Plantação

Foto de ivaneti

Filha da Lua

Filha da Lua....

Certo dia sentada a beira de uma janela de minha casa, exatamente na cozinha, eu e minha filha Mônica jogávamos conversa fora, enquanto ela olhava fixamente para o alto, mais precisamente para o céu, com as mãos acenava para lua, gesticulando o quanto fazia brilhar, naquela noite, tudo estava calmo. A casa não tinha barulho de crianças, quando o normal é estarem todos os quatros, envolvendo em nossas conversas, sempre trazendo confusão. Sendo três meninas e um menino o caçulinha de dois anos, correndo pelo vão da casa, cheios de traquinagens, ora brincando, ora brigando, e aí é aquela correria para separá-los. Mais voltando ao inicio da conversa, sobre minha filha, brincando com a lua, naquele momento ela resolveu tirar uma foto da lua em seu celular. Em seguida mostrou - me dizendo: Veja como esta linda! num tom de brincadeira, disse a ela, ah! Deixa-me ver o que a lua esta lhe dizendo. Naquele instante olhei a foto. Observei atentamente aquela figura que ali estava. É mesmo, é noite de lua cheia! De repente vi que ao redor dela se formava uma imagem. Pensei, devo estar vendo demais, e fiquei intrigada. Ela me perguntou o que a senhora Vê?. Eu disse não vai acreditar, mas veja você mesma, ao redor desta bola cheia, o que vê, ela olhou bem e me respondeu, ah! Parece um feto! Nooossa!, Mais eu também vi perfeitamente a imagem de um feto ali. Ainda bem que não tenho como estar grávida, disse ela. Fiquei mesmo impressionada... Não acreditando bem no que estava a minha frente, mostrei para minha filha Ruth minha caçula, e a resposta foi a mesma, então existia aquela imagem e não era fantasia de minha mente.

Passado algumas semanas... Mônica começou a se sentir mal, logo lhe abateu uma forte gripe, e sua gastrite então, imagina.... Que situação, disse a ela vai ao médico, pode ser dengue, logo começou a dar náuseas e o coração de mãe sabe como é, só pode ser! Pensei!, Mais pedi a ela que fosse ao médico ver o que era, poderia ser uma coisa simples como poderia ser também outra coisa, logo deu jeito de procurar um médico, chegando ao consultório colocou toda sua situação, inclusive, que não estava atrasada na menstruação, mesmo assim uma bateria de exames foi pedida, inclusive o Beta.

Ela não estava nem um pouco preocupada, ainda me disse ah! Mamãe, já tenho uma filha, esta bom demais... Já vem a senhora... Fiquei calada. Foram Feitos os exames, acompanhei ao laboratório para pegar os resultados. Estava caindo uma forte chuva, não dava nem para sair do carro, o fluxo de veículos era grande para atravessar a rua. Mais como a ansiedade estava corroendo por dentro para ver o resultado, nem esperou acalmar o transito e saiu atravessando entre um carro e outro. Com os resultados em mãos procurou logo do exame de Beta HCG, abrimos e ficamos em duvida com o resultado. Então resolvemos passar em outro laboratório, onde ela tem uma amiga. Quando a noticia veio dando lhe a certeza, levou um susto! Ficando inércia com os olhos estatelados. Ficamos em silêncio por alguns minutos com o coração nas mãos. Lembrei-me da lua e do Feto. A figura agora deixou de ser uma simples figura estava ali dentro daquele ventre, e agora Mônica? O namorado havia feito vasectomia, nossa senhora! que confusão!, Era dizer a verdade e pronto! E assim foi feito. Vasectomizado nada! A verdade é que eles haviam planejado tudo, queriam de fato aquela criança. Eu que era a leiga da historia.

Entre aqueles enjôos e toda aquela fraqueza. Foram passando os meses. Já estava no quarto mês de gestação, não dava para ver o tamanho da barriga. Engraçado meu nenê até hoje não mexeu, disse ela. Este é preguiçoso mesmo. Uma noite deitada no sofá, assistindo televisão, o namorado liga e diz “amor” vai lá fora e vê como a lua esta linda!. Olhou fixamente, e de repente quem mexe nada mais, nada menos que seu nenê, que estranho, então lembrei do começo.

