Pânico

Foto de LordRocha®

Decisão I...

Parte I

Essa noite tive um sonho, ou um pesadelo;
Acho que foi a tênue linha que os separa;
O linear de dois sentidos totalmente opostos;

Busquei a intenção de tal visão e ou criação;
O significado de tal mistério e ou enigma;
O efeito que pretendia causar sobre mim;

Encontrava-me num caminho com horizontes infinitos;
Até onde minha visão alcançava ambos infinitos;
Havia uma penumbra no ar, acompanhada de silêncio;

Senti-me só, com meus medos, culpas e dores;
Com meus sonhos, objetivos, planos, intenções;
Também estava à saudade, a ausência, o amor;

Como jurados me observavam, e em cada um deles;
Pude sentir a sentença que esperavam me declarar;
Espreitavam-me, como jurados espreitam a presa;

Senti o poder, a força, a importância de um dos presentes;
Era o que não me observava, mas podia sentir que me esperava;
Era gélido, frio, imperativo, poderoso... Era a decisão;

Ela me esperava, me aguardava, sabia que não podia fugir;
Sabia que não poderia evitá-la, era apenas uma questão de tempo;
E nessa hora senti um dos presentes se afastando... O tempo;

Nesse momento alguns dos presentes se afastaram de mim;
Senti também alguns se aproximarem sorrateiramente;
Era uma ação seguida de uma reação, rápida e natural;

Pude sentir o pavor encostar-se ao meu ombro esquerdo;
O pânico e o desespero no meu ombro direito;
O medo avançou sobre mim como uma avalanche;

Mas quando a entrega quis me tomar nos braços;
Um grupo dos presentes se aproximou como águas;
Lá estava o ânimo, a força, a crença, a esperança;

§corp¥on®

Foto de Henrique Fernandes

AMAR SEM MEDO

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Sofrer corrói a alma
Com falta de um gesto de ternura
De se dar num toque e sentir seu ser por completo
A noite conquista o domínio
Dessa vontade de estar bem próximo
Cada vez cria mais vontade de olhar
Nos olhos e entrar no infinito
O vento sopra súplicas pela janela sussurrando agonia
Este vento transporta notícias da angústia do ego
De um querer saber mais um pouco da sua alma gémea
Que loucura duas almas tão idênticas
Tão afeiçoadas na sua postura de querer um outro
Nunca antes alvejado de forma desenfreada
De loucura sem tamanho e sem entender que alguém
Não se conheça numa troca de palavras
E possa trazer tamanha paixão
E até mesmo um amor corpóreo.
Serão concretos os olhos nos olhos?
Será possível?
Concretizar algo de tão esperado desde sempre?
Há fantasias que brotam sonhos bem cedo
Mas que por vezes a desilusão converte em pesadelos
Trazendo reflexos de um amor possível como sentença
Não tenho certeza mas reconheço que já vi este reflexo
Não me parece estranho mas o pânico intenta intimidar-me
A sustentar uma vida num prometido de riquezas na alma
A maior prosperidade
Que podemos alcançar é amar sem medo de sofrer.
Isto será possível?

Foto de Henrique Fernandes

VOZES FRIAS

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O tempo deixa-nos de ser precioso
Quando vitimados por um coma de tristeza
O tic-tac do relógio é um vampiro que nos suga
Bebendo toda a luz da alma até o ultimo farol
E seca-nos numa invasão brutal de gritos escuros
Amordaçando-nos numa mortífera sala de pânico
Num ataque desesperado de dores intrusas
Raivosas que ferem sem escrúpulos o nosso interior
Perseguido pelo insólito e sombrio toque de gelo
E voltamo-nos como fantasmas contra nós próprios
De mãos atadas por lamentos rastejantes
Que abrem as portas da mansão do inferno
Para batalhas sem armas contra garras afiadas
Que nos cavam um buraco negro de medos
Lidando com demónios e anjos malvados
Ruins famintos engolindo todo o alimento de paz
Fazendo amanhecer um raiar de lágrimas conflituosas
Por um passo em falso no desconhecido acreditar
Em profecias de esperança em vozes de penumbra
Falando-nos frias prazeres quietos e sem nome
Sem alento oferecemo-nos embrulhados em espinhos
Como presente, uma iguaria para a desgraça
Que nos despedaça

Foto de DAVI CARTES ALVES

OH DAYANE! QUEM LHE FURTOU AQUELE SORRISO MEMORÁVEL?

