Perto

Foto de crissenagil

Ciúmes

Derrepente senti ciúmes de você,você nem ao menos esta ao meu lado,mas estou com ciúmes.Ciúmes de quem esta o vendo neste momento.
Sinto ciúmes da proxima que vai ouvir de você as mesma palavras que eu ouvi quando nos encontramos pela 1ª vez.
Eu fiquei perdida por você,fiquei desesperadamente apaixonada,seguindo seus passos ,procurando encontrar em seu coração um pequeno lugar para mim.
Você percebeu que gostava de você e se deixou gostar recebendo tudo e não dando nada em troca.Você era tudo que eu desejava.
Derrepente, como uma criança cheio de tedio e cansado de um brinquedo qualquer, você se afastou de mim.Compreendi que era o fim que se aproximava,e entendi que nunca tinha sido amada.
Você partiu nunca mais voltou,esperei inutilmente a sua volta,imaginei que um dia quando sentise saudades ,você voltaria pra mim.
Você partiu e nem ao menos me disse Adeus,partiu levando consigo tudo que o amor tinha me dado,levou para muito longe tudo que meu sonho mais ousado tinha imaginado...
Dentro da noite tudo é saudade,saudade de quem partiu.De quem me esqueceu.De quem me iludiu com tandas mentiras.de quem abriu o paraiso e depois fechou...fazendo com que tudo em volta de mim fosse se acabando.Dentro da noite é saudade de você.
Tudo em torno de mim fala de você ,reflete sua vida,seu olhar seu sorriso...vejo o seu sorriso alegre...foi esse riso que me conquistou ,foi esse riso que me deu uma falza imagem de felicidade,quando você ria perto de mim eu pensava estar ao lado de um anjo.No meu mundo de lembranças tudo é você ,estou sequindo entre lembranças...Estou vivendo do passado ,só no passado consigo encontrar você .No meu presente você não existe mais,não existe nada,só eu vivendo dia a dia de recordações que me fala sempre de você .
Jamais poderei amar alguém como amo você,jamais poderei ser feliz como fui quando tinha você ao meu lado.
Talvez longe de mim,um dia você possa ler esta carta e pensará que estou exagerando que entre nós dois nunca ouve nada sério ou definitivo, que nosso relacionamento não passou de uma aventura .
Sei que não há mais nada entre nós dois ,mais mesmo assinm,agora eu sinto ciúmes da proxima tola que vai se aproximar de você e viver tudo que eu já vivi.

Foto de Lou Poulit

O Beiço da Feiosa

Cansado demais para continuar meus trabalhos de pintura no ateliê, de falar com meu próprio silêncio, decidi dar um tempo a mim mesmo. Assim também, escapava um pouco do convívio com o senso crítico de artista plástico. Tinha e ainda tenho esse hábito. Em arte, faz bem de vez em quando apagar tudo o que há no consciente. Depois deixar que o subconsciente, onde de fato habita a arte, aos poucos recomponha toda a estrutura de critérios e conceitos. Fazia uma tarde morna e abafada, típica do verão carioca. A tática era escolher um lugar sossegado no calçadão da praia de Copacabana, de onde pudesse observar de perto as milhares de pessoas que vão e vem caminhando. O apartamento da rua N. Sra. De Copacabana, onde havia instalado o ateliê, era de fundos e de lá não se via ninguém. Um artista precisa observar, muito, como um exercício diário. Apenas observar e deixar que seu silêncio assuma o lugar do piloto. Então uma série de impressões, não apenas luz e forma, serão armazenadas. E quando ele voltar ao trabalho elas estarão lá, disponíveis no subconsciente.

Depois de alguns poucos minutos esparramado numa cadeira de quiosque, já havia conseguido reunir tantas observações que era difícil mantê-las na mente de modo organizado. E ainda mais concluir alguma coisa daquela bagunça. Tentei interromper a observação para fazer uma seleção prévia sem novos dados. Muitíssimo difícil. Minha mente estava de tal modo seduzida pelo que estava em volta, que não podia evitar o assédio da sucessividade. Sempre que sentia a alma crescer e “viajar” nas próprias avaliações, subitamente era trazida novamente ao fundo do abismo por alguma sensação irresistível, como num grande tombo, que só poupava a cadeira de plástico. Tentei fechar os olhos então, mas isso também se mostrou inútil, ainda pior. O estímulo causado pelas demais percepções, que dessa forma ficam mais conscientes do que o normal, era poderoso o suficiente para provocar a mais estranha angústia de não ver com os olhos. Reabri-los seria quase um orgasmo!

