Orvalho

Foto de Arnault L. D.

Encanto ( Um poema para Witch )

Entre dois enigmas:
A feiticeira lê nos astros estigmas
dentre a noite felina beleza
enquanto a Lua cheia surge acessa

A Lua transpõe reflexos do além
e para as gotas d'água estrelas vem
e no olhar da feiticeira, bem de perto
o céu refleti-se inteiro e aberto

A feiticeira cavalga a noite na crina
sob a alva, ambas de alma feminina
mas apenas a feiticeira é mulher
somente dela um sol pode nascer

A Lua, mutável, distante e fria
a feiticeira a pele morna, arrepia
A lua se despe e o céu cintila
e a feiticeira mesmo nua se veste de magia

As madrugadas me fascinam.
nuvens do lufar dos lábios instilam
Gotas de orvalho banhadas de prata,
uivos de loba, ronronares da gata

Apaixonado, expresso o encantamento
Pela madrugada, noite, Lua e vento,
mistérios ocultos num breu de azeviche
E por uma feiticeira, … Witch.

Foto de Elias Akhenaton

O DEUS QUE HABITA EM MIM!


O Deus que habita minh’Alma,
Vem da aurora dourada
Com seus raios vivificadores
Que renovam as Esperanças e a Fé
Para um novo dia...

Vem dos lírios dos campos e
Dos jardins floridos...
Vem do crepúsculo do Sol com
Seu espetáculo de cores douradas
No horizonte...

Vem da noite enluarada
Com suas estrelas brilhantes,
Reluzentes, estrelas cadentes
E sua Lua encantada...

O Deus que habita minh’Alma,
Vem do divino orvalho
Da madrugada
Com suas gotículas prateadas
Caindo sobre as flores delicadas...

Vem do lindo azul do mar,
De toda à natureza,
Das matas verdes e igarapés,
Cachoeiras e do lindo
Canto dos passarinhos
Como o canto do rouxinol e
Do bem-te-vi...
Vem dos Salmos de Davi....

O Deus que habita minh’Alma
É o Deus do Amor, da mística rubra flor,
Do peregrino e trepidante beija-flor,
Dos nobres sentimentos
E enlevados pensamentos...

Vem da chuva que faz brotar...
Vem do místico arco-íris
Com suas cores sutis...
Vem da melodia
Da inspirada poesia...

Enfim, o Deus que habita em mim
É o mesmo que está em toda parte,
Em tudo e em todos,
No meu e no teu coração,
Somos filhos da mesma criação,
Do mesmo Pai Criador,
Portanto, somos todos Irmãos,
Filhos do Amor!

Elias Akhenaton

Foto de Kaz

︷︸ Amanhecer ︷︸

"amanhecer é uma lição do universo
que nos ensina que é preciso renascer
o novo, amanhece
já tem rolinha no terreiro varrido
e orvalho brilha como perolas ao sol
tenho uma sombra que caminha pras montanhas
se enfiando feito alma por dentro do matagal
enquanto mais a luz vai invadindo a terra
o que a noite não revela
o dia mostra pra mim
a radio agora ta tocando rancho fundo
somos só eu e o mundo
e tudo começa aqui
amanhecer é uma lição do universo
que nos ensina que é preciso renascer
o novo, amanhece..."

︷︸ By Alexandre Andrade ︷︸

Foto de Carmen Vervloet

Exaltação do Amor

Eu sou Dalva, das estrelas a mais brilhante
Em luz pus-me fascinante, despontando pra lhe encantar...
Enamorei-me de você, meu poeta, entre versos e luar...
Colhi o amor no jardim do seu olhar.

No canteiro da sua poesia floresci rainha rosa
Regada por sonhos, inspiração e prosa
Aquecida na estufa do seu ardente versejar...

Bebi suas lágrimas que caiam em orvalho
Nas pétalas da minha flor...
Hum! Que delícia de amor!

Amei... amei tanto... que quase enlouqueci!
Entre suas rimas e versos eu me perdi!

Hoje... a sua poesia vaga na noite, no dia...
Como música ressoa nos meus ouvidos
Exaltando esse amor na minha alma aderido.

Colho pétalas de intensa emoção
Que navegam nas veias do coração
Nos seus rubros versos de paixão!

Carmen Vervloet

Foto de A ciganinha

Alucinação

Alucinação

No breu da noite, em meu quarto
Vejo apenas paredes e insinuação.

Busco a inspiração através do meu pranto,
Mergulho no meu campo de ação...
A fantasia de poeta, um tanto quanto
Atrevida, esta que nunca me diz não,
Que me envolve num manto
Queda o horror da solidão,
Banha-me no orvalho santo
Da madrugada, me embriaga como vinho em decantação.

Estrelas assistem meu pranto
A lua diz , chore não!
Me perco nas alamedas da ilusão
Meus fantasmas são tantos...
E os meus versos nascem como canto
Saltitando na garganta meu poema alucinação!!

Diná Fernandes

Foto de Elias Akhenaton

ALMA CAMINHEIRA


Livre como o vento
Assim é minh’Alma caminheira
Viajando e trilhando longas estradas
Do meu Sagrado destino...

E em minhas andanças tenho
Contemplado alguns fenômenos
Naturais como o Crepúsculo do sol
Se pondo na linha do horizonte
Deixando um halo de Luz avermelhado
Que divinamente
Desaparece...

São prenúncios,
Prelúdios
Místicos
De uma noite serena, enluarada
E encantada...