Dayane,

quem levou teu sorriso, que devorava nossas almas enlevadas, sua graciosidade, faceirice, encanto?

Quem furtou a tua segurança de outrora, a tua convicção nas respostas, teu caminhar tão lépido, ágil, picando o chão, tua consciência de poder supremo, tua auto-suficiência tão imantada, que nos enchia de um querer-te tanto: “ tá então tchau!! ”,

e o Jardim Botânico virava o cálido Kalahari sem suricatos.

Quem apagou o brilho se seus grandes olhos límpidos, negros, e esfuziantes?

Lanchar com você no Dog do Queko, nos enchia de orgulho, falávamos alto entre a gente moça.

Teu beijo de despedida era tão aguardado, o premio de viver, depois, acariciava meu rosto, sorria pras estrelas me olhando da janela do quarto, elas me sorriam uma esperança, embalsamada em pudor de criança.

Me envolver naquele ritual de enleio , ao contemplar aquele seu jeito de corrigir os cabelos, os braços, nus, frescos, macios, em arco, como se tu fosse executar um passo de bailarina, leve, felinamente delgada, olhando pra nós petrificados, aquelas madeixas em anéis de seda que prendiam-me quais algemas n’alma.

Mudança Gradual

Oh Dayane, por quê atirar teu coração a pit bulls esfomeados, que só querem tua pele de mel, e seu coração sacrificam ao Deus Banal, ou melhor, ao Nabal de Abigail, ou ao Brutal da ..... que pariu, por quê deixar cavalos insanos pisotearem tua alma de flor, com velhas ferraduras?

Oh Day, não jogue assim suas “pérolas preciosas a porcos” mutilados de alma, ensandecidos, com cara de mau, não deixe mais cravarem em seu pescoço de cetim, suas presas como sanguessugas, para esvaziar sua alma melíflua, sugando todo o seu leite de rosas.

Não negocie assim sua altaneira estima de fada, em troca de um “ belo” invólucro que carrega dejetos de antes de ontem.

Sabe Dayane, quase entrei em pânico, quando o Zeca ligou do Terminal do Pinheirinho, e me disse pressuroso, arfante, que você estava chorando naquele banco perto do ponto do ônibus Fazenda Rio Grande,

chegamos correndo, é incrível como tem gente no Terminal do Pinheirinho, parece que tem um chafariz de gente naqueles túneis escuros, onde agora , forram o chão com uma colorida colcha de retalhos de dvds a 3 por 10, como borbota gente e mais gente a granel , ejetadas a centenas.

Cortou a alma ver-te, cabisbaixa, sorumbática e taciturna, chorando a cântaros, lágrimas aos cachos, aos molhos , tuas mãozinhas nacarada, em uma um estojinho de Aldol, entre comprimidos no chão, no colo, no cabelo, e na outra, um resíduo de bombom caseiro de morango, manchando o best seller da Ronda Byrne, The Secret.

O mais triste, é ver você render-te a toda essa angustia, só porque aquele sapo bombado além de quebrar todas as suas varinhas de condão que tanto nos enfeitiçaram, não quer mais o teu beijo, que tanto desejamos.

Oh Dayane, quem levou teu sorriso, que devorava nossas almas enlevadas, sua graciosidade, faceirice, encanto?

Quem furtou a tua segurança de outrora, a tua convicção nas respostas, tua auto-suficiência tão imantada, que nos enchia de um querer-te tanto, “tá então tchau!! ”, e o Jardim Botânico transformava-se em Kalahari sem suricatos.

Lembro-me, como seguravas firmes na mãos, as rédeas do charme, do encanto, fascínio e sedução!

Quem apagou o brilho se seus grandes olhos límpidos, negros, e esfuziantes? Que nos fuzilavam uma e muitas vezes? E agora, semi - cerrados, com grandes olheiras de guaxinim com febre amarela.

Quem foi capaz de fazer isso Day?

Day, quando o assunto é nossa felicidade, “quem não tiver mais pedras, que se atire”, reaja!! Esse é o segredo meu anjo de mel.

Vem , anime-se, vamos tomar um ônibus para o Jardim Botânico, sentir aquela brisa deliciosa de outrora, lembra? Correr atrás dos pombos, jogar conversa fora, ligar pra tua amiga Dora, tomar um sorvete de amora...