Mas depois de um obstinado esforço consegui finalmente identificar algo suficientemente freqüente e interessante: muitas pessoas aparentam imaginar que são alguma coisa muito diferente do que aparentam ser! Talvez ainda mais diferente do que na realidade sejam. Achou confuso? Não, é muito simples. Veja, o nosso senso crítico tem a natural dificuldade de voltar-se para dentro, ademais, os defeitos dos outros não são protegidos pelas barreiras e mecanismos psíquicos de segurança que criamos para nos defender, inclusive de nós mesmos. Por exemplo, um jovem apenas fortezinho e metido numa sunga escassa, parecia convencido de ser uma espécie de exterminador do futuro super-dotado. Um senhor setentão, parecia convencido de ser mais rápido e poderoso que o Flash Gordon (um dos primeiros desses super-heróis criados pela fantasia americana do norte). Uma mulher com pernas de uma cabrita, difícil descobrir onde guardara os seios, fazia o possível para falar, aos que ficavam para trás, com uma linguagem de nádegas, que na verdade mais parecia uma mímica de caretas.

Mas houve uma outra (essa definitivamente feia, tanto vindo quanto partindo) que me surpreendeu, me deixou de fato muito fulo da vida, me arrancou dos meus pensamentos abrupta e cruelmente: vejam vocês que ela torceu o beiço pra mim, em atitude de desdém, como se eu houvesse dirigido a ela algum tipo de olhar interessado... Onde já se viu?! Quanta indignação! Ora, se com tanta mulher bonita no calçadão de Copacabana, de todos os tipos e para todos os gostos, passaria pela cabeça de alguém que eu dirigisse algum olhar interessado logo para ela? Só mesmo na cabeça dela.

Assim que ela passou me aprumei na cadeira, levantei-me e tomei o rumo de volta para o ateliê. A princípio me senti muito irritado com aquela feiosa injusta, no entanto, como caminhar no piloto-automático facilita as nossas reflexões (embora aumente o risco de atropelamento) já a meio-caminho havia mudado de opinião. Não quanto à sua feiúra, nem tão pouco quanto àquela grosseria de sair por aí torcendo o beiço para as pessoas, inocentes ou não. Mas o motivo de promovê-la a feiosa perdoável era o seguinte: sem querer, me ofereceu muito mais do que havia saído para procurar! E por quê?

Bem, antes de mais nada demonstrou ter se apercebido de mim. Não tenho esse tipo de necessidade, normalmente faço o possível em espaços públicos para não ser percebido, mas o fato é que algumas centenas de pessoas também passaram no mesmo intervalo de tempo sem demonstrar nenhum julgamento, nem certo nem errado, bom ou ruim.

Ora, o meu objetivo ao sair não era o de fugir do julgamento alheio, mas sim do meu próprio senso crítico, que mais parece um cão farejador infatigável e incorruptível (capaz de desdenhar altivamente todos os biscoitinhos que lhe atiro), sempre fuçando eflúvios psíquicos e emocionais nas minhas reentrâncias almáticas. Outro ponto a favor da boa bruxinha: o julgamento alheio desse tipo (au passant) não permite qualquer negociação, como acontece por exemplo quando criamos subterfúgios e argumentos para falsear nosso próprio juízo, às vezes oferecendo até uma boa ação como magnânima propina!

Pensando bem, ela me deu algo muito mais importante. Pergunte comigo: não seria razoável imaginar o tipo constrangedor de reação que ela recebe quando homens jovens, bonitos ou interessantes têm a impressão de perceber alguma intenção no olhar dela? Claro, não apresentando nada de bonito nesse mundo onde todos somos tão condicionados à superfície das coisas e pessoas, qualquer reciprocidade seria mais provavelmente uma gozação. Então, nesse caso, a minha presença (não intencional) na prática ofereceu a ela a generosa e graciosa oportunidade de se vingar! Ou, dizendo isso de uma forma mais espiritualizada: de restaurar sua auto-estima e elevar o nível dos seus pensamentos. Quer saber? Me deu uma vontade de estar lá todos os dias.

Depois de algum tempo, certamente eu a levaria às portas do céu! Isso parece muito penoso? Nadica de nada, esforço nenhum. Veja bem, eu precisaria de muito mais tempo, abnegação, e força de vontade (dentre outras) para levá-la às portas do céu por meios, digamos, mundanos! Isso seria tarefa para um desses rapazes “bombados”, cheios de tatuagens, pierces, juventude e vigor, e sem 40 anos de alcatrão nas paredes arteriais! Nunca leram o Kamasutra, ou O Relartório Hite, ou coisa do tipo, mas pra que? Quando eu era jovem não os tinha lido ainda e não senti nenhuma falta disso.

Em resumo, de quebra ainda fiz a minha boa ação do dia e assim posso manter a esperança de chegar algum dia às portas dos céus, digo dos céus celestiais, lugar cuja direção desconheço completamente... Agora, penoso mesmo (e definitivamente brochante) seria encontrar a dita cuja lá! Sim, por ter chegado antes ela poderia sentir-se à vontade para fazer o meu julgamento e proferir solenemente que todas essas palavras que aqui escrevi não são mais do que uma mísera propina, só para liberar a minha mísera auto-estima do meu sentimento sovina de rejeição! Se assim acontecesse, eu não daria mais para a frente o passo consagrador, ao invés disso daria muitos de volta (sem saber em que direção ficaria o meu ateliê). Ainda juraria para todo o sempre aceitar o meu próprio senso crítico (assim como as demais pessoas comuns do meu convívio) e nunca mais sair do ateliê, interrompendo o meu processo produtivo, com o mesmo fim.

