Risco

Foto de Sonia Delsin

À BEIRA DO PENHASCO

À BEIRA DO PENHASCO

Eu era uma menina.
O cacto nascera ali.
À beira do penhasco.
E floria.
Como ele floria!
Meio que me arrastando até ele eu ia.
Ia sorrateira.
Como era arteira!
De ir até lá colher as flores minha mãe me proibia.
Ela dizia que até risco de vida eu corria.
Mas a beleza das flores me seduzia.
E mesmo com medo eu ia...
Eram lindas as flores que ali nasciam.
Ainda mais belas porque eram proibidas.
Parece que convidavam a serem colhidas.

Foto de Teresa Cordioli

Mulher, além dos sentidos... (4 mãos...)

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Mulher, além dos sentidos...

Teresa Cordioli & Célia Lima....

Mulher...
De todas os sonhos,
Auras e cores...
E fé, e princípios, valores...
Mulher de alegrias,
Poses,
Histeria,
Dores.
Mulher de promessas,
Suas, nuas...
De outros.

Mulher...
Quanto de ti constrói
A nossa Terra..
Semeia o chão.
Renova também.
Transmuta,
relevando o mal,
esculpindo o bem.

Mulher...
Carrega em si
A terra mais fértil
Útero
Jardim da vida
Coração
Em teu Peito feminino
Jorra leite e mel
Alimento, pão
amor
Calor
de mulher...

Mulher de dentro da gente,
Dos homens,
De Deus.
De muito além da razão,
De muito além dos sentidos.
De tudo que é visto
Risco
De tudo isso
E de tudo o mais.
Mais mulher.
De dentro da gente.

Foto de Carmen Lúcia

Hoje faltou-me inspiração...

Hoje faltou-me inspiração...
Saí para observar o dia...
Olhar o céu...
Às vezes azul silvestre
E outras, cinza agreste...
Onde um sol que desconheço
Aparece pelo avesso,
Ilumina em tom grotesco
Em desarmonia com o universo
Como um grito de protesto
Contra a humanidade que o vestiu assim...

Hoje faltou-me inspiração...
Saí pra observar as flores
Que antes exultavam cores,
Beleza a incitar poetas
A versejar sobre mil amores...
Hoje choram a natureza ultrajada,
Enxertada de artificialidade,
Onde a falsidade se faz prevalecer
E a verdade já não tem razão de ser...

Hoje faltou-me inspiração...
Saí pra observar a noite...
E a lua de luto, escondida
Em negro véu, no céu, chora a despedida
Das noites claras onde seu luar
Prateava serenatas que já não há mais...
E estrelas sonhadoras vinham suspirar
O suspiro dos amantes...
Hoje já não são mais tão brilhantes...
Muitas já não se encontram lá...

Hoje faltou-me inspiração...
Saí pra observar o mundo
Que corre o risco de inexistir,
Globalizado pela hipocrisia
Obcecado pelo ter...pelo não ser...
Onde a maquiagem camufla o caráter,
Onde se banaliza a célula-mater ...

Hoje faltou-me inspiração...
Só versos sem rumo, sem rima, sem noção,
Que morrem antes de tornarem poesia
Por falta de fantasia, por falta de coração...

Carmen Lúcia

Foto de Mentiroso Compulsivo

FELICIDADE (Carta a Pessoa Amiga)

Custa muito dizer sim, quando tudo em nós grita “não”. Mas, mesmo com custo, a nossa vida tem que ser um sim. Há duas atitudes que temos que evitar; a ignorância ou a ilusão dos problemas que surgem todos os dias a nós e aos outros, convencidos de que tudo corre bem… e o desânimo e a tentação de desespero, convencidos que não há nada a fazer, de que tudo está perdido….

Não procures ser aquilo que não podes ser. O jardineiro não transforma um cravo numa rosa. Enquanto ser livre, és responsável por ti, terás que te assumir como és, ou antes, terás que ser o melhor de ti mesmo, com tudo de bom e de mau que faça parte de ti.

O Homem aspira à “felicidade”. Mas, infelizmente, não sabe ao certo no que ela consiste, nem quais são os meios que lhe permitiriam alcançar de modo infalível esta condição de bem-estar “total”, de que tem uma vaga intuição, mas não uma ideia precisa. O Homem parece condenado a sonhar com ela, sem ser capaz de a definir claramente.

