Lá vem teus exércitos de novo
derramando dos teus olhos
nevados em mel
o amor em corcéis de volúpias
velozes, vorazes,
sagazes, atrozes
recamando de brasas famintas,
meu céu
sobrepujam-me
teus exércitos de novo
alvejando-me
com teu Sol de delicias
com tépidos feitiços
e felinas caricias
pousando tuas sedas
meneios, perfumes,
sorvendo a vertigem
nas tuas maviosas veredas
vem teus exércitos sublimes
em coleante poesia de rendas sutis
sonetos entremeados num belo corpete
bucólicos haicais
em melífluo corselet
vem teus exércitos
faz-me teu despojo de cruel diversão
novelo estapeado pela pata felina
a rolar pelo chão
flor de tiara,
teu estojo de strass
sopra minha queda
fulminando-me uma e mil vezes
Zás-Trás!!!
faz-me mais um subjugado prisioneiro
do seu vasto império
de fascínio, encanto, graciosidade
e sedução
caem sobre mim teus exércitos de novo
receber teus abraços confeitos
na louçania de buganvílias perfumadas
enternecidas, lagrimadas
pelas renovadas manhãs
sem dor, em ardor
quão dóceis e enamoradas
teus exércitos em flor
enlear-se na ternura
das tuas mil vozes macias
o verbo amar sussurras
dos teus poros, balbucias
e vem sobre mim
teus exércitos de novo!
Vem !!!
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