Estou aqui só,
E só vejo-me quando só.
O bater em meu peito,
É sombra de uns momentos,
É sopro de meu próprio vento,
É o passar dos ponteiros,
É o nada que o hoje é.
Tomo esse café amargo,
Como o gosto de meus atos.
A agonia de não ser que me resseca,
Inundo com essa água carbonizada.
Nessa calçada fria em meio a multidão,
Por minha alma só estreita a solidão.
Numa Porto Alegre úmida,
Rogo meus planos de vida,
Procuro um voltar sem ida.
Queria um gritar profundo,
Mas tenho esse pincel ao fundo,
Que num risco faz cantar o mundo .
Uma gota de cafeina corre a borda,
Espalhando-se sobre a letra.
Um guardanapo de papel amasado,
Por onde um sonho entra apressado.
Desmanchou pela beirada,
Machucou a palavra errada,
Desfez-se delicadamente em nada.
Um observar calmo me tomou,
Reinventando o que passou.
Riscando de forma banal,
Aquele rumo envolvente.
Essa poesia latente,
Me toma viceralmente.
Um veneno de coral,
Desce incandecentemente.
Entorpece a mente,
Corre as veias
Escoa em som!
Quando passavas na rua
Ficava alguns segundos te admirando
Desejando, querendo-te
Até que sumias no meio da multidão
Então despertava com os sons vindo da rua
A noite vinha a lembrança da Tua presença
Tentava adivinhar tua feições
Imaginanava qual seu nome, onde moravas
O que fazias, até adormecer suavemente
No dia seguinte, no mesmo horário
Lá me encontrava no mesmo lugar da véspera
Na esperança de encontrá-la
Vê-la por alguns segundos
Quando passavas meu coração palpitava
A transpiração se agitava
Minhas mãos transpiravam
Meus olhos piscavam ligeiros
Até que um dia procurei qualquer pretexto
Para falar-te, saber de você
Dizer da minha afeição e encanto por ti
Dos dias contados que a via passar
Mas decepção... naquele dia não estava sozinha
Um moço te acompanhava
Vi-os se beijando, sorrindo
Só então notei a aliança no teu dedo
Os versos que trazia no bolso mudei
Cravando-os numa placa:
Aqui diariamente passava uma borboleta
Que enfeitiçavam meus olhos com suas cores
Hoje passa uma lagarta carregada por um pardal
Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved
####
###
##
#
Meus pés já não sabem onde me levar.
Meus braços impulsionados querem te alcançar.
Meus olhos perdido meio multidão.
Procurando sua presença em vão.
Parece um grito solto no ar.
Preciso logo o seu ser encontrar.
Preciso de você como preciso do ar.
Sua falta me faz sufocar, delirar!
O coração bate a todo o momento.
Preciso de você para acabar esse sofrimento.
Minha vida já não faz sentido
Sem você e seu belo sorriso.
Parece-me que tudo me foge das mãos.
Sem tua presença, para sustentar meu coração.
Isso é abstinência não tem cura!
Tentei ficar longe de ti
Mas nosso amor é loucura!
Volte! Venha matar meu vício.
Essa abstinência que não é capricho.
Preciso de você como alimento.
Para acabar com esse tormento.
Queria saber por onde anda você?
E acabar com essa abstinência.
Que me leva a enlouquecer!
*
*
*
*
O destino me trouxe dores, mágoas
Feito um manto negro, cobriu
o vermelho do meu coração
Pensamentos vagando...
O nada diante de mim
O tudo tão distante
Não seguro...te deixo partir.
A solidão, aquela constante
Num coração consumido em tristeza
que eu permitir conhecer
Me perdi entre aflições e incertezas.
Caminho sobre o fio da navalha
numa escuridão atrevida
Angustia e sofrimento
Sozinha em meio à multidão.
Corri, caí,chorei, levantei...
Sobrevivo!
**Rozeli**
Meu anjo pra que sofrer
Você é meu anjo do amor
Que me leva à paixão,
E me faz delirar de tanta tesão,
me enche de amor
e me faz pairar no teu mar de ilusão...
Você é o anjo da minha vida !!!
Minha razão de viver
Minha eterna paixão...
Anjo, nunca quero me afastar de você...
**Von**
Enviado por Carmen Lúcia em Sáb, 13/09/2008 - 20:26
Cala-te, poeta!
Teus sonhos altruístas e liberais,
Ameaçam os meus, consumistas e colossais;
Tuas atitudes certas imbuem-se de gritos de alerta
Às minhas, duvidosas e incorretas...