Seu nenê tem alguma ligação com a lua, disse – lhe em tom baixo quase me falhando a voz. Respondeu com um sorriso, nossa mamãe, o que será, só Deus e a lua para falar. Foi ao médico novamente, desta vez para fazer pré natal. Pegou o pedido para fazer a ultrassonografia. Então Doutor quero saber o sexo do meu nenê. Acho que é uma garota, vamos ver... sim noventa e nove por cento que é uma menina. Uma menina! Nossa que emoção mais uma para fazer companhia para a outra minha filha. Chegando a casa, perguntou adivinha o que é? Eu que sempre imaginei menino, não tive um momento em que pensei que fosse menina, respondi o que achava, é eu estava enganada rsrsrsrs, uma garota! Deixe-me ver o resultado. Quando olhei a imagem, nossa! Idêntica com a foto do celular. E assim foi passando o quinto, sexto e sétimo mês. Mônica vivia o tempo inteiro reclamando que a Monshine mexia demais, sim já tinha até nome, Monshine! Então respondi é assim mesmo, ainda mais com a mudança da lua. Ela se mostrava mais inquieta na lua cheia, deixando a mãe de cama. Um dia falei se esta menina for o que estou pensando, é só conversar com ela que terá a resposta. Ela então se assustou com minha opinião.

Mais diante de tanta insistência resolveu na calada da noite ter uma
Longa conversa com seu nenê, enquanto falava, ela remexia se toda foi quando teve a certeza de algo que não era realmente normal, pois na outra gravidez nada disso aconteceu. Perguntou a ela qual o dia viria à luz do dia. E quando adormeceu, em seus sonhos apareceu uma linda menina dos olhos castanhos, cabelos encaracolados com a cor do sol, com uma boquinha tão pequeninha, que de vermelha parecia um morango maduro, e lhe dizia mamãe esta chegando o dia em que vai ver meu rostinho, em uma quinta feira, ao entardecer ao fechar o as portas do sol, fecharei a noite junto a ti, exatamente no dia onze de junho. Então Mônica acordou com a sensação de ter vivido aquele momento, e que não era sonho e sim um acontecimento. Contou - me aquela passagem do sonho, como não acreditar! Ainda que dissesse toda a historia, não acreditaria, agora imagine como não acreditar... vi com estes olhos que a terra há de comer, pena que não levou a sério e apagou a imagem para que eu podesse mostrar ao mundo como prova do que aqui estou escrevendo.

Chegou o mês de junho e ficamos apreensivas. Não contamos a ninguém, também quem acreditaria?, O destino cumpriu a profecia, e quando chegou o dia onze de junho às dezoito horas e um minuto, Mônica começou a sentir as contrações sem dor, chegou a hora! E lá se foi aquele furduço. A caminho para o hospital ligou avisando ao pai que chegou a hora de sua filha nascer. O parto foi normal, sem dores, nasceram as 19: hs em ponto. Correu tudo bem. È uma menina saudável, linda! Do quarto dava para notar através da janela um lindo luar, parecia sorrir pra gente, aquela pequenina imagem fazia parte de nossas vidas agora. O pai radiante pelo nascimento de sua filha voltou para casa para descansar. No outro dia chega ele contando que na Fazenda havia sete vacas paridas, e uma delas teve dois bezerros e uma bezerrinha, que era diferente dos outros, a sua cor chamava atenção por ser da cor do sol, cor de ouro e até na plantação de Gira Sol com seus botões resolveu sorrir, e o dia lá fora brilhava ofuscando até a alma da felicidade. O que ele não sabia é que Monshine veio para trazer brilho, amor e vida, e que ele e Mônica havia sido os escolhidos para cuidar da filha da lua.

Autora: Ivaneti Nogueira

Foto de Bruno Silvano

A mais bela da tricolores

A estação era o inverno, um dos invernos mais quentes dos últimos anos, aquele típico “veranico” de agosto com aquele vento forte sem direção, sem rumo. Era um garoto de classe media, morava afastado da centro da cidade, e talvez por esse motivo um pouco tímido, acostumado a falar mais com a plantação de milho, do que com as pessoas.

