Queda

Foto de Oliveira Santos

Tragicantiga De Roda

Poema adaptado da cantiga de roda Terezinha de Jesus

Terezinha de Jesus
Numa queda foi ao chão
Acudiram três cavalheiros
Cheios de preocupação

O primeiro foi seu pai
O segundo seu irmão
O terceiro seu marido
Segurando a sua mão

Foi levada ao hospital
Que tristeza de visão!
Gente pelos corredores
E largadas pelo chão

A sujeira toma conta
Nenhum doutor de plantão
A enfermeira dá uma olhada
E disse: "aqui dá jeito não"

Começou o corre-corre
A procura de atenção
Batendo de porta em porta
Sem encontrar solução

O desespero do seu pai
Tomou conta do seu irmão
E o marido estarrecido
Com toda essa situação

E Terezinha inconsciente
Sofre toda a judiação
De ficar indo e voltando
Passando de mão em mão

Se tem médico na casa
A fila dobra o quarteirão
Mas não adianta nada
Não tem material à mão

Terezinha de Jesus
Seu destino em outras mãos
Em meio a toda essa gente
Desprezada, morre então

Por ter chocado a cabeça
Sofreu uma grave lesão
Foi só mais uma infeliz
Que não encontrou salvação

25/06/97

Foto de Oliveira Santos

Entranhas Da Noite

Nas entranhas da noite
Adormece o indecifrável
E ao júbilo de alguns
Opõe-se a queda de muitos
E confrontam-se nas horas
A multidão e a solidão
E deparam-se nas ruas
A aversão e a atração

Das entranhas da noite
Originam-se os temores
Os clamores, os horrores
Intrínsecos, inexoráveis
Donde a névoa venenosa
Rarefaz-se em frente aos olhos
E o frio, a fome, a peste
Cata os seres mais simplórios

04/07/96

Foto de Junior A.

Se ama...

Se ama, se de fato ama,
Não precisa pressa, tão pouco fala.
Deixa que descanse em mim teus olhos,
Queda-te por sobre o meu peito,
E o teu peito, há-de dizer-me o que sente...

Se me queres, não peça,
Tão pouco o faça, aquieta-te.
Deixa que tua pele em arrepio sussurre,
E faça. Tudo que a mente inquieta sente...

Se assim fizeres, (e espero que faça),
Encontrará tudo que desejas,
Saberá que assim a alma não mente,
E terás de mim tudo que almejas...
Mas cuidado, te aquieta, o terá pacientemente...

Foto de joaobala

Eu Ainda TiamO

Tudo parecia perfeito até que bummmm!!!!!
Queda de um mundo de sonhos,
Um mundo de amor ondo so dois
Seres viviam.
Eu ainda tiamo .......
Amo cada palavra q sai de sua boca,
Amo pq sei q tens rações pra estar assim
Triste com teu amor ,
A como queria ser perfeito para vc amor
Queria o destaque de um rei ou até mesmo
O lugar de um principe só pra ter o poder
De retribuir a cada lagrima tua,
com presentes e beijos.
Eu ainda tiamo amor,
Tiamo com forças de um derrotado´
Que mesmo no chão naum se entrega, até que
seus olhos não veem mais o sol do mundo.
Amor, ainda tão cedo vc partiu sem me diser
Adeus,
Tão tarde fiquei a esperar por vc e ainda estou,
Preciso de vc amor, preiciso e preciso,
Caso você não precise, não chores mais
E me esqueça, mesmo assim não
Te esquecerei até que meu coraçao
Pare de bater....
.Eu ainda tiamo......

JoaoBala...... A alguem muito especial 22/05/2010

Foto de DAVI CARTES ALVES

AVANÇAM TEUS EXÉRCITOS DE AMOR

Lá vem teus exércitos de novo
derramando dos teus olhos
nevados em mel
o amor em corcéis de volúpias

velozes, vorazes,
sagazes, atrozes
recamando de brasas famintas,
meu céu

sobrepujam-me
teus exércitos de novo
alvejando-me
com teu Sol de delicias
com tépidos feitiços
e felinas caricias

pousando tuas sedas
meneios, perfumes,
sorvendo a vertigem
nas tuas maviosas veredas

vem teus exércitos sublimes
em coleante poesia de rendas sutis
sonetos entremeados num belo corpete
bucólicos haicais
em melífluo corselet

vem teus exércitos
faz-me teu despojo de cruel diversão
novelo estapeado pela pata felina
a rolar pelo chão

flor de tiara,
teu estojo de strass
sopra minha queda
fulminando-me uma e mil vezes
Zás-Trás!!!

faz-me mais um subjugado prisioneiro
do seu vasto império
de fascínio, encanto, graciosidade
e sedução

caem sobre mim teus exércitos de novo
receber teus abraços confeitos
na louçania de buganvílias perfumadas
enternecidas, lagrimadas
pelas renovadas manhãs

sem dor, em ardor
quão dóceis e enamoradas
teus exércitos em flor

enlear-se na ternura
das tuas mil vozes macias
o verbo amar sussurras
dos teus poros, balbucias

e vem sobre mim
teus exércitos de novo!

Vem !!!

Visitem-me :)
poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Graciele Gessner

O Despertador da Vida. (Graciele_Gessner)

Para: Alguém que me despertou!

Você deve estar se perguntando, quem me mandou esta carta? Pois bem, leia até o fim.

