Romantismo

Atire a primeira pedra aquele que nunca chorou
sentindo a dor da saudade, lhe apertar o coração.
Que seja ele o primeiro a me condenar
se alguma vez sua voz, não se calou pela emoção.

Aponte-me com o dedo e me julgue tola,
se existe alguém que por amor, nunca se entregou.
Que depois de construir castelos de sonhos dourados,
sozinho, com o peito amargurado nunca ficou.

Pode condenar-me, e rir do meu romantismo,
se entre vós ninguém jamais adormeceu,
com o telefone na mão esperando uma ligação
da pessoa que marcou sua vida e por isso, jamais esqueceu.

Pode atirar-me a primeira pedra aquele que insiste
em dizer que nunca ninguém lhe tocou a sensibilidade.
Que seja esse o primeiro a me apedrejar
se uma outra pessoa não foi o símbolo de sua felicidade.

Sei que posso parecer tola e romântica demais,
por criar rosas vermelhas em meu jardim de ilusão,
Por desejar que anjos azuis sobrevoem meu paraíso,
onde estrelas reluzentes ficam ao alcance de minha mão.

Sou assim e nada pode me fazer mudar
pois eu sigo o caminho que meu coração me conduz.
Por isso em meu céu noturno brilha uma estrela radiante
é ela que me dá a felicidade e me enche de luz.

Por isso atire-me a primeira pedra qualquer pessoa
que nunca por causa de outra, sorriu ao roubar uma flor.
Que essa me condene e me chame de ingênua e tola
mas essa pessoa não sabe o que é o amor.

Por isso quero ser para sempre tola e romântica
pois sem amor confesso eu não sei e não quero viver.
Eu necessito da grandiosidade deste sentimento
assim como eu preciso desta pagina para escrever.

Sei que sou romântica, ingênua e tola,
e não me importo com o que os outros possam falar.
Sou uma aprendiz da vida e procuro sem medo
rumo a estrela mais brilhante, seguir livre... voar.

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A borboleta sem cerimonia
Visitou o deserto do adeus
E viu uma ameaça
Chegar perto do presente
Um passáro que ali estava
Pouco sabia do romantismo
Existencial da vida
Para com a borboleta
Sem compaixão a devorou.

Manoel Freitas de Oliveira

O que adianta:

Ser romântico num mundo,onde
o romantismo se extingue cada vez mais.

Ter tanto amor para dar, e sentir cada vez mais
que não terei com quem compartilha-lo.

Ser tão carinhoso,se não consigo encontrar
uma pessoa que queira receber meus carinhos.

Ser persistente e procurar cada vez mais por uma pessoa,
a qual sinto não existir mais.

Ser engraçado e divertir todos ao meu redor,
se por dentro a tristeza me corrói cada vez mais.

Por isso vivo a me perguntar o que adianta ...

AMOR SELVAGEM

Querer-te de um modo anatômico
Não faz de mim, um insensível,
Um ser desprovido de romantismo
Tão pouco uma bomba ambulante
Mas sim, o mais voraz dos amantes

Aquele que sente o corpo arder
Quando passas ao meu lado
E se jogas teu olhar
Pra chamar minha atenção
Ou simplesmente insinuas
Alguma vontade... Faz de pronto
Rasgar-me o peito
Numa explosão atômica de verdade.

Teu perfume penetra meu pulmão
Invade neurônios
De um sistema nervoso involuntário
E mesmo que eu não queira
Faz-me desejar-te noite inteira
De um modo, muito mais que selvagem!