Riso

Foto de Sirlei Passolongo

Além do tempo

A saudade que sinto de ti
ultrapassa a barreira da distância
ultrapassa o tempo...

[Eu que pensei que o tempo
seria a cura...]

Mas os momentos
se vestem da tua presença,
do cheiro da tua pele,
do gosto da tua boca...
do calor do teu hálito.

E ela se faz rotina dos meus dias
uma constante tortura
que o tempo não atenua,
mas pouco a pouco,
esvai meu riso...
Furta meu sono.

Nada que eu faça ou diga
alivia essa agonia.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados A Autora

.

Foto de diny

EU TE AMO...

EU TE AMO...

Eu te amo...
com irresistível desejo
de paraíso,
e afã por gosos.
De que totalmente entregue
eu navegue,
no som delicioso do teu riso!

Após cair sobre teu peito
como petalas, flor lírio
e te amar meu amor num chão
de amor perfeito
até a exaustão!

Ah...mais que bela ilusão
ter um lindo céu desfeito
isso é quase desespero;
só por sentir entre os dedos
os teus cabelos, te abraçar...

Poder beijar imenso
a luz verde de teu olhar
e nos teus lábios sedosos
beber-te os suspiros
senti-los a roçar-me;
os ouvidos,cabelos, lábios
entre enlevos e afagos,
embrigar-me com teu sorriso!

E tocar-te...
com amor imenso,
as mãos sedosas
a amar-te inteiro
pra ver-te transbordar
de amor tão cheio,
então eu te ouvirei
em êxtase dizer:
"Eu te amo tanto!...".
Que tanto tanto tanto
eu já te amo primeiro!

E me acabo assim sem começo

Ah que sensação maravilhosa
de prazer que entontece
e enlouquece com gostosa alegria!...

Diny Souto.

Foto de Sonia Delsin

PARA GUARDAR

PARA GUARDAR

Quando sorris forma-se um encanto no ar.
Parece que eu vou flutuar.
Bebo teu sorriso.
Me embriago dele.
Teu sorriso consegue despertar-me do torpor.
Me faz delirar de amor.
Daí parto.
Levo comigo. Guardado, escondido.
Teu riso, tua voz e teu olhar.
Sei que por um tempo não vamos nos encontrar.
Mas tenho subsídios para a ausência suportar.

Foto de Sirlei Passolongo

A luz do teu olhar

Procuro o riso perdido
No vão das lembranças,

O amor que antes iluminava
Hoje, nubla meus olhos
Nessa busca inútil
Pela luz dos olhos teus.

Uma dor que corta
Feito lâmina afiada,
Sangra sem sangrar...

O peito rasga,
Num desatino
Em que alma
Pede pra morrer.

E o riso se faz mito
Sem a luz do teu olhar.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Vanize Maia

A Vida é...

A vida é o máximo
A cada dia que passa amo mais estar viva
Apaixono-me por tudo o que a vida me dá, me oferece
Por tudo o que ela me impinge e me obriga a amar e encarar
A vida é um encanto, é uma realidade iludida
A vida é um show de ilusionismo: tem todo um sistema por trás, todo um trabalho de bastidores que fazem com que o show seja um verdadeiro espectáculo inesquecível
Esse sistema são as pessoas que nos rodeiam, nos amam, os sentimentos que nos enredam e a natureza que vai influenciando devagar, ao som do batimento cardíaco e nos vai dando sinais.
Viver é belo
Viver é intenso
Viver é um encanto
A vida é doce, alegre e iluminada!
A vida é a natureza e a natureza é a vida
Sou uma eterna apaixonada por ela
Desde muito cedo que mantenho relações intimas com a vida
Dessa relação muito nasceu, o mais importante que brotou foi a minha insanidade.
Amo o amor, a paixão e a verdade nas pessoas
Na minha insanidade, amo profundamente a mim, a terra e o mar, o sol e a chuva, o riso e o suor meu... Adoro aquele beijo, o teu toque, o cheiro e o olhar...
A vida é uma fatia daquele cheesecake, uma taça de vinho do tinto, um luar, uma dança e uma conversa fiada...
Eu e a Vida, mantemos uma relação de amantes, amigos, namorados, parentes, companheiros, cúmplices... e até mesmo de inimigos. Competimos para ver qual de nós se apodera do outro, procuramos novas maneiras, de nos derrubar-mos na nossa paixão, na nossa insana sana maneira de nos amarmos
A vida é fud!d@
Ela fod3-me e eu a ela
A vida é uma guerra de sexos, de ideias e de prazeres.
É uma luta por si só, sem objectivo e sem causa.
É simplesmente o prazer de se debater, de se melhorar, de se evoluir
Foi no meio dessa guerra que descobri que o meu maior prazer é viver, estar viva.
É no meio dessa relação louca e quase sexual, mas profundamente sensual
Que me vou descobrindo, me vou fortalecendo e me vou firmando como pessoa
Como mulher, africana, “honesta”, inteligente e bonita
E a cada transa, a cada nova posição, mais amor transborda
A cada troca de fluidos e sentimentos, mais paixão sai pelos nossos poros.
É lixado, ter uma relação tão agressiva. É invejável...
Mas é fantástico! É mágico!

