Pés

Foto de Murilo Braga Silva

Visita

Segue, atira!
Troveja e ventaneja
Aposse do coringa
Existe frio e inveja...
Buscas a dama
Que tão excitada
Te oferta o aconchego da cama?!
Agora eu atiro,
É o meu momento...
Mas atirarei limpo,
Vou só aquentar
Os pés...

Foto de Sirlei Passolongo

O menino do semáforo

Hei!
Olhe o menino que passa
Olhe...
Nem que seja através da vidraça

Nas mãos um pacote de bala
Nos pés um chinelo gasto
Na boca...uma voz que cala
Segue todos os dias o mesmo rastro

Caminha na multidão
Procura um semáforo movimentado
Espera vender suas balas
Ganhar um mísero trocado
Ninguém o vê
Ninguém percebe
Ele nunca é notado
E ele segue...

Segue seu destino ingrato
Sem culpas
Segue sem trato
É mais um entre tantas crianças
Sem comida em seu prato
Essa é a nossa criança esperança!
Ninguém o vê
Ninguém percebe
Parece rotina de fato

Segue no sol, segue na chuva.
No verão ou no inverno
É esse o menino que passa
Olhar triste, sorriso terno.
E nós ficamos aqui
Escondidos atrás da vidraça
(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Karine K.

PEQUENA FLOR

Nascido menino, pequena flor
quem lhe encontrou no espelho não se mostrou contente
Riram do desmonte, viram as pétalas pairando no ar

A pequena criança vai ao circo
e se vê no palco alegrando a plebe
Para ganhar aplausos é preciso pular
de pés grandes, com sandálias pequenas
neste mundo de prazer de comprar

Uma mão de tesouros
Uma boca de gírias
Um corpo de gingado

Há pedaço de você na estrada
que não colam com mentiras

Você, entre os vocês criado
se escondem entre seus medos
e debaixo da sua roupa de palhaço

ainda que não queira saber
o mundo não é um circo fechado.

Foto de Karine K.

Imaturo

Seu sorriso inseguro reluz o brilho dourado dos seus dentes
Criança do berço de ouro
quantos corações irá sacrificar essa noite?
Você sabe que no clarear dos ares azuis
é a ignorância que lhe faz par a mesa
que cabeças irá degustar?

Em seu quartel de regras obscuras
marcham o desprazer do saber
e você ainda tem fôlego pra sentir o prazer condicionado
as lamúrias hereditárias
e a superfície das peles vendidas na feira
As veias da cidade é seu único caminho
pois é simples tocar com a palma

O seu corpo se desmonta
a mente se dilui
apenas conquistas levianas
como é possível ficar só na superfície?
Quando seus pés tocam o chão
uma casca se desprende, a dor corrompe
e o descontrole quase lhe faz perdedor

Foto de sonhos1803

Adormecer

Meus pés calejados,
Caminham sem chegar,
Tristes olhos a dardejar,
Esperanças,
Musica pura,
Fraquejo,
Ultimo arquejo,
Lagrimas que escorrem,
No vento,
Meu desalento de sentar,
Fico a olhar,
Coisas que teimam em calar,
Noite que cai,
Neblina consoladora,
Inquieta,
Insônia,
Pura energia,
Lagrimas de vinho,
Cobrindo de escarlate,
Pura tortura de lembranças,
Nas brumas brancas,
Caio, retraio, estou,
Nas espumas do colchão,
A cobrir,
ardente na escuridão,
Ó doce morféu,
Chegue,
Entrego-te,
Meus mais doces sonhos,
Imploro.Adormeça meu corpo cansado,
Assopre seus mais doces sonhos,
Nas brumas do esquecimento,
Fico aqui,
Muito alem,
A alegria,
Doce miragem,
Um grito selvagem,
Insiste em assombrar,
Os restos do meu amor.

Foto de Karine K.

FIM PARA O COMEÇO

O trem mais assassino de traumas passados
trará visões de além mundos,
escondidos e encobertos pela massa cinza do cérebro
Corte-se ao ver sangue,
grite ao cair
escorregue e sinta.
A mão que puxa seus pés dormentes
também guarda em suas veias
menções ao pequeno medo passado.
Então sonhe
e percorra o sombrio desprezo da floresta,
porque esta, não te acolherás ao gritar.
Sonhe!
Quando acordar,
continuará a correr,
só que agora o sol cegará seus passos.

