Olhos

Foto de Melquizedeque

Existo

As correntes, os ventos, os anos... O tempo! Formado pela essência do crescimento, molda ações, instiga dimensões. Enquanto existir a memória ele subsistirá, correndo junto com esses pensamentos.
O agora não existe! Pois enquanto pensamos em mensurá-lo e estagná-lo, do passado ele nos saúda.
Ferozes memórias! Não sabemos do agora a não ser quando ele já se tornou passado. Não fujo do instante, apenas espero ele passar e entrar em meus arquivos.
Como posso estar aqui nesse momento, sem que meu corpo tenha que se lembrar de toda sua existência, e re-captar aquilo que já existiu se transformar no porvir?
Mundo de paradoxos! Olhos atentos, luzes e sombras... O senhor de si mesmo atraca sagazmente seu domínio. Essa paciência idiossincrática que me move à teleologia enigmática... Muda conceitos e transforma-me nesse próprio existir!
Eu não sou! Apenas existo no rastro do tempo. Os cheiros, os sabores, as ilusões de ser... Fabricam soberbos, muda a natureza de cada desejo e destila veneno em cada verme que habita nas vielas de sua mente, que ao morrer, dá lugar a existência do “eu sei”. Quanta hipocrisia do acaso!
Meu nome é não sei! Minha morada está no horizonte do existir. Meus sonhos são meras lembranças daquilo que nunca houve.
Boa existência para seus pensamentos! Verei você novamente no espelho do meu eu... Quem me verá em seu espelho? Não importa! O eu não é tudo, ele é apenas um grito do querer. Obrigado por não me ver... Nem tecer seu eu com essa teia de “tus”.
(Melquizedeque de M. Alemão, 08 de dezembro de 2010)

Foto de Ozeias

Choveu no sertão

E Sem anunciar, a chuva caiu sobre o sertão. Rapidamente, a poeira se fez barro.
As gotas batiam na terra quente, rachada, e logo se evaporavam. Mais água despencou e resfriou a terra permitindo assim a terra saciar sua sede.
O cheiro de existência e da terra molhada se espalhavam no sertão levadas pelo vento úmido.
- Viva nossa senhora!-Gritavam os sertanejos banhando-se em águas lamacentas.
Quando se ouviu o rufar da primeira trovoada, foi como ouvir o som do amor que no coração fenece.
Alguns diziam ver esqueletos de peixes saltitando sobre a lama. Outros diziam ver passeando pela chuva os entes queridos que se foram, sobre as carcaças de bois mortos pela sede. As asas brancas voavam, ainda que caíssem com o peso da água sobre as penas.
Rosinha, toda esperançosa e com brilho no olhar não desgrudava os olhos da estrada à procura do amor que se foi dizendo voltar. Junto com os risos de alegria e as pancadas de chuva, ela podia ouvir a promessa do amado.
“ Espero a chuva cair de novo pra eu voltar pro meu sertão"

Foto de Eddy Firmino

TREVAS

"Os seus olhos tão lindos não dizem
Que ela vive num mundo sem luz
E traz sempre um sorriso no rosto
E carrega sua cruz

Ela não vê o céu e o mar
As estrelas, o sol e o luar
Mas sente o perfume das flores
Quando estou pra chegar

Essa menina diz que os meus olhos
São os seus olhos
E vê o mundo quando está comigo
Sente a claridade no meu rosto amigo

Ela vê em mim a luz do amanhecer
Diz que sou do céu a estrela
Que nunca viu nascer

Ela não vê o meu rosto
Mas sente o meu calor
Seu rosto triste e tão puro
Me trouxe tanto amor

Ela sabe como eu fico triste
Ao vê-la na janela
Sorrindo pra vida
Nem vê que é tão Bela
Mas Deus quis assim
E assim, ela me faz sonhar

Até choro quando suas mãos
Procuram meu rosto
O meu carinho
É meu conforto
Ela vê em mim
A luz do seu olhar"

-Poema não de minha autoria
Foi o primeiro poema que decorei aos 09 anos
Me apaixonei por poesias
Não sei quem compôs

Foto de Eddy Firmino

O CAMINHO DE VOLTA

Não posso falar
Não tenho palavras
Pra expressar
Toda angústia
Que dói aqui dentro
Coisas estranhas
Martirizando
E comprimindo
As minhas entranhas

Palavras jogadas
Mal formuladas
Cheias de ódio
Totalmente sem alma
Tiraram-me a calma

Primeiro a cegueira
Depois o disparo
Depois outra vez
Logo a lucidez
Tarde demais
Você já não mais

Teu corpo quase sem vida
Restou a ferida
Da amarga lembrança...

O tempo passou
A liberdade sentida
Não fecha a ferida
Não muda o passado
Deixado de lado

Hoje eu venho
Não quero perdão
Nem quero teu ódio
Pelo ocorrido
Apenas te peço
Olhar nos meus olhos
Já envelhecidos

Não tenha revolta
Tudo que eu quero
É que me mostres
O Caminho de volta

Foto de Nailde Barreto

" A DESPEDIDA"!!!

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O barulho das rodinhas da mala
Que atritavam no asfalto grosso
E emitiam um som de protesto
Quase que um grito
Para que fôssemos na direção contrária.

Mais ao chegar no fino páteo do aeroporto
Elas perderam a sua fala
Desmotivadas pelo turbilhão de sons
Que se misturavam entre os terminais
Provenientes do transitar da multidão.