Passara uma grande parte do meu tempo dedicado a ações sociais, em uma ONG de animais. Muitas vezes ficava horas e horas recolhendo animais feridos, por toda a cidade. Assim eram minhas tardes, e como as outras, essa não poderia ser diferente havia passado rapidamente, minha mão estava toda calejada, pelo duro trabalho realizado. Fiquei cansado, mas não tanto o suficiente para planejar minha vida pessoal, estava ali sozinho no canto da fazenda de quase 2 hectares observando as estrelas, sonhando acordado talvez com o jogo do dia seguinte, que era de suma importância para o Criciúma. Havia achado no meio da tarde uma linda flor, junto a uma gata que havia sido maltratada, a replantei naquele mesmo local. Pensara comigo mesmo, de quantas vez escutara que se fizermos algo de bom a natureza, ela nos retribuiria de tal maneira. Imaginava, se comigo a mãe natureza fizesse a mesma coisa, talvez com mais uma vitória do Criciúma, o meu time de coração. Observava a flor era linda assim como uma daquelas “perolas” torcedoras do tigre,a cada segundo parecia ganhar mais e mais vida. Era uma “Dama da Noite” possuía um perfume doce adorável. Adormeci por ali mesmo.
No dia seguinte teria que me acordar cedo para a aula, mas nada me tiraria de perto daquela flor. Durante o sono como sempre tudo passou rápido e terça feira já havia amanhecido. A flor se adaptou rapidamente a aquele solo fértil, arenoso e decorado com aquele gramado verde, era um verdadeiro espetáculo, principalmente ao orvalho da manhã que em contraste com o sol se formava as mais bonita das combinações de cores, preta, amarela e branca . Apesar de ser um exímio observador, jamais tinha visto tamanho magnitude e beleza em uma planta, seu caule formava um “J” que talvez representasse a juventude.
Por coincidência era dia de jogo do Criciúma, assim como a planta toda a cidade estava no esquenta do jogo. Era Criciúma e Avaí, o interior contra a toda poderosa capital do estado, era o duelo de predadores o tigre contra o leão. Estava tremulo em razão da empolgação, talvez até um pouco demais. Toda apoio do mundo seria bem vindo ao estádio, até pensei em levar aquela planta ao estádio, mas não poderia acabar com tamanha beleza. A escuridão da noite se aproximava, os nervos iam aumentando, a cidade desde cedo estava sutilmente pintada com as cores da camisa tricolor.
O espetáculo já estava todo armado, faltava apenas o time entrar em campo, contávamos com mais de 15000 apaixonados, que apoiaram do primeiro até ao ultimo segundo do jogo. Apesar do transito cheguei em tempo de ver o inicio dessa linda festa, junto a torcida mais amada e bonita desse pais. O resultado da partida foi surpreendente 5x1 para o Criciúma, foi uma chuva de golaços, muitas vezes confundido com o choro de alegria do torcedor, que torcia para o time que acabara de conquistar o simbólico titulo do 1º turno do Brasileirão da serie B.
A flor teria dado uma sorte e tanto, mas não contei que toda aquela chuva de gols poderia prejudicar aquela linda dama da noite, suas pétalas mucharam, nunca mais vi no orvalho da manhã as cores tricolores. Esperei pelas próximas noites atrás de seu perfume, tudo isso em vão, acabei me conformando que a mais linda das tricolores nunca mais abriria. Ainda era muito novo um adolescente e não entendia o porque ela se fechou. Confesso ter deixado algumas lagrimas caírem em suas folhas e suas raízes.
Continuei comparecendo a todos os jogos do Criciúma no estádio Heriberto Hulse mas o time nunca mais havia repetido uma atuação de gala, já não era mais o primeiro, mas era a final do campeonato e o tigre ainda poderia sagrar-se campeão. O jogo se encaminhava para a etapa final, quando depois de muito tempo senti aquele maravilhoso cheiro, daquela jovem plantinha, que tanto teria me deixado saudade, quase que a podia senti-la aos brilhos dos meus olhos novamente, a procurei suavemente, olhei para o lado e o brilho foi quase instantâneo, me encantei com aquela torcedora, Cujo possuía os olhos brilhantes, a pele serena, os cabelos lisos, tal iguais a aquela dama da noite que havia ficado em meu coração, seu nome era Julia, ela podia não ser uma planta mas com certeza era uma flor, das mais lindas, ainda mais realçada com as cores de sua camisa preta amarela e branca, minha euforia foi acalmada por um grito de “Gol”. O Criciúma sagrava-se campeão nacional daquela modalidade de futebol. Embora nunca mais pude ver Julia, na noite em que a vi minha flor havia brotado novamente, me fazendo recordar a cada instante as mais bonitas das tricolores.