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Mentiroso Compulsivo

O TOURO

DECIDI PUBLICAR ESTA HISTÓRIA A PROPÓSITO
DE UMA POLÉMICA QUE EU PRÓPRIO LEVANTEI
(como todas as histórias, esta também tem uma moral)

Numa linda manhã primaveril em que os raios de sol brilhavam pelos verdejantes campos do Ribatejo, parecendo reflectir a essência da vida de um botão de flor que acabava por desabrochar, estava um menino de três anos a brincar com dois dos seus primos, uma vizinha e dois irmãos: uma irmã de nove e um irmão de cinco anos.

Naquele lugar, podíamos avistar ao longe o cinzento da serra a contrastar com o verde da planície e dos olivais.

Por entre as oliveiras e um ribeiro que passava por perto, as crianças corriam, pulavam e brincavam às escondidas, como se o mundo girasse à volta daquele instante.

O pai das três crianças, por trabalhar em turnos nocturnos, estava a dormir com a sua irmãzinha mais nova de um ano e meio, enquanto a sua mãe trabalhava, por aquela altura, no turno de dia.

Na euforia da brincadeira, ignoravam um perigo eminente que estava por perto, até que o seu irmão de cinco anos apercebeu-se da surpreendente e bizarra fatalidade que a qualquer altura poderia acabar em desgraça.

Apressando-se de imediato a avisar a irmã mais velha, que se certificou do touro selvagem que andava à solta por aquelas bandas. Ficando em completa histeria, começou aos gritos e apelou à fuga das restantes crianças que ali brincavam para se refugiarem em local seguro.

Pânico instaurou-se entre todos que intuitivamente começaram a correr em direcção à casa mais próxima, tentando evitar, a todo o custo, serem apanhadas por aquele touro.

O seu primeiro instinto foi o da sua própria protecção. Depois, já em local seguro, numa das casas das redondezas, a irmã lembrou-se do mais pequeno de três anos. Este talvez ficasse admirado com toda aquele reboliço e deveria ter pensado que aquilo era uma grande festa e brincadeira. Será fácil imaginar ver a sua cara feliz daquela enorme satisfação, para ele um touro era um simples animal, tal como uma vaca, um pouco estranha, por ser diferente, o que até lhe dava até um ar de mais engraçado. Habituado aos porcos, galinhas, vacas e ovelhas que os pais e os vizinhos criavam por ali, para ele aquela criatura não representavam qualquer ameaça.

O inevitável aconteceu, segundo o relato de algumas testemunhas que presenciaram à tragédia, ao terem acorrido ao local levados pelo alvoroço e o grito das crianças, o rapazito foi arrastado por três marradas do touro, sendo que uma o fez levantar para o ar a uns dois ou mais metros do chão e nas outras duas foi arremessado pelo campo vários metros para a frente.

Os habitantes locais depressa afugentaram o touro e socorreram a criança já toda molestada. Um vizinho pegou-a nos seus braços, cheia de sangue por todo o lado, nas roupas e na cara onde o verde dos seus olhos contrastava com sangrento vermelho que neles ficou. Rapidamente, levando a criança no colo, acorreu para a casa do seu pai para contar o sucedido e pedir auxílio médico. Bateu à porta, bateu e tornou a bater, mas ninguém apareceu para a abrir. Dizia-se por ali que deviria estar muito cansado e talvez com um copito a mais que teria bebido ao sair do trabalho, parece que já se tinha tornado num hábito.

Profundamente a dormir num sono descansado, pai e filha ali estavam, ela sã e salva, pois não estivera a brincar com os seus irmãos naquela hora e local, dado que era a mais pequenita, se lá estivesse, quem sabe não teria sido ela a vitima.

Foi então que um dos vizinhos decidiu pegar no seu carro e levar o miúdo para o Hospital da cidade mais próxima. Naquela altura os carros eram raros e na povoação só haviam duas famílias que possuíam carro.

Mais tarde, os seus pais, como é óbvio, depressa ficaram a saber do sucedido. Enquanto a criança lutava pela vida ligada a máquinas, ninguém tinha esperança. Esteve assim por três dias em coma e quando já as esperanças eram poucas a criança conseguiu vencer a vida.

Veio-se depois a saber que o touro teria fugido já ferido de um matador das redondezas.

