Ressentimento

Foto de Darsham

O Amor...Incómodos à parte

Tenho um problema com o amor, um grave problema! Ouço dizer por aí, pelas bocas do mundo, pelas letras soltas que vejo e revejo em papéis perdidos em cada canto de vida que o amor é a coisa mais bela que existe…
Chega a cansar os meus ouvidos de tanto ouvir a palavra AMOR!!!
Enaltece-se de uma forma sublime…em filmes…em palavras…em livros…em poesia…na música…Vê-se e ouve-se amor em todo lado (para os ouvidos e corações atentos, claro está) que chego a sentir-me profundamente enjoada.
Não, ao contrário do que possam pensar, eu não sou uma pessoa insensível, pragmática, vazia, distraída…Eu escrevo poesia, sou a voz do amor para quem não pode ouvir… Eu ouço Beethoven, Chopin, fado…choro ao ver uma peça de ópera, comovo-me com filmes românticos, voo para longe enquanto leio cada linha que Nicholas Sparks escreve…e tenho em mim todos os sonhos do mundo…
O que me incomoda não é a existência do amor, ou até é, não sei…é tudo muito dúbio…
Incomoda-me a banalização, o dizer por dizer, o falar por falar…e o coração? Será que ainda alguém sabe o que é amor? Amor sem razão, daquele que nos atraca o coração e nos despe a alma? Daquele que nos sacode os bolsos da sensatez…daquele que nos amarra sem cordas, nos cala a voz…daquele que nos tira a respiração e nos faz acreditar que vamos morrer por não termos espaço em nós para estacionar este avião que invadiu o nosso coração…
Será que entre a pausa para o café, e os pagamentos do mês ainda se tem tempo para reflectir sobre o amor? Será que todas as bocas que expressam a palavra amo-te atribuem o verdadeiro valor a este sentimento tão sublime e majestoso?
Incomoda-me, claro que me incomoda ver almas vazias e desprovidas de sensibilidade, que faria revirar na sepultura grandes poetas que a historia não esquece, verbalizar, assim, como se fosse uma pancadinha nas costas a palavras amo-te…amar não é só falar, é praticar, é encher-se de vida e gritar ao mundo que no peito nada cabe mais…
Incomoda-me também que não existam teses sobre o amor, em que expliquem tudo o que há a ser explicado sobre ele, para que o possamos conhecer e reconhecer, para que saibamos quando encontramos o nosso amor, o verdadeiro, a outra metade de nós, que nos completa…podemos viver toda uma vida com a pessoa errada, sem sabermos onde está a certa, ou sabermos, mas nada podermos fazer, porque o tempo já é outro e construíram-se outras histórias, das quais não fizemos parte, por termos construídos outras, paralelamente…
O amor rege a nossa existência; determina quem somos; representa-se nas nossas convicções, princípios, crenças e atitudes e descreve a sua rota nas linhas do nosso rosto, no brilho do nosso olhar, abrigando-se no nosso sorriso…à espera da noite…ou do dia…
A dualidade do amor… isto também me incomoda, de verdade, esta sombra dúbia que me chicoteia por dentro, que me finta o discernimento e me espanca a razão…tanto nos pode elevar às estrelas, como nos faz cair e bater em cheio com a cara no chão…sussurra ou grita-nos, queima-nos ou gela-nos, dá-nos o sorriso ou a lágrima, protege-nos ou abandona-nos…e aquilo que é contrário do bom, não é bom e dói…
Quando temos amor por alguém a vida fica tão mais fácil, não temos medo de nada, somos capazes de atravessar o mundo se for preciso e sorrimos muito, muito mais …se o amor parte, uma parte de nós também vai com ele e tentamos dia após dia, encontrar razões que nos façam sorrir, procurando formas de conviver com a solidão, para que não doa tanto…o coração fica apertado e lentamente vamos encontrando o nosso caminho, descobrindo novos horizontes, navegando para outras margens…renascemos numa nova vida e colocamos mais uma pedra no castelo da nossa identidade e unicidade. Encontraremos outro amor, que nos devolverá o sorriso, de uma forma espontânea e tudo faremos para que os erros que sejam cometidos nesta nova história (sim, porque os erros fazem parte de nós) tentem ser compreendidos e ultrapassados, tentando edificar estruturas sólidas em termos relacionais…
Porventura, voltará a suceder-se o mesmo e o ciclo recomeça, ou poderá realmente dar certo naquela vez, mas por mais voltas que a vida dê, por mais labirintos que percorramos, haverá sempre uma porta aberta para o amor.
O amor transporta-nos em viagens alucinantes por caminhos desconhecidos no nosso interior…já procurei mil e uma maneiras de descrever este sentimento tão…tão…indecifrável e transparente ao mesmo tempo e nunca consegui passar para as letras a magnitude, a cor, o som, a temperatura, a textura, o odor, a mistura, a mescla de coisas unas e simples que nos invadem a alma e nos descabelam a lucidez que se apossa de nós quando experimentamos o amor…
Porém, encontrei uma “definição” que até hoje me pareceu a mais perfeita e a mais simples. É uma pequena parte de uma passagem da Bíblia, que integra «1Cor.13», e é assim:
“…O amor é paciente, o amor é prestável, Não é invejoso, não é arrogante, nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê. Tudo espera, tudo suporta…”