Foto de Edigar Da Cruz

CULTIVADOR

CULTIVADOR

““ O AMOR É A POESIA DOS SENTIDOS . OU E SUBLIME
OU, NÃO EXISTE QUANDO EXISTE, EXISTE PARA SEMPRE,.
E VAI CRESCENDO DIA A DIA...””

De Honoré De Balzar

Como uma semente que se joga a terra para nascer uma nova planta,para um jardim se flori ou
Uma planta para alimentar a vida, ou a pele,..
a semente daquela rosa rara toda cheirosa e rara e feliz por ser cultivada com mãos de amor,..
Que vai sendo cultivado dia após dia,.com água do amor,.
Com águas de carinhos de essência de afeto,..
Assim é o amor,...
Um cultivo diário de carinhos, e afeição pelo olhar do bom cultivador
Do amor, e carinho para espalhar entre toda a plantação toda alegria,.
Com o cantarola dos pássaros, e dos beija-flores,..
A cada dia novo que vem, e vai a flor vai crescendo e se desenvolvendo,...
Da imaginação que auxilia e socorre a sabedoria, dentro do conhecimento,..
De um bom cultivador de amor,....
Que vai regando as flores, e deixando a terra as marcas ali as rosas lindas, bem cuidadas e cultivadas,
Vermelhas, amarelas e outras brancas, um jardim todo florido e feliz,..
Feito o coração de amor,..abençoado dia após dia,..com calor de carinho,..
Que faz purifica as coisas ruins que exalam as plantas os pingos de água da mata virgem que mata a cede das rosas
Como ao beijo mata a sede da vontade do amor incandesceste,...
E o amor é sempre amor
E toda rosa! E cultivada de amor,..
Da rosa que exala cheiro de carinho, do cultivador...
Do carinho se exala cheiro de beijo de flor,..
Como as rimas transformam canções e lindas poesias.
Expressas de puro cutivador do calor do amor

Autor:Ed.Cruz

Foto de janie

DEUS!

Deus... Não te vejo, nem posso te tocar!
Mas te sinto em tudo, até mesmo no ar!
Estas presente em tudo ao meu redor!
No canto dos pássaros!
Na intensa movimentação do mar!
No silêncio da noite e na lua a brilhar!
Nas estrelas suspensas na abóboda celeste!
E entendo... São tuas possantes mãos a segurar!
Sinto-te na vivacidade do sol intenso!
Na melodia, no som da ventania!
No sorriso inocente de uma criança!
Na grande certeza, na esperança!
Na plantação que brota da terra!
Na bondosa chuva que a irriga!
No azul intenso do céu tão lindo!
Num grito que ecoa vindo do infindo!
No milagre de um nascimento!
Na amizade sincera e agradável!
Na caridade, na nobre clemência!
No calor da tua benevolência!

DEUS SOBERANO, VIRTUDE INDOMÁVEL!
GRANDE ARQUITETO DE TODO UNIVERSO!
ESTÁS PRESENTE, ATÉ NESSES HUMILDES VERSOS!
SEM TEU AVAL... EU JAMAIS TERIA ESCRITO!

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Super Humano

Abre-se o gibi. A primeira página está colorida por tons fantásticos, criaturas flamejantes saltavam aos olhos sem sair do papel. Um herói, na sua superioridade, resguardava seus poderes das identificações em um segredo. Voava feito pássaro ou avião, era forte como uma manada inteira, via o que só as máquinas perfeitas tinham alcance.

Nos mais recentes dias da sua jornada, lutando contra os piores tipos de adversários maléficos, rasgando os céus da metrópole recebendo aplausos da população em peso, o herói de ritmo automático persistia em manter a justiça na cidade que amava. Não havia tempo hábil sequer para pensar. A velocidade lhe empurrava ao próximo desafio.

