Prisão

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

A PRISÃO DO NOSSO SER!

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Prisão...
É quando deixamos; nossos desejos e vontades.
Encarcerados, dentro de nós mesmos.
É quando deixamos de viver nosso momento.
Ocupar nosso espaço,seguir nossos passos.

Prisão...
É quando deixamos de viver nosso próprio eu.
É quando nos interditamos, para sentir,
Para amar , para gozar a vida,mesmo sofrida.
É se fazer ausênte, do ser que somos!!!

Prisão...
São os caminhos que ,não quisemos percorrer....
São as oportunidades perdidas...
Salvo ,que alguém as tenha aproveitado,
Em nosso lugar, por inconsequência nossa.

Prisão...
São as feridas mal curadas, flechas não lançadas.
Amores mal resovidos,desfecho de uma história,
inacabada.
Alma trancada, encarcerada por um masoquismo
sem lógica.

Prisão...
É quando nós mesmos, criamos os muros,...absurdo!
É a morte aos poucos do ser vivo,que não pensa,
que se prende em suas razões.
Achando que pode achar soluções.

Prisão...
É não voar...,não caminhar....não ir e voltar...
não sonhar...,não permitir...não ousar....
Não ver a luz do sol, das estrelas.
Não ver a lua dos amantes.Não opinar
Não insistir...não ter perseverança.
Não ter alma de criança.

Liberte-se do fantásma da Prisão
Prisão é manter-se com vendas nos olhos.
*Viva a liberdade,e ouse com vontade*
Apresionando todo o tunel escuro que cerca,
o nosso ser...Nos impedindo de viver....

Anna Flor-de-Lis *-*

Foto de Sal

só tu meu amor

Desejo Paz e sossego
Almejo-os ansiosamente
Necessito tanto deles
Como do teu amor e carinho

Sem ti princesa ofego
Quero-te perdidamente
Sem ti tudo é reles
E mediano, vem para o meu cantinho

Faz-me feliz, só como tu sabes
Ensina-me o caminho da felicidade
Sem o teu concelho ando perdido
E em maus caminhos metido

Deixa-me ver o sol, minha estrela
Neste meu universo és a mais bela
Solta-me da minha prisão
Com a tua varinha de condão

Foto de killas

A PRISÃO DO SENTIMENTO

Estar numa prisão dourada,
A prisão do sentimento,
O coração vê fechada,
A porta nesse momento.

Acaba por só entrar um,
Outro coração nesse espaço,
Estamos metidos num,
Bem que é muito escasso.

Dois corações se conjugam,
Se unem e se juntam,
Só sabem que se perpetuam,
Até que os dois morram.

Todos ficam a ganhar,
Com trocas de afeição,
Não há melhor brilhar,
Que o brilhar da paixão.

Amor não é um mar de rosas,
Quando não é correspondido,
Faz-nos passar muitas horas,
Vagueando totalmente sem sentido.

Não pode haver pior dor,
Que amar sem ser amado.
Distribuir o nosso amor,
E vê-lo pelo chão estragado.

É a mais dura prisão,
A prisão do coração,
Não conseguir com nossa mão,
Mudar a nossa grande paixão.

Faço um ponto final,
Para chorar outras lágrimas,
Vou enviar outro sinal,
E procurar outras mágoas.

Foto de killas

APRISIONADO SEM TI

Olho através da janela,
Vejo um jardim florido,
Dentro da minha cela,
Feita com amor ferido.

Vejo o amor andar no ar,
E crescer a minha tristeza,
Eu consigo sempre perdoar,
Para te ver, uma vez que seja.

Assim na vida só sei carpir,
A mágoa de não te poder ver,
Perdi todo o meu sorrir,
Deixei aquilo que queria ser.

Procuro com minha mão,
Apenas a tua miragem,
Que mesmo sendo ilusão,
Serve para não perder a coragem.

Meu amor sinto-me aprisionado,
No nosso simples e doce amor,
Não consigo andar magoado,
Por me trazeres tanta dor.

Não estou numa prisão dourada,
Por isso tento esquecer este amar,
Mas tudo não passa de fachada,
Para ver se consigo continuar.

Sei que nunca irei conseguir,
Nesta ou noutra vida te esquecer,
Desde o dia em que te vi partir,
Que me sinto a no chão esvaecer.

Foto de Lou Poulit

A MONTANHA E O PINTASSILGO (CONTO)

A MONTANHA E O PINTASSILGO
(Parte 8)

Porém, a eufórica felicidade da montanha de súbito cedeu os seus subterrâneos a uma terrível agonia. Ela logo percebeu que tudo era um golpe baixo. Os pássaros de dentro nada mais eram do que uma família. Para convencer o pintassilgo “fugido” a voltar para a prisão, para mostrar a ele que nunca mais seria o que foi, o caçador trouxera a sua fêmea e os seus filhotes, que piavam apenas porque nem sabiam cantar ainda. Furiosa, a montanha quis voltar a ser um vulcão, mas deteve-se a tempo de arrepender-se. Não poderia despertar tamanha força somente para despejá-la na cabeça daquele ínfimo caçador. Além do que, já tinha uma transgressão grave registrada na sua folha-corrida.

