Orvalho

Foto de Cecília Santos

FINAL DE ANO (Desejo à todos um Feliz Ano Novo)

FINAL DE ANO
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Final de Ano...
É o encontro do momento presente com o futuro.
Abraços de despedidas acontecem, abraços de boas
vindas se confraternizam.
No ar a fragrância de um perfume quase acabando.
No rosto a esperança em forma de sorrisos.
Final de Ano...
Tempo de lembrar daqueles que não estão mais conosco,
mas, que de certa maneira deixou sua presença vívida em
nossa memória, e por mais que termine um ano e
nasça outro jamais será esquecida.
Morrer e renascer, assim como a vida, os dias passam, os
meses vão se somando entre risos, alegrias, tristezas,
e realizações, até completar seu circulo por inteiro.
O ano renasce, nos trazendo novas esperanças, novos
sonhos, novos ideais, novas amizades.
Mas se a saudade apertar nesse meio tempo.
Vasculhamos a nossa mente, e lá estará ele!
Como um lindo álbum de fotos de todas as épocas vividas.
Algumas um tanto amareladas pelo tempo, outras quase
esquecidas.
Algumas dessas lembranças nos fazem sorrir, outras nos
fazem chorar.
Final de Ano...
Momento de repensar a vida, mudar o rumo da estrada
enquanto estamos no começo dela.
Ultrapassar as barreiras, contornar os buracos, plantar
flores entre as pedras e cultivar a esperança.
Vislumbrar um novo amanhecer, onde cada gota de orvalho
é um pingo de vida.
E aproveitar o máximo cada dia desse Ano Novo, pois o tempo
não pára, segue adinte, sendo assim, logo mais teremos que
dizer-lhe adeus também!!!

FELIZ ANO NOVO !!

Cecília-SP/11/2007*

Foto de Nero

VIVA A VIDA!

VIVA A VIDA!

Raios de sol invadem a floresta densa, juntando-se
ao assobio dos passarinhos, bem sintonizado
pelo farfalhar das folhagens que se esvaem
no vácuo do oxigénio da vida. Dizendo…

Viva a vida!

Colinas entrecortadas por belos riachos, inundadas
por peixes coloridos, que movem as aguas cristalinas,
que vão caindo feito cristais da cachoeira. Por isso…

Viva a vida!

Savanas que testemunham a dança das borboletas
sobre o capim verde e fresco, fresco de orvalho, do
orvalho da chuva miúda, que emana da terra, um
um aroma da vida que dá vida. Sentindo um…

Viva a vida!

No imensurável e infinito mar, sua profundidade
abriga uma comunidade de segredos inóspitos
que nos fazem sentir pequenos diante da grandeza
da vida.

Viva! Viva! Viva!
Viva a vida e a tudo de bom que ela traz à nós!!!

Foto de Nailde Barreto

" GARÇA TRISTE"!!!

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Sou como a garça triste
Solitária na beira do rio
Lamentosa, cantando
Os ensaios do meu vôo vazio...

Canta fino, canta forte
Mirando no horizonte
Buscando me encontrar
No seu norte...

Do dia adentro à noite
O orvalho começa cair
Permeia-me,
Esfria o coração açoite...

Mesmo livre
Não posso voar sem ti
Algema do amor
Prende-me no caminho...

Canta fino, canta forte
Sussurros de amor...
Canta fino, canta forte
Incansável busca do norte...

Nailde Barreto.
24/12/2010 às 00:15hr

Foto de Eddy Firmino

GOTAS DE POESIA

É como a chuva que desce molhada
É como o orvalho rente a madrugada
É a mais pura das melodias
...Gotas de Poesia

Tem a suavidade da flor
Refresca a alma
Acalma...

Como a chuva a molhar teu rosto
Escorrendo na face
Rolando até o teu sorriso

Expressa toda alegria
Toca no coração
Tem sabor da alegria

O frescor
A beleza
De gotas de poesia

Foto de Carmen Vervloet

UM NOVO MUNDO

Mesmo se for apenas por um segundo
olhos e fé no infinito transcendente
eu quero ver nesse nosso imenso mundo
a vida plena transitando benevolente.

Olhar o céu se acender sossegado,
o orvalho puro umedecer a plantação,
a rosa e o cravo sorrindo, enamorados,
dançando enlaçados pelo vento e sua canção.

A mata virgem despertando paixão
nos seres vivos, livres e preservados,
as fontes límpidas batendo seu coração
matando a sede do fértil solo arado.

Os alimentos brotando abundantes
saciando a fome de todos os viventes,
grilos alegres, pelas noites saltitantes,
anunciando um novo homem mais consciente

E a fartura nas mesas fazendo festa,
o corpo e a alma em grande evolução,
a vida plena cortada de suas arestas
entregando, um a um, o troféu da preservação.

Então a Deus agradecerei de joelhos
o despertar da sua semente divina
nos corações de seus humanos herdeiros
neste meu sonho que a devastação ajardina.

Carmen Vervloet
Diritos Reservados

Foto de THOMASOBNETO

Frenesi de Frutas

Se hoje saboreio a fruta vermelha,
É porque ontem saboreei um limão!
Se hoje saboreio a fruta do frenesi!
Ontem tomei vinagre e não o suco da uva!