Copacabana, mar/2006

Foto de Lou Poulit

Trovão e o Sabiá Sereno

Aos Leitores e Amigos.

Antes de qualquer palavra, quero dizer que será um prazer partilhar com vocês os meus textos e que sou grato ao Poemas de Amor pela confiança que em mim depositaram.

Há alguns anos venho escrevendo contos. Mas vinha fazendo isso como quem armazena sementes, ou seja, sem permitir que elas brotassem antes da hora. Quando esse Site me ofereceu o blog, quis crer que não mais se justificava guardá-los só para mim. Até porque, talvez a partir de agora eu possa ter percepção de como eles tocarão outras subjetividades, diferentes da minha. Alguns serão postados tal como foram criados, enquanto que outros serão adaptados para que se tornem mais congruentes com os objetivos do Site, que não eram prioritários para a formação original da identidade do escritor.

Espero que gostem já desse primeiro conto, pelo menos tanto quanto eu. Mas como não vejo no conjunto deles, ainda, uma maturidade completa, antecipo que conhecer o que despertam nos leitores será motivo de gratidão da minha parte.

Abraços a todos e, desde já, muito obrigado pela gentil acolhida.

LOU POULIT
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Sentada sob alpendre da mansão colonial, sua fortaleza de toda a vida, Sinhá havia se perdido em seus pensamentos. O dia havia se despedido há pouco, na apoteose fugaz de um céu prestante de cores e texturas, que de tudo o que pode tentou fazer para merecer a atenção da moça. Nem a sinfonia da passarada fez efeito. Tudo em vão, restaram as estrelas que nem sequer se aventuravam. A passarada se calou para dar a vez aos grilos, sapos e outros barulhentos notívagos. Sinhá revirava mecanicamente os fartos rendados da saia à sua volta, pois de fato não estava ali.

Então, passos arrastados vindos de dentro precipitaram-na do etéreo, de volta ao corpinho magoado pela posição pouco cômoda. De tão surpresa e assustada, não teve coragem de se virar. E esperou apenas, como seu sangue esperava dentro das veias. Aos poucos uma luz tênue, mas capaz de expulsar soberanamente a escuridão, se aproximou. Depois mais um pouco. A moça temeu que se aproximasse ainda mais e explodiu em gritos nervosos: Saia já daqui! O que quer de mim, demônio? Eu não lhe chamei aqui!

A pouca distância um caboclo mulato de aspecto impressionante, pele muito morena e os olhos claríssimos de uma onça enterrados no rosto embrutecido, como pequenas gemas raras no emboço úmido da terra adubada pelos séculos. O velho Sereno segurava a candeia, tentando compreender, tão próxima, a moça que à distância vira crescer, como flor única naquelas glebas. Durante parcos segundos, Sinhá não conseguiu balbuciar uma palavra. Tentava decifrar como aquela figura estranha havia invadido seu silêncio, que significado poderia ter dentro dele e se seria perigoso para as coisas ricas que guardava em segredo. Porém, achando que o silêncio era ainda mais insuportável, a moça voltou à carga: Quem lhe deu o direito de estar aqui? Ele tentou explicar: Vim só alumiá o negrume da noite pra vosmicê, Sinhazinha... Carecia de se assustá não... Não tenho medo de nada, ela empinou a própria fragilidade. Como poderia temer um empregado dentro da casa do senhor meu pai? Ademais, estava aqui com meus pensamentos...

O homem olhava com segurança os olhos escorridos de lágrimas da moça, cheios de brilhos amarelados pela chama da candeia. Sentia pena dela, mas sabia pelas décadas de convívio que não se devia manifestar piedade para com os senhores. Sereno sabe que está triste, Sinhá. Ma num pode fazê nada não, disse ele abaixando os olhos. Mas como pode saber disso? Não lhe dou esse direito. De onde você saiu?... Ainda com os olhos baixos, ele respondeu: Sempre estive aqui, Sinhazinha. Vim pra essas terras do senhor seu pai na barriga da minha mãe, que se foi embora amarrada naquele pé-de-jurema-branca, bem ali na direção onde a lua vai nascer já. Eu era desse tamaninho, cabia no cesto onde o alazão comia o seu mio. Naquele tempo o capataz era um homenzinho muito do ruim... Ela só queria alimentar a sua cria...

A moça se refez da letargia quando o ouviu falar no alazão, tornando a gritar: Não me fale do meu alazão. Eu amava o Trovão como se fosse uma pessoa! Ninguém montava nele além de mim! E acabaram de trazê-lo num arrasto de pau-de-mangue... Ele estava morto! E eu vou matar quem fez isso com ele... E a chorar convulsivamente ela recostou-se no portal, até sentar-se de novo no degrau do alpendre. Sereno continuou calado, imóvel, com os olhos cravados nas lages do chão. Como se sua alma cansada procurasse uma brecha para um imenso arrependimento.

