Poema

Foto de boxcarbertha

Velho Melodia

embebeu-se espelho perfumados
extasiado despentados beijou
pássaro meu
poema dele
excitados, bicar jogou
o desejos recônditos
sorriso total molhados
linda jardim de redondos
beijando afagando:
sexo frio
cheiro cabeça
cabelos flor
vento exibindo buscou
os pouco para um
Você nudez mais frente
a a e do me como feliz.
Em flor um pêlos
ao seios e e o o do
de um mim
trás, mais já...

Baseado em:
http://cseabra.utopia.com.br/poesia/poesias/0469.html
http://cseabra.utopia.com.br/poesia/poesias/0687.html

Foto de Gabriel Luís

Entre Versos e Vícios (Soneto)?

Fernanda Queiroz: espero ter correspondido ao desafio. Ao que parece, esse é o primeiro soneto que fiz na vida. Igualmente, o primeiro poema em que falo de amor após 13 anos.
Fer.Car: não preciso dizer que seu poema sobre esse sentimento complexo ajudou bastante.
Izaura: de certa forma, você também foi mãe desse soneto.

Também agradeço aos demais poetas: vocês estão fazendo com que meu sentir poético saia do coma. Obrigado.

Entre Versos e Vícios

Quão estranhas são estas palavras a fazerem minha mente cintilar,
Penetra em sussurros a angústia: sigo as notas de clamor profundo,
Sentimento complexo meu peito inunda, vejo em papel sinuoso burilar,
Violino em frenesi: cansado queda-se o espírito, a abandonar moribundo,

Em minha profícua solitude, parto ao encontro da letra indolente,
Do âmago deste ser surge tímida estrofe: sofrível descortinar,
Debalde, está linguagem a descrever algo com o qual a razão não assente,
Suor, batidas descompassadas de um coração: tortura antes do guilhotinar,

Íris minha com aquilo a captar não esconde esperneante fascínio,
Com vagar, verbo e letra anunciam da arte o nascimento,
A cada linha desfiro facadas, vislumbro do símio em mim assassínio,

Enfrento mudez: dela não ouso falar, embora ouça seus auspícios,
Toca-me o candor do amor, êxtase a findar com incômodo tormento,
Num átimo o poeta deixa o recinto: suspiros entre versos e vícios.

Gabriel Luís de Almeida Santos

Foto de Gabriel Luís

Conceito

Achei necessário colocar essas letras e após o poema. Escrevi o mesmo aos 18 anos e não é intenção minha esconder o verniz político (amplo) que o cobre: antes pretendo chamar pessoas à reflexão. Tive de adaptá-lo às exigências para postar.

Abraço.

Conceito

Deficiente
eficiente
ciente
ente.

Gabriel Luís de Almeida Santos.

Foto de MARTE

SINTONIA DO OLHAR

Sonho com o teu terno olhar,
Que não sai da minha cabeça,
Nas madrugadas de imenso luar,
Fico á espera que no horizonte apareça!
Numa melodia que se houve,
Vou-me sentindo por ele perdido,
Ás vezes pergunto-me o que houve,
Mas num momento tudo fica decidido!
São vezes sem conta,
Que vislumbro a tua silhueta,
Num tempo que me confronta,
Numa dança...demais perfeita!
Musa por mim indespensável,
Na composição de qualquer poema,
O teu olhar é responsável,
Que o amor seja mais que um teorema!
És o meu tesouro encontrado,
Nas madrugadas do meu caminhar,
Poema por mim inacabado,
Reflectido nas ondas do mar!
É numa palavra que invento,
Compondo esta ou outra poesia,
Descrevendo um belo momento,
Vivido em perfeita...sintonia!
(8/12/2006)
http://marteemterra.zip.net/
http://www.luso-poemas.net/modules/news/index.php?storytopic=32
http://martejc.hi5.com/

Foto de noy

Meus sonhos a espera

oi. esse é o meu primeiro poema publicado gostaria de saber a opinião de vocês^^
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Meus sonhos a espera

Só hoje percebo,
quanto ao destino concebo.
O meu grande amor já negado
só hoje é exaltado.

De que adianta mesmo negar,
se a lembrança de seu rosto pra sempre vou carregar.
A lembrança dos bons momentos,
ofusca os mals pensamentos.

Em pensar eu e você,
estou longe de padecer.
Tudo é sonho perfeito
Já o feito e refeito.