Pensado que estava marcado o destino desse menino por aquela tragédia, vaie-se lá saber porquê, a sua mãe um dia saíra de casa para ir fazer alguns afazeres e deixara um candeeiro a petróleo aceso no quarto da irmãzinha, nessa altura não havia electricidade por aqueles lugares.

Ao contrário do dia da tragédia do touro, ela não conseguia adormecer, estava muito agitada e com curiosidade, própria daquela idade, mexia em tudo o que apanhava pela frente, até que conseguiu alcançar o napron onde estava o candeeiro, fazendo-o tombar para o chã. Depressa as chamas se espalharam, primeiro pelo quarto, depois por toda a casa. Por mero acaso ou destino, um soldado estava passando por perto, e ouvindo gritos vindo dentro da casa, não perdeu tempo, entrando por uma das janelas salvou primeiro o irmão, depois foi a vez dele e por último a irmã também foi retirada.

Saíram todos com vida e logo foram levados para o Hospital, o seu irmão não tinha sofrido nada, ele apenas teve algumas queimaduras que vieram a sarar, contudo, a sua irmã tinha sofrido graves queimaduras e acabara por sucumbir antes de chegar ao hospital.

Esta é uma história que nunca contei a ninguém, esta é uma história real. Quando a lembro, lembro-a em jeito de tourada e conto-a muito vagamente, apenas pequenos trechos, como o pequeno toureiro que enfrentou o touro pelos chifres, em jeito de brincadeira. Por coincidência ou não o meu signo é Touro.

Foi acaso, foi destino, não sei. Essa criança de três anos, é hoje um homem e pessoa. Essa criança cresceu normal, talvez só diferente na sensibilidade para a vida (será que afectou o cérebro?).
Esta história foi dedicada à minha irmãzinha, ANA MARIA, que nunca conseguiu viver a vida. Eu não dou mérito ao facto de ter sobrevivido, apenas à vida. É A VIDA QUE INTERESSA. Vale a pena pensar ou levar tão a sério aquilo que eu chamo de «mesquinhices» da vida? Fica para pensar.

Esta foi a primeira vez que tornei esta história pública, tentei um dia fazê-lo, mas por respeito a uma pessoa que esteve numa situação muito mais grave e delicada que a minha, retirei a publicação da história. Hoje essa pessoa, penso ter conseguido ultrapassar já os obstáculos mais difíceis. Eu teria mais dia, menos dia, que quebrar o gelo.

Foto de Osmar Fernandes

socorro

Tô com medo de morrer
tô vivendo por acaso
Tenho medo de sair
Não quero ficar aqui
Minha casa não tem muros
A internet está cheia de espiões
Minha vida não tem seguro
A rua é pura insegurança
Tenho medo de paixões
O mundo perdeu sua criança
O passado eu me esqueci
Meu presente é cheio de grilos
O futuro tá esquisito
Tenho medo de morrer
Tenho pavor de ficar sozinho
Tenho pânico de multidão
É gente roubando gente
Criança furtando velho
Adulto vendendo cão
Meu direito tá no prego
O mundo tá perdendo a cabeça
O sonho não tem mais juízo
Tá faltando comida na mesa
Tudo tá no prejuízo
Tô gritando no meu silêncio
To no silêncio do meu grito
É lixo pra todo lado
É conta sem pagar
Todo mundo só fala de problema
Aonde isso vai parar
A hipocrisia anda solta
O santo tá num dilema
Anjos perdendo asas
Asas ficando sem vôos
Tô na rua, to sem casa
Já nem sei se me perdôo
Tá todo mundo doido
Tô pedindo por socorro,
Soooooocorro...

Foto de Civana

Lembranças

Arrumando o baú encontrei um poema, foi o primeiro projeto de um livro criado na faculdade. No primeiro dia de aula a professora nos cumprimentou e disse que no final do período todos nós teríamos que entregar um livro. Nem preciso dizer o pânico geral que se instalou dentro da turma, mas, depois do susto, ela sorriu e disse que seria sob orientação dela. E assim foi, a cada aula ela nos guiava dizendo:

- hoje vocês vão criar o espaço onde vai ocorrer a história
- hoje vocês falarão do(s) personagem(ns) principal(ais)
- hoje aparecerá(ão) o(s) vilão(ões)
- hoje acontecerá o primeiro conflito
- etc...

