Olhar

Foto de angel_in_love

O nosso universo de emoções...

Quando 1 coração está apaixonado...logo os olhos dão sinais!!!
Eles ficam mais brilhantes....e com mais vida!!!
Dizem que o olhar é o espelho da alma...
e realmente...é mesmo verdade...
porque quando estamos felizes...os olhos brilham e ganham mais côr e vida...
enquanto que se nos sentimos tristes e infelizes...
ficamos com os olhos baços...sem vida e sem côr
além de ficarmos ainda com os olhos rasos de água pelas lágrimas!
Sim...decididamente...os olhos sao o espelho da alma....
e a alma é o nosso mundo mais secreto...
pois é o mundo das nossas emoções...e sentimentos!!!
Mas os nossos olhos....sao a nossa visão,
o nosso coração...e a fonte da nossa vida,
e a nossa alma...é o que de mais importante temos...
pois é o nosso universo de emoções!!!

angel_in_love

Foto de Civana

Olhar

Não conheço seu rosto,
nem o som da sua voz.
Não sei a cor dos seus cabelos,
tampouco dos seus olhos.
Não sei o gosto da sua boca,
nem o cheiro da sua pele,
tampouco conheço
a maciez de suas mãos.
Mas tenho a certeza,
que ao te encontrar,
saberei te reconhecer
pelo brilho do olhar!

(Civana)

Foto de Henrique Fernandes

CADA TOQUE UM VERSO, CADA OLHAR UMA PROSA

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Sentado na montanha olho em frente e avisto o céu azul
Por onde imagino caminhos com suaves passos
Por onde nada me lembra e nada me esquece
Uma nuvem aproxima-se e nela pouso meus olhos e descanso
Do cansaço da caminhada até então que não foi em vão
Aprendi a diferença entre o desejo e o sonho
Desejo o que posso alcançar e sonho com o que posso desejar
Acordei para a realidade da vida e sou o principal responsável
Pela minha felicidade, e sinto o peso dessa responsabilidade
Ainda que precise de empurrões não desisto, há sempre um empurrão
Sentado na montanha olho por entre os vales e penso, como é complicada a vida
Tal como neste horizonte de altos e baixos sou como um rio
Sempre a descer por açudes calmos
Por desfiladeiros e em cascata dou quedas a pique e choco na foz ao mar
Onde me dissolvo numa dança erótica com as ondas
Ondulando meu corpo e espalhando-me na praia do prazer
Na praia sentado olho o horizonte ao pôr-do-sol e penso
Depois daquela linha ali perto tão longe
Está a minha alma e a minha metade com ela
Paro, fecho os olhos e sinto o resto de mim a saborear as ondas
Ao encontro de quem me encontrou e parto em perseguição ao sol.
Embarco meu corpo para uma viagem aos confins do universo
Onde cada toque é um verso e cada olhar uma prosa
Vadias, as minhas mãos vagueiam nos contornos na poesia
Absorvendo-a tão macia.

Foto de Henrique Fernandes

A NOITE É CANÇÃO DE QUEM AMA

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Preparado para o romance
Teu olhar é o meu jardim
Toma minha mão e sente
Podes confiar em mim

Sente o silêncio que fala
Na verdade de te amar
Um beijo em mim não se cala
Nos meus lábios para te dar

Momentos tão cheios de vida
Ao sabor do teu sorrir
Exponho a paz escondida
De um nós por existir

Lê no meu peito o poema
Do teu toque que senti
A noite é canção de quem ama
Escrita por ti

Foto de Dirceu Marcelino

VOLÚPIA - PURA POESIA

*
* "GITANA ENCANTADA"
*
“Meus olhos se abrem... emocionados
Com a visão desse teu conhecido olhar,
Esse corpo que um dia soube fomentar
A semente do amor nesse meu corpo...
Esse rosto desconhecido mas revelado”. ( Marisa Dinis = Salomé)

“GITANA ENCANTADA”

Não preciso mais sussurrar em teu ouvido
Pois, tendes ao fundo a alma de “una gitana“,
A volúpia da paixão e do amor em ti contido,
Inserida por uma cultura soberana.

