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Da janela ante aberta do meu quarto
Observo a chuva miudinha que me toca no rosto,
O vento que arrepia a minha pele
Batendo fortemente no meu corpo…
O bailado mortal das folhas,
O cheiro da terra molhada,
Os animais que se refugiam
Assustados com a trovoada…
Cai a noite lentamente,
Sinto a falta do seu brilho habitual,
Nuvens pesadas encobrem
A sua beleza natural…
Decididamente fecho a janela
Procuro o calor dos lençóis,
Meu corpo solitário e frio
Nesta cama repleta de vazio…
Abraço fortemente o travesseiro
Recordando os beijos que trocamos
As vezes que nos amamos…
Pela última vez nesta noite olho a escuridão
Sinto a ausência do teu corpo,
E uma lágrima pequenina e silenciosa
Desliza pelo me rosto….