Poema

Foto de Salome

Eternamente

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No meio de um mundo transbordando de dura ambição,
Me deparei com você, um ser fora do comum, um sonho,
Que soube desvendar-me, dissipar esta minha confusão
E inesperadamente... em meu coração semear a paixão

Pouco a pouco... o homem que você é, semeou em mim
A frágil semente de algo incomparável, que foi crescendo
E germinando num sentimento puro sem começo nem fim,
O mais nobres dos amores que jamais havia conhecido...

Vivemos momentos de encanto nesse nosso próprio infinito,
Sem máscaras, nem preconceitos no intímo do nosso mundo,
Mas bem logo a tua verdade me atingiu e eu quiz te deixar ir
Para evitar sofrer... e teu caminho iniciado, tu poderes seguir

... No templo desse transcendente amor que soubemos criar,
Me preparei para a triste despedida entre lágrimas amargas,
Mas tu entrastes sem mais, prestes a não me deixar escapar
E pela primeira vez, me fizestes provar o sabor do desejo...

Sussurastes meu nome sensualmente contra meu ouvido,
Beijando meu pescoço... despertando chamas de puro ardor,
Tua boca sugando minhas duvidas... e dando início ao fogo
Que aos pouco consumiu meu corpo num desejo arrebatador

Lá fora a chuva não parava de caír sob as ruas desertas...
Como os rios de desejo líquido que deslizávam por meu corpo,
Sob a febre da tua boca atrevida... escravizando-me ao prazer,
E as tuas carícias ousadas que viram de novo meu corpo nascer

Nessa noite despertastes em mim uma feroz e ardente paixão,
Com a audacía da tua arte carnal e essa tua impediosa sedução;
No pleno silêncio que depois envolveu nossos corpos exaustos...
Soube que em mim, teu nome cravastes no eixo do meu coração.

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Salomé

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Poema - Dezembro 2007
Copyright ING/PRT - Direitos do Autor Dezembro 2007 - MK

Foto de pétala rosa

A DEUSA NUA


A DEUSA NUA

Cheiro da chuva molhando lágrimas
Coração em desalinho
Mentiras e champanhe
Mãos apertadas, sonho desfeito
Rosto de sonho, olhar distante
Letra a letra com sabor a vazio

Rosa suada de ternura
Teu corpo fogo despido
Lamento, porta fechada
Poema dum dia que findou antes da noite.
A tua demora, adeus misterioso
A sede da noite será tua, mas o copo
onde bebeste está vasio.

É urgente o amor...noutros caminhos
Acordas nas madrugadas ausentes
Entre os meus dedos o carinho se esvai
E a mulher sem nome...será uma DEUSA NUA...
E SÓ...

Amália LOPES

Lisboa,feveº2008

Foto de Civana

Jogo Insano

Ah, esse jogo insano,
peças se arrastam delicadamente,
ao toque das mãos,
deslizam, pulam, encaixam
e comem deliciosamente...
Não importa quem venceu,
olhares cruzados, beijos roubados,
corpos abraçados, desejos saciados.
Nessa luta não há vencedores,
somente vencidos,
pelo cansaço, pelo amor,
enternecidos.

(Civana)
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Poema inspirado no jogo maravilhoso do nosso amigo-poeta Dirceu Marcelino. Amei sua "Princesa do Jogo de Xadrez", parabéns amigo!

Foto de Henrique Fernandes

BEM-ESTAR DE ESTAR BEM

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Deito-me sobre a erva que me conserva
Fresco num jardim plantado por mim
Apaixonado por recordações que tragam
Emoções ao meu rosto e rasgam sorrisos
Com gosto de encantos em tantos juízos
Inocentes de outrora em histórias presentes
Agora memórias do que aconteceu sem hora
Pelo meu caminhar fora e ora
No bem-estar de estar bem e ser alguém
Recordo encontro, acordo desencontro
A paz do quanto era rapaz chegando homem
Por ilusões que consomem o que sou capaz
Dou azo ao que me atrevo e sou o que escrevo
Versos confessos que rimo com o meu cimo
Poema de quem ama alguém que excita
A voz que grita a sós o poder de nós
Numa prosa misteriosa que se esfuma na pluma
De momentos ordinários em sentimentos áureos
De quem persegue o amor sem pudor e consegue
Descobrir a flor antes de florir nos amantes
Desejos e beijos na partilha de dois seres
De saberes no cume de uma maravilha sem ciúme
Ateando o lume que toca a troca de carícias
Sem malícias nem segredos na ponta dos dedos
Em espera que cai num olhar que desespera
Num levantar de saia sob um sol no lençol
Como quem rebola na praia ao som de uma viola
Mas enfim, tudo que sai de mim é pouco
De tão louco quão a loucura e doçura
Que exponho nas letras que componho tretas
A verdade é só saudade em dó de realidade
Doente e somente pó de maturidade que socorre
E a alegria nunca morre nunca

Foto de Martorano Bathke

Hoje? Hoje não.

Hoje? Hoje não.
Hoje eu queria escrever um poema, mas não posso.
Seis horas da manhã, estou chegando em casa. Saí no começo da noite, fui confraternizar com amigos, bebi minhas cervejas, e por curiosidade resolvi esticar a noite, fui a muitos lugares da época em que em que saía para paquerar.
O choque de início é gradual, fui filmado e marcado com tintas cintilantes, entrando o choque é corpo a corpo sou chamado de tio, até aí tudo bem.
Depois sou eletrocutado, tio paga uma cerveja, tio dá um dinheiro para eu fumar, tio dá um dinheiro para eu cheirar, tio quanto vale o meu corpo, tio transo contigo se me deres um dinheiro.
Volto a minha mente para o dia anterior e lembro que fui visitar e abracei a minha mãe de noventa anos. Olho para a minha filha de doze anos, que está dormindo, e choro, choro as lágrimas da incerteza.
Ronald Martoraro Bathke.
*Publicação permitida: desde que conste o nome e e-mail do autor.