Tende na alma muitos sentimentos retidos,
Desabrocham em flores em todas “mañanas”,
Numa voluptuosidade da libido invertido,
A te fazer sonhar sem sair da tua cama.

Ou, na sensualidade que expõe no teu olhar,
Na magia do magnetismo da excitação,
Lançada suavemente pela brisa do mar,

Acariciando-nos como beijos de paixão
E fazendo-nos acreditar que te amar
Seja sempre a única e querida solução.

NB. Sugiro ouvirem como pano de fundo desta poesia, a música "TE IMAGINO", com Rosana, in

http://geocities.yahoo.com.br/quitelos/te_imagino.mid

Foto de Cecília Santos

DOCE OLHAR

DOCE OLHAR
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Teus olhos tem tantas cores.
Neles me miro, me perco.
Tens cor de argila trabalhada,
feito um dia chuvoso.
As vezes são negros como uma
noite sem luz.
Ou brilhantes como cristais
transparentes.
Oi são dourados como o doce
mel descansando na colméia.
As vezes são verdes intensos,
como um lindo véu de esperança.
Outras vezes me perco na imensidão
do teu olhar.
Não sei se estou no céu ou no mar.
Mas isso já não importa.
Pois estou dentro do seu doce olhar.

Direitos reservados*
Cecília-SP/02/*2008*

Foto de Raúl Gabriel

Meu amor

Meu amor
Sem ti não havera mais nenhum sol abrrir dentro de mim
Meu amor
Eu não consigo viver mais um dia sem ti
Meu amor
Como irei passar mais um dia sem ver o teu sorriso
E sem ouvir a tua doçe voz
Meu amor
O teu olhar é mais brilhante do que o sol a brilhar sobre a terra
Meu amor
O teu sorriso a tua difusão são mais belas do que a primavera
Meu amor
Para qué será a minha declaração de amor
Será que este poema não é o suficiente?
Meu amor
A tua voz soa no vento como uma tranquila melodia
Meu amor
O que me leva a ser optimista é a tua compriensivel simpatia
Meu amor
Como irei viver a minha vida sem ti
O que tenho de fazer p´ra-te ter aqui?
Meu amor

Foto de Henrique Fernandes

ROSAS DA PAZ

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A paz é o meu farol neste nevoeiro
Onde finto espinhos como oxigénio
Sinto o picar e o arranhar mas respiro
Entre arbustos que falam a linguagem
De sentimentos que choram sem lágrimas
Fazendo ninho no colo do meu ego
No coro de um coliseu sem eco
Cantando cantigas de dor
Tão subtis como o fio de uma lamina
Para uma plateia de orelhas moucas
Esperando aplausos conformados
Entre vaias de quem não entende
O meu lado de outra gente
Que não essa gente desse lado
O meu olhar silencioso é uma sinfonia
De sons deliciosamente afinados
E pautados nesta alma guerreira
Que transformou a espada fria e afiada
De aço pesado em palavras doces
Tão meigas que decoram o horizonte
Com pétalas de rosas belas quão bravas
Que nunca precisaram de espinhos no seu caule
Para serem rosas

Foto de Mentiroso Compulsivo

O Actor

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Cansei-me.
Desliguei o leitor de CD’s, fechei o livro, e rodei do sofá para o chão. Cheguei à janela, afastei as cortinas. Chovia a “potes”.

Fui comer. Voltei à janela. Já não chovia. A noite estava escura, o ar, fresco da chuva, cheirava a terra molhada; a cidade lavada. Vesti a gabardine e saí.

Cá fora, a cidade viva acolheu-me. No meio dos seus ruídos habituais, nas luzes do passeio. Percorri algumas casas e vi um bar um pouco retirado. Era um destes bares que não dá “muitos nas vistas”, sossegado e ao mesmo tempo, barulhento.

