Ruas

Foto de KarlaBardanza

POEMA DA ESPERANÇA

Bons motivos você tem para acordar...
Abra os olhos, deixe o sol queimar...
Encantada borboleta te diz
que ser feliz é uma questão delicada,
mas se não encontras boas razões,
envolva-se nos olhos da mulher amada,
deixe o vento em seus cabelos,afogue-se
nos braços da relva,flutue nas ondas do mar...
E se ainda assim,te faltares motivos
para encontrar teu próprio coração,
olhe o teu irmão em desamparo,caridade
é a luz sempre maior.
Ou então,redescubra-se com dois anos de idade,correndo pelas ruas da cidade...
Se você está só,também não entristeça.
Algo lindo te espera...
Um céu aberto,uma lua em alegria,
uma flor de estrada,uma alma para ser amada...
Entregue-se à vida...Viva com intensidade...
Deixe sempre uma palavra de carinho a todos...
Fale Eu Te Amo para quem você ainda não teve
a coragem de falar...E siga em frente...
A vida é o que tens de melhor...
Ache os tesouros que ela te reservou
e derrame-se em amor...
Olhe o futuro com esperança,
e o passado com satisfação...
E escute,faça tudo com paixão.
Tens tua vida em tuas mãos...
És o arquiteta/o de teu próprio destino,
Faça de teu caminho algo realmente divino!

Karla Bardanza

Foto de KarlaBardanza

POEMA DA ESPERANÇA

Bons motivos você tem para acordar...
Abra os olhos, deixe o sol queimar...
Encantada borboleta te diz
que ser feliz é uma questão delicada,
mas se não encontras boas razões,
envolva-se nos olhos da mulher amada,
deixe o vento em seus cabelos,afogue-se
nos braços da relva,flutue nas ondas do mar...
E se ainda assim,te faltares motivos
para encontrar teu próprio coração,
olhe o teu irmão em desamparo,caridade
é a luz sempre maior.
Ou então,redescubra-se com dois anos de idade,correndo pelas ruas da cidade...
Se você está só,também não entristeça.
Algo lindo te espera...
Um céu aberto,uma lua em alegria,
uma flor de estrada,uma alma para ser amada...
Entregue-se à vida...Viva com intensidade...
Deixe sempre uma palavra de carinho a todos...
Fale Eu Te Amo para quem você ainda não teve
a coragem de falar...E siga em frente...
A vida é o que tens de melhor...
Ache os tesouros que ela te reservou
e derrame-se em amor...
Olhe o futuro com esperança,
e o passado com satisfação...
E escute,faça tudo com paixão.
Tens tua vida em tuas mãos...
És o arquiteta/o de teu próprio destino,
Faça de teu caminho algo realmente divino!

Karla Bardanza

Foto de Dirceu Marcelino

ENIGMA DAS ROSAS

Das flores sói a rainha, a mais bela das rosas.
Nasces em quaisquer lugares. Em belo jardim.
Na vida sói Mãe e mulheres maravilhosas
Dão luz a muitas vidas, nos lábios têm carmim!

Nos olhos o reflexo d’almas mui esplendorosas,
Nos seios lacto que transmites de si a mim,
O mel dos desejos e as forças poderosas
Dos filhos que geramos em ti. Nasce anjo serafim,

Alguns se desenvolvem de forma gloriosa.
Sucumbem outros na busca do poder sem fim
E nessa luta inexplicável e tormentosa

Muitos são esquecidos pelas ruas enfim.
“Ninas”, Meninos a procura de caridosas
Musas, como sóis. Ó Rosas deste jardim.

Foto de Sirlei Passolongo

Quem São Esses Meninos

São meninos tristes
A esperar quirelas
Que aliviem suas
mazelas.

São meninos aflitos
arredios...Famintos
Sofrem em silêncio
nas ruas e no frio...

São meninos maltrapilhos
pela sociedade abandonados
Serão as mãos a segurarem
a arma... Mas somos nós
que puxamos o gatilho.

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Carmen Lúcia

Margarida e margaridas

Uma figura sinistra, simbólica,
Que ainda trago na memória
Que fez parte de minha história...

Metódico e irreverente, despojado e carente
Um sábio, um indolente, um infeliz, um demente...
Lembrava Cristo, fisicamente,
Vestes rasgadas, cabelos longos, barba mal aparada
Ou quem sabe, um anti-Cristo,
Oscilando entre o normal e o descomunal
Às margens do convívio social.

Andava pelas ruas e calçadas,
Fazendo gestos, sempre balbuciando
Palavras distorcidas, sem nexo,
Aproximando-se das pessoas
Que corriam assustadas.

Sempre um buquê de margaridas
Alvas, brancas, cultivadas,
A todos ele ofertava (e se orgulhava)
Pois, por ele eram plantadas
Em terras baldias, abandonadas...
Flores por todos ignoradas.