Teus vôos inusitados e abrangentes
Podem estimular muita gente
A quebrar correntes...Liberdade aparente!
Vôos incoerentes a uma inverdade existente.
A luz que irradias, ameaça clarear caminhos,
Que quero manter em vão...na escuridão.
Tua essência põe em risco toda a abordagem da embalagem,
Roubando-me a prepotência, a persistência...
O teu lirismo contagiante carrega multidão adiante,
Mudando seu pensar...
E eu não quero vê-la dissipar.
Tua poesia é como um escudo salvador,
Livrando-te a alma do poder avassalador...
Tua sensibilidade me acovarda, me amedronta
Ao quebrar o gelo da sociedade que me afronta...
Teus anseios pelo fim das desigualdades
Ferem meu egocentrismo, minha vaidade...
Enfim, cala-te, poeta!
Não destruas meus castelos construídos
Pelo suor, sangue e dor
De um povo pacato e sonhador!
Cantos cativantes entre os muros da cidade,
Tochas ardentes iluminando as ruas escuras
Nos seus encantos que me dilaceram a alma
Nesta noite de sonhos e calor avassalador
Musica, alegria e amor juntos nesta multidão,
Uma mistura exuberante de insistente torpor
Entre as sedas, cetim, laços e véus sem fim,
Faces escondidas trás enigmas e mascaras
Leques abertos, mistérios detrás do disfarce,
Velando labios fugosos em santa alucinação,
Fascinação no olhar... um convite ao enlace
No antro de sedução desta noite venesiana
Meus olhos perdidos, respirando, fascinados
Sob o feitiço da musica desta surda ousadia
Envolvendo-me em sua atordoante magia e,
A tua subíta presença se insinuando em mim
"Anima mia"... um sussuro leve, arrebatador,
Boca atrevida movendo-se em sutil lentidão,
Me alucinando e liberando esse louco ardor
Causado por tuas mãos sob o fogo da seda
Tua enigma desmedida... perdida em mim e
tua voz sussurando-me mil delírios sem fim,
Mãos e bocas implorando por beijos, desejos
Unindo nossos corpos nos laços da sedução
Noites destemidas, madrugadas clandestinas
Disfarçando paixões... amarrando corações,
Tua mão presa na minha, correndo nas ruas,
Sem qualquer sentido, saciando nosso amor
Eu e Tu, perdidos na madrugada Venesiana,
Unidos neste louco torpor de almas saciadas
Ao som de uma suave melodia napolitana...
Venesia, uma cidade de encantos... com seu carnaval e "Bal de Venise" donde sonhos do passado renascem entre cetims, cedas, rendas e cores vivídas, no pleno desejo prestes a ser vivido e vivenciado...
Enviado por CarmenCecilia em Ter, 09/09/2008 - 23:17
CarmenCecilia
Querido colega Edu!
Muito obrigada por tuas palavras carinhosas...e Parabéns pelo dia de hoje...rsrs
PS: TE AGUARDO EM CADA PALMO DESSE CHÃO DA FAZENDA SÃO JOÃO...RSRS
LEMBRA DISSO?
9 DE SETEMBRO – DIA DO MÉDICO VETERINÁRIO
Pensando bem...
Ser Veterinário não é só cuidar de animais.
É sobretudo amá-los não ficando somente nos padrões éticos de uma Ciência Médica.
Ser Veterinário é acreditar na imortalidade da natureza e querer preservá-la sempre mais bela.
Ser Veterinário é ouvir miados, mugidos, balidos, relinchos e latidos, mas principalmente entendê-los e amenizá-los.
É gostar de terra molhada, de mato fechado, de luas e chuvas.
Ser Veterinário é não se importar se os animais pensam, mas sim, se sofrem.
É dedicar parte de seu ser à arte de salvar suas vidas.
Ser Veterinário é aproximar-se de instintos.
É perder medos.
É ganhar amigos de pêlos e penas, que jamais irão decepcioná-lo.
Ser Veterinário é ter ódio de gaiolas, jaulas e correntes.
É perder tempo apreciando rebanhos e vôos de gaivotas.
É permanecer descobrindo, através dos animais, a si mesmo.
Ser Veterinário é ser o único capaz de entender rabos abanando, arranhões carinhosos e mordidas de afeto.
É sentir cheiro de pêlo molhado, cheiro de almofada com essência de gato, cheiro de baias, de curral de esterco.
Ser Veterinário é ter coragem de penetrar em um mundo diferente e ser igual.
É ter a capacidade de compreender gratidões mudas, mas, sem dúvida alguma, as únicas sinceras.
