Ódio

Foto de carlosmustang

O LADO OBSCURO HUMANO

Mais uma varredura cerébral
Imagêns no vidêo, uma foto no jornal
Morte proposital
Terror constitucional

O poder da combustão das máquinas
A intolerância de uma palavra
A morte pré julgada
Fundamentalismo destoado, desse mundo futuro

Como valeria um simples "APERTO DE MÃOS"
Mas o amargo no coração, impede tudo isso
Mais uma lágrima cai, sem perdão

O ódio, a vida sem amor, sem valor
O corpo explode de um modo sagaz
Anunciando o fim da paz...

Foto de Minnie Sevla

Nuvem negra

Uma nuvem negra desce sobre o dia.
Arrasta pessoas, faz inebriado o momento
confunde sentimento.
Oculta sorriso que antes era alegria.

Esta nuvem desce sobre um espaço.
Extrai o ser puro, instiga o ódio,
transforma o espírito rico em pobre.
Brinca com nervos que se fazem de aço.

Concorrência, traição, falatórios.
Revelação de flores murchas no chão,
numa terra de homens doentes
nascem espinhos que espetam esta gente.

Não, não quero perder-me no labirinto
Onde espelhos refletem imagens
de seres ausentes de Deus.
Um homem, um bicho agindo por instinto.

Ramgad/Minnie Sevla

Foto de Thiago Sanches

Um Dia

Tudo está errado
Pessoas se matando
O mundo acabando

Penso em me retirar
Por algum tempo me ausentar
E nada vivenciar

Pois de tudo eu já sei
O que vai acontecer
As pessoas não agüentam
Tanto ódio em pouco tempo

Isto é o caos
E um caos organizado
Um para cada lado
O Bem e o Mau
Em disputa final

O grande dia chegará
E bem longe vou estar
Sentado em uma pedra
Vendo tudo transformar

Homens se matando
Crianças chorando
Cachorros latindo
E a morte surgindo

E quando tudo acabar
Aí sim eu vou voltar
Para terra eu dominar
E nela cultivar

Cultivar a vida
Com o adubo importante
O Amor

Sem o Amor não somos nada
Com ele conseguimos tudo
O que queremos nessa jornada

Todos são diferentes
Mas com o mesmo pensamento
Viver intensamente
Na mais tranqüila paz
Querendo sempre mais

*OBRA REGISTRADA*
PLÁGIO É FALTA DE CAPACIDADE

Foto de Elispengo

Nosso jeito de agir...

As vezes dizemos que amamos, mas na verdade nem sabemos o que é amar...
As vezes dizemos que vivemos e nem se quer sabemos viver...
As vezes dizemos que gostamos se nem ao menos sabemos gostar...
As vezes choramos sem saber o motivo...
Muitas vezes odiamos sem ter noção do que é o ódio.
E muitas das vezes nos sentimos injustiçados, cometendo uma grande injustiça.

Foto de POETISA SOLITARIA

ANÚNCIO...

O céu, com seu semblante cinzento e frio,
Anuncia sua dor!
Dele escorrem lágrimas sombrias,
Que se confundem com sangue...
Escorrendo quentes e marcantes sobre a face terrestre!
São o pressagio do ódio sobre aqueles que ousaram,
E desafiaram a ira daquela que reina ...
Sobre seus corpos mortais descerá a vingança,
Em sua pele, a fina e fria lâmina da traição,
Cortará teu coração, que serviu de abrigo da dor e da solidão.
Ela não perdoa ser enganada, ela não considera a traição...
Ela tem como missão lutar pelo que deseja,
E cumprirá a risca esta tarefa, nem que para isso ela tenha que,
Eliminar o que não for de seu restrito interesse.
Soberana ela luta, em busca de seu ideal,
Seguirá em frente sempre!
Há aqueles que dizem que sob ela existe uma maldição,
Ao certo ninguém sabe dizer...
Mas sabem que tudo aquilo que ela desejou e não teve
Foi para sempre amaldiçoado...
E jamais ninguém foi feliz em seu poder!!!!

Foto de JGMOREIRA

CARGA

CARGA

Os autos resfolegam no asfalto
uma paquidermidez mecânica.
Acelerações desesperadas causam-me sobressaltos.
Eixos, rodas, balancins, marchas
entram pela janela da casa para dentro de mim,
o lar.
Nao durmo o sono dos justos que há
foram alcançados: gritos, notícias: jornal:
circula O DIA pelas gares da Central.

Minha casa é uma fresta às máquinas
e às bestas. Sou todo pegajosidades
nessa cidade de 38 graus.
O ventilador excita uma onda quente
de ar empoeirado, repleto de ferro
e asco que entram pelos poros, narinas
ficando depositados em minha saliva.

Assim me construo: com ferro e nojo,
honra e desprezo,
trabalho e desejo.

Urros e sussurros, gritos e maquinarias
entram dentro de mim, o lar,
erigindo outro homem em outra casa.
Um ser sem rupturas e desemocionado
que, monolito, contempla o absurdo
permanecendo inatingível e calado.