Digo que para mim esta é a definição mais perfeita do amor que já li, pela sua simplicidade e no entanto faz-me questionar e pensar tantas coisas…ou o amor entrou em vias de extinção, e as únicas espécies sobreviventes que o encarnam vivem no outro lado do globo, ou então esta pequena passagem sobre o amor, que tanto gosto, não passa de uma utopia, um discurso naif…publicidade enganosa?
O certo é que, aparte as utopias, a publicidade enganosa e os incómodos de que me queixo, o amor é o pão-nosso de cada dia, é o nosso alento, a nossa motivação, muitas vezes o perdão…sem ele, o amor, a vida é a preto e branco, o mar é só uma enorme porção de água, os dias não têm propósito, a música é só mais um barulho que chega aos nossos ouvidos, somos gelo…somos parasitas...
Incomodam-me muitas coisas no amor, mas o que me incomoda de verdade, é não amar, muito mais do que não ser amada…ao não amarmos não reconhecemos nem valorizamos o sentimento do outro, não sentimos, não somos, não se é! Porque o amor é o milagre, é o sentido, é a matéria de que somos feitos, é como que um culto a seguir…
Porque o amor é querer ser muito mais do que ter! É a harmonia entre histórias, atitudes, pessoas, credos, cores, partidos, clubes…a vassoura da diferença e indiferença, é a medida certa…qb (quanto baste) …
Prefiro amar, e só amar, ainda que nunca amada, pois de contrário não serei abençoada…
Beberei eternamente pelo cálice do amor, mesmo que sede não tenha e darei a beber de quem da secura padeça…

Depois de dar nós ao cérebro para tentar tirar o itálico do resto do texto, acabei por desistir, antes que o computador ficasse com ferimentos graves (risos). Se alguém me puder ajudar agradeço!

Beijinho
Darsham

Foto de sidcleyjr

Secretaria de amocação

O amor é a cultura dos analfabetos e oprimidos
Educado por uma criança
Obstinada
Sem dono nem estrada
Sátira do odeio e ressentimento
Secretaria da constituição vermelha ética
Difusão do sangue de Cristo
Assusta quando é mostrado liquidamente.
O barquinho das piscinas no pingo do mar
Que acumula ao tempo quanto na intensidade
E ao inspirar o tornado
Espira a transparência a compatriota do mentor das varandas do recife.
E o menino some nessas crenças
Pela esperança não constituir sua maturidade.

Macro - o garotinho "

Foto de sidcleyjr

Escritas

Antes dos pássaros cruzarem o céu
Rupturas das sombras prolongarão o esplendor
E inspiração à compreensão do sacerdote afeição
Palavras felizes com o tempo e a D’alva,
Sentado numa sombreara lendo Mendes
Acompanhando Algumas Metamorfoses.
Lembranças das margens do caos mortas em papel cetim
O bocejo tranqüiliza alma
Folhas maduras acompanham a leitura do poeta
Longe sobre o vento que alisa a cabeleira da musa
E a causa anseios em leves sopros a essência do elemental
Lábaro do prazer e mentor das criaturas riscadas de glóbulos vermelhos
Suaves palores enroscado
A noite mostra a liberdade.
Palmas à persistência do mágico
Ao caráter póstumo em cada lágrima
Honrando o criador
Sempre estrelando o céu estrelado
Humildade nas raízes e nas fotos do passado.
Nobres aplausos dos companheiros de viagens
Espiando a construção fertilizante
O sol acolhe pelo nome
Mãos calorosas desvendam pouco a pouco maturidade
Dês de muitos irônicos pelo ressentimento
Ou pela calma de dedos firmes ao crucial caminho da vitória.

'Macro/Sidcley Jr.

Agradecimentos "

A Murilo Mendes(4º bicho de ceda da poesia moderna)

Foto de Carmen Lúcia

Tudo acabado...

Ao te ver andando na rua
Viajei para a lua;
Não foi de emoção...
Nem mesmo tesão,
saudade ou paixão...

E' que me senti leve,
assim como a brisa...
Como o vento...
Vazia de sentimento.

Foi-se embora o amor...
Não guardo ressentimento...
Sinto pena...

Mas adorei a cena...

[Carmen Lúcia]

Foto de Carmen Vervloet

Perdão

Sentimento que brota do coração
Expurgando qualquer ressentimento
Jamais espera compensação
Nem mesmo reconhecimento!

A alma como pluma a voar
Leve tênue pétala ao vento
Conjugar do verbo amar
Alegria imantada no tempo!