Havia momentos de agitações...
Delírios, alucinações, comoções...
Então ele era rei, poeta e compositor,
Erguia o cabo da vassoura e era imperador!
-Camisa de força para o louco, o agitador!
Ao som da sirene era levado a um abatedor ...

E num desses manicômios,
Tratamento de choque, reativar neurônios,
Encontrou sua Margarida, sua amada, sua vida
E como lúcidos, amaram-se loucamente...
Amor que surpreendeu a muita gente
Pela doçura, pela brandura de dois doentes.

Porém um dia, não mais a encontrou,
Levaram-na dali, outro rumo tomou,
E transtornado pela dor, o louco chorou.
Não mais quis ser rei, nem imperador.
Somente poeta pra cantar a sua dor...

Até que um dia pra sempre se calou.
E numa cova fria, em pó se transformou,
Ou foi ao encontro de seu amor...
Ao passar o tempo, viram lá nascer
Fazendo a cova triste resplandecer
Risonhas e brancas margaridas,
Vida, paixão e morte restabelecidas.

Foto de Paulo Gondim

A figura - (Cordel)

A FIGURA - Cordel
Paulo Gondim
02/04/2007

Tomei um sopapo no meio do peito
Senti o efeito daquela pancada
Caí meio tonto, naquela calçada
Que fica na rua, do lado direito
Tentei levantar, mas não teve jeito
O mundo rodou e fiquei mesmo lá
A dor que senti nem dar pra contar
Deitado fiquei à beira da praça
O povo da rua achava era graça
Da pobre figura que fui me tornar

Um "filho de Deus" esboçou piedade
Me deu um remédio, pra dor na cachola
Passou um sujeito e me deu uma esmola
Pensando que ia fazer caridade
Porém sem saber qual era a verdade
Mas logo saiu e eu fiquei lá
Perdido, esquecido, naquele lugar
Um outro passou e de mim fez piada
Os outros, ali, só deram risada
Da pobre figura que fui me tornar

O tempo correu, a tarde chegou
E quase ninguém olhava pra mim
Ninguém perguntava de onde é que vim
E pouco importava pra onde é que eu vou
O que ocorrera e como é que estou
Então acordei e me pus a pensar
Como foi que cheguei naquele lugar
Se nem eu sabia o que me ocorreu
Se nem o sopapo eu sei quem me deu
Só sei da figura que fui me tornar

Mas essa figura tão rude e tão feia
Ergueu a cabeça, se pôs a olhar
O povo passando pra lá e pra cá
Calado, sisudo, com cara de "meia"
Se ali tinha vida ou se a vida era alheia
Pensei cá comigo: vou me levantar
Vai ser “uma briga”, mas eu vou tentar
Um pé para frente, um outro pra cima
Bati na parede e no poste da esquina
Mas essa figura de pé vai ficar

A tarde findou e a noite se fez
E eu já de pé, para rua andei
No meio da praça, num banco sentei
Mais uma esmola me deram outra vez
Eu não entendi, porém fui cortês
E o povo passava pra lá e pra cá
Algumas pessoas ficavam a me olhar
Eu desconfiado, sem saber por que
Ai percebi e fui também ver
A pobre figura que fui me tornar

Da praça, eu sai com a minha tristeza
Andei pelas ruas, no meu desalinho
Vereda ou picada pra mim foi caminho
Na minha viagem de pura incerteza
A noite avançada me trouxe fraqueza
Porém, mesmo assim, não parei de andar
Sem destino certo e aonde chegar
Levando comigo as dores do mundo
Tão fraco, tão feio, igual moribundo
Essa pobre figura que fui me tornar

Eu dormi um sono, num canto qualquer
E só acordei com o clarão do dia
Rezei um “Pai nosso”, uma “Ave Maria”
Acendi logo um fogo e fiz um café
O sol clareou e eu já de pé
Saí apressado, me pus a andar
Com a leve certeza de que vou chegar
Num porto seguro, tão certo pra mim
Que me dê guarida e que possa enfim
Sair da figura que fui me tornar

E por todos caminhos, por onde passei
Tristezas vivi, não vi alegria
Vi pouca coragem, mas vi covardia
Amor, compaixão eu não encontrei
Porém, mesmo assim, aqui eu cheguei
De volta pra terra, que é meu lugar
Daqui eu não saio, aqui vou ficar
Mostrar para o mundo o fim da amargura
O renascimento dessa criatura
E a NOVA FIGURA que vai se tornar!

*****************************************************
Publicado no Recanto das Letras em 05/04/2007
Código do texto: T438374

Foto de Maria Flor e Rabiscos

Vestida de Vermelho...

