Um dia fui falar com Deus,
Montei-me no meu cavalo alado,
Percorri nuvens e mais nuvens
Até chegar a territórios seus,
Mandou-me entrar, sentiu-me cansado.
E logo me Perguntou “Ao que vens”
Respondi –Lhe prontamente:
“Venho em busca de felicidade
Não só para mim, mas para a minha gente”
Fitou-me nos olhos e Exclamou:
“Felicidade; Paz; Amor; Liberdade
Tudo isso, eu há muito vos dou,
Vós é que não vos contentais
Tendes tudo mas quereis sempre mais”
Fiquei como que petrificado
Não sabia o que Lhe responder,
Ele ao ver-me tão atrapalhado
Disse “Se vós vos preocupásseis em viver”
Pedi licença para me retirar,
Precisava voltar ao meu mundo;
Regressar á minha terra, ao meu lugar,
Precisava falar com as pessoas,
Dizer-lhes que tinha novidades,
Mas mais que isso, que eram boas,
Não, não lhes iria mentir
Somente dizer-lhes as verdades
Que temos andado com medo de ouvir.
Deus deu-nos a paz
Nós fizemos a guerra,
Deus deu-nos o amor,
Nós espalhámos o ódio pela terra,
Deus deu-nos a felicidade
Nós semeámos tristezas,
Deus deu-nos a liberdade
Nós fizemos dos outros presas.
Afinal para que pedimos paz, amor,
Ou até mesmo felicidade e liberdade
Se depois provocamos a dor
Em quem só nos pede a nossa amizade.
Admitamos a grande realidade
Só temos o que semeámos,
Destruímos a liberdade
E este Mundo que herdámos,
Esta é a grande verdade
Destruímos algo que não é nosso
Destruindo o futuro da nossa gente
É o quero, mando e posso,
Destruo quem se coloque na minha frente.
Francisco Ferreira D’Homem Martinho
2007/09/12
Comentários
Olá Francisco
Francisco:
Desculpe tratá-lo assim, se preferir que o trate de outra forma quiera fazer o favor de o dizer.
Francisco há muito tempo que enho lendo os seus trabalhos, de uns tenho gostado mais e de outros menos, como é lógico, mas de uma maneira geral tenho gostado de todos, eu adoro ler poesia, já tentei escrever algumas coisas mas não sai nada de jeito.
Nunca antes me tinha dirigido a si porque o tempo é pouco e também porque prefiro deixar o assunto para oe entendidos, só que este poema tocou-me profundamente, eu vejo o mundo tal e qual com o descreve, uma satisfação colectiva permanente, uma ganancia colectiva permanente, um pisar o outro permanente, não pense que não me incluo no grupo, não, eu sou precisamente igual a toda a gente, razão que me deu ainda mais determinação em felicitá-lo.
Parabéns e gostava de o conhecer pessoalmente, deve ser uma pessoa maravilhosa.
Beijos
Myriam
Ceci/Martinho
Nossa que maravilha esse seu poema Martinho. Fico impressionada
a cada um que leio, pois um é melhor que o outro!
Parabéns
Um abraço
(Ceci)
Olá Ceci_Poeta
Amiga:
É um prazer abrir o site e poder ler um comentário seu aos meus poemas.
Quero pedir-lhe desculpas por não ter postado comentários aos seus, ultimamente, mas ainda estou a recuperar do choque.
É uma dádiva poder contar com a tua amizade.
Beijinhos
Francisco Ferreira D'Homem Martinho
Francisco Ferreira D'Homem Martinho