Outono

Foto de Jak_line

Meu Desejo

Algumas horas de amor
Você me concedeu
Foi intenso e inesquecível
Perdi a lucidez
Delírios, gemidos
Em um dia de outono
Nos lençóis ficaram
O perfume do nosso amor
Palavras sussurradas no ouvido
Beijos apaixonados
O fogo de mil afagos
Na maciez de uma cama
Dois corpos ardentes
Sedentos de amor
Completos
Ahh, este homem!!
Que deixou meus
Dias mais coloridos
E perfumados
Com ele quero passar
Os dias frios do inverno
Apreciar as flores da primavera
E nas noites quentes de verão
Amá-lo sem pressa!

Foto de Carmen Vervloet

Uma Declaração de Amor

Vitória, uma declaração de amor

Vitória, cidade querida,
eu sou aquela tímida menina
que um dia te encontrou
na esquina da vida
e ficou enamorada,
presa a ti, cidade amada...
Enfeitiçada...
Para sempre simplesmente...

Apaixonei-me pelo teu sol
tão quente
que aqueceu todo meu ser
e me fez crescer
entre o amor da tua gente.

Apaixonei-me pelas tuas praias morenas,
pelo teu mar de águas serenas,
pelo teu vento nordeste
sempre a soprar
levando minha alma a navegar...

Apaixonei-me pela Praia do Canto,
meu ninho... meu encanto...
Abrigo de tantas lembranças
guardadas num coração
de criança...

Em teu colo me enamorei,
casei...
Filhos, com amor pari.
Cantei, chorei, sorri,
embalei sonhos, venci!

Vivi tantas primaveras,
lutei, amei, sofri,
criei raízes profundas...
Hoje, chegou o outono,
primavera lá trás.

Ah! Minha Vitória querida!
Eu sou aquela tímida menina
que cruzou contigo numa esquina
sombreada por acácia cor-de-rosa,
salpicada por pétalas mimosas
de um tempo que não volta mais!

Se quiser me encontrar
procure um barquinho amarelo
carregado de recordações
nas águas do seu mar!

Eu sou aquela menina tímida
de cabelo liso,
de largo sorriso,
que veio do interior...
Eu sou Carminha!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora

Foto de Carmen Lúcia

Onde mora a tristeza?

No cair das folhas secas de outono
que vagam em abandono
despindo o verde dos sonhos,
morrendo sem ter vivido a emoção
do renascer de uma nova estação.

Na noite sem lua, sem prata e crua,
onde estrelas se escondem, escuras,
e sombras ressurgem do nada,
onde o silêncio faz sua caminhada
e a tristeza peregrina nua.

No pranto do lobo que uiva, do cão que ladra
as dores da infinda madrugada...
Euforia que acaba. Premonição!
O riso se fecha, o homem se cala
e a tristeza abala sem anunciação.

Mora nos becos úmidos, nas esquinas,
onde farrapos humanos se esquivam
da dor de mostrar o que são, por que são...
Pra que tentar sobreviver?
Quem lhes irá estender a mão?

Enfim, no coração de quem parte
ou de quem fica...
lamentando a despedida,
chorando a dor da saudade,
clamando a volta de alguém,
querendo partir também...

A tristeza, com certeza,
mora onde o vazio persiste
em eternizar o que é triste.

(Carmen Lúcia)

Foto de Carmen Lúcia

Sem você...

Mais um dia sem você...
E ter que encarar a vida.
Esconder essa dor tão doída,
seguir adiante,
mostrar-me confiante
mesmo sem você...

Traçar nos lábios um sorriso,
fazer de conta que ainda existo
e na verdade, apenas resisto,
nesse mundo do faz- de- conta...
Porém a partida é lei da vida!

Que se sangrem todas as feridas!
Que se encham de lágrimas os oceanos!
Que se trunquem, se desfaçam os planos!
Ou se ausente a presença mais querida...
Ela é irreversível, inexorável, imbatível ...
Incompreensível, inevitável partida...

Como era lindo o nascer do sol...
Que trazia manhãs numa alegre canção
anunciando em louvor uma nova estação...
E as flores surgiam... Etérea aparição...
Os pássaros embalavam nossa emoção,
O vento cantava soprando as folhas
bailando no ar, morrendo no chão...
E o outono chegava dourando as paixões.

Cenário que já não me traz sensação.
Olho mas não vejo,
toco mas não sinto,
enche meu olhos,
mas não meu coração.
Música que ressoa
e não consigo ouvir.
Perfume que exala
e não penetra em mim...

Sem você...
Tudo ficou assim.

(Carmen Lúcia)

Foto de Carmen Lúcia

Em busca da primavera...

Caminhei sobre pedras
e estradas de chão,
direcionando meus planos
à mais bela estação...

Em busca da primavera
vi cair folhas de outono,
algumas levando alguns sonhos...
invernos congelando quimeras,
sem nunca desistir da espera.

Apostei nas que sobraram,
as que fielmente ficaram
apesar dos outonos tristonhos,
dos invernos fechados
prolongando a chegada,
recuando meus passos,
coibindo espaços
pra me fazer desistir...
... nas vezes em que me sentei nas estradas
com as pernas cansadas
sem saber pra onde ir...
...nas vezes em me senti sozinha,
sem saber o que fazer
e quase retroceder...

Foram muitos recomeços,
desenganos, tropeços;
lágrimas, suores, dores,
decepções, desamores...

Os amores que julguei me amarem
aos poucos se foram, sem eu nem entender...
Dos amigos que me abraçavam,
poucos restaram;
os que eu posso crer...

E hoje comigo deslumbram
a beleza, o perfume, a cor,
o desabrochar da primeira flor
ao terminar a longa espera,
com a chegada da primavera.