Meu sono é repleto de engrenagens
e aceleradores pisados ao fundo.
Quando durmo, o outro se levanta
para ver as hordas que se agigantam.

Pela fresta penetram os berros
de quem marreta as rochas da solidão
daqueles que, em outros lugares,
respiram ares do mais puro algodão.
Os condenados ao trabalho forçado
de viver quebrando montanhas de granito
buscando passagens para o existo,
reúnem-se, às vezes, as vozes aos gritos.

O coro de ódio impotente da matilha
rompe meus cristais, rasga as cortinas
penetra, impiedoso, em meus tímpanos.
Levanto-me, sabendo acabado
o tempo das filosofias.
Uma consciência histórica de invalidez
abate-se sobre meus ombros
que arqueiam sob o chuveiro:

O peso do desamparo de uma raça aturdida
pela ilusão incontida e homérica
de descobrir dentro da pobre prôa de suas quilhas
um rumo certo pelo qual atinja-se Américas
ricas e prósperas, fecundas e fantásticas,
de um chão que desnecessite empenho
para forrar estômagos chupados.

E é com imaginaçãoo e engenho
que a turba inventa embarcaçoes,
benze-as, invoca bons augúrios,
lança-se ao infortúnio
de um mar sem contemplações
habitado por titãs e deídades malígnas
que lhes rasgam as velas com garras latinas.
Náufragos, homens mulheres e crianças
são atirados por ondas precisas
às praias que a isso circundam.
Por cá ficam, desesperados,
a rondar bares esféricos
com o corpo na miséria
a esperança em Américas
que seus olhos avistam longe,
esperando, esperando, esperando...

(Proliferam seus pesadelos.
Juntam-se, às vezes, para relembrar
um tempo em que ousavam navegar.
Filhos, olhos de América e de choro,
engrossam as fileiras do côro
que urra suas misérias
para dentro da janela
onde um angustia-se
outro observa
e com mãos de estivador nesta página os encerra)

Foto de Homem Martinho

Fui falar com Deus

Um dia fui falar com Deus,
Montei-me no meu cavalo alado,
Percorri nuvens e mais nuvens
Até chegar a territórios seus,
Mandou-me entrar, sentiu-me cansado.
E logo me Perguntou “Ao que vens”
Respondi –Lhe prontamente:
“Venho em busca de felicidade
Não só para mim, mas para a minha gente”
Fitou-me nos olhos e Exclamou:
“Felicidade; Paz; Amor; Liberdade
Tudo isso, eu há muito vos dou,
Vós é que não vos contentais
Tendes tudo mas quereis sempre mais”
Fiquei como que petrificado
Não sabia o que Lhe responder,
Ele ao ver-me tão atrapalhado
Disse “Se vós vos preocupásseis em viver”
Pedi licença para me retirar,
Precisava voltar ao meu mundo;
Regressar á minha terra, ao meu lugar,
Precisava falar com as pessoas,
Dizer-lhes que tinha novidades,
Mas mais que isso, que eram boas,
Não, não lhes iria mentir
Somente dizer-lhes as verdades
Que temos andado com medo de ouvir.
Deus deu-nos a paz
Nós fizemos a guerra,
Deus deu-nos o amor,
Nós espalhámos o ódio pela terra,
Deus deu-nos a felicidade
Nós semeámos tristezas,
Deus deu-nos a liberdade
Nós fizemos dos outros presas.
Afinal para que pedimos paz, amor,
Ou até mesmo felicidade e liberdade
Se depois provocamos a dor
Em quem só nos pede a nossa amizade.
Admitamos a grande realidade
Só temos o que semeámos,
Destruímos a liberdade
E este Mundo que herdámos,
Esta é a grande verdade
Destruímos algo que não é nosso
Destruindo o futuro da nossa gente
É o quero, mando e posso,
Destruo quem se coloque na minha frente.

Francisco Ferreira D’Homem Martinho
2007/09/12

Foto de JGMOREIRA

MORTE DA MINHA VIDA

MORTE DA MINHA VIDA

Rastro dos meus passos
que acompanha meu desassossego
larga tuas garras dos meus galhos
não mata tua fome no meu desespero

Para de revolver-me por dentro
Abandona de vez meu corpo
Esfrega teus pelos noutra carne
Esquece definitivamente meu cheiro

Morte que não mata minha vida
suor que encharca meus cabelos
Te vejo em cada dia de agonia
anseio pelo dia para meu desespero

As noites me afastam de ti
Não durmo que o sono é distância
Ao mesmo tempo espero que esqueças
de vez o caminho que te trazes a mim

Amor dos meus amores,
ódio das minhas entranhas
Toques, gostos, odores
presentes nas lembranças

Tua distância é meu sofrimento
Perto é tormento
Esquecer-te, não posso
Chaga que sangra veneno

Das carícias de um dia amado
repousam descanso e medo
Nas despedidas sem piedade
Retornos da mais pura veleidade

Láudano que vicia
Metade cura, metade doença
Que minha mão finde o que se anuncia
antes que me finde tua ausência.