Pelas ruas estreitas da madrugada
perdida nesta bruma incompleta
do sonho e da meditação
meus passos arrastados
respiram minutos de solidão.

Vestida de vermelho e nostalgia
a ternura cálida
de um amor ausente.

Sinto-me só
nesta madrugada fria
sem o calor dos teus lábios ardentes
só, sem o delírio dos teus braços
sem o suspiro do teu corpo.

Queria ser vida!

Que esta saudade madrasta
as horas da noite arrasta
em milênios de reflexão.

Meu corpo cansado
indiferente aos sorrisos
de lábios comprados
mas é o seu que tão distante deseja.

Num murmúrio escaldante
teu nome desenho sem tinta nem papel
apenas amor basta.
Amor que é teu
porque apenas tu
em paixão o transformas-te.

Vestida de vermelho
na madrugada que arrasta
esta saudade
e não tem fim...

Foto de Marcelo Souza

Dentro da mina de ouro

O mundo já não era mais o mesmo,
As portas eram cada vez menores,
As ruas menores,
E as calcadas mais baixas.
O alcance das minhas mãos mais alto, porém inexplicavelmente miúdo,
Ao ponto de não mais conter o mundo entre elas.
Meus olhos viam mais longe e as visões tornavam-se cada vez mais horrendas.
Os amigos mais distantes e os inimigos multiplicavam-se ao meu redor.

O vocabulário a ser decorado se tornara maior e mais difícil,
Ao passo que as mais simples e verdadeiras palavras ficavam impronunciáveis.
As famílias cada vez menores e as camas cada vez maiores,
Do tamanho do vazio em cada um dos corações.

O amor já era um desaparecido, senão desconhecido,
E as flores? Flores já não eram mais.
O céu de cinza já estava pintado e o chão com rios de sangue.
Verdadeiramente o mundo não era mais o mesmo,
O dinheiro havia tornado-se o seu único rei,
Tendo dona ganância como sua rainha,
A luxuria sua mais bela princesa,
E o ódio, o príncipe que haveria de herdar o trono.
Neste reino os calabouços estavam cheios de toda gama de bons sentimentos,
Estavam eles acorrentados e esquecidos ao longo de todo este tempo.
O mundo já não era mais o mesmo, era um mundo sem fé e sem salvação,
Um mundo sem esperança, pois esta há muito já havia sido expulsa dele.
Era um mundo que ria de tantos que antes choraram;
Sem saber o quanto ele mesmo ainda haveria de chorar.
Era um mundo envolto em trevas e que delas jamais escaparia.
Era este o mundo, um novo mundo,
Apenas uma sombra negra de outro mundo,
Mundo de outrora, mundo de ontem à noite.
Mundo sombrio, sem paz e que jaz,
Mundo diferente do meu mundo, o mundo em que antes eu vivia.

Marcelo”thefox”Souza
Fortaleza, Novembro 2007

Foto de Carmen Vervloet

Labirintos

Labirintos

Rubro coração
Irrigado por veias
Descaminhos da dor
Trilhas da emoção
Encruzilhadas de feridas descobertas
Vias incertas
Ruas desertas
Razão de ser dos poetas
Esquinas de apaixonados encontros
Nascente de poéticos contos
Labirintos mapeados
Por sonhos
Que morrem sufocados
No vazio da ilusão
E renascem
No alvorecer do seu perdão!

Carmen Vervloet

Foto de Sentimento sublime

Menina Rita... Osvania Souza

Menina Rita...

Menina valente.
Com sete meses do materno ventre surgiu.
Paralisia infantil...
Tuas palavras eram meigas e gentis.
Movimentos dos membros
Nunca os sentiu
Se, movimentavas...
Somente tua cadeira de rodas o viu,
Porém tu falavas
Tu sorrias
Tu cantavas
Tu ouvias.
Tens olhos negros como a noite
Que nos ferem como açoite...
Onde muitos sonhos se escondem.
Pele branca como a lua
Com sua luminosidade constante.
Que nos procura pelas ruas
Boca vermelha....
Sempre sorrindo
Com seu sorriso a nos alegrar
Menina Rita, hoje mulher.
Mas para todos, tu menina é.
Aos 32, derrame cerebral.
Sobreviveu, mulher fatal.
Menina guerreira está me ensinando
Que para viver, não é fácil não.
Hoje perdeu a fala tão somente ouve,
E tão somente vê
Mas eu bem sei o que diz o teu olhar
Que pela vida você apaixonada está.
Menina Rita...
Hoje aos 45 mal engolindo...
Porém seus olhos
E ouvidos ligados estão
Vivem seguindo a todos por onde quer que vão.
Menina Rita, muito obrigada.
Por partilhar comigo seu caminhar.
E no final dessa jornada
Quero na eternidade
Poder um dia te reencontrar.
Osvania

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