Enviado por CarmenCecilia em Ter, 08/07/2008 - 18:35
POEMA : CARMEN LUCIA
EDIÇÃO: CARMEN CECILIA
MÚSICA: NOBODY SUPPOSED TO BE HERE ( DEBORA COX )
Auto-descoberta
De repente, estremeço.
Um arrepio me rouba os sentidos.
Tira-me o chão, em transe permaneço.
Reflexos tomam conta de meus movimentos.
De meus atrevimentos...
O êxtase amplia tais momentos.
Um toque, um forte arrepio... Enlevo total!
Um vôo descomunal...
No ar, gemidos ofegantes, delirantes,
Encontro do sublime com o insano,
Choque do sagrado com o profano,
O arrojo e a fraqueza.
A entrega e a sutileza.
A dúvida e a certeza.
A força do desejo e a submissão.
A confirmação!
A paixão a rondar pelos cantos...
Doidivanas, semeando enganos...
Mentiras sutis, sentimentos vis,
Disfarce imprescindível à nossa carne,
Imbuído, incrustado, penetrado...
Uma fraqueza.Sim! A mais austera!
Uma mentira.Talvez!A mais sincera!
A alma dilacera, o corpo engabela.
E lá fora, em confronto com a paixão,
O amor correndo livre, sem direção.
Enviado por Carmen Lúcia em Qua, 25/06/2008 - 21:42
De repente, estremeço.
Um arrepio me rouba os sentidos.
Tira-me o chão, em transe permaneço.
Reflexos tomam conta de meus movimentos.
De meus atrevimentos...
O êxtase amplia tais momentos.
Um toque, um forte arrepio... Enlevo total!
Um vôo descomunal...
No ar, gemidos ofegantes, delirantes,
Encontro do sublime com o insano,
Choque do sagrado com o profano,
O arrojo e a fraqueza.
A entrega e a sutileza.
A dúvida e a certeza.
A força do desejo e a submissão.
A confirmação!
A paixão a rondar pelos cantos...
Doidivanas, semeando enganos...
Mentiras sutis, sentimentos vis,
Disfarce imprescindível à nossa carne,
Imbuído, incrustado, penetrado...
Uma fraqueza.Sim! A mais austera!
Uma mentira.Talvez!A mais sincera!
A alma dilacera, o corpo engabela.
E lá fora, em confronto com a paixão,
O amor correndo livre, sem direção.
Enviado por Joaninhavoa em Ter, 24/06/2008 - 22:47
Eu sei que meu perfil será de noivo!
Lá a caminho do altar com mil reflexos
E prestes a interpretar o cavaleiro do amor
As gentes extasiadas, subjugadas em alvoroços
Aplaudem em leque desmedido aprazador
A par e passo consciente da demanda
Vejo sonhos, e esqueço o mundo vão
E vejo-te minh`a linda sinhá já rainha
D`borracho mais belo cá do Sertão
E a lira toca cordial o mágico acorde
Primeiros compassos iniciam-se os laços
E os passos do Star e da Fer simbolizam
O primeiro acto puro em forma de acordes
Ao leme o padre elixir das leis da harmonia
Telas pendentes e velas infladas pl`os ventos
Presentes!
JoaninhaVoa, In “Soneto De Homenagem
Aos Noivos, Fer e Star”,
(24 de Junho de 2008)
Vil e cruel que marca o peito
E feri a alma, joga fora o sopro
Da juventude árdua de amor,
Torce dentro como chamas ao
Peito de uma condor.
Sarça minha sina de esta entre
Teus anseios, nos olhos que se faz
De reflexos de meu eu, já tão
Esquecido por mim.
.
Indiferença
.
Vil e cruel como as nórdicas e
Falecidas vidas de minha alma
Nos dentres seres desconhecidos,
Por mim... Por ti...
.
Indiferença
.
Vil e cruel, que jamais sentiras em
Teu peito, pois meu amor é como
Flor do campo, enraizada no mais
Profundo, de um arado iludido de
Terra batida e pérfida.
Que traz consigo a lida dura de campineiro
Pra torna-te fértil em meus campos inertes
Do teu amor. Nessa cruel e vil indiferença.
.
.
Enviado por Joaninhavoa em Seg, 09/06/2008 - 22:36
***
**
*
*
Reflexos de paixão lembram-me
espelhos
Onde as imagens são transladadas por influxos
Emergentes dos tempos conscientes
pombas
Esvoaçantes hirtas brancas, alegóricas plumas
E em completo êxtase de ilusões
dignificado
Que salto dá meu sonho da lua para o vento
No meu compasso o ritmo dá ao verde o passar
Testemunha a poesia persistente em ser meu par
E os seus braços sem sombras são
abraços
Que dou em me dar sem despedidas
Veia contida na consciência desta vida
Minhas essências são puras coincidências
E entre poesias e uma tarde a findar
Não sinto estranho meu nome ser
*
* Esta singela poesia foi inspirada em outras obras de nossas colegas poetisas
*
Espécie de termômetro é da minha poesia.
Sinto através da tua própria inspiração
O descompasso que me trás a nostalgia
E atinge n’alguns instantes o meu coração.
É algo que ocorre na esfera da inconsciência,
Momentos em que se manifesta a ilusão,
Refreadas pelos sonhos da plena consciência
Eis que só faço ao acordar, a interpretação
No curso da passagem para a pré-consciência,
Em breve lapso de tempo em que a emoção
Consegue durante os reflexos de tua ausência,
Superar bloqueios dos reflexos da razão
E resplandecer para o papel toda a essência
E refletir o sentir da nossa paixão
Não estou na escuridão, pois tenho tua alma a me iluminar,
Sim meus lábios tremem, a cada vez que te chamo amor.
Nunca te toquei carnalmente, mas me sinto a te acariciar
Com a volúpia de meus olhos que te vêem com ardor.
Não são pecados sentimentos e desejos de te beijar,
São apenas reflexos da excitação que vejo no esplendor
De teus olhos esverdeados cuja íris fustigam a brilhar,
Lançando o lume estrelar de tua alma que com fulgor,
Atrai-me, chama- me e alucina-me como estivesse a gritar,
Por meu nome num profundo grito ensurdecedor,
Que vara a madrugada e a distancia e me chama para te amar
E faz que imediatamente me acorde e sem destemor
Procure-te e encontre fragmentos, algo para te alcançar
No cume de teu leito celestial e onde me aguarda amor.
Sofrer corrói a alma
Com falta de um gesto de ternura
De se dar num toque e sentir seu ser por completo
A noite conquista o domínio
Dessa vontade de estar bem próximo
Cada vez cria mais vontade de olhar
Nos olhos e entrar no infinito
O vento sopra súplicas pela janela sussurrando agonia
Este vento transporta notícias da angústia do ego
De um querer saber mais um pouco da sua alma gémea
Que loucura duas almas tão idênticas
Tão afeiçoadas na sua postura de querer um outro
Nunca antes alvejado de forma desenfreada
De loucura sem tamanho e sem entender que alguém
Não se conheça numa troca de palavras
E possa trazer tamanha paixão
E até mesmo um amor corpóreo.
Serão concretos os olhos nos olhos?
Será possível?
Concretizar algo de tão esperado desde sempre?
Há fantasias que brotam sonhos bem cedo
Mas que por vezes a desilusão converte em pesadelos
Trazendo reflexos de um amor possível como sentença
Não tenho certeza mas reconheço que já vi este reflexo
Não me parece estranho mas o pânico intenta intimidar-me
A sustentar uma vida num prometido de riquezas na alma
A maior prosperidade
Que podemos alcançar é amar sem medo de sofrer.
Isto será possível?