Ódio

Foto de doxinho...

Palavras que ferem!

Daqueles cujo domínio próprio não controla
São como bisturi, ferem a aorta contundente.
Provocam grandes terremotos, vítimas fatais
Corações destroem, intrinsecamente.

Armas potentes, machucam, ferem
Envenenadas de puro rancor, deixam feridas.
Golpes premeditados duramente
Fazem sangrar, quando friamente proferidas.

Quem as usa, tem consciência do mal feito.
Geralmente das regras e limites é conhecedor
Porem um prazer mórbido é sentido
Vendo no alvo do ódio, do sangue o sabor.

Ironicamente, não se dão conta os desatentos.
Os mesmos lábios que profetizam mansidão
Pregam o amor, falam de paz e harmonia.
Deixam marcas indeléveis, destroem coração.

Ousam citar de Deus o nome, fria realidade.
E incapazes de perceber espontaneamente
O tronco que lhes atravessa o olho, e os cega.
Apontam o cisco, no olhar do semelhante.

Talvez, em nome de uma vingança infundada.
Quem sabe o coração ferido, seja o argumento.
E para pisar, esmagar e ferir brutalmente.
Só esperam por uma brecha, um momento.

Quantos defeitos soterrados veríamos.
Pudéssemos a alma, em estado bruto sondar,
E remexendo escombros reconheceríamos.
Que apenas Deus tem poder para julgar.

Talvez , com nossos defeitos aparentes.
Pegaríamos à mão a esperar estendida.
E mesmo quando feridos e machucados
Entoaríamos apenas palavras de vida

Autor:Glória salles

Foto de Carmen Lúcia

Castelo Azul

Ali ela vivera os dias mais felizes de sua infância. Acordava cedinho, fazia seu desjejum, um pedacinho de pão e um copo de leite que seu pai guardara para ela, na noite anterior,
beijava os pais e ia para a escola, onde ficava toda a parte da manhã.
Era aluna exemplar, alegre, sorridente, cativante. Aprendia com facilidade, amiga de todos.E todos a amavam.
Apesar das dificuldades, pai desempregado, mãe com problemas de saúde, ela amava a vida.
Chegava da escola e ajudava o pai nos afazeres de casa.Morava num casarão antigo, que mais parecia um esconderijo, em um beco e que ela chamava de “Meu Castelo Azul”, pois assim imaginava que fosse.
Enchia a mãe de cuidados e carinhos, como se fora um bebê.Não sabia ao certo o nome do mal que a atingira, que a fizera ser diferente de todas as mães, mas lhe dispensava um grande amor.Ouviu falar em “ Alzheimer”, mas não sabia o que era, nem conseguia pronunciar tal palavra.
Procurava fazer seu pai sorrir com suas tagarelices e brincadeiras. As tardes eram sagradas para ela.Reunia os amiguinhos e ali mesmo, em frente ao seu castelo azul, tornavam-se personagens de contos de fadas. E os cantos vazios do lugar enchiam-se de risos, de alegria, de vida.Havia princesa e príncipe, rei e rainha, as malvadezas da bruxa má e a bondade da fada-madrinha, com sua varinha de condão.
A velha escadaria do casarão tornava-se luxuosa, com suntuoso tapete vermelho, por onde deveriam passar o rei e a rainha, frutos da imaginação fértil das crianças. À noite, fechada em seu quartinho, sob a paupérrima iluminação de uma lampadinha, relatava em seu precioso diário, os acontecimentos do dia.E vibrava com isso.Guardava- o como a um tesouro.
Hoje, a menina já crescida, sofrida pelas dores da guerra, já não sonha mais.O ódio, a ambição, o desejo desmedido pelo poder,levaram seus sonhos, pisotearam seu coração, destruíram seu “Castelo Azul”,quando seu pequeno mundo foi atingido por uma bomba vinda do céu.
Voltava da escola e ao ouvir o barulho terrível, correu para sua morada...e não achou mais nada, além dos escombros e de algumas pessoas que procuravam resgatar os corpos de seus pais. Entregaram-lhe algo encontrado no meio das ruínas:seu diário.
Tornou-se uma moça linda, porém uma grande tristeza habita seu olhar e uma grande dor, o seu coração.Fora morar com um casal amigo de seus pais, que se compadeceu de sua história.
Consegue abrir um lânguido sorriso, quando à noitinha, abre seu relicário, o grande tesouro que lhe restara, o velho diário e lhe vem a lembrança nítida de seu “Castelo Azul”. Pequena fresta de esperança!