Acalmou-se para desfocar sua energia. Precisava voltar à sua dimensão consciencial, natural e soberana, e não negar ao pintassilgo o direito de escolher. Mas essa era uma tarefa muito difícil. Seu querido passarinho fora arrancado do seu abraço generoso. Passara muito tempo sendo condicionado a uma vida muito diferente, mas agora teria a chance que ele sempre esperara. Ou será que não? E se ele não o quisesse? E se sentisse medo da liberdade? Assim como não mais respondia aos apelos da montanha, com certeza perdera a sensibilidade para todas as coisas, não podia mais compreender o mundo exterior à gaiola. Fora acostumado a comer e beber do que lhe serviam, e não saberia mais encontrar alimento por conta própria. Por mais irônico e inaceitável que isso fosse do ponto de vista da montanha, ele poderia preferir a segurança oferecida por seus algozes. Pelo menos não perdera o seu canto maravilhoso, muito embora agora, isso parecesse menos importante. Mas para os seus filhotes sim, isso devia ser o que existia de mais importante. Sob o peso imenso da dúvida a montanha sentiu a conseqüência da sua ousadia. Deixara-se levar. Fora até onde montanha nenhuma houvera ousado chegar com seu comportamento. Não podia mais prosseguir sob o risco de perder-se em vão. Tudo por um pintassilgo que não quisesse, desgraçadamente, reencontrar-se. O fim das suas dúvidas não dependia mais de si, ou nunca dependera. Era preferível deixar que tudo se ajeitasse naturalmente.

Pois tudo aconteceu muito rapidamente. O gavião não resistiu à tentação de ver três refeições num espaço tão pequeno. Desceu noutro vôo rasante, passando bem próximo, na tentativa de fazer com que ao menos um dos pássaros saísse apavorado da gaiola. O gato achou que o risco já estava de bom tamanho e que poderia muito bem simplesmente esperar em um lugar mais seguro. Quem sabe? Com sorte lhe sobraria alguma coisa, pois havia mais passarinhos na confusão do que aquele gavião intrometido poderia carregar. Como a tentativa anterior não dera resultado, o rapineiro voltou e pôs-se a voar quase parado no ar, bem juntinho das varetas. Mais cedo ou mais tarde algum dos bichinhos se esgotaria de tanto se esbater, e então seria facilmente arrancado pelo pescoço, para fora da gaiola. Entendendo a malícia cruel do gavião, o pintassilgo lançou-se contra ele numa atitude heróica, pensando em bicar-lhe os olhos, golpe terrível e mortal para qualquer gavião, por condená-lo a morrer lentamente de inanição. O que se viu surpreendeu a todos.

Ninguém ali sabia, mas os pássaros engaiolados na verdade pertenciam ao caçador mais velho. Vendo-os ameaçados pelo gavião, sem ter uma justificativa para o fato de tê-los pego sem pedir, ao mesmo tempo em que o pintassilgo atacou o caçador arremessou com toda a força uma pedra, na direção do gavião. Porém em vez deste acertou a gaiola, que caiu, se quebrando e libertando os pássaros. Aquela trapalhada encheu a montanha de alegria, por ver os pássaros libertos. Mas onde havia ido parar o pintassilgo? Todos procuravam por ele. Então descobriram que estava no galho mais alto, pendurado pelo pescoço no bico do gavião. Antes que pudessem dizer uma palavra, o rapineiro achou que já estava bom e tratou de bater suas asas até desaparecer nas nuvens, com certeza na direção de uma outra montanha, onde se sentisse mais bem-vindo.

Nesse dia a montanha chorou, mas ninguém percebeu. Não foi mais uma transgressão sua. Simplesmente ela se retirou para os seus subterrâneos e lá permaneceu por muito tempo. De tão triste não queria ver ninguém, sequer tinha vontade de apreciar o amanhecer como sempre fizera. As outras montanhas que achassem o que bem entendessem, não estava mais preocupada com o julgamento delas.

Numa manhã, entretanto, uma voz que lhe pareceu familiar fez com que voltasse a atenção para fora. Não pode ser ― disse a si mesma. Então chegando ao lugar onde tudo havia acontecido havia dois anos, lá estava um pintassilgo, que já não era mais um filhote, prestes a estourar o peito de tanto cantar. E não apenas por zelo. Vinha de logo abaixo uma zoeira que o fazia aumentar o volume para ser ouvido. Era uma cascata, uma pequena queda por enquanto. Sabia a montanha que, sem imediatismos, a fonte construiria um sulco que melhor lhe conviesse, e no futuro seria uma queda ainda mais bonita. E quando depois viessem lhe admirar, todos já encontrariam aquela plaquinha rústica pregada no arvoredo, escrita com letras que mais pareciam garranchos, porém onde se podia ler com alguma boa vontade: Fonte do Pintassilgo. Não vira quem a pregara ali, porém até que estava bem bonitinha. Obra do velho caçador? Mas que tanta diferença isso fazia?

