado de uma escolha feita nessa vida, a de se permitir então ser controlado somente pelo dono do tempo, da morte e da vida. Mas quando foi que ajoelhamos? Quando foi que chamamos Deus de pai? Na verdade, não somos bons filhos!
Enviado por Carmen Lúcia em Ter, 03/06/2008 - 23:31
Meu namorado clareia meus dias,
Faz nascer o sol em noites sombrias...
Aquecem-me seus beijos, lareira aprazível
Me queima seu fogo, fogueira indizível.
Meu namorado é vida, isenta receita,
Está sempre acima de qualquer suspeita,
Os dias, com ele, são plena euforia,
Sem ele...Nem sei...Não haveria dia...
Meu namorado é pura adrenalina
Com ele me perco, libero endorfina,
E quando me vê assim anestesiada,
Eu fico à mercê de paixão desatinada.
Meu namorado tem sabor recatado,
E com ele viver é prazer redobrado,
O meu dia, com ele, é minuto sagrado
E sem ele, o meu tempo, permanece parado.
Enviado por Carmen Lúcia em Sáb, 24/05/2008 - 17:34
Diáfana era aquela luz...
Lembrava vida, Jesus,
Que em teu ventre havia...
Mãe, Mulher, Maria!
Cristalizaram-se as águas,
Puras, límpidas, pacatas...
De imenso brilho a manhã surgia,
Essência de amor personificada
Exalando aroma intenso, de incenso, de alvorada...
A paz sacramentou o mundo,
Momento sagrado, fecundo...
Em uníssonos, sons pianíssimos,
Cânticos e hinos, apaziguadores,
Vindos do âmago, oravam louvores,
Unificaram-se os matizes,
Berços das cores, dos esplendores,
E toda beleza resplandeceu o ar,
Colorindo todos os cantos de encantos,
Nuances suaves a divagar, testemunhar...
Invadindo espaços etéreos, surreais...
Encontro inusitado de sentimentos,
Unidos pela aura branda do vento...
Os mais nobres e delicados,
Os mais discretos e cordatos,
Os mais sublimes e abençoados,
De auréolas divinas, coroados...
Percorrendo minha estrada
Percebo a tua importância
Passa o tempo e a memória
Não desiste da lembrança
Teus pés pequenininhos
Tuas mãos, teus dedinhos
Tua boquinha, teus olhinhos
Teu corpo, teu cheirinho
Eras tão frágil
Eras tão importante
Eras tão meu
Era tudo empolgante
Tua maneira de respirar
Teu jeito de se mexer
Tudo era motivo
Pra eu te atender
Você...
Que transformou a minha vida
Em arco–íris cintilante
Que apesar de tão frágil
Foi magnífico e dominante...
Deu-me cor, me deu luz
Transformou-me, me conduziu
Sonhei contigo, amorzinho
Nos tons de azul e rosa
Embalando-te no colo
Tornando-me poderosa
Felicidade foi ter você
Nos braços, feito um botão
Vendo desabrochar tua vida
Aqui na minha mão...
Felicidade é ter você
Meu filho, meu anjo
Sorrir com teu sorriso
Como sorri um arcanjo
Flutuar no céu, é o que sinto
Ao ver meu fruto sagrado
Abençoado por Deus
Nesta hora ser homenageado
Se não fosse você, anjinho
Não saberia descrever
O que sente uma mãe
A maravilha de um filho ter...
Enviado por Carmen Lúcia em Qua, 07/05/2008 - 19:20
Diáfana era aquela luz...
Lembrava vida, Jesus,
Que em teu ventre havia...
Mãe, Mulher, Maria!
Cristalizaram-se as águas,
Puras, límpidas, pacatas...
De imenso brilho a manhã surgia,
Essência de amor personificada
Exalando aroma intenso, de incenso, de alvorada...
A paz sacramentou o mundo,
Momento sagrado, fecundo...
Em uníssonos, sons pianíssimos,
Cânticos e hinos, apaziguadores,
Vindos do âmago, oravam louvores,
Unificaram-se os matizes,
Berços das cores, dos esplendores,
E toda beleza resplandeceu o ar,
Colorindo todos os cantos de encantos,
Nuances suaves a divagar, testemunhar...
Invadindo espaços etéreos, surreais...
Encontro inusitado de sentimentos,
Unidos pela aura branda do vento...
Os mais nobres e delicados,
Os mais discretos e cordatos,
Os mais sublimes e abençoados,
De auréolas divinas, coroados...
Amar e permitir-se ser amado .
Amar verdadeiramente sem nada em troca.
Dizer que ama, da boca pra fora é para covardes,
amamos nos acontecimentos dos momentos,
e cultivamos esse amor,para todo sempre.
Amar quem esta distante é fácil, dificil é a convivência.
Ter que perdoar os deslizes das pessoas, as traições,
as tristezas, magoas que carregamos no peito.
Amar de verdade, é saber suportar entender e
ter ao próximo ações de boa vontade.
Não podemos amar so aqueles,
que andam de sorriso a orelha por nós;
muitos sem sorriso, precisam ser amados por nós,
para sorrir.
Amar ao rico, pobre, ao negro ao branco ao amarelo.
amar sem destinção de cor ou classe.
Amar sem preconceito.
Existem várias formas de amar;cada qual a sua maneira;
sendo que cada forma e levada a um mesmo lugar.
Amar é dividir seu amor com outro, é vida...!
é uma doação que vem espontâneamente do coração.
é respeitar, dar-se respeito, não vê defeito,
se defeito tiver... corrigi-o se puder.
Só quem ama de verdade, joga sem medo de perder.
Quem ama não cala, não mente,
mostra para todos o que o faz contente.
Amar é um sentimento sagrado.
Amor...Amar...Eu te amo!
Não pronuncie que o senti,
sem realmente não te-lo sentido.
O tempo, e a paciência são nossos melhores conselheiros,
Aprendemos com eles que em matéria de amor,
Para alcançarmos nossa felicidade o primeiro passo
É não depender exclusivamente da pessoa amada, e sim viver em sintonia com ela.Às vezes Estamos sendo exigentes demais,é quando nos damos conta que a pessoa que a gente ama, Ou pensamos que amamos , ela nos engana, e não é a aquele alguém da nossa vida.Temos Que cuidar mais de nós, e aprender essa arte.
Não ficar correndo atrás do que já é nosso. O que é nosso virá em nossas mãos.E não Se Precipitar, esse é o segredo,
Não cairmos em falsas promessas falsos amores.
Quando menos esperamos esbarramos, encontramos com alguém que também esteja a Procura da gente....nada melhor que o tempo e a paciência para encontrarmos aquela pessoa Para juntos vivermos.
E tornar muito cuidado ter cautela, com as falsas bocas que dizem..Eu te amo...da boca pra Fora...e não "Eu te amo! com o coração , com a alma.
'Esse não é um poema, e sim uma pequena reflexão sobre falsos amores que deslumbram as Pessoas com falsas promessas amorosas,
Brincando com o de mais sagrado que temos nosso coração.
E nós na maioria das vezes temos um pouco de culpa porque não temos paciência de Esperar o tempo para o verdadeiro amor chegar.
E por mais que se ame, não depender do outro, um outro erro, grave que a maioria de nós Cometemos.cada um de nós temos quer seguir nossos caminhos com nossas próprias pernas, “ E ISSO NÃO NOS IM PEDE DE AMAR, APENAS AMAR A QUEM NOS MERECE.”
"É COMPLICADO E DELICADO FALAR CERTAS COISAS SOBRE O AMOR"