Tentando descobrir em seu próprio silêncio o que deveria fazer naquela situação triste e constrangedora, o velho caboclo foi lentamente até a arandela pendurar a candeia. Não sabia o que fazer a mais. Durante quase vinte anos quisera ajudá-la em muitas situações de perigo, mas sempre chegava alguém antes. Sereno trabalhara sempre na plantação, às vezes tratando dos cavalos doentes e outras como mateiro. Amava a menina, antecipava os riscos que ela corria, mas haviam outros mais próximos dela. E agora o mesmo sentimento de proteção lhe parecia palpável de tão denso. E ironicamente, embora estivessem ali apenas os dois, simplesmente não sabia o que fazer.

Passados alguns poucos e imensos minutos, a moça quebrou o silêncio, mais calma, porém sem perder a altivez da voz: Como se chama? Sereno, Sinhazinha - disse ele. E porque está aqui, nunca lhe vi dentro de casa?... O velho empurrou a aba do chapéu para trás e coçou a calva rala e branca, como sempre fazia quando se sentia inseguro. Demorou um pouquinho mas respondeu: Eu vim de pés lá de trás da serra dos pastos... O senhor seu pai mandou que me alimentasse e ficasse por aqui até amanhecer. Ela insistiu: Mas por que veio de pés? Ah, Sinhazinha, parei no meio da mata para ouvir o sabiá-da-mata, tava cantando bem em cima de mim. Desde menino adoro os sabiás, num gaio da mangueira, por cima da minha palhoça tem um que fez ninho agora. Quando passo o café da tarde ele tá arrebentando os peitos, de tanto chamá uma fêmea pro seu ninho novinho e arrumadinho. Mas me distraí, meu cavalo assustou-se com a onça e saiu desembestado, nem sei pra onde. Mas vou lá buscar, pro seu pai meu senhor num ficá num prejuízo maió. Não é um bicho caro, é até meio capenga... Mas é um bom companheiro, num sabe? Vendo a perplexidade dela, ele perguntou: Que foi Sinhá, com essa boca aberta, quem nem peixe morto? A moça sussurrou: Onça?... Que onça é essa, Sereno?

O velho respirou profundamente. Não haveria mais de esconder. Ela que soubesse a verdade e que fizesse o que achasse justo. Disse a ela com segurança: a mesma que pegou o Trovão... Aquele sangue todo foi porque quando cheguei ela já tinha garrado no pescoço dele – disse caboclo limpando instintivamente as mãos grosseiras nas calças. A moça mostrou-se inconformada: E você não fez nada para ajudar o coitado? Não tinha uma arma, Sereno? Sinhazinha, ele caiu por cima da bicha, esperneava como um porco endemoninhado... Endemoninhado é você, miserável! Ele era o alazão mais valente que conheci... Só que havia uma onça mordendo o seu pescoço... E um homem medroso e inútil assistindo a sua morte desesperada! Que queria que o Trovão fizesse?... Sereno, se calou constrangido. E ela quis saber mais: E depois, Sereno?... Sinhazinha, num é nada fácil chegar perto de dois bichos grandes e raivosos... E eu só tinha mesmo o meu facão de mato e não queria ferir ainda mais o Trovão. Sim, mas o que você fez? – ela implacável. Eu nada, Sinhazinha, a onça é que resolveu desaparecer. Onça é um bicho covarde. Só pega pelas costas, sangra e espera morrer. Mas se sentindo insegura ela larga e fica de longe só espiando. Esperando a hora de comer sossegada. E o outro, que também é bicho, sabe que vai morrer e que ela vai vir lhe rasgar as tripas. É só uma questão de tempo... O mundo dos bichos é assim mesmo, Sinhá. Ninguém muda não. Vosmicê ta triste e eu também... Mas o Trovão tá não... Só tá esperando os primeiros lampejos do dia, pra correr por essas terras sem fim, pelos campos e pelas matas fechadas, num tem mais nada que lhe impeça... Vai conhecer todos os lugares onde nunca tinha ido, vai beber água do rio grande e vai saltar nas ondas da praia... Enquanto isso nós vai fica aqui chorando de tristeza, porque num pensa que ele ta livre como nunca foi... É que como nós só sente o sentimento da gente, só pensa com a cabeça da gente, então acha que o trovão ta sentindo e pensando a mesma coisa, Sinhazinha... Não tenha raiva não... Que ele não pode aparecer pra vosmicê e lhe contá como que é lá donde ele vem, ele vai ficar triste por causa da sua tristeza...