Muda a face cerrada do rancor
Preenche a vida em luz e cor
Sentimento por Deus abençoado
Escudado por anjos alados!

Trás a paz, sua maior companheira,
Sol nascente dourando a cordilheira!

Carmen Vervloet

Foto de vera cristina

Estou sofrendo

" Estou sofrendo "

Em todo este tempo eu estive pensando e me decidi
Por tu seres assim é que para mim sempre foi dificil
Não suporto mais ser para ti um passatempo
Passo o tempo todo dia e noite a pensar em ti
Eu estou sofrendo mas não há tempo para pensar nisso
Pois eu sei que tu amas outro alguêm mas sempre indeciso
Que sejas feliz foi o que eu sempre quis e ainda quero
Mas fica sabendo que somente por ti é que desespero
Apesar de te amar, não quero voltar pois estou sofrendo
Mas toma atenção o meu coração não tem ressentimento

Escrito por mim Vera Cruz

Foto de lialins

Perdão

Eu te preço perdão

Por todas as vezes que eu não disse que te amava
Erros que ti levaram a chorar
Ressentimento que ti causei
Duvidas que em teu coração eu deixei
Amor que eu não valorizei
Odio que eu ti levei a sentir por mim

Foto de PedroLopes

Teu critério

Movida por esse teu critério estético
Dizes que meus versos não têm rima
Por ser feio, nenhuma obra-prima
Dizes que só o belo pode ser poético

Que meu poema é pobre, que te desanima
Por meu corpo ser franzino, e esquelético
Desejas que sempre permaneça hermético
Por não ter músculos munidos da pura enzima

Engano teu, nas minhas veias corre a tinta
Ninguém sabe do futuro seu significado
Se não será numa cama contigo lado a lado

Quando escrevo faço-o com sentimento
Não para ser belo, ou com ressentimento
Faço-o por Amor, com Amor, e pra ti Amor

Pedro Lopes - Plenitude do Sentir - Editorial Minerva

Foto de Deibby Petzinger

A arte da despedida

Nunca acreditei no supremo senão a pureza da alma
De tantas fraquezas até hoje sobrevivi por isso me julgo humana,
Falamos tanto em amor mas meus livros nada me ensinaram sobre despedidas
Só me aconselham a sorrir, quando nada mais tenho o que fazer da vida.
Patético é esse amor que vejo brotar em meu sangue
E essa viagem que às vezes ao esquecimento,
Mas bela sempre será a dor de quem pode se sentir livre
De quem pode se sentir vencido e feliz, dentro do tempo.
Apenas o que se sente pode ser compreendido
Dentro do infinito...
Nada pode ser contado ou explicado, somente vivido
Palavras são duras, perdoáveis quando não ditas
Mas uma vez pronunciadas, permanecerão intactas no pensamento.
Eu deveria estar falando em destino, para obter perdão pelos meus erros
Mas eu sou tão fraca , tão franca a ponto de dar conselhos
Prefiro ficar calada, observando o medo me aprisionar sem glória,
Me sugando os olhos, a memória e os movimentos.
Então me deixe seguir, eu quero ver até onde chego,
E se me disseres que sou sincera, eu nego
Pois só eu sei sobre meus mais estranhos desejos,
Sobre minhas insignificantes vitórias e meus puros anseios.
Então, se você acha que é certa a hora, me aprisione, me condene
Faça do purgatório o teu julgamento
Mas não esqueça que somente de mim surgirá o perdão,
Que impedirá que a tua boca, beije os lábios do ressentimento.

Foto de eterno apaixonado

Seguir em frente

Não quero pena nem piedade.Quero pensar, andar pela cidade sem rumo, sem destino.Caminhar como um menino em busca das respostas da sperguntas que não querem calar.Que me façam entender o porque do meu sofrer.
não quero ilusões, nem sonhos, me, fantasias, busco rspostas e não palavras vazias.
Quero ouvir apenas a verdade.Uma explicação, algo que justifique o que aconteceu com a gente.
Não havia nada que eu não faria.se você me pedisse o sol eu o traria só pra te aquecer!Mas você me pediu algo que eu não posso fazer.Impediu a flor do nosso amor de florescer.
Depois de tudo que vivemos você veio me dizer pra te esquecer, pra não mais te amar e mesmo sem entender aceitar o fim.Pra te tirar da mente, pr aseguir em frente, prosseguir sozinho.
Até hoje sigo sem entender e nem sei se um dia entenderei.
O que mais me machuca por dentro não é a mágoa nem tãopouco o ressentimento e sim saber que todo esse sofrimento é por causa de um sentimento qu eapesar do tempo não morreu.
A minha dor não é ouvir o que eu não mereço, nem o seu jeito tão desigual, mas saber de tudo que você me fez e ainda sofrer no final, e ainda te querer, ainda sonhar que um dia você vai voltar.
Não quero inventar soluções nem tão pouco ser o centro das atenções.
Quero apenas andar pela cidade, ver gente, sentir o vento, seguir em frente.

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