Mas seu sonho é a perfeita,
como eu jamais fui feita.
A queridinha de rosa
Simpatica/fofinha e glamurosa.

Quero que sabia que sempre estarei aquí, a te esperar.
seja quantas luas tiverem de passar,
quanto você voltar,
meu amor vai sempre encontrar.

É realmente confesso,
fui monga, eu me messo.
Deixar alguém como você fugir,
devia te coagir...

Sim, o orgulho foi maior,
eu quem fiquei na pior.
Eu sei que você não me quer,
fui mais uma qualquer.

Agora só saudade,
fora da minha racionalidade.
Te quero com sempre quiz,
em pensar que meu verdadeiro amor,
já esteve debaixo do meu nariz.

Noemi V. Rocha

Foto de nil viana

Enganos da vida

Não...
Não, senhor.
No poema não podemos encontrar um verdadeiro amor

Não são todos que poder ver.
Não são todos que poder ler
E infelizmente são poucos que poder compreender.

Senhor...
Hoje nós vivemos em um estranho mundo.
Um mundo cheio de dores,
Um mundo cheio de rancores.

Hoje vivemos por viver
Pensamos estar lúcidos.
Quando o capitalismo nos ipnotiza.

Vivemos em pensamentos passados:
Dizem que somos livres.
Quando pela própria vida somos acorrentados.

Foto de angela lugo

Ah! Meu amor

Sentada aqui nesta madeira que algum navio largou a deriva, coloco minhas mãos sob o queixo e pensativa observo ao redor.
O mar calmo e límpido está a minha frente com seu azul infinito, suas ondas num vai e vem incansável, vez ou outra sua água morna alcança meus pés molhando-os delicadamente.
Ao longe montanhas altivas e imponentes que as nuvens encobrem seus cumes tornando-as mais belas, as gaivotas também comparecem com seus vôos rasantes embelezando ainda mais este cenário da natureza.
Aos poucos meus pensamentos chegam a você que és tão belo, como um deus da mitologia grega e te comparo a tanta beleza. Diante do meu olhar vou desenhando sua silhueta e como que por encanto sinto-o a meu lado, aplacando assim um pouco desta solidão que sinto em minha alma.
Desenho um coração na areia escaldante e dentro dele escrevo o teu nome junto ao meu, mas sei que a maré vai subir e levará nosso coração, assim como o destino levou você da minha vida e nem sinal deixou.
Quero que saiba que teu amor deixou marcas profundas em meu coração que será eternizado pelo amor que nutri por tanto tempo por você.
Enquanto falávamos através daquela tela poderia jurar que muitas vezes ouvia sua voz dentro do meu eu e pensar que jamais ouvi sua voz que nunca nem sequer lancei um olhar sobre ti, como fui apaixonar-me por palavras, por uma imagem que na realidade nem sei se era sua. Agora nada tenho nem sua escrita e muito menos a sua imagem, você simplesmente desapareceu da mesma forma em que apareceu e cá estou a me perguntar, onde estará você?
Como pude deixar-me iludir com suas palavras doces, abrindo meu coração deixando estabelecer com prioridade a fonte deste amor virtual, pensei que poderia controlá-lo que doce ironia, não consegui, entreguei minha alma para aqueles momentos mágicos aceitando e devolvendo palavras de amor sem pensar nas conseqüências.
Agora aqui eu e minha solidão pensa, que podes estar além deste imenso mar em terras longínquas ou apenas a alguns kilometros e até mesmo alguns metros, quem pode saber? Somente você. No virtual tudo parece tão próximo e quando se sai da frente daquela tela que nos trás tanto o amor quanto à saudade, nos sentimos tristes e infelizes assim como me sinto neste instante.
Todos os meus sentimentos estão bem guardados no âmago do meu ser e o mais puro deles que é o amor o coloquei num pedestal e o transformei neste poema para você:
Muitas palavras de amor você escreveu
Em todas elas eu acreditei
Tanto que ainda espero por você
Pode o tempo correr...
Até mesmo eu envelhecer
E mesmo assim ainda te amarei!

