Pele

Foto de jessebarbosadeoliveira27

IMORREDOURO DA MENTE

Indelével é a sua face.
Indelével é o seu corpo, silente e calmo bólide caudaloso.
Indelével é o seu mosaical gesto:
Capcioso, modorrenta brisa alegre.
Nunca olvidarei da basáltica pele marrom-formiga.
Que temeridade pegar o metrô errado da vida:
O fogo é o monsenhor da perfídia, cria quimeras daninhas!
Agora, o que paira sobre a paisagem
É o frívolo nevoeiro do vão lamento:
Armar-se, como puder,
Contra o horizonte insidioso
É o único caminho que lhe cabe.
Sinto, não poderá lográ-lo:
Mesmo que o pudesse,
Quando conseguisse tocá-lo,
Ele mudaria de forma
E se revelaria caixa aberta de Pandora.
Enfim, você não pode ser acolhida
Nos braços do éden sonhado.
Todavia,
Não importa, não importa!
No meu horizonte,
Sempre terá lugar cativo.
Ah, no horizonte da mente,
Eu, diariamente,
A persigo! Persigo!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

http://www.myspace.com/nirvanapoetico
• http://twitter.com/jessebarbosa27

Foto de Magno Aquino Miramontes

Tais palavras

Tais palavras
__________
__________ Magno Aquino miramontes
_______________________________

Deixe assim a sua boca
Sem palavras
Poupe-a
Deixe assim
Pra que eu possa vê-la
Muda
Linda
Mesmo não minha
Filme de Almodóvar.
Estendo a mão
Toco a tela
Toco a pele
Roço com o dedo o lábio seu
E a minha mão estremece
Tonta e só.

Deixe assim a sua boca
Sem palavras
Muda
Linda
Mesmo não minha

Roço meus sonhos nos seus
Emaranho seus pelos
Deliro seus olhos
Quase sinto seu cheiro
Quase falo bobagem
Quase ouço seu passo
Descompasso
Viro pro canto
Durmo só
Mal durmo.

Foto de Magno Aquino Miramontes

Ábaco Noturno

Ábaco Noturno
___________
___________ Magno Aquino Miramontes
________________________________

Gastei meu dia
Sem lembranças tuas
Nada é novo aqui
Despi meu sonho
Expus minha dor
N’outra boca despejei meu beijo
N’outro ombro chorei tua sombra
N’outra ocasião conto do vexame
De trocar o teu
Por outro nome
De sentir o teu
Por outro cheiro
Quando tu sequer passavas
Nem no sonho mais tu passas
Avassala-me tua falta
Se não vens nem mais
Pra dizer que não virás
Outra vez andei
Procurando a tua n’outra pele
Não tão quente nem odor igual
Perambulei por tua imagem
Tão tarde
Que acordei sentindo-te ainda em mim
Impregnado e só
Sonhar-te tornou-se obsoleto
Esperar é quase a própria vida
E crer
No dia em que não partirás sempre
Nem serás sombra ou cilada
Que me assalta
E
Saqueado o dia
Esvaziada a noite
Outro verso torto
Foi o que sobrou
D’outra noite a sós
Eu e eu sem ti.
______________

Foto de Arnault L. D.

Lua escura

Volta à esta noite escura,
dá-me tua luz e brancura
Lua, da tua pele clara,
a caricia mais pura.

Torna a este véu, reflora,
dá fim a esta névoa triste,
que em mim a algum tempo mora.
Desde que partiste...

Volta à esta noite escura,
dura até o nascer da aurora.
Ouça, te suplica e chora
minha lágrima mais dura.

Vem com seu beijo frio
gelar ao sangue que estanca
nestas horas de estio.
a razão vem me arranca!

Se não vens, pois, me leva...
Me tome a sanidade,
leva-me a humanidade,
como um animal da treva.

Leve de mim, me rasgue,
rompe-me, como a nuvem
com o seu brilho, esmague
essa cegueira e vem...

Lua, ouve meu uivo,
longo e negro lamento
junto aos cães sarnentos.
Lua, quero ser teu noivo...

Vamos nos casar na aurora,
antes que o sol desponte
e ao raiar à prima hora
perder-se no horizonte.

E assim, distante:
Fim.