A moça se esforçava para aceitar aquela sabedoria estranha, que quase desdenhava os seus mais puros sentimentos, todas as coisas que aprendera a sentir. Mas, embora não tivesse coragem de dizê-lo, até que gostava muito de imaginar seu querido Trovão suando da correria que tanto amava, brilhando ao sol e ao luar. Ele amava o vazio dos espaços, os obstáculos que vencia, amava o vento revirando as suas crinas, enchendo-lhe os pulmões no peito enorme e musculoso, e depois expirava com força fazendo seu próprio vento, era quase um deus da natureza... Ah, como ele gostava disso... – dizia a si mesma. Alagada da própria ternura, disse então ao velho: Ele lutou até o último instante não foi, Sereno?

Ele era valente demais, eu o conhecia desde que era um potrinho muito abusado... Sou lhe muito grata, quero que fique, se alimente bem e descanse bastante. E depois vá buscar o pangaré, antes que essa onça o coma, já que não comeu o Trovão, pois que os homens foram buscá-lo antes disso... Sereno sentia-se mais à vontade agora, já sentado também no degrau de baixo. E completou: Vou Sinhazinha, antes de clariá vou atrás dele. E ai dela que se meta... Faça isso por mim, Sereno – ela pediu com raiva.

Não posso prometer, Sinhazinha... Não Sereno, não se arrisque, leve uma arma... E se ela lhe pegar pelo pescoço, como fez com o Trovão?... Vosmicê num fique triste não, Sinhá... Também sou meio bicho, já fiz muita coisa nesse mundo de meu Deus... Já matei oito onças, seu pai meu senhor pode lhe dizer... Uma delas ia morder era o pescoço dele... É que de uns anos pra cá elas estavam sumidas, que os cachorros farejam a catinga delas de longe... Gato tem raiva de cachorro e vice-versa, num sabe?

Eu prometo, Sereno. Vou contar para os meus netinhos essa estória. E vou me lembrar de dizer que você foi um herói, que não pode salvar o Trovão, mas veio de pés buscar homens, para que ele tivesse um enterro digno. Meus netinhos vão aprender a odiar todas as onças, porque essa matou o Trovão... Mas eis que tais palavras indignaram o velho filho-do-mato, e ele quis ser exato: Não, Sinhazinha... Isso não é certo, não é verdade não... Como, Sereno? Se ela não matou o meu alazão, então quem foi?... Fui eu mesmo, Sinhazinha... A moça de um pinote ficou de pé, com o dedo em riste, enfurecida lhe disse: Seu traidor! Vá embora, suma daqui! Nunca mais quero ver sua cara! Não vou lhe perdoar jamais! Vai... Antes que eu grite por alguém para lhe surrar no pé-de-jurema, desgraçado!

Naufragados novamente em profunda tristeza, ambos se foram. Ela para chorar na cama e ele no mato. Mas nenhum dos dois conseguiu dormir. A moça rolou na cama, sobre o lençol úmido das suas lágrimas, até que lhe viessem chamar para o almoço. Não foi. À tarde, na hora da refeição também não quis sair do quarto, deixando a todos apavorados. Seu pai começou a preocupar-se, vendo que as mucamas não paravam de cochichar pelos cantos. Resolveu-se a sacudi-la. Entrou no quarto como um furacão para intimidá-la e foi querendo saber o porque daquele drama. Sabia o porque, também sentia muito pelo alazão, sabia o valor que tinha, mas não queria perder também a filha. Sinhá estava desolada e não apenas pelo seu Trovão. As horas lentas da madrugada lhe convenceram de que havia sido injusta com o Sereno. Estava agora claro que quisera apenas poupar o animal de mais sofrimento. Não podia carregá-lo nas costas e com certeza não quis que o alazão assistisse a desgraçada da onça comer-lhe as carnes ainda vivas. Ela estava soterrada de remorso e com muito jeito fez o velho concordar em mandar buscá-lo. Assim também concordou em levantar-se para se banhar e voltar à vida normalmente.