É o momento de quietude da
Minh’Alma cigana.
E sob o brilho das Estrelas no Céu
Com os cintilantes pisca-piscas
Dos pirilampos, adormeço
Sobre a relva macia...

Tenho sonhos com o VERDE
Esperança da Mãe natureza
Em toda sua plenitude,
Sutileza e beleza...

Sonho com flores e suas
Delicadas pétalas coloridas
Flutuando soltas no ar
E o leve toque do seu perfume
A impregnar o meu sonhar...

E lá está à rosa VERMELHA
Com a sua cor de pura emoção
E sedução
A aflorar todo meu ser
Numa grande paixão...

Ao acordar sinto em meus lábios
Gotículas de orvalho da madrugada
E ao meu lado a rubra flor delicada.
Transformando em realidade
Os meus sonhos de quimera...

No oriente meus olhos vislumbram
O nascer de uma nova Aurora
Um novo dia se inicia
E lindamente principia...

E o sol no céu totalmente AZUL
Mostra-me uma nova rota, uma nova
Estrada a trilhar com
Minha Alma caminheira,
Livre como o vento.

Elias Akhenaton

Foto de Tuela Lima

OLHAR LUZENTE

Mergulho nesse olhar luzente
Com carinho navego em teu mundo
Vejo um caminho de luz ardente
Sou tomada num sentimento profundo

Que avassala o meu coração
Na manhã escuto tua melodia
Sol que atravessa o pavilhão
Noite que guarda segredo na coxia

Atmosfera vibrante perfume reinante
Numa loucura te faço feliz em um segundo
Entre a lua e as estrelas sou amante
Afogo-me no teu orbe fecundo

Neste silêncio que na alma flutua
No orvalho com a tua fragrância, uma saudade
O amor ancorado no peito continua
Sonho viver esse sentimento até a eternidade

Foto de Elias Akhenaton

AMOR GITANO UM CANTO DE LIBERDADE

Amor Gitano Um Canto de Liberdade

Opcha!

Sou gitano trilhando por terras
Desconhecidas, sou destemido
Caminheiro Amante da Liberdade
Minha venerável religião...

Quando chego com minha caravana
Armo minha Tsara com felicidade
E paixão que queima em meu coração.
Faço esse labor com muita criatividade...

O teto da minha Tsara é a vastidão
Do firmamento celeste
Com o Sol, suas Estrelas brilhantes
E a magia do Sagrado luar...

Amo a Mãe natureza com seus ciclos
Naturais e sua grande força geradora
E provedora com seus quatros elementos;
Água, Terra, Ar e Fogo....

Amo minha Protetora
E Padroeira dos ciganos a Querida
Santa Sara
Que abençoa nossa seara...

Em noites festeiras aos sons dos
Violões e dos tamborins, pego minha
Cigana faceira delicada como uma flor
Com suas lindas vestes coloridas...

E com ela bailamos a noite inteira
Em volta da fogueira até amanhecer
Num ritual de Amor e paixão
Que corre no sangue rubro do nosso ser...

Cansados, dormimos e despertamos
Cobertos pelo Divino orvalho
Da madrugada recebendo os raios
Dourados do Sol matutino...

Eu e minha cigana faceira que tanto Amo,
Companheira na grande Roda da Vida.
A liberdade será para sempre nossa
Sagrada religião e nosso Eterno Amor!

Opcha!!!

Elias Akhenaton

Foto de André Toledo

O que ficou do olhar...

Quando as pérolas mais raras
Encontrarem o que procuram
E o orvalho na manhã cobri-las
Com o reflexo da imagem de quem foi;
Como jabuticabas que caíram
ao sabor do vento.
Assim, a dor daquele momento
Que a sinceridade causadora
do lamento expôs
em sua face o tormento.
O nome da vida
Em seguida a firmeza
Acompanhada de tanta doçura e beleza.
Nada disso podemos perder
Quando a dor não quizer se render
Ainda há algo a perceber
Mesmo que das jabuticabas
a vida tenha roubado o sumo
com doçura e carinho
apenas das cascas se produz um nobre licor...

Foto de jessebarbosadeoliveira27

LIRA PARA ALVORECER A ALVORADA

Escuto o silêncio
Dizer á madrugada
Que se prolongue nos invernos:

Ah,
Enquanto esta ordem-conselho
Se processa na mente do tempo,

Cavalga por todo o meu cérebro
O viscoso e insólito pensamento
De que seja o basáltico céu empalidecido
A perfeita comunhão entre a elação da beleza
E os sortilégios dum mar capcioso e sombrio.

Escuto o silêncio
Dizer á madrugada
Que se prolongue nos invernos:

Esta miscível atmosfera eclética
De anestesia, Prosa, Poesia,
Onirismo, miasmas, niilismo, corvo, frescura,
Espreita, peçonha, perfídia e coruja

Casamata um reino de desovas, volúpias,
Espermas, esperas, espirais de psicodelia,
Enseada para fugas ou a Política daninha,
Teatro, Baco, vinhas, sangue a cada esquina;
Heróis, concertos de Rock e Operas que reverenciam
A Jazzística Cinética Ventania!

Escuto o silêncio
Dizer á madrugada
Que se prolongue nos invernos:

Capturo as essências da urina,
Da friagem, do orvalho, da orquídea em remanso,
Da groselha e da azaleia de ébano,
Aspergindo-as na página em branco
Do meu corpulento caderno
De Vermelhos Versos Saltimbancos!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
• http://twitter.com/jessebarbosa27

http://bocamenordapoesia.webnode.com.pt/

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