Foi durante todo o período, e no final conseguimos gloriosos! Foram 25 (vinte e cinco) histórias completamente diferentes, criadas sob a mesma estrutura. Amo essa professora (Zanelli), muito me incentivou a continuar escrevendo, e principalmente dar continuidade, aumentando e criando mais capítulos à minha história. Mas está parada até hoje, embora muitas vezes tenha pensado em continuar.

Pode ser que nem seja tão admirável, nem ter tanto valor para os outros, mas o texto abaixo me traz lembranças maravilhosas:

* trecho de um capítulo da aula de português - Profª Zanelli/1981 - CUP (Centro Unificado Profissional), depois Faculdade da Cidade, e atualmente UniverCidade:

"...Lentamente abre seus olhos, suas mãos ainda estão com algumas pétalas de rosa que exalam um perfume delicioso por todo o quarto. Permanece deitada admirando o toque lindo que deu a sua cama aquelas pétalas caídas sobre o travesseiro e escorregando para o lençol com a brisa vinda da janela.

_Como a natureza é linda! Tudo fica maravilhoso com a presença dela. Até o meu quarto ficou lindo por causa de uma simples rosa. Não! Não é tão simples assim. Se fosse não transformaria o meu quarto. Ou então é, talvez até mesmo por ser tão simples que foi capaz de mudar algo. É incrível como tornamos tudo tão complicado e esquecemos que é justamente nas coisas mais simples que podemos encontrar algo tão lindo, tão puro, capaz até mesmo de dar sentido a uma vida.

Agora, seus olhos estão fixos no teto branco que começa a escurecer com o entardecer. Seus olhos estão tristes, perdidos no tempo.

_Um dia, eu também fui linda como você...agora estamos igualmente despetaladas, despedaçadas..."

(Civana)

Foto de Zami

Células

Células

mortas

Pânico

Solidão profunda

Que afunda bem fundo

Multidão de bichos

Irracionais

Ricos,

vomitam o pão do pobre

Dominadores

Que morram com suas ordens

Aqueles que abusam da bíblia ,

que morram de peste ruim

Mãe seja Maria

Que pai seja pai da Terra

Criança ,seja anjo

Que o céu ,seja aqui

Que a tecnologia extinga seus filhos “capetas”

Jovens encontrem o meio!

A humanidade seja uma grande família

Deus é pessoal

Que minha química seja a verdadeira

E a sua também

Zam y Pesci 30/05/22004

Foto de Zami

Abelha

ABELHA

MANDAR MENSAGENS EM PÂNICO?

SE TEU PÂNICO

É TER QUE RECEBÊ-LAS

COMENTAR FRUSTRAÇOES?

TEUS OUVIDOS ENSURDECEM

DERRAMAR LÁGRIMAS SOBRE O UÍSQUE?

SERÁ LÍQUIDO A MAIS NO COPO

NEM POSSO TE LEVAR

POIS JÁ FOSTES LONGE DEMAIS

QUESTIONAR?