Alguns dias depois estava novamente sentada no alpendre, mas dessa vez assistiu a obra da natureza que se comprazia em dispor da sua atenção. O dia terminou. Escureceu por completo. Ela se lembrou da noite em que se assustou com Sereno. Dessa vez queria imensamente que ele lhe trouxesse a candeia. Havia preparado algumas palavras para lhe pedir que perdoasse a grosseria. Ninguém lhe dissera uma palavra durante esses dias, tinha a impressão cada vez mais densa de que não lhe queriam falar a respeito. Uma luz veio de dentro, mas pelo andar sem botas não poderia ser Sereno. Era uma mucama, que foi dispensada. Sinhá só queria a luz do velho caboclo, como naquela noite. Agora queria gostar dele, da sua sabedoria e da sua paz. A lua começou a aflorar, derramando seu prateado pelas colinas que pareciam abraçar em segurança a mansão. De repente, algo mexia nas folhas do pé-de-jurema-branca, que pareciam lhe acenar variando o reflexo do luar. Então, para sua imensa surpresa ouviu com nitidez o canto mavioso de um sabiá... Mas como? Sabiá cantando há essa hora? Não pode ser... Não queria aceitar o que seu próprio silêncio lhe dizia, lutava contra com todas as suas forças... Então ouviu de novo, logo ouviu outra vez e de novo tornou a ouvir... As defesas que havia erguido em si própria foram ruindo a cada canto, como se fossem rojões de poderosos canhões. Até que não pode mais sustentar a certeza que preferia. O sabiá só podia estar feliz. Tão feliz que nem se importava com a noite, não queria esperar o amanhecer! Se quisesse vê-lo sempre feliz, devia afastar a tristeza. Libertá-lo do próprio peito para que fosse completamente livre, para que cantasse onde quisesse e quando quisesse. Seu canto não era triste como o de outros, mas vigoroso e doce como o de uma flauta da natureza. A mucama voltou com um semblante pávido, mas quedou-se quando à luz da candeia viu que o de sua Sinhazinha sorria para a lua, já em seu esplendor. A mucama lhe disse: Sinhazinha, o seu pai mandou meu irmão e me primo buscar o Sereno... Mas eles não querem falar, estão com medo. Medo de que? Diga logo... Não fica brava comigo não Sinhazinha... Fala de uma vez, mulher... É que a onça pegou o Sereno também, Sinhazinha...

Completamente perplexa, a mucama ouviu a Sinhá lhe dizer com doçura: Não fique assim tão triste. Há essa hora ele deve estar bem assobiando por aí... Por onde, Sinhazinha?... Pela natureza, pelo céu, pelo rio grande, ou se lavando nas ondas do mar... A pobre mucama não conseguia atinar com aquelas palavras surpreendentes e Sinhá completou: Anda, pode deixar a candeia na arandela e vá pra dentro. Se precisar eu lhe chamo, agora vá. Quando mais tarde seu pai veio lhe buscar para dentro, aliviado pelas falas da mucama, encontrou-a bem disposta, quase feliz para aquelas circunstâncias. Sinhá aproveitara o tempo para fazer uma prece emocionada, repleta de gratidão e amizade, pela alma do velho Sereno. Durante toda vida estivera bem ali e nem o havia notado. Mas havia sido de grande valia justo no momento que mais precisou. Se estava feliz a ponto de assobiar no galho do pé-de-jurema àquelas horas, então deviam estar todos felizes: O Sereno, sua pobre mãe e também o Trovão. Não, não queria mais pensar em tristezas. Foi quando seu orgulhoso pai, sentindo necessidade de participar daquele momento lhe disse: Deixe estar, querida... Aquela maldita onça não irá longe... Eu me encarregarei disso pessoalmente.

Lou Poulit
Direitos Exclusivos do Autor

Foto de fer.car

Ama-me

Ama-me quando não lhe restarem mais forças
Ama-me em silêncio, na dor e na doença
Fala-me de seus devaneios, de seu vazio interior diante das maldades da vida
Acolha suas mãos sobre a minha, sacie seu corpo no meu corpo
Fala-me tudo que eu necessito ouvir
Dance mais esta valsa comigo
E juntos vamos criar nossa própria dança
Cala-me quando eu precisar me calar
E fala-me do amor quando eu não mais acreditar
Ama-me mesmo que nada lhe demonstre
Pois só eu sei como preciso ser amada
Sou um ser carente que procura por uma alma muito alma que saiba amar
Quando eu chorar que você enxugue minhas lágrimas
E me diga que vale a pena sonhar
Quando eu não souber o que fazer que você me ensine o caminho a percorrer
E quando eu cair que vc me levante e me carregue em seus braços
E apenas mostre que está ao meu lado em todos os momentos em que eu precisar
Ama-me mesmo que isto lhe fira
Mesmo que este amor lhe seja demais
Porque preciso de você, amor
E na ausência foi quando eu mais quis você aqui ...
Perto de mim
Por isso apenas ama-me

Foto de biankinhaaaa260693

*+*Ainda te amo*+*

Hoje percebo...
o quanto tive medo...
de dizer..
que ainda amo você

Te perdi
mas não te esqueci
está ainda em meu coração
essa dolorosa paixão

Criei tanta ilusão
machucando um coração
Pensei que daria certo
Você já estava tão perto

Relembro do passado
Nossa como foi errado
Essa história
vai ficar para sempre na memória

Me vi sem coração
em completa solidão
Aprendendo a viver
sem você

Ah! Realidade
Que me trouxe a verdade
Nunca gostou de mim
Fui tola sim

Fui enganada
Trocada,
por gostar de você
e já não pode viver

Como sofri
E não te esqueci
Você encontrou a felicidade
E eu? Nem a verdade

Ainda choro pelos cantos
Por amar-te tanto
Você é tudo pra mim
Ainda te amo e fim!