Foto de Sirlei Passolongo

O menino so semáforo

Hei!
Olhe o menino que passa
Olhe...
Nem que seja através da vidraça

Nas mãos um pacote de bala
Nos pés um chinelo gasto
Na boca...uma voz que cala
Segue todos os dias o mesmo rastro

Caminha na multidão
Procura um semáforo movimentado
Espera vender suas balas
Ganhar um mísero trocado
Ninguém o vê
Ninguém percebe
Ele nunca é notado
E ele segue...

Segue seu destino ingrato
Sem culpas
Segue sem trato
É mais um entre tantas crianças
Sem comida em seu prato
Essa é a nossa criança esperança!
Ninguém o vê
Ninguém percebe
Parece rotina de fato

Segue no sol, segue na chuva.
No verão ou no inverno
É esse o menino que passa
Olhar triste, sorriso terno.
E nós ficamos aqui
Escondidos atrás da vidraça
(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Fernanda Queiroz

Sonho de Poeta

Pensando em você
Acordada ou sonhando
Entrego-me as imagens
Que jamais se perderam
Posso ver você chegando
Abraçando-me, beijando-me.
E me deixando.....
Meus pensamentos se voltam
E meu coração sem revolta
Revive a mesma paixão
Embalando na emoção
Que mesmo sem entender
Ou sem poder prometer
Um futuro no amanhã
Deixa a mente vagar
E para poder te encontra
Voltar a sonhar
E acreditar
Que esta chegando...
Fazendo-me sentir
Que posso te tocar
Que posso te sentir
Ouvindo-te pedir
Para contigo ficar
Que não é um sonho
Que vamos recomeçar
Vivendo outra vez
Com a mesma paixão
Percorrendo caminhos
Com os pés no chão
E vamos nos amar
Muito mais do que antes
E você vai ficar
Pelo menos uma vez
Em mais que sonhos
Mais que imagens
Mais que solidão
Ou imaginação.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de vthgga

Voar.

Você poderia me conhecer melhor
Mas há de primeiro entender os dois sóis,
E toda a duplicidade da vida.
Encontrar o teu ponto de equilíbrio
E desejar conhecer o meu céu.

Assim então abrirei as minhas asas
As nuvens lhe abraçarão,
E nos teus pés farão carícias de amor.
Te ensinarei as cores do nosso destino
Falarei do pintor.
E o motivo de cada cor e coisa pintada.

Depois passearei contigo pelas vidas passadas
Verá cada lagrima tua que eu enxuguei
E que nos primórdios, nosso amor já era certo
Te mostrarei o ponto exato de minha queda
Se eu não sou anjo bíblico!
É que no meu evangelho só falei de ti.

Mas Deus viu que não poderia me tirar o título
Mesmo a joalheria ardendo em fogo
A chama apaga e as pedras ainda são diamantes.
E se não tenho posse do céu divino
Crio o meu e de lá eu te protejo
E quando a loucura assim nos apresentar
Voarei contigo e lhe darei minha eternidade.

Foto de TrabisDeMentia

Minha amiga

Nada mudaria em meu passado
Porque ao brincar com o destino
Poderia não mais me cruzar contigo
E o simples fato de te conhecer
Me leva a crer que estou no meu caminho
Um caminho que não trilho sozinho
Um trilho que é meu abrigo
Um abrigo a céu aberto
Um céu aberto, estrelado e negro
De um negro que só teus olhos negros podem igualar
Então porquê mudar o meu passado?
Se eu fosse mago...
Que poderia eu querer mudar?
Eu já te tenho tão perto, tão em mim
Quem sabe se ao mudar não seria assim
E estaria eu caminhando ao relento
Com um círculo gasto sob meus pés
Desconhecendo este sentimento
Não fazendo ideia de quem tu és.
Mas eu sei que és, sei que estás, onde e porque estás!
Então para quê mudar o meu passado
E te ocultar ao coração?
Tu, só tu me dás
Alegria em cada vez que dás
Um passo desses passos que dás
Com a tua mão em minha mão!
E nessa mão de criança
Que infelizmente a vista não alcança
Eu sei que existe uma linha
Que começa aí e termina aqui
Aqui onde termina a minha!
Por isso, repito, não mudaria
Uma virgula sequer á minha vida
Meu amor, meu abrigo, minha amiga!

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