Os ponteiros do grande relógio no corredor
Que antes repousavam quando estivera ali há dois dias
Pareciam enfurecidos, e galopavam ferozmente a cada minuto
Contrariando a ordem natural do seu trabalho
Me deixando ainda mais perto do que eu já previa.

O abraço apertado que se desenrolou
Fez germinar em seus olhos duas lágrimas
Que deslizavam sobre sua lisa pele morena
Que não impedia que elas chegassem ao chão
Imaginando que em breve eu não poderia mais enxugá-las.

E ao mirar o triste portal de embarque que se aproximava
Sentia por entre os dedos sua única companhia
O bilhete amigo que a acompanhava
No vôo que sem beleza assinava
O fim daquele mágico e eterno momento.

B.C 15/12/10

Foto de Eddy Firmino

As Sete maravilhas do mundo

Teus olhos
Tua Boca
Tuas mãos
Teu sorriso
Teu abraço
Teu cheiro
Você por inteiro...

Foto de cadino

Efemeridade de um momento

Eis que chegas-te e sentaste-te ao meu lado. De longe os teus olhos pretos iluminavam o meu ser. Aqui tão perto de mim, o meu coração treme e o prazer aumenta à medida que tu respiras. Os teus lábios brilham e pedem os meus, o meu ritmo cardíaco aumenta, o teu olhar hipnotiza-me. Ao mínimo contacto eu sinto a energia do teu corpo, quente e fogoso a passar pela minha pele. Será que ela sente o mesmo, eis a questão que neste momento inquieta a minha mente. As suas mãos alvas e delicadas anseiam o carinho e a atenção. Os meus lábios anseiam carinho e atenção. Os meus lábios anseiam o seu corpo, atravessando vales, montanhas e planícies. Agora tenho que fugir, não posso mais ficar, o meu coração sangra e o meu espírito escurece pois está na hora de partir. Sinto que a luz vai enfraquecendo á medida que a distância aumenta.
Outro momento entre outros muitos, efémeros como a vida e joviais como o chilrear de um pássaro pela manhã.

Foto de Carmen Lúcia

Borboleta

Quando crisálida repousa tranquilamente,
superou a fase de pobre lagarta,
muda de ciclo, luta silenciosamente
pela sobrevivência, por mais uma etapa,
reservando alimentos para o grande momento,
aguardando pacienciosamente a transformação,
ação que simboliza um novo começo...
A ressurreição.
Espreita o mundo de cabeça pra baixo
até que se erga metamorfoseando,
abrindo suas asas triunfalmente...

Então prima pelas cores, graça e ligeireza,
voa delicadamente por todo o canto,
enche de encantos a natureza,
e os olhos que a vêem, de pura beleza.
Das flores suga o néctar pra se revigorar,
espalha o pólen, eterniza a espécie,
à noite o descanso pra de manhã recomeçar.
Possui vida curta...Tão passageira!
Mas sempre alegre, voando, faceira,
nem sabe que o tempo pode não ter mais tempo
e a qualquer momento virá o derradeiro.

_Carmen Lúcia_

Foto de Metrílica

Janela do Tempo

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Fecho os olhos...
Atravesso a janela do tempo...
Revivo, momentos especiais...

Adoro, a maneira como me envolvem os teus braços,
Como me protegem, como me afagam...

Adoro como me ilumina o teu sorriso,
Como me pacifica...

Adoro afogarme nos teus olhos,
Como me entorpecem... como me pedem...

Adoro, perderme nestes lábios teus,
Como me comem, como me instigam...entre beijos e suspíros...

Adoro sentir teu aroma, teu perfume, o cheiro da tua pele,
Como impregnam minha memoria... me levando até ti...

Adoro, o toque das tuas mãos,
Como passeiam teus dedos, pelos lábios meus...

Adoro, o roce, o calor do teu corpo,
Como desenhas, num ritimo alucinante, na minha pele os desejos teus...

Amo... quando bailamos assim, eu em ti... e tu em mim...
Sintonia, quimica perfeita!
Mergulhados, perdidos em tamanha emoção...

by Metrílica para seu grande amor Anibal Minotaur

Foto de Elizabet.Duarte

Desisti de meu eu , e deixar de ser humano,e ser nada

Ao abrir os olhos estes se fecharom,ao abrir a boca não quis falar
ao sentar na beira da cama por pouco não cai
e derepente um nada senti,um vazio um vacuo,
um imenso buraco negro,como se uma estrela morrese,e na tristeza dessa morte se visse um declinio uma dor,

Tentei ser uma ilha ,tentei ser formal
fugi ao maximo de qualquer contato humano
fugi de medo,
fugi de vergonha,do talvez não ser merecedora,
do talvez,
do talvez não ser nada

E aguerde ,mas o que???
o vazio,o vazio voltar ,
e em si prencher o propio vazio,
o vazio...
o vazio atormentador o silencio o silencio
o silencio que consome e no final ...
nesse quarto imenso,nessa area chamada de lar
a so uma imagem uma imagem,
a de meu proprio reflexo,
a o vazio o nada,
choro,grito,fazo um tremendo barulho mas nem mesmo isso prenche o vazio...
o nada

para o que de meu ser
para o que???
ou pelo que ???
tem sentido??
ser eu??
ser só
ser nada ,
somente o vazio o vazio...

vergonha a minha ter deixado um dia soltar aquela mão amiga,saudade das companhias e agora??
o vazio essa ilha sem saida
não se ve nenhum barco a veira mar???
cansarom e desistiram de me resgatar...??
cansarom ou simplesmente agora sou o nada,o invisivel o nada
mais nada o vazio
o ser existencial que não vale nada
nem mesmo um tempo perdido...................

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