Foto de angela lugo

Ah! Meu amor

Sentada aqui nesta madeira que algum navio largou a deriva, coloco minhas mãos sob o queixo e pensativa observo ao redor.
O mar calmo e límpido está a minha frente com seu azul infinito, suas ondas num vai e vem incansável, vez ou outra sua água morna alcança meus pés molhando-os delicadamente.
Ao longe montanhas altivas e imponentes que as nuvens encobrem seus cumes tornando-as mais belas, as gaivotas também comparecem com seus vôos rasantes embelezando ainda mais este cenário da natureza.
Aos poucos meus pensamentos chegam a você que és tão belo, como um deus da mitologia grega e te comparo a tanta beleza. Diante do meu olhar vou desenhando sua silhueta e como que por encanto sinto-o a meu lado, aplacando assim um pouco desta solidão que sinto em minha alma.
Desenho um coração na areia escaldante e dentro dele escrevo o teu nome junto ao meu, mas sei que a maré vai subir e levará nosso coração, assim como o destino levou você da minha vida e nem sinal deixou.
Quero que saiba que teu amor deixou marcas profundas em meu coração que será eternizado pelo amor que nutri por tanto tempo por você.
Enquanto falávamos através daquela tela poderia jurar que muitas vezes ouvia sua voz dentro do meu eu e pensar que jamais ouvi sua voz que nunca nem sequer lancei um olhar sobre ti, como fui apaixonar-me por palavras, por uma imagem que na realidade nem sei se era sua. Agora nada tenho nem sua escrita e muito menos a sua imagem, você simplesmente desapareceu da mesma forma em que apareceu e cá estou a me perguntar, onde estará você?
Como pude deixar-me iludir com suas palavras doces, abrindo meu coração deixando estabelecer com prioridade a fonte deste amor virtual, pensei que poderia controlá-lo que doce ironia, não consegui, entreguei minha alma para aqueles momentos mágicos aceitando e devolvendo palavras de amor sem pensar nas conseqüências.
Agora aqui eu e minha solidão pensa, que podes estar além deste imenso mar em terras longínquas ou apenas a alguns kilometros e até mesmo alguns metros, quem pode saber? Somente você. No virtual tudo parece tão próximo e quando se sai da frente daquela tela que nos trás tanto o amor quanto à saudade, nos sentimos tristes e infelizes assim como me sinto neste instante.
Todos os meus sentimentos estão bem guardados no âmago do meu ser e o mais puro deles que é o amor o coloquei num pedestal e o transformei neste poema para você:
Muitas palavras de amor você escreveu
Em todas elas eu acreditei
Tanto que ainda espero por você
Pode o tempo correr...
Até mesmo eu envelhecer
E mesmo assim ainda te amarei!

Foto de Jorgejb

E de um poema, nasceu…

Foram muitas as palavras, trocámos poemas e comentários, avolumou-se a caixa postal. Cada vez, as palavras faziam mais sentido, olhava cada frase, cada poema e só sabia que todos os dias, ia querendo mais e mais. O gosto da cumplicidade preenchia os nossos tempos, e percebemos que tínhamos criado algo único e pessoal onde só nós podíamos entrar, como os cantos secretos dos adolescentes, onde o mistério e o segredo animam cada fracção do nosso corpo. Tremia só de pensar nela, percebia nas palavras dela, a mesma intimidade, a mesma necessidade de algo diferente e especial, que só cada um de nós podia dar ao outro.
Um dia acabamos por ir mais longe, trocamos telefones e e-mail, soubemos como era o aspecto físico um do outro (como se isso interessasse), e combinámos encontrar-nos. O medo e a ansiedade iam tomando conta de mim, já sabia quem eras, quanto esse teu coração podia entregar, a profunda sensibilidade que criavas em cada poema, a forma como sentias a vida. Decidi abandonar-me a esta paixão, nascida da emoção das palavras, sem qualquer destino, sem qualquer certeza. Apenas como se o mundo fosse um recanto ingénuo, onde nos faríamos felizes, para além de qualquer coisa. Decidimos encontrar-nos.
Olhei-te demoradamente, como se já te conhecesse, como se o teu olhar estivesse para além de ti, da tua forma, da tua roupa. Pousei meus olhos nos teus lábios, segurei tuas mãos, sentindo nelas a força da tua escrita, e quis meu peito contra o teu, como se já fosses minha e te abandonasses sem receios.
A verdade de um beijo formal e um “como estás?”, parecia não fazer parte do nosso quadro, mas foi assim que aconteceu. Procurámos uma esplanada, agradecendo a mesa que nos dava a distância suficiente a nos entendermos, e tentámos começar a conversa, que no nosso canto era tão fácil e fluida. Percebemos rapidamente o nosso embaraço. O nosso desejo contido pela formalidade física, as nossas limitações do outro lado da vida. Formais e inquietos, entregávamos sorrisos tímidos, perguntas esbarravam com os tiques nervosos – tu meneavas o cabelo, eu arrependia-me quanto podia, de ter deixado de fumar.
Acabámos por começar a conversa, acerca do teu poema que escolheras não sei para onde, o tal que me pediras ajuda. E depois foram conversas sobre mais um e mais outro, a vida começava a fazer sentido outra vez. Perdemo-nos nas horas, nos compromissos, fomos papel e caneta, escrita a dois, poemas inventados, a felicidade de nos termos, e por fim um poema em cima da mesa, que copiaste numa letra soberba e me entregaste. Já não sei se nos despedimos ou ficamos, se nos beijamos ou nos amámos.
Essas são as memórias que o nosso canto irá guardar para sempre, como nós dois guardámos esse poema que só nós, sabemos dizer de cor.