Saint-Exupéry em Citadelle dizia:

“Há pessoas que desejam a solidão, onde se exaltam, outras necessitam da balbúrdia das festas para se exaltar, outras ainda devem as suas alegrias à meditação das ciências (…), assim como as há que encontram a sua alegria em Deus (…). Se eu quisesse parafrasear a felicidade, talvez dissesse que para o ferreiro é forjar, para o marinheiro, navegar, para o rico enriquecer, e deste modo nada diria que te ensinasse alguma coisa. E, aliás, algumas vezes a felicidade seria para o rico navegar, para o ferreiro enriquecer e para o marinheiro não fazer nada. Assim foge esse fantasma sem entranhas que debalde tu pretendias captar.”

A felicidade, como vez, não é, exactamente, um “objecto” perceptível que se possa conquistar.

Talvez mais importante que aspirar a felicidade, com significado pouco claro, será a serenidade, a descontracção, um estado de alma caracterizado, se não sempre pelo contentamento, pelo menos por uma grande calma interior. Tu inspiraste-me ter essa calma interior, então, faz-me o favor de não a perderes.

Pascal disse:

“O único futuro é o nosso fim. Assim jamais vivemos, mas esperamos viver, e, dispondo-nos sempre a ser feliz, é inevitável que nunca o seremos”

Quase todos nós esperamos por grandes momentos no futuro, procuramos e investimos na tentativa de encontrarmos, um dia, o que nos irá fazer feliz, investimos na nossa felicidade de vermos realizados os nossos sonhos amanhã. E, enquanto ficamos à espera de ser feliz amanhã, estaremos ainda mais longe de o ser. Alguém, um dia, disse algo assim parecido: O homem torna-se velho demasiadamente cedo e sábio demasiadamente tarde, precisamente já quando não há tempo.

É uma questão de inverter o sentido da corrente do pensamento, em vez de pensarmos no futuro, de sonhar com ele ou de o recear, construímo-lo no presente.

Não basta tão-somente não situar a nossa felicidade na realização futura de algo, de sonhos, o que adia incessantemente o momento em que se poderá ser feliz. Também não é por nem sempre certos obstáculos, tidos como irremediáveis ou definitivos, obstruírem o nosso amanhã e nos impedirem de tomar consciência de que a serenidade ainda está, apesar de tudo, ao nosso alcance. É necessário, acima de tudo, algo que não captamos nitidamente, em virtude do próprio quadro social que nos é imposto pela sociedade na nossa vida quotidiana em todos os níveis, desde o profissional ao familiar: é a perda de relações directas com a natureza, com as pequenas coisas da vida.

Quase sempre esquecemos os pequenos momentos, as pequenas coisas do presente que passam por nós, que olhamos, que sentimos, mas que, por serem pequenas, simplesmente as ignoramos.

Sabes que pequenas coisas são estas? Que esperas? Tu tens estas pequenas coisas. Tu tens alma de poeta, ter alma de poeta é um dos segredos da felicidade. Tu tens um sorriso e um sentido de humor que modifica qualquer alma triste.

Basta um olhar, nunca desperdices um olhar, deixa fitar teus olhos por um olhar penetrante (especialmente de for de um rapaz de 1m80, simpático e bonito) que te transmita confiança e sensualidade, nem que dure breves instantes, vive esse olhar intensamente. Vive o olhar de uma criança que te olha com admiração, querendo explorar os mistérios das tuas expressões, como brinquedos nas suas mãos se tratassem.

Não deixes de sentir um perfume, uma flor, olha o mar, perde-te no horizonte, admira a lua, as estrelas. Sente a chuva, o sol a sombra e o luar… Vais ver que esse teu olhar vai além do horizonte que limita geralmente a nossa vista. Deixa o pensamento viajar e contempla tudo o que gostes e queres e verás que o teu corpo e a tua mente se sentirão bem. Admiráveis surpresas surgirão…

Admira um filme com os amigos, um jantar e sorri como sabes sorrir…

Devemos olhar os nossos desejos, os nossos sentimentos, não como fontes de ilusões, nem como impulsos que instigam a fugir ao presente para sonhar com um futuro melhor, visto haver risco de que ele nos faça esquecer de vivermos verdadeiramente, ou seja trocando, um pequeno momento uma pequena coisa do presente, sempre ao nosso alcance, por belos sonhos, que nunca chegaremos a saber se um dia os alcançaremos. Vive as aventuras, não importa quais, com quem ou com quê, nem como, apenas vive-as, se elas te aparecerem no presente.

Estas coisas que nos pertencem ao nosso meio habitual, aparecerem sob um novo aspecto, como lavadas da sua monotonia, que até objectos, pessoas ou coisas, renascerão sob uma nova forma de vida, como uma natureza-morta, como a cadeira ou os sapatos, pintados por Van Gohg, que parecem transparecer vida.