Carmen Lúcia

Foto de Martorano Bathke

DOIS SEGUNDOS

DOIS SEGUNDOS

No primeiro, eterno segundo, acendo a luz e vôo.
Rodopio como um desvairado dervixe, em coreografias cintilantes clareando o etéreo ar noturno, lá vou desbravando e desvirginando a amante terra, resplandeço a liquida esmeralda das águas, embrenho-me nas matas arremeto as montanhas.
No segundo, eterno segundo fico cego.
Minha coreografia não passa de um mergulho rodopiaste como nave abatida. Não posso dançar a dança do acasalamento, a única certeza é de que Deus segura a minha mão.
Minha professora Leda Araújo, pelos tempos idos do primeiro grau, certa vez dentro da sala de aula fez uma analogia do que seria o tempo decorrido de um segundo na eternidade: um rochedo cúbico de sete léguas de aresta, um passarinho de sete em sete anos vem limpar o seu bico, quando o rochedo ficar totalmente gasto se terá passado um segundo da eternidade.
As antigas sociedades secretas egípcias já estudavam a dualidade do ser humano e do universo.
Portanto pirilampo não te desespere, pois para existir o côncavo tem que existir o convexo, para o lado de dentro o lado de fora, para a escuridão a luz, para o ódio o amor.
Só não te esqueces de quando estiver na luz continuar segurando a mão de Deus.
Ronald Martorano Bathke.

*Publicação permitida: desde que conste o nome e e-mail do autor.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"CORAÇÃO PARTIDO"

CORAÇÃO PARTIDO

Se a magoa se faz presente
É porque a felicidade partiu
Se o amor esta ausente
É sinal que o ódio assumiu.

Nesta luta de sentimentos
Só quem sofre é você
Esqueça de vez todos os lamentos
E viva em busca do puro prazer.

Dê amor,
Providencie o perdão
Arranque as marcas do corpo
E purifique o seu coração.

Viva em harmonia
Sempre espalhando o carinho
Pratique a cortesia
E nunca, nunca mais ficaras sozinho.

Foto de Rafael .R. Cardoso

Misto de amor

Amar-te sentir o coração bater mais rápido e mais lento ao mesmo tempo.

É sentir ódio por tanto amor.

É se sentir forte e fraco corajoso e temeroso
Alegre e triste ruim e bondoso.

originado por: Rafael .R. Cardoso.

dedicado a: Tatiana.

Foto de Sonia Delsin

CARREGADOS DE ÓDIO?

CARREGADOS DE ÓDIO?

Tem dias que pensamos, repensamos.
Tornamos a repensar.
Alguém que muito amou é capaz de odiar?
Tem dias que nos perdemos no passado.
Revivemos um tempo dourado.
Tem dias que pensamos que devemos tudo apagar.
A dor de um certo olhar.
Um espelho não pode eternamente guardar.
Tem dias que pensamos que podemos exorcizar.
Um fantasma que vive a nos rodear.
Tem dias que nos asseguramos que o tempo pode aniquilar.
Tem dias que chegamos a duvidar.
Levamos assim a vida a cismar.
Por que o ódio chega aos corações?
Por que nascem e morrem as paixões?
Por que tantas demolições?
Maldições?
Carregados de ódio?
Não.
Apenas ameaçados por um machado.
O machado que impotente está paralisado.
No ar.
Na dor de dois corações que vivem a chorar...

Foto de Cezanne

Amor sombrio...

