Tudo muda.
Cresci ouvindo isto...
- “Não se preocupe, menina, tudo muda!”
Quando eu estava triste com alguma situação, sabia que ia mudar.
Mas... as mudanças hoje estão muito radicais...
Imagine só, perguntei à minha sobrinha se ela estava namorando e ela respondeu:
-“Tia eu não estou namorando, mas tenho um “namorante”...
Bom, para quem não sabe, “namorante” é uma mistura de namorado com “ficante”. Você pode namorar, sem ter o compromisso do namoro, e ficar com quem mais você desejar... que beleza, não é mesmo?!
Tudo muda!
Quando eu tinha a idade dela, o meu atual marido teve que pedir permissão ao meu pai para namorarmos... (que mico!).
E pasmem! Eu tinha que namorar com meu irmãozinho de “vela”...
Interessante é que provavelmente eu já esteja numa idade “jurássica”, porque quando minha filha começou a namorar há quase dois anos, ela estava “ficando” com o atual namorado. Num belo dia eu cheguei para eles e disse:
- Que legal os relacionamentos hoje em dia! Quem me derá fosse assim antes...
Então o namorado de minha filha disse:
- Por quê?
Então comecei um discurso de mãe...
Bom... vocês estão “ficando” e cada um pode sair com quem bem entender!
Você pode “pegar” outra menina e a minha filha pode “pegar” outro menino...(para quem não sabe, “pegar” é abraçar, beijar, etc.). Assim ninguém tem o direito de falar nada e cada um faz o que quer...
Meu querido “genro” ficou pensativo e disse:
- é mesmo, mas eu não quero que a minha namorada pegue outro “cara”.
Eu é claro, como uma boa sogra, arrematei:
- mas você pode ficar com outra “mina”, não é? Ele olhou, pensou... depois ficou sério.
Na semana seguinte, eles sairam para ir ao Shopping passear e quando retornaram, chamaram-nos (eu e o pai), para pedir permissão para o namoro e exibiram uma linda alicança de prata com seus nomes e datas gravados... rsrsrsrsrs!
O que não faz a Psicologia...
Tudo muda mesmo...
Até os Príncipios... quando não são firmes como rocha.
Precisamos ter cuidado com certas mudanças.
Não estou afirmando que se não fizer tudo “certinho” vai-se para o inferno... nem precisa de ir para lugar nenhum, pois “inferno” está se tornando nosso mundo de hoje, com tantas mudanças...
São relacionamentos sem comprometimentos, produções independentes... casamentos terminam por coisas corriqueiras que poderiam ser contornadas.
Namoros, em que os parceiros nunca se tocaram... apenas virtualmente! Sexo feito olhando numa tela fria, sem o calor do abraço, sem o olhar no olhar, sem o gosto do beijo.
Sexo teclado e visual... apenas.
Eu ainda prefiro o sexo à moda antiga, (já estou com o prazo de validade passada, deve ser isto...) quero o toque dos lábios, o passeio de mãos, o sentir bater o coração do outro, a troca de fluídos...
É que “tudo muda”!
Devemos ter cautela, para não nos tornarmos frios... sem tempo para um bate papo debaixo da luz do luar, sem “o jogar conversa fora” na mesa de um bar tomando uma cerveja ou mesmo uma coca-cola na calçada, rindo de tudo...
Pois, como a mudança é rápida, não temos tempo para sermos solidários e ouvirmos alguém desabafar algo ou contar com alegria um fato ocorrido... Não temos tempo mais para isto. Muitos preferem ficar em frente ao computador e “teclar”...
Não estou dizendo com isto que o mundo virtual seja ruim, não é! Tenho muitos amigos virtuais e amigos com quem converso virtualmente, devido a distância, o tempo... mas não deixo de encontrá-los para um abraço; pois muitas vezes precisamos do abraço, do calor e aconchego do encaixe de um outro corpo...
Pois é, tudo muda!
Mas a necessidade de carinho nunca mudará!
Meu amigo,
chegue-se a Mim... assim...
bem perto... olhos nos olhos,
o coração aberto...
venha Me conhecer,
toque nos acordes
da Minh"alma...
busca-Me na luz do alvorecer,
no mar, na canção, na flor,
em tudo onde houver amor
e também sofrimento,
busca-Me nos de pouco afeto
ou no acalento,
nos favelados carentes,
na pequenina rosa semente,
nos doentes dos hospitais,
nos gemidos e ais,
busca-Me nos prostíbulos,
nas praças, nas ruas,
busca-Me na alma sua,
nos olhos do seu irmão,
em todo e qualquer coração...
busca-Me em cada olhar
e só então entenderá
meu nascimento,
o porquê da minha vinda,
este meu acercamento.
Dê-Me sua mão
e juntos vamos construir
um novo mundo!
Deixando pegadas na areia,
Assim quero caminhar,
Em passos leves e suaves,
Com nada a se preocupar.
Caminhando sobre a areia fina,
Pisando em delicados grãos,
Sentindo que abraçam meus pés,
Caminho delicadamente,
Quero caminhar em passos solitários,
Refletindo sobre a vida,
Como quem flutua com a brisa,
Caminhando na areia a passos leves
Olho para trás,
Vejo meus passos solitários,
Que deixei na fina areia,
Cujos grãos meus pés moldaram,
Ao olhar, se engana quem pensar,
Que meus solitários passos,
São sinônimos de abandono ou solidão,
Pois estou bem acompanhada, nesta minha caminhada
Acompanha-me em pensamento,
A cada passo, a cada movimento,
“Meu amor”, que por capricho do destino,
Não pode na mesma areia, suas pegadas deixar,
Impedido, de junto a mim caminhar,
Na fina e delicada areia,
Não pode o “Meu Anjo”,
Seus passos junto aos meus moldar!