Foto de Jorgejb

E de um poema nasceu 2

Deixou um poema em cima da mesa e saiu. Sabia que ela, ao sentir o frio do outro lado da cama, saltaria pronta, procurando onde tinham feito amor, a mesa nua e fria, ainda quente do seu corpo, sulcos de si própria espalhados nela, e assim, perceberia a folha cheia, acolhendo palavras para si.
Não, não era um recado, nem uma justificação, nem concerteza razões expressas de forma polida e omnisciente, desculpando-se. Era um poema, zurzido da consciência do impossível, dos pedaços dos dois, que ainda ontem pareciam não conseguir se despegar, iluminados da loucura que os prazeres quando libertados, emprestam aos corpos e lhes dão aquele brilho, que só os amantes sabem contar e explicar dentro dos seus corações.
Uma dolorosa e delicada expressão de amargura, empalideceu seu rosto, sentindo a solidão dos amantes traídos; olhou de lado a sua cama, desarrumada, os lençóis descaídos e soltos, as roupas espalhadas pelo chão, como um mapa, com pontos demarcados e uma história apensa a cada um.
Já sentada na beira da cama, contida no seu próprio corpo, escondendo seus seios em seus braços, as pernas geladas, vermelhas, unidas na estupefacção do seu próprio ruído interior, procuraram nas palavras uma nova força, um destino, uma alma.
Encontrou-o mais uma vez. Como sempre, arquitecto de palavras, demasiadamente doce para a sua manhã, o rosto dele na sua memória - definhando, e foi lendo, e lendo, sem compreender onde chegava.
Era a carta de um homem com medo do amor, como se não lhe tivesses deixado os seus portões abertos para entrar, era a carta de um homem preso ao espaço e à resignação do mundo que trouxera atrás de si, como se ela alguma vez tivesse ousado tocar em seus haveres, ou pronunciado a palavra passado. Era ele e seu mundo, e a irrazoável forma de dizer adeus cobardemente, como se num último rebate, abandonasse a prancha mais alta e recusasse o salto para um mar maior e mais azul.
Ela sorriu, arrumou o quarto, tremeu de frio, e percebeu o quanto tinha estado nua, agasalhou-se sentindo o conforto do seu xaile de seda, onde tantas vezes repousara o seu amante, e sorrindo mais uma vez, abriu a janela que dava para o meio da rua, o rio entrando pelas suas narinas, extasiado do fresco ar húmido e salgado que a abraçava, e convidando o Sol a entrar, escutou no seu rádio a sua música favorita, trauteando um novo canto, sem saudade, sem rancor. O amor, o seu amor haveria de chegar outra vez.
Ele, parado no meio da rua, queria perceber o que tinha escrito, a impulsividade que o dominava, o medo de magoar, de prolongar sonhos sem esperança. Doía-lhe o peito e a saudade dos lábios dela. A manhã não lhe dava tréguas, de ter sido acordada tão cedo, enregelou-lhe os ossos, como querendo que ele voltasse ao leito que tinha deixado. Sentia o perfume dela, abraçando-o, mas soube que a outra história devia estar destinado. Final de história, os passos levavam-no em frente. Sorriu na compreensão, do quanto ela ficaria no seu peito, na sua memória, e amou esse momento na plenitude de um grande final e do quanto os momentos são diferentes na medição do tempo e dos seus segundos. Veio-lhe à memória a mesma canção, que tocava em todas as janelas abertas, a sua canção, espalhada por todos os rádios, esperando que ela também o tivesse ligado, trauteou baixinho para ela, que o amor nunca irá partir, um dia o amor, o seu amor haveria de chegar outra vez.

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