No fundo é só e simplesmente dar uma outra dimensão à vida. Toda a realidade pode adquirir uma profundidade que a une, pouco a pouco, o verdadeiro sentido de viver, ao conjunto das coisas da natureza, do universo.

Tu já tens o que é de mais importante na vida, uma filha. Vou-te contar o meu segredo. Não interessa o que temos materialmente, quanto tempo vamos aqui estar e a onde estamos, apenas interessa saber aquilo que são os sinais da vida, a lua, as estrelas, a chuva, a criança, o mar, o céu e o sol, uma flor, etc… Um dia em que a tua filha perceba tudo isto, e os filhos da tua filha e assim sucessivamente, ficarás eterna para sempre, porque eles irão olhar sempre a lua e as estrelas como tu um dia olhaste, vão sentir a chuva como sentiste, o céu e o mar como admiraste, cheirar o perfume da flor como cheiraste. Percebes agora porque as pequenas coisas são importantes e porque o pequeno nem sempre é necessariamente pequeno.

Elas podem ser vividas por ti só ou em conjunto com outras pessoas (não interessa quem, pode ser a tua filha, o teu marido, um admirador, um amigo, etc), desde de que tu sintas que está a viver o momento (seja ele qual for - até pode ser uma “queca”- smile), nem que seja por breves momentos que podem durar segundos, minutos dias, anos…e o resto, o resto é treta.

Eu até concordei com o António Variações*, que dizia: - Só estou bem a onde eu não estou e eu só quero ir a onde eu não vou. Mas agora nem pensar, temos que sentir que a onde estamos é a onde queremos estar e a onde vamos é a onde queremos ir, só assim poderemos acreditar que não estamos aqui para nada e que não procuramos a felicidade, porque estamos serenos com a vida, não queremos nada diferente, apenas e simplesmente aqueles pequenos sinais da vida. Se eles duram breves instantes ou anos, que importa, a vida vista assim, não faz parte do tempo, é vivida sempre eternamente.

Com Amizade
Jorge

*Cantor português, muito conhecido, cujo vida artística foi muito curta devido ao facto de ter falecido novo.

Foto de Sonia Delsin

DESPEDIDA

DESPEDIDA

Meus olhos andam nas coisas.
Nas imutáveis.
Eles andam nas paredes
caiadas.
Nas calçadas.
Meus ouvidos ainda estão presos nas risadas.
Antigo tempo de gargalhadas.
Estou deixando um mundo que rejeito.
Se ele tem defeito?
Dizem que o defeito está em mim.
Que sou anjo torto.
Que nasci assim.
Digo adeus às linhas retas.
Aos is bem pingados.
A um mundo de pecados.
Busco o sol.
Se vão cair minhas asas neste vôo desprendido?
Se a cera corre o risco de derreter pelo caminho...
Preciso arriscar o vôo.
Mesmo que eu me machuque muito preciso tentar.
Senão só posso dizer da vida que foi um
eterno estagnar.
Que cortei as asas por medo de voar.
Vou arriscar.
Vislumbro um mundo que desejo alcançar.
Deixo aqui o medo antigo.
As amarras.
Deixo para trás as cascas dos répteis.
O casulo abandonado.
Na verdade eu sou uma borboleta e sonho amplidão.
Rejeito a lagarta e sua eterna solidão.

Soninha

Foto de Duzinha

Momento

Peguei numa folha
Em branco
E tentei passar para lá
O que sinto por ti
Mas as palavras não saiem
Não vêm para cá
Estão presas a um sentimento
Estão guardadas
Naquele momento
E não podem ser simplesmente
Abandonadas
Por aí
Num pedaço de papel qualquer
Num bocado de rabisco
Correndo o risco
De se perder
E não chegar a ti!
É só escolher…
O que queres que escreva?
Tenho de tudo um pouco
Para te dizer
“És muito especial”
“Adoro-te”
Não tem mal
Se não sentires o mesmo
Entendo
Aceito
Apenas quero que as palavras
Que aqui exponho
Não voem com o soprar do vento
Mas fiquem no teu pensamento
Num cantinho reservado
A um singelo momento…
Nosso…

27/08/07

Foto de Darsham

Elogio ao Amor

"Quero fazer o elogio ao amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível, já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje, as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calcas e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo".
O amor passou a ser passível de ser combinado.
Os amantes tornaram-se sócios. Reunem-se, discutem problemas, tomam decisões.
O amor transformou-se numa variante psico-socio-bio-ecológica de camaradagem.
A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível.
O amor tornou-se numa questão pratica. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há. Estou farto de conversas, estou farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "está tudo bem, tudo bem?” Tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananoides, borra-botas, matadores de romantismo, romanticidas. Já ninguém se apaixona?
Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo do amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos cante no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraço, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassado ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa a beleza. É esse o perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro e uma condição. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar e a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que se quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não está lá quem se ama, não é ela que nos acompanha – é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber.
É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado do que quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.”