É adivinhar olhares, é lembrar de seu tempo de criança, é querer levar para casa todos os cães vadios sem dono.
Ser Veterinário é conviver lado a lado com ensinamentos profundos sobre o amor e a vida.
"Todos podemos nos formar em Veterinária, mas nem todos nós seremos Veterinários".
Você o que é?
CFMV
PS: NÃO DEU TEMPO DE FAZER NENHUM VÍDEO SOBRE NÓS...ENTÃO VAI UMA HISTÓRIA DE UM CAVALO MUITO CORAJOSO QUE MORREU NAS PISTAS...
CORCEL NEGRO
Lá vem ele pelas pradarias todo garboso
Cavalgando com seu ar soberano e majestoso
Pelo lustroso como veludo negro
No seu trote ligeiro.
Com seus olhos grandes e vivos...Todo sacudido...
Pescoço musculoso e bem dirigido
Peito amplo e profundo e o dorso prolongando-se com a garupa
Sempre é o líder do seu grupo!
Tendões de aço! Aprumos excelentes! Um reprodutor!
Ciente da sua ascendência.
Já se vê na sua prole a procedência
Sabe da sua compleição. Perfeição!
No haras detém o controle do seu harém.
E com tudo tem extrema habilidade.
É o rei do hipódromo...O de maior agilidade
Marcha elegantemente e segue sempre na frente
E lá vem o dia!
Do momento em que Prelúdio
Disputa o grande premio
Para ele nunca tem páreo
O treinador o preparou com exímia dedicação
E ele aluno aplicado, devotado
Nada teme e por todos é reverenciado
O jóquei segreda as últimas instruções
“Somos eu e você campeão”
É dada a largada!
E lá vai ele em disparada
Mas na última virada,
A meio corpo da chegada...
Um golpe traiçoeiro leva-o ao chão
Toda a arquibancada levanta-se então
Com o coração na mão!
Prelúdio campeão! Não vá embora não!
Mas o corcel negro na cabeça foi atingido
Aturdido meio que perdido
Em meio a poça de sangue.
Despede-se da multidão
Os anos passaram e Prelúdio virou lenda!
Em toda roda lembram da sua contenda
Das suas façanhas, seus inúmeros troféus
E dizem deve estar no céu!
Eu aqui fico calado
Com um nó na garganta e amargurado
Uma lágrima de saudade brota...
Dou meia volta e vou embora com minha revolta.
Em noites de lua cheia...
Uma brisa me toca o rosto
Volto-me para a colina meio que a contra gosto.
Onde pareço ouvir seu relinchar e ver seu vulto
E cheio de emoção
Ouço bem baixinho
Não fique assim não peão
Vim aqui só pra te avisar e sossegar
Pois um dia a gente vai se encontrar!
Sou apenas uma mulher que ama
Que se olha no espelho sem medo
E se preciso, chora... Porque chorar
também é bonito, é humano.
Sou um grão de areia diante da multidão,
Mas que deseja trilhar todo o caminho
com força e coração...
Feito toda mulher, gosto de arrumar os cabelos,
andar de salto, combinar bolsa e sapato
usar batom... Mas prefiro que olhem minha alma
O que há na essência diz bem mais que a aparência...
Sou apenas uma mulher como tantas...
Sonhadoras, guerreiras, delicadas e feras.
Mulher que gesta a vida a todo instante.
E nesse mundo de tantas inovações,
Ainda sonha a vida como se fosse uma poesia.
Que faço eu com este monte de milhões...
Que faço eu nesta mansão sozinho...
Que faço com este monte de puxa sacos...
Que faço eu com com este monte de desatinos!!!
Por onde ando de cabeça erguida sinto vontade de correr...
Por onde ando minha historia me persegue...
Por onde ando testemunhas do meu pouco envolver...
Por onde ando não há cidadão que não me negue!!!
Atos e atitudes de descaso...
Gestos e proferimentos de superioridade...
Na solidão de meus pensamentos sou eu quem cai...
Na multidão de insatisfeitos da minha indignidade!!!
Sou sim escória deste sistema...
Sou sim um verme da Nação...
Esta Nação que me sustenta...
E eu tão desavergonhadamente lhe mordo a mão!!!
Esta não é tão somente a minha vida...
É a historia de todo político Brasileiro...
Onde a corrupção e o crime têm guarida...
E ser chamado de desonesto é até lisonjeiro!!!
E a este povo eu dou um conselho...
Não votem em ninguém...
Anulem o voto ou partam pro estrangeiro...
Político neste Pais não vale um vintém!!!