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Passa mansa quando a
Brisa lhe beija a face, esquece
As lembranças e passa...
Tudo fica calmo quando passas
Para o outro lado, aqui voa
Livre o tempo. E passa...
Acalma tu'alma com um
Acalento vagaroso do sublime
Céu adiante. E passa...
Nas relvas com jubiloso gozo
Do ar, brilha intensa os
Nardos capinados do ser só.
E passa...
Vai levando meu bem maior
Que guarda o coração carente,
Pode esta livre e passa...
Travessia perto...
Longe do meu entendimento...
Que busco no vazio...
Que luto no vácuo das batalhas.
Travessia forte, itinerante no seu
Todo, te mostra à fragilidade em
Casto movimento no bailar do ar.
E passa...
Aos teus pés corre solto o rio que
Tanto desejei corre e ser as margens
Das tuas mãos cansadas e saciar tua
Sede.
E passa...
... Passou e ficou na travessia você.
Lá também meu coração.
... Então passou...
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