Olho através da janela,
Vejo um jardim florido,
Dentro da minha cela,
Feita com amor ferido.
Vejo o amor andar no ar,
E crescer a minha tristeza,
Eu consigo sempre perdoar,
Para te ver, uma vez que seja.
Assim na vida só sei carpir,
A mágoa de não te poder ver,
Perdi todo o meu sorrir,
Deixei aquilo que queria ser.
Procuro com minha mão,
Apenas a tua miragem,
Que mesmo sendo ilusão,
Serve para não perder a coragem.
Meu amor sinto-me aprisionado,
No nosso simples e doce amor,
Não consigo andar magoado,
Por me trazeres tanta dor.
Não estou numa prisão dourada,
Por isso tento esquecer este amar,
Mas tudo não passa de fachada,
Para ver se consigo continuar.
Sei que nunca irei conseguir,
Nesta ou noutra vida te esquecer,
Desde o dia em que te vi partir,
Que me sinto a no chão esvaecer.