Mal reparava no que rodeava sua existência magnífica. Os pais de família se apertando nas conduções, as mães solteiras entregando panfletos nos faróis, os avós vigiando os netos. Não havia reparado que na prática a importância de uma pessoa não se determina pelo seu cargo, mas pela sua dedicação. A embriaguez de seus poderes o induziria à tragédia.

Desta vez, o que se abria era a primeira página do jornal da trama. Os cidadãos se apinhavam para ler as fofocas do incrível astro. Incompleto nas conquistas afundava no existencialismo frívolo e no doce dos ópios. Sua cabeça não suportava mais a consciência, pesada pelas derrotas nas quais falhava. Seu ideal era a perfeição.

Mas, a mais humilde das pessoas lhe ensinaria a lição mais valiosa. Era um chefe de família. Ele, que sempre observara com certo desdém quem estava nessa posição, que parecia não aproveitar o que a vida tem de bom, viu em um ato de heroísmo que só um pai faria o sentido que faltava ao seu preciosismo, sua coragem inabalável.

O heroísmo aqui citado chama-se sacrifício. É o ato de levantar-se cedo, trabalhar, ser honesto em um mundo repleto de trapaça, continuar humano, aliás, nunca deixar de ser humano, e do mesmo jeito ter ações extraordinárias. Sacrifício de ser de verdade em um mundo de mentiras. O herói, humano na sua essência, era humano também no seu heroísmo.

Enfim, a superioridade dos poderes deu lugar à simplicidade dos afazeres, e o herói finalmente decidiu sê-lo na realidade. O herói, agora um também um patriarca, sabia que a felicidade é como uma plantação, que se semeia na menor dos grãos e se colhe na maior das árvores. Esse foi o seu alimento, a fé dos que acreditam que o bem resolve os problemas.

Foto de Shapoka

O chão que plantamos

Parei de escrever, bem dizer acabei de morrer.
É tanta enganação e desilusão, que venho tendo fé de Deus a "Matrix",
por mais que eu já seja vivido, quase tudo me surpreende,
coisas que tinha certeza, hoje não tenho mais.
De que quem semeia o melhor grão, já não consegue mais colher o melhor fruto.
Nesse extenso chão amor, nem sempre é o melhor terreno para semear.
Pois poucos vivem o amor como se deve.
Nada me faz acreditar, vivo o fictício esperando um "all in" pra vir à realidade,
Nossa história, o tempo a vida passam muito rápidos, e eu só vejo blefe.
Como se estivesse num filme vitalício, e eu só pudesse ler a sinopse,
e ser o coadjuvante em segunda pessoa, com um texto de duas linhas.
Pra tentar entender quem será feliz, nessa história onde não tem fim.
Laços que se embolam e viram nó cego, onde não consigo desfazer mais,
porque roí todas minhas unhas, porque perdi a força nas mãos.
Enquanto sobra paciência, me resta a distração.
Ai vem o sol da vida rachando minha alma,
onde ao passar do tempo,
não haverá mais plantação.

Foto de Carmen Vervloet

CANÇÃO DA ÁGUA

Já fui água cristalina
Fui pura qual menina
Que tem límpido coração

Sou a maior preciosidade
Sacio a sede da humanidade
Sacio a sede da plantação.

Sou água cor de diamante
Ando por lugares distantes
em busca de redenção

Meus braços insistentes
partem da minha nascente
Abraçando com toda afeição.

Já fui rio abundante
Refresquei calor escaldante
Vertendo sem violação

Hoje sou fio de esperança
Implorando a cada criança
Que me dêem sua proteção

Se eu for assassinada
Nem jardins, nem revoadas,
Só cinzas de civilização

Urge que eu tenha respeito
Pra correr límpida no leito
Para que bata meu co-ra-ção...

