Eu corro sem pressa
Corro sem pensar em que lugar vou chegar
Eu reparei no céu
Em como é azul
Nas nuvens capuchos imensos de algodão.
Eu corro sem pressa
Corro sem pensar em que lugar vou chegar
Dei valor a tudo que tive
Quando já tinha fugido das minhas mãos
Eu só lembrei que eu precisava ter ali
Quando tudo aquilo estava longe de mim.
Eu hoje sou algum dia bem distante
Amanhã certamente no café um passado constante
O abrir e fechar de portas
Meu peito ao léu
Pedindo suas mau criações de volta.
Correndo para ganhar a vida
Correndo pra ter coisas que nunca vou precisar.
Naquele domingo cinza eu chorei
Espero ainda acordar desse pesadelo
Porque pra mim isso é um pesadelo
Os sentimentos verdadeiros são difíceis de achar
E na tua inocente perseguição
Eu descobri que eu poderia ser feliz
Vá com os deuses do seu mundo próprio e intocável
Vá que eu ficarei bem
Saudades aqui não me ferem mais
Capuchinho de algodão.
11/06/08
Texto dedicado ao meu gatinho que faleceu, sei que parece ridículo, mas, não escolhemos o quê ou a quem amar!
O céu e as nuvens formam um belo cenário
O campo gramado, um lindo tapete
O sol é a luz que ilumina o nosso caminho
A brisa sopra calma, acariciando a nossa pele
As rosas abrem-se perfumando e embelezando nossos passos
Os pássaros cantarolam lindos acordes para nos alegrar
Borboletas flutuam entre as flores
Nossas mãos sempre juntas
Nossos olhos sempre na mesma direção
Não falamos, apenas nos entendemos pelo olhar
O nosso amor nos basta para nos alimentar
A confiança é o bastante para nos entregarmos
Sabemos que nada acontece por acaso
E que amanhã e depois e depois sempre estaremos juntos
E sempre seremos eternos namorados...
Tem dias que a gente queria mais...
Falar mais as pessoas que amamos
Calar mais nos momentos difíceis
Sorrir mais com alguns amigos.
Tem dias que a gente queria mais...
Estar mais perto dos nossos filhos
Dar mais atenção aos nossos pais
E a gente quer mais tempo...
Mais tempo pra olhar o sol
Mais tempo pra desvendar as nuvens
Mais tempo pra se molhar na chuva
Mais tempo pra olhar a lua...
E a gente descobre que esperou demais
Pra realizar tudo isso.
VÔO DAS GAIVOTAS
:
:
:
Qual gaivota distante a voar.
Vestes brancas à brilhar ao sol.
Rasgam nuvens voando lindamente.
Enfeitando o céu da cor do mar.
Meu olhar perdido na distância está.
Meus pensamentos voam
como as gaivotas no ar.
Num vai e vem feito o infinito.
As ondas espumosas
quebram na praia.
Trazendo a areia fina
para meus pés beijar.
Ouço a canção do mar.
Canto de beleza e mistério.
Como o canto das sereias.
As ondas continuam a
dançar sobre o mar.
Mas são ondas diferentes à
espalhar a areia do mar.
Enquanto meus pensamentos,
não mudam, são os mesmo
à voar pelo céu.
Distante de você só consigo,
navegar nos meus pensamentos.
Fecho meus olhos e flutuo,
feito as nuvens do céu.
E no doce vôo das gaivotas me perco.
Na imensidão do céu e do mar.
Represarei meus pensamentos,
Para que em mim se reflitam
As estrelas da noite
E as luzes da manhã...
Deixarei de correr entre campos e gargantas
Para sentir a carícia do vento
E refletir em minhas águas
Os píncaros nevados da montanha.
Represarei meus pensamentos
Para fixar o vôo dos pássaros,
A marcha das nuvens,
E o degelo das neves.
Deixarei de correr por vales e gargantas,
Se, na tranqüilidade de minhas águas,
Houver o espelho nítido e profundo
Onde se reflita o gesto de tuas mãos
E a graça do teu rosto.
Então adormecerei no fundo de mim mesmo
E sobre meus olhos abertos para a eternidade,
Os peixes vindos da noite
Tecerão filigranas indecifráveis,
Com o reflexo das escamas feitas de lua e sonho...
No tilintar de um anjo serafim
ouvi tua voz à chamar por mim
como uma suave e terna melodia
bela paisagem ao amanhecer parecia
sussurros de ti em meu corpo e meus ouvidos
lançando-me à flutuar na imensidão do infinito
vibrando-me em labaredas de fogo incontidos
ao sopro do vento em telepatia somos intuídos
E, por ti viajo por mares em nuvens de algodão
recitamos juntos poesias em versos manuscritos
danço contigo enlaçados na lua e seu clarão
junção de almas errantes em amores em conflitos
em momentos de outrora buscamos juntos inspiração
num álbum de fotografias resíduos da paixão (Lu Lena)
CARÍCIAS NA’ALMA
Puxa você é minha alegria em pessoa,
Feliz foi o dia do encontro em poesias,
No duelo de trovas e que agora ressoa
Em minh'alma como notas que extasia
E que desde cedo muito me emociona
Como uma sentida e bela melodia
Que nasce nos céus e em mim entona
Como águas da cisterna de carícias
Que são teus versos em que me abençoa
Como um anjo que vem das galáxias
E que em círculos o meu coração revoa
E deixa marcado o beijo sem malícias
Sincero de uma grande e bela amiga
Que me encanta com tanta delícia. (Dirceu Marcelino)
Ser feliz,
É esta alegria incontrolável que abala o coração.
É um querer e não querer,
É um entregar a alma ao destino.
Ser feliz,
É amar mais que a vida,
É viver mais que o sonho,
É adormecer e nunca acordar.
Ser feliz,
É esta calma que já não sai da alma
É este estado de entorpecimento,
Como se a vida fosse uma eterna fantasia,
E a realidade não existisse.
Ser feliz,
É andar nas nuvens,
É este despertar sem estar desperto.
É o medo da perda.
É o sofrimento do que nunca foi vivido.
Ser feliz,
É nos perdermos em nós,
E nos encontrarmos no outro.
Ser feliz,
É viver a vida, como se não existisse amanhã
É entregar a nossa alma,
Sem a esperar de volta.
Isto é ser Feliz.
Um despertar sem adormecer.