TUA FACE ROSADA FICA VERMELHA

UMA SOLUÇAO

DAR-TE-EI APENAS O MEL

Zamy Pesci

2007

Foto de TerrArMar

Milagre de Natal

Milagre de Natal

Há muitos anos, havia um país onde viviam dois irmãos, eram completamente diferentes um do outro, um, o mano mau, vivia só par fazer maldades ás outras pessoas, só ficava contente quando conseguia fazer mal a alguém, o outro, o mano bom, era precisamente o contrário, vivia para espalhar o bem, só se sentia feliz quando conseguia ajudar alguém.
Um dia, o mano mau foi ter com o mano bom e disse-lhe:
- Olha lá, tu já viste, que todo se aproveitam d tua bondade? Tens mas é de fazer como eu, deixares de t importares com os outros e pensares mais em ti.
O mano bom respondeu unicamente:
- Consegues ser feliz assim?
- Ser feliz, o que é lá isso de ser feliz?
O mano bom resignou-se, ele sabia que nunca conseguiria mudar o modo de viver do irmão, contentava-se em o ir desculpando perante as pessoas a quem ele magoava e ofendia.
Passados dias o mano mau foi ter com o mano bom e disse-lhe:
- Mano, estou desgraçado.
- Desgraçado porquê o que é que e aconteceu?
- Meti-me numa trapalhada e agora estou desgraçado.
O mano bom que não podia ver ninguém mal, muito menos o seu próprio irmão, disse-lhe:
-Oh Homem, senta-te e conta-me o que se passa.
- Mano, preciso urgentemente de uma grande quantidade de dinheiro, tenho uma divida e ameaçam matar-me se não pagar.
- Mas quanto homem?
Mano mau disse-lhe quanto e o ma bom fico incrédulo, onde iriam arranjar tanto dinheiro.
- Mano, o que acabas de me contar é e facto complicado.
- Tu é que me podias valer, toda a gente gosta de ti, podias pedir no banco e eu ia-te pagando.
- Não, o banco não me empresta tanto dinheiro.
- Podias ao menos tentar, promete-me que tentas. Só tu me podes salvar a vida.
O mano mau sabia como enganar o mano bom.
- Está bem, prometo-te que vou ao banco, mas não te prometo mais nada.
- Obrigado mano, eu sabia que não me virarias as costas. Agora tenho de ir falar com o tipo a quem devo o dinheiro.
Saíram ambos, o mano bom em direcção o banco e o mano mau em direcção ao encontro de um homem.
- Então, conseguiste enganá-lo?
- Claro, caiu que nem um patinho, vais ver que não tarda muito temos o dinheiro para ir festejar o fim de ano como nunca festejámos.
- Podes acreditar, isto é que vai ser, tudo do melhor.
Passados poucos dias mano bom lá conseguiu o desejado empréstimo e assim que recebeu o dinheiro apressou-se a entregá-lo ao mano mau. Quando soube que tudo não passara de mais uma mentia do irmão ficou em pânico, ele tinha ido embora, desaparecera e agora quem pagaria o empréstimo? Bem talvez o irmão voltasse rápido, o seu bom coração não lhe deixava pensar mal de ninguém.
Foi na semana do natal que a noticia chegou, o mano mau morrera, tinha apanhado uma grande bebedeira e caíra ao mar, não conseguiram resgatar o corpo. Estava desgraçado, como iria pagar o empréstimo? Pensou em suicidar-se, preparo uma corda e fez o laço, atirou-a sobre a viga da velha casa e preparou-se para o desfecho final, subiu ao banco, colocou a cabeça entre o laço e…
Aquelas três pancadas na porta acabaram por lhe salvar a vida.
- Amigo, tu! O que estavas a pensar fazer?
O mano bom acabou por contar a sua desgraça ao amigo providencial.
- Tu vens comigo para minha casa, logo arranjaremos uma maneira de resolver o problema.
O mano bom aceitou a ajuda, caminharam rua abaixo e passaram defronte de uma casa de apostas:
- Anda ali comigo, quem sabe se está ali a resolução de todos os problemas, os teus e os meus.
- Qual quê, amigo. Há quanto tempo tu jogas?
- Desde que começou o loto.
- E o que é que já te saiu?
- Bem, na verdade nada. Mas tenho fé, estamos no Natal e é por uma boa causa.
Lá foram, entraram e o mano bom disse:
- Tenho estado a pensar no que me disseste, ser Natal e não sei quê mais e também vou jogar.
Assim o fez. Passaram-se os dias e nunca mais se lembrou do loto, era a primeira vez que jogava, além de que andava preocupado.
- Amigo, tu já viste o teu loto?
-Eu não, nem sei ver isso.
- Onde está o bilhete?
- Aqui mesmo.
Deu-o ao amigo, este desdobrou-o, fitou-o muito bem e começou a ficar pálido.
- O que foi homem, sentes-te mal?
- Não meu amigo, sinto-me muito bem. Tu estás milionário, tu acertaste no loto. Tu tens o teu problema resolvido.
O mano bom nem queria acreditar o que ouvia, ajoelhou-se, apertou as mãos, elevou-as ao ar e exclamou:
- Obrigado meu irmão, se não fosses tu eu nunca jogaria.
Levantou-se, abraçou o amigo contra si e passado um pouco colocou-lhe as mãos nos ombros, olhou-o nos olhos e disse:
- Há aí uma coisa que não bate certo.
. O que é que não bate certo, homem?
- Tu disseste que eu estou milionário e que o meu problema está resolvido.
- Sim.
- Não.
- Mas como não?
- Eu não, nós estamos milionários e os nossos problemas financeiros estão resolvidos, tu ajudaste-me na pobreza e eu não te iria abandonar na riqueza.
Levantaram, ambos, as mãos ao céu e exclamaram:

“Milagre de Natal”

Moral da História: “ Não hesites em ajudar quem nada tem, porque será ele quem te poderá valer um dia”

FrancisFerreira

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