Miguel Esteves Cardoso in Expresso

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"ERRO"

ERRO

Há, se soubesse que aqui chegaria.
Não correria o risco que corri.
Não enganaria e nem mentiria
Nem tão pouco os erros que cometi.

Quando erra, planta no solo do universo.
Uma semente de erva daninha
Mas quando acerta faz o inverso
E espalha o amor e a harmonia.

Nesta vida somos todos errantes
Uns mais e outros menos
Mas no paraíso deveremos ser vigilantes
E o acerto é tudo que temos.

Foto de Inês Santos

Rituais de uma poetisa...

Rituais de uma poetisa

Antes de começar a poetar…
Ponho a tocar um bom som…
Consumo-me em goluseimas…
Rebuçado, goma e bombom…
São os meus tira teimas…

Numa esplanada me sento…
Conjuntamente com raios de sol…
Sinto o sopro do vento…
Dou começo ao meu rol…

Escolho uma amálgama de temas…
Escrevo-os a limpo no papel…
Faço uma série de esquemas…
Saem riscos e rabiscos…
Começa a tomar corpo,até já está bel!

Palavras eu risco…
Enquanto petisco…

Oxalá não me ocorra vocábulos bizarros…
Se tal, corroi-o-me em cigarros….

Vou escrevendo….vou pensando….
-Já pensei !
Depois acabo repensando…
Com efeito de ver…
-Constatei…
Que lindo que ficou…
Com veleidade estou a vibrar…

Não foi a mente que sonhou…
É real, até o posso apalpar…
Que conjunto de versos cintilantes…
Leio, releio….
Que bem que aprecio….
Com riso e siso…
Entretanto creio…
Sou uma miúda fascinante….

Foto de Carol Apolinário

O Amor e o Medo

Há muito tempo lhe procurava, mas nunca o encontrava;
Andei por muitos lugares querendo encontrá-lo.
Passei por lugares escuros e sombrios; lugares bonitos e alegres, mas ainda assim não o encontrava.
Cheguei até a pensar que fosse você quem não quisesse me encontrar;
Mas não desisti.
Continuei essa longa procura, mas sempre imaginando que poderia ser uma procura em vão.
Quando me dei conta já havia passado vários anos e eu não tinha o encontrado.
Só que de repente você apareceu:
Bonito, alegre, meigo, as vezes um pouco descontrolado e muitas vezes até chegava a me machucar por dentro; mas essas feridas logo cicatrizavam pois eu sempre me lembrava de que procurei muito por você e não queria perdê-lo nunca mais.
Mas um certo dia você se foi...
Se foi, pois muitas feridas acabaram por não cicatrizar, mas confesso que doeu muito mais quando você partiu....
Por muito tempo, senti sua falta e jurei nunca mais procurá-lo novamente para não correr o risco de machucar-me ainda mais.
Após você Ter me deixado, eu comecei a sentir algo que jamais havia sentido anteriormente: angústia e desafeto por todos, era algo muito triste....
Então comecei a me perguntar:
“ Quem é você que eu jamais procurei mas ainda assim me encontrou”?
E depois de tantas perguntas vazias, eu obtive uma resposta.
Era o medo....
Medo de apaixonar-me novamente e encontrar o amor mais uma vez.
O amor? Perguntou o medo!!
Sim, aquele amor que era bonito e alegre, mas que deixou feridas quando se foi....
Então o medo me disse:
Vá atrás do amor, pois enquanto não o encontrares novamente e fazê-lo ser sempre uma alegria em sua vida eu estarei presente ao seu lado!
Não deixe que o amor que você tanto procurou vá embora assim, ache-o novamente e sejas feliz eternamente; não o deixe machucá-lo e nem permita que ele se torne algo triste e cheio de cicatrizes....
O amor é algo bonito, alegre e humilde; é o mais puro dos sentimentos!

CONCLUSÃO
Nunca deixe que o amor se transforme em medo, pois se isso acontecer o medo de amar sempre o acompanhará e você nunca será feliz o suficiente para dizer EU TE AMO! Não permita que sua procura pelo amor seja em vão....faça-a valer a pena!!

CAROLINA APOLINÁRIO

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