Nas entranhas da noite
Adormece o indecifrável
E ao júbilo de alguns
Opõe-se a queda de muitos
E confrontam-se nas horas
A multidão e a solidão
E deparam-se nas ruas
A aversão e a atração
Das entranhas da noite
Originam-se os temores
Os clamores, os horrores
Intrínsecos, inexoráveis
Donde a névoa venenosa
Rarefaz-se em frente aos olhos
E o frio, a fome, a peste
Cata os seres mais simplórios
04/07/96