Com alguns empurrões, consegui passar e chegar ao balcão. Pousei o cabo do guarda-chuva na borda do balcão e sentei-me. O bar estava quente e o fumo bailava no ar iluminado. Senti o cheiro a vinho, a álcool. Ouvi as gargalhadas impiedosas de duas mulheres e dois homens que se acompanhavam. Deviam ser novos e contavam anedotas. Eram pessoas vulgares que se costumam encontrar nas pastelarias da cidade, quando vão tomar a sua “bica” após o jantar. Estes foram os que mais me atraíram a atenção. Não, esperem... ali um sujeito ao fundo do balcão, a beber cerveja...
- Desculpe, que deseja? – perguntou-me o empregado.
- Ah! Sim... um “whisky velho”, por favor.
Trouxe-me um cálice, encheu-o até ao meio e foi-se embora.

Bebia-o lentamente. O tal sujeito, desagradável, de olhos extraordinariamente brilhantes, olhou para mim, primeiro indiferentemente, abriu a boca, entortou-a, teve um gesto arrogante e voltou o rosto.
Estava mal vestido, tinha um casaco forte, gasto e sapatos demasiado velhos para quem vivesse bem.
Olhou-me de novo. Agora com interesse. Desviei a cara, não me interessava a sua companhia. Ele rodou o banco, desceu lentamente, meteu uma das mãos nos bolsos e veio com “ares de grande senhor” para o pé do meu banco.
O empregado viu-o e disse-me:
- Não lhe ligue... é doido “varrido” e “chato”.
Não lhe respondi.
Entretanto, ele examinava-me por trás e fingi não perceber. Sentou-se ao meu lado.
- É novo aqui?!... – disse-me
Respondo com um aceno.
- Hum!...
- Porque veio? Gosta desta gente?...
- Não os conheço – cortei bruscamente.
Eu devia ter um ar extremamente antipático. Mas, ele não desistiu.
-Ouça, - disse-me em voz baixa, levantando-a logo a seguir – devia ter ficado lá donde saiu, isto aqui não vale nada. Vá-se por mim... Está a ver aqueles “parvos” ali ao canto? Todos reparam neles... levam o dia a contar anedotas que conhecem já de “cor e salteado”...Vá-se embora. Todos lhe devem querer dizer, também, que não “ligue”, que sou doido...

Tinha os olhos raiados de sangue. Devia estar bêbado. Havia qualquer coisa nos seus olhos que me fez pensar. Era um homem demasiado teatral, havia nos seus gestos e segurança premeditada, simplicidade sofisticada do actor. Cada palavra sua, cada gesto, eram representações. Aquele homem não devia falar, devia fazer discursos.
Estudando-me persistentemente, disse-me:
- Você faz lembrar-me de alguém que conheço há muito, mas não sei quem é... Devia ter estado com esse alguém, até talvez num dia como este em que a chuva caía de mansinho... mas, esse alguém decerto partiu... como todos... vão-se embora na noite escura, ao som da chuva... nem olham para ver como fico.
Encolheu miseravelmente os ombros, alargou demasiado os braços e calou-se.

Eram três da manhã. Tinha agarrado uma “piela” com o ilustre desconhecido. Tinha os olhos muito abertos, os cotovelos fincados na mesa da cozinha e as mãos fechadas a segurarem-me os queixos pendentes. Ele tinha um dedo no ar, o indicador, em frente ao meu nariz, abanava a cabeça e balançava o dedo perante os meus olhos. Ria às gargalhadas, deixava a cabeça cair-lhe e quis levantar-se. O banco arrastou-se por uns momentos e cai com um estrondo. Olhou para mim com um ar empobrecido, parou de rir e fez: redondo no chão. Tonto, apanhei-o e arrastei-o para a sala.

Deixei-o dormir ali mesmo. Cobri-o com uma manta, olhei-o por uns instantes e fui aos “ziguezagues” para o meu quarto.

No dia seguinte acordei com uma terrível dor de cabeça. Dirigi-me aos tropeções para a casa de banho. Vi escrito no espelho, a espuma de barba; “Desculpe-me, obrigado. Não condene a miséria!”

