Pássaros

Foto de Gaivota

NÃO VÁ!

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NÃO VÁ!

Não vá
pois que me partes
como
gelo triturado
no verão.
Não vá!
Não me deixes com palavras roucas
pois que és
brilho
incandescente.
Fagulha
que estoura miolos
e os deixa
em agonia
Não vá!
Deixe que suas
madeixas
olhem-me com ternura.
Não vá!
Sua saia de margaridas
falantes
estão em prantos
porque
querem
a brisa do campo.
Pensa bem..
Pássaros são seres estranhos
mergulham na água fria
deslizam no negro véu.
A noite me engole
abrançando
o dia que já passou.
Não vá!

RJ – 18/08/2006
** Gaivota **

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Foto de Lou Poulit

Meu Silêncio

No meu silêncio não há veleidade.

Nem algazarras, nem dubiedade.

Meu silêncio é lúcido...

De uma luz serena e prestante,

que se estreita à porta da imaginação

e assim pertencida espreita o instante.

Sem ilusões pueris... Sem ânsias vãs...

Apenas a certeza translúcida

de que a maior riqueza d'alma

se espalma no julgamento das manhãs...

O sol seguirá em seus caminhos infindos,

amadurecendo por onde passa,

mas tenham luz própria na memória

instantes gratos, sem grilhões ou mordaça.

Como a luz flui, flui meu canto amadurecido.

O peito dos pássaros não possui...

Nem pode jamais ser possuído.

Foto de Andre Anju

MARAVILHOSA

Mônica..
Linda como uma noite enluarada..
Bela como um botão de rosa..
Resplandecente como as estrelas ao firmamento..
Alegre como os pássaros a cantar..
Viva como o nascer do sol..
Contagiante com um lindo sorriso..
Meiga como um abraço aconchegante
Sincera como um anjo
Carinhosa como um lindo beijo
Doce como o mel..
Inteligente como milhões de Ticos e Tecos..
Amada, muito, muito amada por mim.

De seu namorado que lhe ama muito.. Dré.

Foto de tsynder

Sabe quando a gente acorda?

Sabe quando a gente acorda?
Antes era tudo lindo
Céu azul
Pássaros voando
Folhas verdes nas árvores
Balançando com o mesmo vento que nos refresca
Mas sabe quando a gente acorda?

Um amor perfeito.
Uma pessoa linda
Que te ama.
Que diz que trocaria tudo,
Por apenas um minuto do seu lado.
Um minuto de carinho,
De troca de elogios.
Um simples olhar já dizia tudo.
Mas sabe quando a gente acorda?

Antes era tudo tão lindo.
Ela ali.
Eu ali com ela.
Ou mesmo se não estivesse,
Bastava um telefonema e tudo se resolvia.
E lá estamos nós de novo.
Era tão bom achar que ela precisava de mim.
E era tão bom saber que eu precisava dela.
Mas sabe quando a gente acorda?

Aquele corpinho pequeno colado ao meu.
Aquela voz doce sussurrando que me amava.
Aquele perfume que nunca era o mesmo,
Mas sempre era perfeito.
Aqueles dedinhos finos tocando minha pele.
E aquela boca suave tocando meus lábios.
Parecia mesmo um sonho,
Mas sabe quando a gente acorda?

Quando a gente acorda e percebe
Que foram dois anos se sonhos.
Foram sonhos lindos,
Inesquecíveis.
Mas a gente sempre acorda.
E aí fica no peito essa dor.
Esse desejo incontrolável de sonhar de novo.
E quando a gente percebe que isso não é possível
E acredita que, dali em diante, nada tem sentido.
Dá vontade de dormir.
Não pra tentar sonhar de novo, mas para não acordar nunca mais!

Foto de Ge Fazio

Mãe Natureza

Reverencio a Terra que me abriga
Que tal qual a mãe faz em seu útero...
Acolhendo, alimentando as sementes
E formando vidas...

Sou, filha da terra... Sou chão,
Sou rocha e deixo cravado
Em meu peito o amor verde esperança
Das matas que oxigenam o mundo.

Banho-me com águas cristalinas
Puras em gotas ou caindo em cachoeiras e
Que brotam da terra santa
Num pequenino olho d’água.

Cantam os pássaros que em revoada fazem
A sua dança Sobre os campos abertos
A procura da árvore... Do abrigo.
Da seiva que alimenta suas crias.

Reverencio ao homem do campo que acaricia
A terra fazendo brotar o alimento
Que faz saciar a fome, a sede, de um povo que
Por vezes que silencia a defesa da terra.

Reverencio a Terra que me abriga!

Ge Fazio

Foto de pstella

Noite Sem jeito

Desculpe o mal jeito
Mas nem sempre sai com efeito
Olhando esses seus traços bem feitos
Nessa noite calorosa
diria com certeza
que ao luar que me traz clareza
A noite pede para te embalar
O som dos pássaros ao fundo
espero que tenhas
o sono mais profundo
Que nos sinos que tocarei
vou conseguir te acalmar.
O Azul do ceu se mistura
em seu olhar
No mais infinito melhor
seria apenas sonhar.
Que os sonhos sejam fortes,
e leves ao mesmo tempo
Que o som seja tranquilo,
como o leve dançar do vento.