Foto de Cecília Santos

MINHA ALMA POETA

MINHA ALMA POETA
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#
A noite cansada, me deito.
Logo meu corpo, adormece.
E quando adormeço, minha
alma desperta.
Sonha, se inspira e escreve.
Compõe versos inebriantes.
Estando dormindo, nada vejo.
Mas tenho plena certeza,
Que os anjos do céu é que
sussurram os versos pra ela.
E minha alma poeta escreve
com emoção.
O que vai dentro do meu coração.
Quando acordo, minha alma adormece.
Mas o poema está pronto dentro
da minha cabeça.
Reescrevo, transcrevo, com
minhas mãos ágeis.
Reconheço cada palavra, cada
ponto, cada vírgula.
Pois traduzo a inspiração da minha
alma desperta.
Num poema adormecido e sonhado.

Direitos reservados*
Cecília-SP/02/2008*

Foto de Rosita

R E S P O S T A

Nada mais tenho que perdoar
E vou até o final de escutar
Agora vou te fazer companhia
Pois estou também a chorar.

Como podes me fazer rir
Quando neste momento
Sinto uma dor meu peito ferir?

Entrei em tua vida sem saber
Que iria um dia te machucar
Garanto que não foi por querer
Não planejei nos separar

Choro de tristeza ao te ver chorar
Não quero rir, nem te magoar
O amor, às vezes, não é eterno
Não sofras tanto nesta forma de amar.

Se não estais ao meu lado
Junto ao meu coração
É porque tive que partir
E viver uma outra emoção

Não te entregues a esta treva
Não machuques mais teu coração
Tenhas ânimo, tire da vida o calor
Chega de lágrimas e dor

As lembranças serão guardadas
Momentos de felicidade lembrados
Mas precisas compreender
Que tudo isto só te faz sofrer

Digo-te agora: estou a chorar
Ao ouvir o que estás a me contar
Acredito no amor que tens por mim
E por isto tenho carinho para te dar.

Agora te peço, para de chorar
Deixe estes momentos passar
E o sol em tua vida vai brilhar
E quem sabe voltes a amar.

Rosinha Barroso
28/02/2008

OBS.: Este poema foi inspirado após leitura de ns "lamentos" escritos por um amigo muito querido.

Foto de Rose Felliciano

Me encanta esse teu jeito ...

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"Me encanta esse teu jeito...
Em mim não vê defeitos...
E em noites claras de Luar
Diz que o céu é meu espelho
E as estrelas, reflexos do meu olhar...

Me deseja por perto
Como Manancial em deserto!
E feito vulcão no paraíso,
Torna-se o Oásis que eu preciso
Na máxima erupção do ser....

Você...
Contempla meu riso e me diz
Que a felicidade só será realmente feliz
Se todos os dias refletir
A minha imagem em teu olhar....

E que o luar
Quando quiser inspirar casais apaixonados
Mostrará você a meu lado
E eu junto de você.....

Me encanta muito esse teu jeito...
Tenho sua admiração e respeito.
Teus mais intensos desejos
E o amor que eu não conhecia...

Pensei que eu nunca mais saberia
O sabor de uma nova poesia...
A melodia que se ouve no silêncio...
E os beijos.. que começam ao terminar...

E imaginar,
Que ao acordar ainda teria
Alguém que em todo o amanhecer me diria:
-Te amo, como a primeira vez da minha vida...." (Rose Felliciano)

*Mantenha a autoria do poema*

Foto de Sonia Delsin

ESTE POEMA

ESTE POEMA

Este poema está doendo em mim.
É vivo, é um bicho que me devora.
Tudo ele é quente, é ardente.
É fogo que arde.
Não o quero tolo, não o quero frio.
Minha alma está gelada, trêmula.
Está encurralada.
Mas meu coração dentro dela é chama incandescente.
Minha alma dói e ele bate contente.
Ele segura minha mão e escreve estas linhas.
Derrama um pouco da lava nestas linhas loucas.
Nestes versos tortos ele me endireita a mente.
Porque sou poeta.
Porque encontro saídas para todos os meus labirintos.
Para todos os meus ais e não sei o quê mais.
Este poema é um escudo.
Pode chegar a dor, o sofrer, a consternação.
Que ainda assim meu poema é uma canção.
Este poema quer transformar os sonhos em realidade.
Quer dizer que tudo pode ser verdade.

SONIA MARIA DELSIN

Foto de Sonia Delsin

ESQUECER

ESQUECER

Eu quero ouvir o silêncio da noite.
O diálogo dos insetos.
O cantar do riacho.

Caminhar entre as flores.
Admirar o ocaso, olhar a beleza das estrelas.
Eu quero sentir o cheiro do mato.

Sentir a chuva no rosto.
Fazer parte da natureza.
Integrar-me em sua beleza.

Eu preciso admirar o arco-íris
sem me lembrar que ele logo desaparece.

Preciso sentir o perfume das flores
e esquecer que elas duram tão pouco.

Tenho que olhar para você e esquecer.
Esquecer que já tentei lhe esquecer.

(Escrevi este poema quando eu tinha 18 anos. Foi logo depois de uma briguinha que tive com meu primeiro namorado --- fizemos as pazes logo e guardei toda a vida o poema)

SONIA MARIA DELSIN

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