Comecei a encontrá-lo todos os dias à noite. Fazíamos digressões nocturnas, íamos ao teatro. Quando percorríamos os corredores dos bastidores, que ele tão bem conhecia, saltavam-nos ao caminho actores que nos cumprimentavam; punham-lhe a mão no ombro e quando ele se voltava, davam-lhe grandes abraços. Quase toda a gente o conhecia.

E via-lhe os olhos subitamente tristes, angustiados. Ele não se esforçava por esconder a tristeza: era uma tristeza teatral. De vez em quando, acenava a cabeça para alguns dos seus amigos e dizia:
- Não devia ter deixado...

Inesperadamente, saía porta fora, certamente a chorar, deixando-me só. Quando saía via-o pelo canto do olho encostado a uma parede mal iluminada, mão nos bolsos, pé alçado e encostado à parede, cenho franzido e lábios esticados. Nessas ocasiões estacava, por momentos, e resolvia deixa-lo só. Estugava o passo e não voltava a olhar para trás.

O seu humor era variável. Tanto estava obstinadamente calado e sério, como ria sem saber porquê.
De certa vez, passei dois dias sem o ver. Ao terceiro perguntei ao “barmen”:
- Sabe o que é feito do actor?... Não o tenho visto.
- Ainda não sabia que ele tinha morrido? Foi anteontem. A esta hora já deve estar enterrado...foi melhor para ele...
Nem o ouvia. As minhas mãos crisparam-se à roda do corpo, cerrei os dentes. Queria chorar e não conseguia. E parti a correr pelas ruas. Por fim, cansei-me. Continuei a andar na noite, pelas ruas iluminadas. E vi desfilar as imagens. Estava vazio e, no entanto, tantas recordações. Não sentia nada, e apenas via as ruas iluminadas, as montras, os jardins.
Acabei por me cansar, de madrugada tive um sonho esquecido.

Percorro as ruas à noite, os bares escondidos, à espera de encontrar um actor “louco e chato”. De saborear mentira inocente transformada em verdade ideal. E há anos que nada disso acontece. É verdade que há sujeitos ao fundo do balcão, mal vestidos, a beber cerveja... mas nenhum que venha e pergunte se sou novo aqui... As pessoas continuam a rir como dantes, todos os dias vejo as mesmas caras, e se me perguntarem se gosto desta gente digo-te que não as conheço ainda... e olho-os na esperança que venha algum deles e que lhe possa dizer, como a raposa de “ O principezinho”:
- Por favor cativa-me.

Acordei, tinha parado de chover, lá fora ouviam-se as gotas mais tímidas ainda a cair dos telhados, fazendo um tic-tac na soleira do chão, como quem diz o tempo da vida continua, por segundos parei o tempo e pensei, mais um dia irá começar e neste dia eu também irei pisar o palco, todos nós iremos ser actores, uns conscientes da sua representação, outros ainda sem saber bem qual seu papel, uns outros instintivamente representando sem saber que o fazem e outros ainda que perderam o seu guião....

Foto de Miraene

A loucura de hoje

Hoje estou inspirada
Sinto minha alma ser renovada
E a alegria nascer
Sorrindo e pulando
Correndo e cantando
Não me vejo cerscer
Amadurecer, acho que jamais vai acontecer
Pois a criança que vive em mim se mostra forte
Na felicidade de sentir a brisa do norte
E de todas as direções
Dançando várias canções
Em uma só melodia
Chega a agonia de gritar
Eu to viva, viva, viva
Não me importa quem olhar
Não ouço ninguem falar
Só escuto meu coração
Que fala da paixão como se a sentisse todo dia
E ele a sente
A paixão de ser quem sou
De vencer o vencedor
E ser criadora da minha própria espada
A arma que vai destruir o mal
Que vai atravessar e estraçalhar o coração de pedra
Que vai pulsar em minha mão
Toquem mais uma vez a minha canção
Para bailar no salão
E olhar a luz no chão
E agora o cansaço toma conta dessa menina
Que adormece com a neblina
Da madrugada gelada
Sem medo de nada
Apenas cansada.

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