Carmen Vervloet

Foto de jorge luis de oliveira

VOCÊ : O MEU MAIOR PRESENTE (homenagem à minha querida esposa)

VOCÊ: O MEU MAIOR PRESENTE
Homenagem a minha querida esposa ÁTILA
JOliveira – 23-12-2010

Pra falar a verdade com toda a sinceridade que sempre me caracterizou, você é o presente mais valioso e importante que Deus a mim reservou, por isso eu não preciso de mais nada, pois tenho você minha amada, minha vida e meu amor;

De fato nossa vida é feita e construída no dia-a-dia com muita alegria e felicidade, dois componentes ideais que junto com outros mais que nem saberíamos precisar, porque é tanto amor e cumplicidade que somente Deus na sua infinita bondade seria capaz de explicar;

Você pra mim é o ar, é a vida, é a esperança perdida, você é a realização de um sonho, com você me sinto forte, enfrento tudo, não tenho medo, arrisco, você é meu talismã, dá sorte;

Amo-te com todas as minhas forças e capacidades, com todas as minhas verdades, sonhos e realidades, enfim, amo-te de corpo e alma com tanta intensidade que após 30 anos de convivência só peço a Deus, por clemência: olhe pra esses seus filhos Senhor e conceda-nos, por favor, muitos outros anos de felicidades;

Você é, foi e sempre será o grande amor da minha vida, nesta ou em outra fase mais evoluída e nós cristãos que cremos na ressurreição e na vida eterna, se for da vontade de Deus na sua bondade paterna esse amor há de continuar aqui na terra ou em qualquer outro lugar, mas de uma coisa podes ter certeza: sempre eu vou te amar;

“Você foi dos amores que eu tive o mais complicado e o mais simples pra mim ...”, assim iniciamos nossa trajetória, inseguros, inexperientes, mas queríamos fazer história, e a vida muito nos ensinou e hoje temos certeza de que o amor, o respeito e o diálogo, nos deu segurança e, podemos dizer com confiança que Deus assim ordenou : “vocês serão muito felizes, da minha verdade ninguém foge, eu sei que JORGE é de Átila e ÁTILA é de Jorge”;

TE AMO, VOCÊ É O AR QUE EU RESPIRO É A BRISA LEVE DA MANHÃ, É COMO O SOL RAIANDO E ILUMINANDO TODA A TERRA, VOCÊ É A CHUVA QUE REFRESCA E FAZ BROTAR A PLANTAÇÃO, VOCÊ PRA MIM É TUDO NA VIDA, ME COMPLETA E FAZ FELIZ MEU CORAÇÃO.

Foto de Carmen Vervloet

UM NOVO MUNDO

Mesmo se for apenas por um segundo
olhos e fé no infinito transcendente
eu quero ver nesse nosso imenso mundo
a vida plena transitando benevolente.

Olhar o céu se acender sossegado,
o orvalho puro umedecer a plantação,
a rosa e o cravo sorrindo, enamorados,
dançando enlaçados pelo vento e sua canção.

A mata virgem despertando paixão
nos seres vivos, livres e preservados,
as fontes límpidas batendo seu coração
matando a sede do fértil solo arado.

Os alimentos brotando abundantes
saciando a fome de todos os viventes,
grilos alegres, pelas noites saltitantes,
anunciando um novo homem mais consciente

E a fartura nas mesas fazendo festa,
o corpo e a alma em grande evolução,
a vida plena cortada de suas arestas
entregando, um a um, o troféu da preservação.

Então a Deus agradecerei de joelhos
o despertar da sua semente divina
nos corações de seus humanos herdeiros
neste meu sonho que a devastação ajardina.

Carmen Vervloet
Diritos Reservados

Foto de Carmen Vervloet

CANÇÃO DA ÁGUA

Já fui água cristalina
Fui pura qual menina
Que tem límpido coração

Sou a maior preciosidade
Sacio a sede da humanidade
Sacio a sede da plantação.

Sou água cor de diamante
Ando por lugares distantes
em busca de redenção

Meus braços insistentes
partem da minha nascente
Abraçando com toda afeição.

Já fui rio abundante
Refresquei calor escaldante
Vertendo sem violação

Hoje sou fio de esperança
Implorando a cada criança
Que me dêem sua proteção

Se eu for assassinada
Nem jardins, nem revoadas,
Só cinzas de civilização

Urge que eu tenha respeito
Pra correr límpida no leito
Para que bata meu co-ra-ção...

Carmen Vervloet

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