(Carmen Lúcia)

Foto de Carmen Lúcia

Minha mãe

O sol estava se pondo...
Tarde de outono.
Observo minha mãe
num denso sono;
nem percebe as folhas que caem
e amareladas se esvaem,
tocando seu inexpressivo rosto.
Parece querer de pleno gosto
ir de encontro ao sol se pondo,
sem resistência, sem confronto...
Espera que a leve a luz tênue da tarde,
sem barulho, sem aviso, sem alarde.
Frágil como a pluma solta no ar...
Logo ela, que se lançava aos desafios,
entrega-se agora...
Nem luta, nem chora;
desiste a cada dia,
definha a cada hora.
Espera ver o pôr-do-sol levá-la embora.
Triste saber que ela desiste...
Oscila entre o existe e o inexiste.
Tão triste vê-la
triste...

Carmen Lúcia

Foto de Fábio Almeida dos Santos

Quando o amor nos faz sofrer, ainda existe o prazer de sonhar...

Eternamente linda

A muito desejo falar-te
E ver como o teu sorriso responde;
Foram belos os dias
Em que meus dias eram teus
E os teus faziam-se meus.

Como pode o tempo passar
Por muitas estações
E o calor de teu corpo ficar
Na primavera dos meus sonhos,
Embora só me reste o inverno?

Hoje fui ver a árvore
Em que escrevemos nosso nome...
O outono derrubara a folhagem,
Mas eles ainda lá estavam gravados,
Como estão gravados no meu peito.

Ah... Meu lindo anjo!
A árvore mais bela
Entre todas é a mais triste...
Mas aquelas flores lívidas
Acalmam minha dor.

Lembra que eu pegava uma flor
E colocava em teus cabelos?
As flores só são belas
Se estão juntas de você.
Por isso trago-te estas flores.

Ah... Meu lindo anjo!
Pálidas ficaram as flores
Sob esta nuvem cinza
Que invadiu meus peito
Pra inundar-me de lágrimas.

Um dia olhei pro céu
E vi o pôr do sol
Que jamais retornou
Por detrás das sombras
Que me fazem sofrer.

Eu só queria te ver
E diante de teus olhos,
Teus lábios e teu sorriso,
Teu rosto lindo,
Dizer 'Eu te amo'.

Como pode o tempo passar
Em trilhos distantes
E a estação que te perdi
Achar-se ornada no meu peito
Em flores perfumadas?

Ah... Meu lindo anjo!
As flores só são belas
Se estão juntas de ti.
Por isso elas morrem:
Para serem eternamente belas!

Fábio Almeida dos Santos 11/11/06
Os comentários são muito bem vindos!

Foto de Fernanda Queiroz

Outono em mim.

Outono em mim.
Em agudo ou grave
Uma flauta suave
Contempla o outono
Ferindo minh’alma
Tirando minha calma
Gerando abandono
Rompendo distância
Comprime minha ânsia
Vertendo paisagem
Do tempo passado
Soluço dobrado
Rebusca saudade
Imploro ao vento
Que leve o tormento
Mudando uma vida
Sem rumo ou sem rota
Como uma folha morta
Caída.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Carmen Lúcia

Saber viver

Quero ver o sol sorrindo
abrir-se em raios amarelo-ouro
a circundar-me a luz de sua auréola
acariciando a alma, me aquecendo a pele.

Quero ver de perto a primavera
após a despedida do frio do inverno,
pra avaliar e apreciar o belo
e com ele, estabelecer um elo.

Quero banhos de cachoeira
sentindo o impacto de suas águas brancas
a energizar meu corpo, fazê-lo de remanso
e da mansidão da paz, eterna companheira.

Ver, nas tardes lânguidas de outono,
folhas caindo; alimentar meus sonhos
de imagens ricas que vão se formando
e quando concretizados, pensar que estou sonhando.

Quero andar de bem com a vida,
em harmonia com o ontem, hoje e amanhã...
fazer da dor uma aliada, não uma vilã;
despir-me de rancores, vestir todos amores.

(Carmen Lúcia)

Foto de Izaura N. Soares

Afastando-se da solidão (Concurso Tema "Mulher e Poesia")

Afastando-se da solidão
Izaura N. Soares

Quando despedir-me da solidão
fortalecerei meus pensamentos
com lindas canções.
Deixarei as minhas emoções
sentirem o frescor da liberdade,
que outrora fugiram dos meus sentidos
quando um dia sonhei em ter teu coração.

Em mim, trago a mulher com desejos,
lutando dentro de um universo
que assopra os ventos de beijos,
jogando pelo o ar os resíduos da
poesia em si, composta em versos.

Trago dentro de mim a suave lembrança
dos sonhos contidos de esperanças.
A mulher que sou hoje, e que ontem,
guardou para si mesmo as recordações.
Hoje, despede-se da solidão procura
as raízes de um amor e de suas paixões.

Você, que um dia eu tanto desejei,
Perdeu-se nos meus insanos delírios
Ao passo de enlouquecer-me
Quando sua boca beijei.
Entreguei a ti o meu mundo
Você foi tirando peça por peça
Navegou-se bem fundo
Trouxe-me de volta a alegria da festa.

E nessa festa, dançamos com a música
Dos nossos sonhos, que há muito
Baila em torno de nossas vidas como única
Fonte de inspiração, a fonte de desejos
Que se uniu no ritmo da poesia
Rodopiando no salão da magia.

Vai-se mulher, fugindo da solidão
Deixando a paixão florescer.
No caminho, encontra-se um ser
Que deslumbra com o amanhecer
Das flores, dos jardins, do amor,
Nos lírios de outono que na estrada,
Amanhece forrada com pétalas de flor!

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