Foto de Carmen Lúcia

Libertação

Se minha vida é uma prisão,
E trago contida minha verdade,
Sorriso nos lábios é simulação,
Prazer no que faço, dissimulação...
A espontaneidade cabal falsidade...

Armo-me de coragem,
Cobre-me a camuflagem,
Esperando o momento oportuno
De rebelar-me, soltar-me, achar-me...

Nesse papel em branco, caneta em punho,
Traço meu plano de fuga, um tanto soturno,
O meu desejo insano ou mesmo profano
De correr ao encontro da liberdade,
Braços abertos à própria vontade...

Libertar em poesia tudo o que sou...
Recolher a fantasia que ainda restou,
Num expressar escancarado, nada forçado,
Dançando anseios na chuva que molha
E limpa meu corpo do que o deflora...
Trazendo de volta a alma que agora
Chora a emoção, liberta a expressão,
Sorri o livre-arbítrio, afaga o que aflora.

Carmen Lúcia

Foto de VenOon

Prisioneiro

Talvez tenha pecado,
Mas atire a primeira pedra quem nunca pecou.
Assumo sem problema que estou errado,
E hoje estou preso, minha liberdade acabou.
Nesse crime eu sou reincidente,
Sei que ainda insisto em errar.
mas por este erro sou + que inocente,
E por este motivo ainda vou pecar!!!
Enquadrado em artigos,
E sem direito a defesa.
Prisãp perpétua é a pena miníma,
E se depender, ainda quero que cresça.
Se quer saber pelo que fui acusado,
Vou te falar de cabeça erguida.
Por te amar sem medidas, fui condenado.
E me entrego nesta prisão, por toda minha vida!!!

Foto de Cecília Santos

PRISIONEIRA DE MIM MESMA

PRISIONEIRA DE MIM MESMA
#
#
#
Sou prisioneira de mim mesma.
Acorrentei minha vida, meu coração.
Com elos de pura desilusão.
Não consigo fugir desta prisão.
Que me rouba o horizonte da
minha visão.
Que mata aos poucos minha paixão.
Deixando no chão os pedaços do
meu coração.
Como desvencilhar dessas grades.
Que prende minh’alma impedindo me
de lutar, de vencer.
Ganhar asas, conquistar novamente
a minha liberdade.
Que tenho que fazer pra me libertar.
Desta ânsia, desta angústia.
Que me tira o ar, que ateia fogo
em meus sonhos.
Que se tornam labaredas ardentes.
Que por onde passam, vão deixando
um rastro de dor e de solidão?
Sou prisioneira de mim mesma.
Sou um fantasma que arrasta minhas
próprias correntes.
Na solidão e no vazio na minha
cela interior...

Direitos resevados*
Cecília-SP/03/2008*

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"QUEBROU...."

“QUEBROU........”

Meu coração...
Quando dispôs dele e não o cuidou!!!

Minha esperança...
Quando a arrancou do meu peito!!!

Minha juventude...
Quando me fez acreditar que já era velho!!!

Minha saúde...
Quando tirou a crença da minha mente!!!

Minha inocência...
Quando me fez desistir dos sonhos!!!

Minha liberdade...
Quando me prendeu a ti!!!

Meu sorriso...
Quando entristeceu meus momentos!!!

Minha individualidade...
Quando me condicionou a teus caprichos!!!

Minha seriedade...
Quando me obrigou a mentir!!!

E por fim....
Minha tristeza...
Quando fostes embora!!!

Minha doença...
Quando mudei de hábitos!!!

Minha solidão...
Quando não me senti mais só!!!

Minha velhice...
Quando descobri que tudo ainda posso!!!

Minha prisão...
Quando descobri que posso voar!!!

Minhas lagrimas...
Quando me descobri sorrindo!!!

Meu desamor...
Quando me senti bastante amado!!!

Foto de Raiblue

Palavras Escarlates

.

Havia algo de insano
Naqueles olhos
Um desejo avassalador
Que em cartas se derramava
E me possuía nas entrelinhas
Por onde os gemidos ecoavam...

Havia um lume mágico
Naquele olhar
Que transformava as palavras
Em toques, lambidas devassas
Pelo meu corpo todo...
A tinta, saliva em brasa...

Havia uma certa delinqüência
Naquele olhar
Que tornava todas as cartas
Uma aventura deliciosa
Um crime delicado...instigante...
Clausura,doce inferno de Dante...

Havia um desejo proibido
Naqueles olhos
Que se revelava só para mim
Em cartas molhadas do prazer imaginado
Transbordando e gotejando em minha pele...
Mar vermelho de segredos sonhados...

Havia naquela alma
Mais de Sade do que se imaginava
Que acabou por condená-la
À prisão perpétua do meu corpo
Enclausurados no amor
Que escorria de suas cartas...

Havia correntes
Naqueles olhos
E algemas nas palavras que escrevia
Prisioneiros nos tornamos
Da mais livre luxúria que acontecia
Na mais escarlate poesia!.

(Raiblue)

P.S: Poema inspirado na poesia “Cartas de Sade”, da querida poeta Salomé.

Texto registrado na Biblioteca Nacional.
Lembre-se de que plagiar é crime!

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