Gotas de orvalho escorrem pela popa...
Molhados desejos desta fruta sensação!
Mordo os lábios... Pensamentos pecaminosos...
Eflúvios desejos de serenas paixões.

Frutas cerejas ou cerejas frutas?
O que importa é a excitação de abocanhá-las
Retirando pedacinhos delicados desta fruta...

Sentir adoçar meus desejos e que desejos...
Aguçados ao toque destes, insinuosos beijos.
Onde eu e você do mundo nos esquecemos

Baroneto.

Foto de THOMASOBNETO

Espelho D'Alma

Espelho d’alma!
Que fazes retrato de mim.
Revelas meu intimo...
Exalta meu ser!

Adorna minha áurea...
De ternura e paixão.
No orvalho da madrugada.

Transcendo-me o real...
Silencio a embriagar-me,
Suspiro sonhos de menino...

Busco no perfume das flores,
A essência do beijo do colibri!
Para depositar nos teus lábios.
Todo o meu infinito amor por ti.

Baroneto

Foto de Joaninhavoa

HAIKAI - I

*
Lágrimas
Pingos d`amor...
Orvalho e dor.
*

Joaninhavoa
(Helenafarias)
2010/11/03

Foto de Elias Akhenaton

HAIKAI - VII -


Gotas d’orvalho
Caem no silêncio da madrugada...
Relva molhada.

Elias Akhenaton

Foto de Melquizedeque

A deusa onírica

Seus olhos cortantes e sedutores transpassam as cadeias dos mais íntimos desejos de um reles amante em suas loucuras de adolescência. Seus cabelos pretos, curtos e lisos, manifestam em si o reflexo de um espelho que foi pintado por um artista em pleno estado de euforia. Parecem ser lambidos pelo orvalho da noite de um gélido coração parisiense

O seu sorriso se alastra como um rio em busca do mar. Sereno, mas ao mesmo tempo tempestuoso. Hipnotizador desde sua nascente, proveniente das fontes celestes do encanto. A maravilha de vê-la sorrindo é mais compensadora que ver o vôo dos pardais. Uma cena que é vista em câmera lenta, que se arrasta pela retina e se aloja na memória.

É admirável olhá-la ao entardecer, sentir sua fragrância ao passar ao lado. Como é doce e sensível seu cheiro, uma mistura de sorrisos e nostalgia. Ao seguir seu rumo, esse aroma é admirado e reverenciado pelo vento do outono.

Percebo sua presença e nada mais me importa... Esse momento se torna minha arte. Eu a admiro em um silêncio ensurdecedor, imóvel quase sem vida. Mas dentro de mim escuto uma multidão de aplausos, semelhante ao som da chuva que cai em uma longa e rara chuvosa noite de verão.

Não! Não irei embora, até que ela tenha partido. Mas não se vá agora, não antes de olhar nos meus olhos por pelo ao menos três segundos. Deixe-me sonhar nesse infinito instante! Não fuja do meu alvo, sem que as minhas palavras lhe encontrem. Mas essas súplicas ninguém consegue ouvir. Falo, mas parece não haver voz que dê carona aos meus pensamentos.

Ouço o som de seu caminhar que se vai passo a passo, destrinchando minhas dúvidas, como faz o filósofo quando sonha e acorda na sala de estar de um trauma infantil. Ela prossegue e some na luz das pérolas que encontramos no fundo dos olhos daqueles que a rodeiam. Onde estão meus pensamentos, se não nessa idéia fixa que me consome até a alma? Pensamentos que são engolidos pelo monstro do medo. Nunca a alcançarei! Parece que jamais entrarei nos seus oceânicos olhos. Esse guardião me amedronta de dia e de noite e sem piedade nem compaixão crescer com o correr do ponteiro do relógio.

Meu coração é espremido, e se despedaça no caminho da ilusão. Guardada está aquela que me fez sentir o que é amar, que entrou em meus sonhos e ali habitou sem se preocupar, sem admirar aquilo que lhe dei. Ela é a rainha que veio de longe e dominou meu império. Roubou meus desejos e agora a busco em uma caçada infindável.

Sentir o voar das borboletas dentro de si nos faz sorrir com a dor, mergulhar nas ondas do ódio e flutuar no lago da paciência. Tornam-se loucos aqueles que se deliciam experimentando esse saboroso delírio. Mas diga-me como não desejar essa sobremesa?Impossível fugir sem se machucar, sem ferir o sagrado e explorar o profano.

Espero sua próxima visita. E já estou sentado em um banco chamado desespero, lugar de angústia e solidão. Aguardo olhando para o relógio, porque sei que na vigésima quinta hora você retornará. Fecho os olhos, sabendo que seu retorno ao meu mundo onírico não tardará. Já estou quase acordando, e um sorriso escuto de longe. Ela ri e a luz do dia entra no meu quarto sem pedir licença. Percebo que novamente voltei ao mundo onde os sonhos são loucuras vestidas com o terno da desesperança. Mas sei que meus olhos novamente se fecharão, e isso me faz seguir pensando no seu mágico caminhar.

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