"Poesía es lo imposible
hecho posible. Arpa
que tiene en vez de cuerdas
corazones y llamas.(...)
(...)Poesía es la vida
que cruzamos con ansia
esperando al que lleva
sin rumbo nuestra barca."
_Frederico Garcia Lorca_
"Prólogo_Poemas Soltos_1918"
By Metrílica ;-*_para Aníbal Minotaur_dezembro de 2009.
_ Vintém do teu olhar
_________________ Magno Aquino Miramontes
______________________________________
Ensaiei horas a fio a minha fala
Dediquei-me com afinco
Insisti muitas caras
E bocas
Investi n’outros trejeitos
Nem tão meus
Pra te agradar
Pra te ver olhar
Mas qual nada
Nunca olhas
Ataviar o teu dia
Eis meu plano
Tua cama enfeitei
Decorei enorme texto quintanesco
De Bandeira herdei a dor
Adornei ceciliamente
Cada verso e pausa
Com voz de fada menestrel e anjo
Vesti-me de intrépido
De insólito
Quase estúpido
Pra te agradar
Pra te ver olhar
Mas qual nada
Nunca olhas
Pintei a cara
Desandei a boca
Criei tipo
Troquei nome
Mudei hábito
Deixei casa amigos
Pra te agradar
“Até morri muitas vezes
Pra ressuscitar “melhor”
Pra te ver olhar
Mas
Qual nada
Nunca olhas
E se olhas finges tão
Bem ou mal me tornei teu
Pronto e perto sem igual
Ofereço-me com as damas
Da noite dia hora qualquer
Pra te agradar
Pra te ver olhar
Mas
Qual nada
Nunca olhas
Ignora até o fado que aprendi
Pra ti
Desmerece o sentimento
Da angústia que sustento
(Rima infame!)
Pra te agradar
Pra te ver olhar
Mas
Qual nada
Nunca olhas
Olha aqui moça
Qualquer hora dessas
Me canso
Não mais canto
Nem tento mais te agradar
De esperar inda me enfado
De sonhar-te me abalo
De pensar que vens desisto
De achar me perco e então
Faço verso pra primeira
Virgem louca ou rameira
Dou-me inteiro
Pra essa ou aquela que me der
Um vintém que seja
Do olhar teu que não tenho
Debruço-me nesse verso
Ameaço
Prá te ver
Mesmo sem me olhar
Nunca olhas mesmo
Se pudesse desfaria tantos versos
Que faço pra dizer da dor
De fazer tanto
Pra te agradar
Pra te ver olhar
Mas
Qual nada
Nunca olhas
E
Se olhas finges tão
Que nem sei se quero
Descobrir
Se um dia olhou
Sem se perturbar
Com esse fazedor de verso
Mas qual nada
Mudei meu fim
Pra te agradar
Pra te esperar
Pra desistir de desistir
Eu quero dizer
em poucas palavras
como eu te vejo....
Olho dentro de mim
e vejo flores num campo lindo
onde a calma e a paz estão cada dia mais
fortalecidos...
Vejo nesse meu interior
que o sol brilha e a sombra que
as belas árvores me oferecem
me faz descansar de forma tranqüila
Breve vem a noite...
E vejo que dentro mim
algumas estrelas que brilham
como se fosse o seu olhar
Essa luz que ilumina meu caminho
que me faz decidir
que me faz ajudar, me doar, sorrir e chorar
são oriundas dessas estrelas que brilham
E quando vem o sono
Já bem a noite, quase à meia noite
Deito em uma cama...sozinho....
Apago a luz e vejo as estrelas sorrirem para mim...
Ao passar das horas as estrelas desaparecem...
Começo a sonhar algo que quase sempre não me lembro
Mas a sensação que me passa que alguém me abraça
O tempo passa....e breve é o amanhecer...
Olho para dentro de mim...
E me sinto confortado...
pois mesmo que você não está lá...
Você me fez sonhar....
Me fez sorrir,
Me deu carinho....e emprestou-me a sua imagem
Para que eu pudesse guardar dentro de mim
Aqui...do lado esquerdo do meu peito...
É assim...que eu te vejo.
Autor: Sergio Bispo de Oliveira Mestre de cerimônias, Contador especialista e professor
sbispol@hotmail.com
Mergulhar no mar de amor
E sentir o banho da purificação
Da aceitação humana
Absorvendo apenas a perfeição
Salgando as imperfeições
E nutrindo o corpo com as boas vibrações
Percorrer com olhos cerrados o mundo mágico do fundo do mar
Retornando com olhos bem abertos ao mundo real
Na praia poder olhar o azul do infinito
Deleitando-se com sua plenitude
Fortificando a mente para abraçar quem não sabe amar
Beijar quem te ama com todo amor
E ensinar que ser humilde é ser herói
Correr na areia da vida
E sobre solo sólido ser fiel à realidade
Sabendo que nem sempre podemos ser nós mesmos
Acima de tudo fazer o outro feliz
No final do dia
Dormir sereno
Enviado por Sonia Delsin em Dom, 20/12/2009 - 14:26
Quanta decepção!
Tem dias em que eu penso naqueles olhos escuros.
Dois lagos.
Eu queria mergulhar, queria ir ao fundo.
Mas qual!
Ele não permitia.
Desviava o olhar.
Parecia que tinha medo do que eu pudesse encontrar.
Aqueles olhos na minha alma fizeram morada.
Eu me julgava amada.
Tão amada.
Aqueles olhos estiveram nos meus sonhos.
Estiveram nos meus sonhos me buscando.
Se entregando.
Era pura fascinação.
Obsessão.
Emoção. Sensação.
Mas, Deus! Quanta decepção!