Não te conhecia, esbarrávamos pela casualidade ou por mera coincidência dos horários que permitia ficarmos frente a frente. Por fim, você tomou coragem e falou do seu interesse por mim. Fiquei surpresa e assustada! Tenho receio dos homens “corajosos” demais. Um ano você insistiu, um ano tentando chegar perto de mim.

Admito, jamais consegui confiar em suas verdadeiras intenções. Nunca aceitei seus convites para sair. Por isso levamos tanto tempo para uma aproximação. Sabe? Foi melhor assim, não era para acontecer antes.

Palavras e mais palavras, este é o meu mundo imaginário, escrevo tudo que vem a mente. Desta vez, tento escrever esta carta - já sinto dificuldade, porque preciso manter a realidade em cada letra escrita (digitada), não posso fugir do foco principal, nós.

Eu fugia de você, evitava-o. Mudei muitas vezes os meus trajetos, percorri novos caminhos. Tentei de todas as formas, mas você sempre conseguia me cercar. Adiantou tomar estas precauções? Não!

Até que um dia, uma fatalidade abalou todas as estruturas da minha vida. Lá estava você me socorrendo, aceitasse a missão quase impossível. A partir dali, te conheci. Conheci a pessoa humanitária e incrível.

Depois de uma semana, aceitei sair contigo. Sol, calor, verão! Uma aventura, sem noção da perigosa armadilha. Mas para eu me envolver preciso além da atração, preciso de sentimentos. Resumindo, eu estava encantada por ti, mesmo que você tenha me dado o alerta geral “não se apaixone por mim”.

Ainda bem que o encanto logo se quebrou. Você foi um cristal fino e frágil que se estilhaçou pelo chão. Tentei te socorrer da queda e acabei me ferindo. Você estava em muitos pedaços, revelando a sua verdadeira face.

A partir dali, mudei a minha visão sobre você. Aprendi que preciso ser menos emoção e mais fria com as minhas ações. Não posso ser muito carinhosa, porque posso me apaixonar. Não quero me envolver se você não pode sentir o mesmo por mim. É medo? Não! Uma forma segura e não dolorida para quem não deseja se envolver.

Obrigada, por ter me despertado para a vida!

Sou aquela que aprendeu a dizer não friamente, lembrou de mim?!

10.03.2010

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de Carmen Vervloet

Viagem

Fui buscar o meu sonho
que sepultei no meio da mata
debaixo de uma pedra
bem onde cantava a cascata
pedra tão pontiaguda
protegida das águas cor de prata
que segurava meu sonho
que enterrei sob a pedra de ágata
meu coração foi ferido
pelas arestas da pedra
na justa ou injusta medida
como a água que se queda
a última estrela se vai
e o sol se mostra a sorrir
e a pedra cai... cai... cai...
e o sonho volta a se abrir
hoje está tudo perfeito
meu destino a se cumprir
mata verde esperança
alegria que com o sol avança
água seguindo seu leito
rolando as pontas dos seixos.

Carmen Vervloet

Foto de Felipe-Mazza

Um Anjo

Um Anjo caído perde suas asas
Uma vez eu fui um anjo
Para aquela de que mais amei
Cuidei dela com todo o carinho

Ouvi-lá quando queria
Desabafava suas magoas
Contava seus segredos

E eu ouvia com todo o carinho
Todo carinho e compaixão que eu tinha
A compaixão virou paixão
A paixão virou amor

Mas do amor não surgiu mais nada
Não foi como eu queria
A queda foi muito grande
Quando aquela realidade batia

Um anjo caiu naquele dia
Pois com ela o amor não me tinha
Uma vez eu fui um Anjo
E perdi minhas asas naquele dia

Depois disso não fui mais o mesmo
A magoei com palavras que não queria
Fiquei perdido desorientado
Já não sabia o que fazia

Estraguei tudo eu sei
Mas estava caído machucado
Acabei que a afastei
A pessoa a quem mais amei

Uma vez eu fui um Anjo
E perdi minhas asas naquele dia

Foto de A ciganinha

O som do slêncio

O som do silêncio

O silêncio é o tormento da língua
É uma resposta sigilosa, é uma arte
O som do silêncio, à raiva míngua
Queda a fúria da outra parte

É o desafio que à boca adestra
Ensurdece a acuidade auditiva
A palavra ofensiva não prospera.
O calar, doma a alma sensitiva

Palavras mal colocadas pela euforia
Causam um posterior arrependimento
Calar para que o outro sorria
Evita certo constrangimento

Impulsos incontidos geram conflitos
Da mudez nasce o entendimento
A boca muda digere os atritos
Não macula o comportamento

Diná Fernandes

Foto de A ciganinha

Alucinação

Alucinação

No breu da noite, em meu quarto
Vejo apenas paredes e insinuação.

Busco a inspiração através do meu pranto,
Mergulho no meu campo de ação...
A fantasia de poeta, um tanto quanto
Atrevida, esta que nunca me diz não,
Que me envolve num manto
Queda o horror da solidão,
Banha-me no orvalho santo
Da madrugada, me embriaga como vinho em decantação.

Estrelas assistem meu pranto
A lua diz , chore não!
Me perco nas alamedas da ilusão
Meus fantasmas são tantos...
E os meus versos nascem como canto
Saltitando na garganta meu poema alucinação!!

Diná Fernandes

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