Ao Homenagiado dessas palavras. Meu Anjinho Michael.
Beijinhos

Foto de Lou Poulit

Do Que Mais Preciso

Não preciso do teu passado,
bem podes cultivá-lo em ti...
Mais te quero o arado
que o risco insuspeito de julgar-te.
Que em ti floresça meu sepulcro grato,
Malgrado o tempo dos teus enganos,
porque dos meus, ainda mais humanos,
deles todos me deserdei de enfado.

Não preciso do barco jovem e fugaz.
Mais me apraz a quilha carcomida
pelas ondas e escolhos da vida,
onde me rasgue em tépidos humores
e me acalmem as dores tuas algas,
fidalgas algas de tantos amores
e viagens tantas de destino incerto,
que me deserdem do meu deserto.

Desde que o teu caminho escuro,
repetido, em que juro em preces
a minha gratidão desvairada,
me ofereça a paz em que amanheces;
E sorva a luz dos olhos da fera
que me regenera o sulcado peito
feito uma seara infinda, onde pássaros
embrenhados cantem sua canção mais linda.

Foto de Ge Fazio

Celebrando a Vida

Busco mudar o meu olhar...
Fixo-me nos verdes campos, nos aromas.
De flores silvestres, nos pássaros que chegam.
E seguem bailando em revoada no céu azul.

Há vidas que se completam nesse lugar.
Do minúsculo pólen transportado de
Lugar para tantos outros lugares...
Formam o celeiro da vida.

Cai uma fina neblina a minha volta...
Sinto o cheiro forte do mato verde...
Da terra molhada... Sinto o cheiro
Da vida que germina aqui... Nesse lugar.

Chegam pequeninas borboletas...
Coloridas, alegres, e pousam mansamente.
De flor em flor... Parecem querer falar...
Gritar... Salvem a natureza.

Dissipam as pequenas nuvens e surge
Majestoso os raios de sol por entre as
Gotas de orvalho que gotejam... Formam
Um feixe de tons multicoloridos...

A minha frente um belo arco-íris...
Ouço uma canção... Ah! Minha imaginação!
Olho ao lado e vejo um anjo e um violino.
Entoando uma canção... Ouça e sinta...

Germinar a vida!

Ge Fazio

Foto de Ge Fazio

Marcas de um Tempo

Gotejas o orvalho sobre a relva densa...
Numa tarde do frio inverno.
Pássaros recolhem no aconchego de
Seu ninho... Alimenta, aninha.

Toques de emoções emergem de
Um coração sem par... Solitário.
Num olhar através do tempo
Da distância sórdida...

Goteja o amor de um olhar
Terno, transparente que outrora.
Passou por aqui... Chegando
Pelo velho rio de águas claras

Vem o vento...A chuva e o sol
As tormentas que transbordam
Lavando em enxurradas os rastros
De seus passos... Levando o aroma do amor.

Restam agora as marcas de um tempo.
Os vincos de uma saudade cravejada
Na pele, nos contornos que resguarda...
Protege um invólucro do amor perene.

Gotejam lá fora o orvalho.
Numa rua nua, crua sem nome e sem dono.
Resta agora um jardim sem cor, sem aroma.
A espera do amor que faz germinar.

Germinar de novo o sorriso...
O brilho do olhar da esperança
Junto às folhas secas de outono.
Renasce um jardim em flor...

Ge Fazio

Foto de Ge Fazio

Sou Água

Sou Água

Ao sentir o ar... Disparo e gritos e,
Choro...
Choro por um elo que começa a se romper
Deixando-me fora...
Expelindo-me.
De um espaço onde fui acalentada, alimentada, acariciada.
E muito esperada.

Acordo e inicio a grande caminhada...
Minhas células multiplicam-se...
Ávidas por entender se é preciso
Caminhar...
Chegar até onde? Porque? E para quê?
Caminho...

Em momentos, percebo muitas retas...
Lindas! Muitos pássaros a cantar.
Campos floridos.Em cada flor
Em cada pétala... Um perfume.
Uma cor.
Onde estou?
Passo por grandes várzeas... Há muitas saídas...
Em cada uma, paro, penso, refaço o meu trajeto...
Caminho...

Opto por uma trilha, estreita, mas... Há muitas pedras.
olho ao lado, vejo a água... Correndo mansamente por entre as pedras
Num leve borbulhar, acariciando cada obstáculo... E transpassando...
Lentamente em busca de um lugar.

E, resolvo imitar... E percebo que as águas encontram-se...
Juntam-se, tão iguais, impossível separar... Distinguir...
Sigo o meu caminhar...

Penso que sou água...
Movimento, corro, caminho, passo entre as pedras... E,
Procuro meu lugar.
Mas, se sou água... Que faço nas subidas?

Não devo procurar e encontrar só outras águas...
Tenho um lugar para chegar...
Vejo-me passando... Transpondo barreiras...

Humildemente te procuro...
Empresta-me seu ombro... Seu colo...
Não caminho mais sozinha...
Transporta-me.
Coloca-me em teu suor... Em tuas lágrimas
Coloca-me em tua vida
Transporte-me...
Caminho!

Ge Fazio

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