Foto de Recrucify

Caixão lacrado

O melhor momento da minha vida, e você lacrou
Destruiu minhas esperança, meu mundo acabou

Só o que eu queria, era um caixão destampado
Mas no velório você me pôs, num caixão lacrado

Meu único orgulho nessa vida, se resumia a um momento
Em que eu alimentava os vermes, com minha carne apodrecendo

Me devolver à natureza, era algo que eu esperava
Só desejava que os outros vissem, a única coisa de que me orgulhava

Em que as pessoas pudessem acompanhar meu retorno à natureza
Minha matéria a se espalhar, com os vermes dançando em minha cabeça

Nunca tive vitórias, a humanidade de mim sempre teve nojo
Minha única vontade, era ter este momento glorioso

Mas como tudo nessa vida, termina com uma decepção
Você olhou para meu corpo, e lacrou o meu caixão

Agora morto, estarei presente do seu lado
Rindo de suas agonias, tornei-me um espírito atormentado

Durante toda sua vida, estarei a te amaldiçoar
E nunca o seu corpo, eu vou deixar de encarar

Por ter lacrado meu caixão, impediu que todos pudessem ver
Meu corpo apodrecendo e a pele a se desfazer

Te perseguirei de hoje para sempre
Suas lágrimas serão o alívio da minha mente

Do seu terror me fiz crente, nesse momento deprimente
De ódio e tormento, com um horror resplandecente

*Este poema é uma analogia a uma pessoa que acabou com meus sonhos. Eu punha fé num momento, que pra mim era tudo, troquei tudo que tinha por ele, apostei todas as fichas, e essa pessoa definhou meu sonho, minha vida, minha esperança. Agora vago vazio, vazio... Tudo que me restam são as drogas a me dopar, minha vida é perdeu o sentido!

Foto de DAVI CARTES ALVES

SOB O OLHAR PERVERSO DO AMOR

Desejar-te tanto

pele, alma, lábios

querer vestir-se com as tuas dores

querer ser balsamo

orvalho revigorante

para teus exaustos sensores

Mais eis que da tua fausta bandeja

só caem migalhas

entre cascas barrentas e amargas de aipim

encerradas num, bom dia!

Tépido e sem cor,

morno assim

Parca ração

quando a tua chuva não beija á tempos

as searas ressequidas

e o vazio das tuas mãos ausentes

a esmurrar-me já nas cordas,

impiedosamente

Resta recolher resignado

espalhados pelo carpe,

sem mais o pulsante brilho,

estilhaços de um coração de acrílico

Arde n’alma a angustia

quando não podemos reter o azul

e o crepúsculo chega vestido de lírio

pingando fogo

vazando delírio

e derramando laminas famintas

em vão

os olhos suplicarem colírio

abraça-me a sensação

de “contornos sem essências”

o de Clarice Lispector mesmo

ali bem perto do

coração estilhaçado

a sensação de a alma

o ser, a vida, o todo

sentir e arder

como a pequena e ingênua aranha

que trêmula e palpitante

encharcada de álcool e chamas vorazes

esperneia e crepita em angustiante dor

sob o olhar perverso

do moleque tirano

que se chama Amor.

by - DAVI CARTES ALVES
Acesse: poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de DAVI CARTES ALVES

SOB O OLHAR PERVERSO DO AMOR

Desejar-te tanto

pele, alma, lábios

querer vestir-se com as tuas dores

querer ser balsamo

orvalho revigorante

para teus exaustos sensores

Mais eis que da tua fausta bandeja

só caem migalhas

entre cascas barrentas e amargas de aipim

encerradas num, bom dia!

Tépido e sem cor,

morno assim

Parca ração

quando a tua chuva não beija á tempos

as searas ressequidas

e o vazio das tuas mãos ausentes

a esmurrar-me já nas cordas,

impiedosamente

Resta recolher resignado

espalhados pelo carpe,

sem mais o pulsante brilho,

estilhaços de um coração de acrílico

Arde n’alma a angustia

quando não podemos reter o azul

e o crepúsculo chega vestido de lírio

pingando fogo

vazando delírio

e derramando laminas famintas

em vão

os olhos suplicarem colírio

abraça-me a sensação

de “contornos sem essências”

o de Clarice Lispector mesmo

ali bem perto do

coração estilhaçado

a sensação de a alma

o ser, a vida, o todo

sentir e arder

como a pequena e ingênua aranha

que trêmula e palpitante

encharcada de álcool e chamas vorazes

esperneia e crepita em angustiante dor

sob o olhar perverso

do moleque tirano

que se chama Amor.

by - DAVI CARTES ALVES
Acesse: poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de cnicolau

Saudade

Palavra complicada para se descrever.