Nesta vida sombria que vivo, o sangue
Corre em meu coração, levando toda
A felicidade e deixando a destruição.

Nesta vida sombria que vivo,
Não existe amor, carinho, perdão,
Somente as trevas, ódio e rancor.

Nesta vida sombria que vivo,
Eu vejo tristeza, mágoa e angústia
Nos corações dessas almas perdidas.

Afasta-te espírito do mau!
Não agüento mais isto, meu coração
Já está se dilacerando por dentro
E ficando com a aparência negra por fora.

Afasta-te, pois assim já nao posso mais viver!
Tento fugir para outros lugares, mas você me acha.
Tento achar a paz e alegria nos corações de outras pessoas
Mas só encontro a violência na alma e a tristeza.

Arranca meus olhos, pois não quero mais te ver.
Arranca minhas mãos, pois não quero mais te tocar.
Arranca meus braços, pois não quero mais te abraçar.
E, enfim, arranca minha alma, pois nao quero mais te amar.

Pois, assim, não posso mais viver...

Foto de Carmen Vervloet

Rosa Azul

Rosa Azul

Quantas coisas me vêm à mente...
E de uma maneira mais veemente
A triste, a angustiante verdade...
Como é fácil fazer nascer...
Como é árduo fazer florescer
A rosa azul da amizade.

Será que ela não existe?
Será que a erva daninha sempre a sufoca?
Será que é rara nesse mundo triste?
Será que ninguém, com ela, mais se importa?

Mas é linda demais!
Não... Não... Morrer não pode jamais!
Através de séculos e séculos floriu...
À maldade dos homens corajosamente resistiu...
Será que hoje não gostam da sua cor?
Será por isso que destroem a flor?

Tenho vontade de me transformar em fada...
Penetrar dentro de cada coração
Transformar o egoísmo em nada...
Transformar em fraternidade a competição...

Realizar uma verdadeira metamorfose...
Modificar o ódio em amor...
Concretizar a sã gnose...
Do perdão, aumentar a dose...
Para que todos enxerguem a flor.

Colorir complexos com o vermelho da segurança...
Colorir frustrações com o verde da esperança...
Pincelar... Pincelar... Sobre o preto do ódio...
O branco da paz...
Apagar a falsidade que tanto mal faz!

E ver então florescer
A rosa azul da amizade
Desabrochando
Na luz do alvorecer!

Carmen Vervloet

Foto de ek

Despedício

desperdiço tempo, e vida
desperdiço o meu amor, e ódio
desperdiço palavras, e criatividade.
enfim, tenho desperdiçado tudo o que mais prezo,
tenho passado correndo pela vida
desejando a cada amanhecer o anoitecer,
e sonhado toda noite a nova alvorada.
estou tão agarrado a meus sonhos
e de tão desesperado por realiza-los
tenho já esquecido quais eram.
meu amor são meus sonhos, e meu sonho é ti
meu desejo de ter-te, é o meu ódio por ser.
e a cada palavra de meus lábios
é de meu gênio uma lagrima,
palavras não são o que o fantasma diz
seu dizer em pensamento é, idioma divinal
profanado por mim, a cada letra, a cada frase e a cada ato.
e assim prossigo,
agarrado a sonhos que já não sonho,
atravessando apressado uma vida, que não vivo,
exalando meu ódio em forma de amor,
e maltratando o gênio, este fantasma de meu ser
a cada palavra que digo para tentar (te) me entender.

......................E.k............11-12-04

Foto de carlosmustang

O LADO OBSCURO HUMANO

Mais uma varredura cerébral
Imagêns no vidêo, uma foto no jornal
Morte proposital
Terror constitucional

O poder da combustão das máquinas
A intolerância de uma palavra
A morte pré julgada
Fundamentalismo destoado, desse mundo futuro

Como valeria um simples "APERTO DE MÃOS"
Mas o amargo no coração, impede tudo isso
Mais uma lágrima cai, sem perdão

O ódio, a vida sem amor, sem valor
O corpo explode de um modo sagaz
Anunciando o fim da paz...

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