Foto de JGMOREIRA

FUGA Nº 1

FUGA Nº 1

Não tenho mais como me esconder
Todas as portas estão fechadas
Todas as luzes apagadas
Restando apenas esse clarão dos teus olhos
Alumiando meus suores na madrugada.

Todas os lugares são descobertos
Todos os dias decupados
Para o grande espetáculo.
Cerro os punhos com ódio
E amo em desespero alucinado.

Nada consegue separar minha vida
Das tuas lembranças.
Já fiz de tudo para esquecer
E continuo amando apesar de tudo
Embora odeie viver dentro do túmulo.

Abro a janela para a chuva de repente
Ameaço uma música antiga
Falando do paraíso
Derroto uma tristeza nociva
Embargo teu nome reptício.

Todas as ruas vão ao mar neste lugar
Os dias alimentam-se de tempo
As noites recolhem os meninos
Todas as minhas horas são nominadas
Todos os dias por ti contaminados

Não tenho como me esconder
Todas as fugas foram tentadas
Resta-me, apenas, esse alarde
Essa derrota, esse fingimento
De lembrança o que é sofrimento.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

CARREGANDO MALAS.

CARREGANDO MALAS”

Já havia algum tempo que tinha vontade de realizar este trabalho, mas achava que ainda precisava de alguns subsídios para enriquecê-lo, conversando com amigos e parentes, e prestando atenção às suas características resolvi por no papel tudo que penso sobre este tema. Percebi que carregamos coisas durante a vida que nem sempre precisaríamos carregar, mas continuamos a levar de um lugar para outro, pesos desnecessários.

Em certa época se falou muito sobre baixo e alto astral, mais subsídios para este trabalho, não é à toa que alto astral se fala quando a pessoa esta leve, bem humorada, e baixo astral quando ela esta triste, cabisbaixa, partindo deste principio, estabeleci que "Carregando Malas" se deve as nossas lembranças, sucessos e insucessos, magoas, rancores, ódios, amores alegrias e tristezas, percebem que muita coisa não se deve colocar nas malas, mas se tivermos que transportar nossa vida para outros lugares vamos levar as coisas mais leves, entende que baixo astral vem de tristeza, uma pessoa quando esta triste esta cabisbaixa pesada, ai então a mala fica pesada, quando você esta alegre esta sempre sorrindo olhando para cima ,seu peito esta inflado e seus pés com a convergência correta, assim sendo se diz, Ah hoje estou me sentindo leve, quando se olha para o chão, encontra-se com coisas que caíram, e quando se olha para cima vemos coisas que estão se elevando,Não é a toa que pessoas tristes dizem estar na "fossa", ja imaginaram como se encontram estas pessoas.

Existem pessoas que insistem em carregar malas pesadas, são capazes de lembrar de tragédias de anos, com a maior riqueza de detalhes, mas não conseguem ver a milímetros de distancia uma flor brotando, não conseguem ouvir uma musica perfeita que leva nossos ouvidos ao êxtase, não conseguem entender que ainda estão vivas, embora torçam para narrar sua própria morte .

Coloque na sua mala muito amor, muita compreensão, muita harmonia, em fim muita alegria, estes sentimentos não pesam nada e nem ocupam lugar, caberá quanto quiser colocar, coloque também fatos enriquecedores que aconteceram em sua vivencia terrena, vocês já perceberam que a pagina de arte de um jornal tem poucas letras e a pagina policial quase tudo que tem é informação negativa escrita?

Pois bem, as coisas boas não precisam de tantas explicações, o bonito é explicito, seja através de um quadro, uma estatua, uma musica um livro ou uma poesia, mas tudo muito leve, você vê entende e se serve daquela arte, já as tragédias são pesadas precisam de explicações, relatos impregnados de sangue, de sofrimento, seja mensageiro de coisas boas, até por inteligência, da menos trabalho relatar um fato positivo.

Informe a seu cérebro só coisas positivas, ai você se sentira mais leve e consequentemente mais feliz.

Quando você insiste em viver uma vida pesada as pessoas que estão a sua volta acabam sofrendo, até fisicamente quando você decide guardar coisas que já não te servem mais, os espaços ficam apertados e consequentemente sua vida se torna mais difícil.

Percebe que sentimentos como ódio, rancor, magoa são pesados e fica difícil carrega-los através dos tempos.

Já a alegria, o sorriso, a felicidade e o amor são leves ,pra cima, não há quem sorri olhando para baixo, o sorriso é franco e espontâneo, e com certeza não ocupa nenhum lugar em suas malas.

Esvazie estas malas que carregastes a vida toda, olhe item por item, veja se aquele pacote de magoas que você guardou todos estes anos ainda tem serventia, veja também se aquela sacola de ódio, que já esta até embolorada, ainda dá para usar, Ah meus amigos, com sinceridade, acho que vais ter que jogar tudo fora, nada ai tem valor, é só peso morto, se possível jogue também estas malas velhas, viva esta vida maravilhosa, seja feliz, a felicidade também não ocupa espaço.

VIDA LONGA

EDSON PAES.

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