Foto de Camillinha

Para os que esperam cartas

Oi, tudo bom?Infelizmente, esta carta não é de quem você esperava.Mas, como eu sei direitinho como você se sente, talvez traga boas notícias.
Olha, desculpa minha sinceridade, mas a vida é muito curta para ficar aguardando pelos outros.Se quem você aguarda realmente se importasse com você, já teria dado algum sinal de vida.Parta para outra.
Já reparou numa certa pessoa que você conhece e tem uma quedinha por você?Não posso dizer quem é, mas pode ser alguém que trabalha do seu lado ou que mora perto da sua casa ou que freqüenta um mesmo lugar.Sei que se trata de uma pessoa bem legal, vale a pena procurar saber quem é.
Fique de olho, tem um monte de gente reparando em suas qualidades.Aposto que,se você olhar em volta,neste instante,tem alguém olhando disfarçadamente para você.Pode não ser o seu tipo, mas já é uma dose de auto-estima, substância da qual você carece.
A verdade é que, enquanto você estiver assim, nessa interminável agonia, esperando notícias que nunca chegam, vai deixar passar várias possibilidades interresantes ao seu redor.Claro, ninguém se compara a quem você aguarda, mas quem você aguarda não está disponível no momento.Poderá inclusive, nunca estar, apesar de tudo o que foi dito naquele dia.Pessoas que somem não são confiáveis.
E, mesmo que você tenha certeza absoluta de que não se trata de desprezo, que deve ter acontecido alguma coisa,que esse sumiço tem alguma explicação,não adianta nada você ficar aí esperando.Corroer-se de ansiedade não vai apressar a resolução do problema, seja ele qual for.Então, desencana.
Dá uma esquecida desse assunto, focar as energias naquilo que depende de sua vontade.Caso seja necessário, para tirar de vez essa história da cabeça, mande você uma carta esculhambando e colocando um ponto final na questão.
O fato é que não dá para você continuar assim, desse jeito.Está todo mundo comentando.
Ninguém tem coragem de dizer isso para você, mas todos concordam comigo.Já chega.
Além do mais, se for para ser, será.Um dia, quando você menos espera, pinta um reencontro, sei lá.Mas até esse possível reencontro fica mais difícil se você não se abrir de novo para o lado inesperado da vida.
E, cá entre nós, se a pessoa que você aguarda é quem eu estou pensando, também não é nenhuma belezura assim.Você arruma coisa melhor.
Mande notícias, ficarei aguardando.

Foto de Logan Apaixonado

Amores

Me escapam as palavras pra definir meu amor;

Um misto de desejo e dor;

Vejo seu rosto em tudo que olho;

Seu sorriso tão grande;

Invade meus olhos;

Me cega de amor;

Não posso esquecer, o beijo dourado;

Que demos apaixonados;

Enlouquecidos de amor;

Sinto saudades, dos mimos, afagos;

Carícias sinceras, outrora tão fartas;

Hoje escassas e sem calor;

Me pego vagando;

Lembranças antigas;

Do que fomos um dia;

Espero que um dia;

Sem magoas nem mentiras;

Podermos viver tudo que sonhamos;

Pois meus sonhos foram tão concretos;

Reais e estavam tão perto;

Ao alcance das mão;

Mas escaparam entre os dedos;

Feito areia fina, caíram ao chão;

Num pobre refrão, grito seu nome;

Pois estou em você, tanto quanto estás em mim;

Fomos atores perfeitos, no palco do amor;

Hoje somos, dois bravos guerreiros;

Que mesmo feridos, cansados e perto da morte;

Ainda lutamos;

Não sei quanto tempo terei pela frente;

Espero sinceramente;

Não ter tanto assim;

Entreguei meu destino ao sopro Divino;

Que sem saber ao certo, me leva pra longe;

Perdoe este poeta, pobre de espírito;

Que escuta meus gritos;

Chamando seu nome...

Foto de Camillinha

Tudo para ficar com ele

Por mais que se evite ou por mais que finja não lembrar, sinto a sua presença em todos os lugares...
Ainda sim, sinto você dentro de mim, como se nós ainda “pertencêssemos” um ao outro, como se ainda existisse alguma coisa que ligasse a gente.
Cada dia que passa, sinto um aperto forte junto ao peito...E isso me da mais certeza de que estou te perdendo aos poucos...
Eu não quero mais sofrer...
Eu não quero mais chorar...
Posso até tentar...
Mas juro não consigo te esquecer!
E olha quer saber?
Quase todo dia eu penso em você.
Em casa, na escola, coloquei até uma foto sua no meu pc.
Só para te ver melhor, bem melhor, mesmo de longe...
E pensando em você, vou te desejando cada vez mais...
Olhando sua foto, reconheço que te quero bem!
Quanto, mais te espero mais sei que eu te quero.
Mas me desespero se você não vem...
Ta tudo errado amor...
Sem ter você aqui perto de mim...
Só com a saudade que parece nunca chegar ao fim.
Deixando-me aqui com as minhas lembranças, inseguranças e com o que ainda resta de mim!
E olha quer saber?
Quase todo dia eu penso em você. . .