Foto de Sonia Delsin

NUNCA ESQUECI TEU ROSTO

NUNCA ESQUECI TEU ROSTO

Guardei no baú das minhas recordações teu rosto quadrado.
Teu nariz à face tão bem proporcionado.
Tua boca sensual.
Tua testa fenomenal.
Guardei tuas maçãs salientes.
Teus dentes.
Guardei teu rosto com aquele ar de desgosto.
E guardei teu riso.
Onde estás? Eu me pergunto.
Em que parte do mundo vives?
Aqui no planeta?
Observas tudo de luneta?
Que foi feito de ti?
Teu rosto bonito se mira em qual espelho?
Será que te lembras do meu rosto ovalado?
Guardas como eu lembranças do passado?

Foto de Joaninhavoa

Inflamação...

*
Inflamação...
*
d`alma!
*

Eu sou riso e pranto
Paixão e feridas
Mas volto a sorrir! Enquanto
Me acariciares os cabelos
Apenas...

Joaninhavoa,
(helenafarias),
25 de Setembro de 2008

Foto de Sonia Delsin

A CASA MISTERIOSA

A CASA MISTERIOSA

Aquela casa a assustava. Diziam que era assombrada.
Ela dormia no quarto do meio e ele era imenso àquela hora e tão frio. A casa estava gelada.
Tantas lembranças ela guardara daquela casa e agora estava lá. Quem diria que um dia voltaria?
Na parede os quadros ainda eram os mesmos de sua meninice. Os vasos agora vazios estiveram cheios outrora sobre móveis escuros e tristes. Pesadas cortinas também foram conservadas.
O tempo parara ali?
Precisava levantar-se um pouco.
Em dois tempos ganhava o corredor. O longo corredor onde corria com seu irmãozinho Marcos e Paulina, a prima que vivia com eles.
Lentamente Clarice descia as escadas. Degrau a degrau e respirava fundo.
A sala guardaria aquele aconchego? Poderia ainda acender a lareira?
Tropeçou num degrau e respirou ainda mais profundamente.
Um barulho no andar superior fez seu coração disparar.
Sabia que estava só. Seria o vento? Mas a noite parecia tão quieta lá fora.
Lentamente colocou o pé noutro degrau e a tabua rangeu.
Nada demais. O cunhado sempre dizia que casas antigas são cheias de sons.
Ela perdera Bruno numa noite tão chuvosa. Treze longos anos tinham se passado. Exatamente treze anos.
Parecia ter o seu lindo sorriso ali à sua frente. Bruno fora um esposo maravilhoso. O homem que toda mulher deseja encontrar. E ela o encontrara num daqueles bailes de fazenda que se promoviam por ali. Será que ainda existiam aqueles bailes?
Não tiveram filhos. Pena. Se tivessem tido poderia ter o sorriso do pai.
Quando colocou o pé no penúltimo degrau viu uma sombra na parede. Seria uma ilusão de óptica?
Poderia estar impressionada por estar sozinha naquela casa onde vivera toda sua infância e parte da mocidade.
Estalou outra madeira.
Não devia se impressionar já que pretendia passar uns dez dias naquela casa.
O irmão desejava vender a propriedade e ela era contra. Oferecera-se para comprar sua parte e se instalara na casa.
Uma mulher cuidaria da limpeza e das refeições. Florinda não podia passar a noite ali e ela a dispensara disso.
-- Não vejo necessidade. Desta vez vou ficar só uns dias aqui. Ainda vou pensar se vou me instalar de vez neste lugar. Então sim pensarei no assunto.
-- Se a senhora desejar posso encontrar alguém da vila para lhe fazer companhia. Penso que não lhe fará bem ficar aqui sozinha.
-- Não se preocupe. Ficarei bem. Obrigada.
A sala guardava ainda o ar de aconchego, mas estava tão gelada. A lareira apagada e completamente abandonada. Não era usada há anos.
Ela poderia pedir que alguém a reativasse no dia seguinte.
Sentiu uns arrepios quando se aproximou da poltrona azul. Era ali que o pai se sentava.