O que é a Saudade?

Algo que nos maltrata por dentro?
Um tipo de Angústia mascarada?
Uma Desilusão?
Ou apenas algo que nos faça lembrar
de quem fomos, ou do que representamos
para alguém no passado...
Sinceramente?

Não sei...

Sei que a Saudade que me refiro,
é a de alguém que ficou pra trás,
que deixei passar por entre
meu dedos, e talvez nunca mais a veja
novamente como a desejaria ver.

Porque só sentimos realmente falta
daquilo que nunca mais teremos?

Não sei...

Só consigo explicar um uma palavra.

DOR

Dói, e dói muito saber que a chance
que me foi dada foi desperdiçada,
que foi atirada ao vento...

Saber que ela esta com outro,
feliz, e vivendo uma ótima vida
compensa a dor que sinto?

Honestamente?

Não sei,
Juro que não sei.

Horas sim
Horas não

Só sei que a amo muito
e que nunca esquecerei do cheiro
de sua pele em minha pele,
do seu toque, seu olhar, seu cabelo,
sua boca, seu sorriso (ahh seu sorriso)...

VIVA A VIDA MEU ANJO E SEJA MUITO,
MAS MUITO FELIZ

Se não estamos juntos deve ter
um motivo,
uma razão.

Saudade

Palavra complicada para se descrever

Foto de Arnault L. D.

Para sempre

Vagando a dias perdido
sem água, mapa ou comida
Sol e areia escaldante
aos poucos a ser consumido
lentamente a perder a vida
deserto, o "Inferno de Dante"
O desista a sussurrar ao olvido

Se arrasta a buscar abrigo
enquanto o tempo se esgota
enquanto a pele se queima
o horizonte tremula qual trigo
aos poucos a mente lhe embota
descansar é por perigo

Foi quando ao longe avistou
ao seu socorro correndo
aquela que desejava encontrar
oasis, e seu coração chorou
e tanta água bebendo
escorrendo, a carne a esfriar
e para sempre ali ficou

Lua minguante, nova e cheia
se passaram a encontrar
um corpo esquecida à paisagem
seco, só, sem vida na veia
Mas, no rosto um sorriso a guardar
para sempre, enfim pela miragem
Feliz, sem fim, ali na areia

Foto de Carmen Vervloet

Vídeo Poema: Alma Desnuda

PRESENTE DA QUERIDA AMIGA ENISE

Alma Desnuda

Eu me permito...
Ser lambida pela brisa
Ser lavada pela chuva
Acariciar sua pele lisa
Saborear seu beijo com gosto de uva!

Eu me permito...
Ser banhada pelo mar
Ser aquecida pelo sol
Envolver-me em seus braços e te amar
Na hora do arrebol!

Eu me permito...
Voar nas asas do vento
Flutuar junto à lua
Desvendar seus pensamentos
Deixar minha alma nua!

Eu me permito...
Ouvir a sua metade que é grito
E o silêncio da outra metade
No silêncio eu acredito
No grito, percebo debilidade!

Eu me permito...
Entregar-me a sua humana ternura
Navegar na sua inspirada poesia
Lambuzar-me na sua doçura
Nos devaneios da fantasia!

Eu me permito...
Ser envolvida pela sua sedução
Dar-te o direito de invadir meu coração
Sentir seu encanto versejado
Deste meu vício desejado!

E só permito...
Porque você também me permitiu...
Mostrou-me o seu avesso...
Seu amor que eu mereço...
O seu vinho embriagante...
Numa noite alucinante...
Entre gemidos ofegantes!...

E nesta recíproca permissão
Corpos plenos...
Almas desnudas...
Cumplicidade...
Paz!

Carmen Vervloet

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