Foto de Lou Poulit

Heresia

Tingidos de cio gritam
nos vazios do leito santo,
profanos, silenciados versos meus,
desmaiados, ébrios de tanto voltar
desse amor incandescente,
aquarelado por anjos dos céus.

Plenos de luz, penitentes,
deserdados versos nos escuros
do meu gozo sempre iminente,
vertente, transpassando muros,
excomungados da própria crença
precisam muito se confessar...

Precisam se armar de perdão!...
Mas quem os levaria ao próprio deserto?
Quem ousaria lhes desarmar?
Quem chegaria tão perto
e aceitaria o tanger dos gestos
e recolheria seus restos?...

Quem ungiria seu corpo, antes,
seguindo pegadas quentes, depois,
legadas ao passado por indulto?
Quem lhe perdoaria a poesia
e lhe exultaria a pura heresia
de ser uma criança... e um adulto?

(Parceria Lou Poulit e Norma Martins)

Foto de AnGeL_dO_aMoR

A IMPORTÂNCIA PARA AMAR!

NÃO PENSE QUE AMAR É APENAS SE SENTIR BEM COM A PESSOA AMADA, QUE NÃO É SÓ APENAS BEIJAR OU VE-LA NO DIA MARCADO PELO DESTINO, QUE NÃO É APENAS VIVER ALGUMS MOMENTOS FELIZES JUNTOS E PRINCIPALMENTE O QUE A PESSOA TEM POR FORA A TE OFERECER, QUANDO VEMOS A BELEZA EXTERIOR SÃO PROBLEMAS QUE TEM POR VIR, PORQUE NÃO ENXERGAMOS A VERDADEIRA BELEZA, ESCOLHER A PESSOA PRA AMAR É UM ERRO QUE GERARAR EM MAGOAS E TRISTEZAS E UMAS FERIADAS MUITO GRANDES PARA SEU FUTURO, NÃO TENHA PRESSA, NÃO OLHE PARA TODOS QUE TE AGRADE A SUA VOLTA ACHANDO QUE PODE SER SUA CARA METADE, ESPERE E PENSE QUE O QUE É SEU TA GUARDADO, NUNCA SOFRI TANTO POR PROCURAR MINHA CARAMETADE QUANDO PAREI DE PROCURAR PORQUE HAVIA PERCEBIDO MEU ERRO LOGO ELA APARECEU HOJE VOU JÁ ESTOU PERTO DE COMPLETAR UM ANO JUNTOS E O QUE É MAIS INACREDITÁVEL É QUE É SEM NENHUMA BRIGA SE QUER NOS DAMOS BEM COMO PEDI A DEUS!

Helaine Alves Leite,

Hoje vivo ao seu lado, porém distante pelo principio do destino, mas aqui está a pessoa na qual se senti a mais sortuda e feliz do mundo, é inesplicavel o nosso amor, por isso digo O QUE É O AMOR?
tradução> EU E VOCÊ, não existe significado para a palavra amor a não ser essa, não é a toa que não a chamo pelo nome me dirijo a você a chamar amor, como nós somos que descrevi o que é o amor, simplesmente sem mentiras e sem nada que possa trazer magoas ao outro e é se preocupar, ser verdadeiros, carinhosos, consideração, atenciosos, dedicados, jamais querer ver o outro infeliz e o respeito que é o fundamental para tudo dar certo.

MEU AMOR ESTOU AQUI PARÁ MOSTRAR A TODOS QUE EXISTE AMOR VERDADEIRO E QUE GRAÇAS A DEUS NÓS ESTAMOS PODENDO SER O EXEMPLO DISSO TUDO TÃO LINDO QUE É O AMOR.

E PARA VOCÊ LINDA EU TENHO TAMBÉM A DIZER QUE ESTOU LOUCO PARA ME CASAR COM VOCÊ TER FILHOS COM VOCÊ PODER ESTAR AO SEU LADO EXATAMENTE EM TODOS OS MOMENTOS E JAMAIS TER QUE DEIXA-LA EM CASA A NÃO SER A NOSSA TAMBÉM DEXO AQUI MEU PEDIDO DE CASAMENTO ACEITA CASAR-SE COMIGO???

FELICIDADES A TODOS QUE ACOMPANHARAM E AQUELES QUE ESTÃO A PROCURA DA SUA CARAMETADE ACRETIDE EM MIM ELA EXISTE ASSIM COMO VOCÊ EXISTE ELA TE PROCURA TAMBÉM UM DIA SEM MAIS NEM MENOS VOCÊS SE ENCONTRARAM PARA SEMPRE SEREM FELIZES.

OBS:A IMPORTÂNCIA DO AMOR É JAMAIS DESISTIR QUE SEU AMOR EXISTE E ESTÁ A TE PROCURAR ASSIM COMO ACHEI O MEU VOCÊS TAMBÉM ACHARÃO!

HELAINE EU TE AMO MUITO E PARA SEMPRE, MINHA VIDA!!

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