Olhou na parede o quadro do avô. O avô com seus bigodes retorcidos e os olhos que recordavam Paulina.
Punha-se a pensar em Paulina. Paulina menina.
Correndo pela casa e aprontando das suas.
Paulina no caixão. Tão linda e pálida na imobilidade absoluta dos mortos. A inquieta Paulina só assim pararia e não completara ainda dezesseis anos. Fora velada naquela mesma sala.
Marco chorava tanto e ela se escabelara. A mãe dizia que a prima querida fora encontrar os pais. Por que tinham todos que partir? Os pais de Paulina a queriam?
Ela não entendia ainda a morte. Ia completar quatorze anos.
Marco dizia que a casa ficaria sempre triste sem a linda prima e ficara mesmo.
Ela fora estudar na cidade e morar com uma tia. Acontece que nas férias, num dos passeios à casa dos pais conhecera Bruno. Casaram-se, mudaram-se para o Rio de Janeiro e viajavam muito para o exterior. Ela pouco visitara a casa naqueles anos todos já que os pais morreram alguns anos após seu casamento e Marco se mudara para o Paraná com a esposa. A casa ficara aos cuidados de uma senhora que agora estava velha demais para cuidar dela e o irmão lhe ligara dizendo que seria melhor que vendessem. Ela era contra a venda e por esta razão é que estava ali.
Os arrepios se intensificavam. Parecia ouvir o riso de Paulina, do pai. As zangas da mãe e os gritos de Marco. Marco estava vivo e por isso concluía que estava se deixando levar pela imaginação. Não havia nada ali.
Uma porta bateu forte no andar de cima e ela estremeceu. Um gato desceu correndo as escadas.
Esfregando uma mão na outra ela foi abrir a porta para o bichano.
Estivera fantasiando coisas.
Foi até a cozinha e saboreou lentamente um copo de água. Era deliciosa sempre a água daquele lugar.
Arrastando as chinelas foi subindo a escadaria.
Que tola! Era só um gato. Quando subia a escadaria o barulho recomeçava no andar de cima e isto a assustava. Arrependia-se de ter dito a dona Florinda que ficaria bem sozinha.
Com o coração aos pulos chegou ao quarto e descobriu que as janelas estavam abertas e ela estava certa que as fechara muito bem. Foi fechá-las e pensou que era melhor esquecer aquela estória de comprar a parte do irmão. No dia seguinte partiria para o Rio e colocariam a casa à venda.

Foto de Sonia Delsin

NASCI DE UM SONHO TEU

NASCI DE UM SONHO TEU

Um dia tu sonhaste e foste meu.
Meu pai.
Tu sonhaste ter esta filha nos braços.
Entre nós eternos laços.
Pai. Tem dias que me ponho a pensar.
A lembrar.
A chorar.
Por tua partida.
Mas acredito que existe outra vida.
Se te sinto.
Não te vejo.
Não te toco.
Mas te sinto.
Numa brisa que me acaricia.
Numa folha que balança.
Ah, eu fui tua criança.
Minha mãe conta que tu me carregavas pra todo canto.
Eu era pra ti riso e pranto.
Fui a filha que mais te preocupou.
Que teu pensamento ocupou.
Partiste me abraçando.
Estavas de minhas energias te desligando.
As físicas.
Porque espiritualmente estamos pra sempre ligados.
Pai. Nasci de um sonho teu.
Serás eternamente.
Meu pai amado.

Foto de Sirlei Passolongo

Lenda

.

Essa canção
que ouço ao longe
quando fecho os olhos,
uma voz ecoando
no silêncio das horas...
Essa canção
que ora nina meu riso
num êxtase de saudade
e loucura, ora
voz que tonteia
minha’lma...
Epifania?
Não sei!
Talvez lenda
dum amor
que cruzou meu céu
feito uma centelha.

(Sirlei L. Passolongo)

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