Poesia

Sou o teu Anjo

Sou o teu Anjo
Que voa para ti com alegria
Pra afagar os teus anseios
E te abraçar com desvelo
Com minhas asas de fantasia.

Sou o teu Anjo
Que acaricia a tua alma
Que preenche os teus dias
Com a calma desse encanto
De amor e poesia.

Sou o teu Anjo
Que te ama tanto, tanto
Que nas horas de desencanto
Chora contigo tuas lagrimas
Sofre a dor de teu pranto.

Sou o teu Anjo
Teu Anjo protetor e amigo
E é sempre que estou contigo
Minha companhia é veraz
Sou a paz que te satisfaz.

Sou o teu Anjo
Fui planejado no teu céu interior
Por isso te pertenço totalmente
E penso que te posso ser razão de viver
Porque nasci do teu tão grande amor!

Sou o teu Anjo
Que voa nessas emoções
Porque adoro tua pessoa
E esse teu jeito terno
Perfeito e belo!

Sou o teu Anjo
E te quero desesperadamente pleno
A ternura e compaixão em teu coração
A sensibilidade, a inteligência, compreensão
Que mais razão pra te amar eu tenho?

Sou o teu Anjo
Que te fala suavemente
Ameno e apaixonadamente
Com fervor num tom ardente;
Eu te amo tanto meu amor.

Sou o teu Anjo
Que planta sorrisos em teu coração
Pra tua alma rir-se embevecida
E formar caminhos pro paraíso
Com pétalas de nossas vidas.

Sou o teu Anjo
E também tudo o que precisas
Pra fruir de todas as delícias
De tua paixão sensual imensa
Sou tua presença real de amor.

Sou o teu Anjo
E o dulçor de teus sentimentos
A candura de teus pensamentos
O louvor de teus sofrimentos
A tua loucura de amor.

Sou o teu Anjo
O Anjo das tuas esperanças
Das tuas fantasias e ânsias
Dos teus belos caminhos
Dos teus afetos e carinhos.

Sou o teu Anjo
O teu grande luzeiro
O brilho eterno do sol
O resplendor da lua e estrelas
Eu sou o teu verdadeiro amor!

Sou o teu Anjo
E nesse meu amar e viver
Onde sempre vôo pra te encontrar
Um dia eu deixarei de ser Anjo
Só pra ser você!...

Diny Souto

Que as palavras fluam soltas
e falem o que entala a minha garganta,
declamando o que não consigo falar...
Apenas sentir e calar.

Libertas, entre as flores entreabertas,
felizes, contagiando os matizes,
festeiras, celebrando com os colibris
botões de rosas azuis anis,
renascidas com o amanhecer
a decantar o novo que virá,
entonações em simultaneidade com as canções
tocadas em flauta doce,
modulações em sons de blues...

Palavras que não se unem à fusão das cores,
permanecem nítidas, únicas e puras,
paridas do coração, geradas pela emoção,
correndo pelos trigais, dourando os girassóis,
roçando violetas, borboletas, acácias azuis,
vivenciando o desabrochar dos arrebóis,
bendizendo as manhãs de cada dia,
entrelaçando, à noite, a estrela-guia,
e na madrugada silenciam,
pois sabem que o silêncio
faz parte da magia
e acorda a poesia.

_Carmen Lúcia_

O menino de Itabira,
filho de dona Julieta,
sonhos cor de safira
arrebatado tão jovem
ao encantado mundo das letras.

Entregou-se tão criança
à sedução das palavras
e entre rimas e versos
foi criando um particular
e rico universo.

Aos treze anos de idade
causando perplexidade
começou a realizar conferências
e na sua sapiência
foi criando seu estilo.

Desafiando as palavras,
aceitando seu combate,
do embate não guardando sigilo
fez-se escravo e general.

E neste mundo abissal
sangrou profundamente o vernáculo,
vencendo seus obstáculos,
antecipando o gozo,
guerreiro sem repouso,
deste seu deleite e tortura.

E assim foi descobrindo
das palavras o mistério,
o desdém, o anseio...
Colhendo-as de sua infinita lavra
com até exagerado critério.

Uma essência capitada
com sutil prazer e queixume.
Sua sensibilidade o lume
que o fez crescer... crescer... crescer...
E brilhar!... E pode crer...
Drummond tornou-se das letras referência
e da poesia excelência!

E eu pergunto:
E agora, Drummond?
Como encontrarei a palavra mágica,
a senha dos versos,
para declarar para todo o universo
como é grande minha admiração por você?

Escrevo em tuas costas
Meus versos molhados

De

Palavras inconfessáveis
Tatuando em tuas pernas
As cores da minha boca

Nos teus olhos prossigo
Relendo os textos
E, devoro em segundos
tuas rimas desencontradas

(decoro)

E repito de forma incansável
Inconsciente
O deleite da tua doçura perversa

Escreve em mim

Tu
Agora
Teus desejos desesperados

Frente e verso

Até que eu chore
Olhando de frente
Pra tua poesia