Quando passavas na rua
Ficava alguns segundos te admirando
Desejando, querendo-te
Até que sumias no meio da multidão
Então despertava com os sons vindo da rua
A noite vinha a lembrança da Tua presença
Tentava adivinhar tua feições
Imaginanava qual seu nome, onde moravas
O que fazias, até adormecer suavemente
No dia seguinte, no mesmo horário
Lá me encontrava no mesmo lugar da véspera
Na esperança de encontrá-la
Vê-la por alguns segundos
Quando passavas meu coração palpitava
A transpiração se agitava
Minhas mãos transpiravam
Meus olhos piscavam ligeiros
Até que um dia procurei qualquer pretexto
Para falar-te, saber de você
Dizer da minha afeição e encanto por ti
Dos dias contados que a via passar
Mas decepção... naquele dia não estava sozinha
Um moço te acompanhava
Vi-os se beijando, sorrindo
Só então notei a aliança no teu dedo
Os versos que trazia no bolso mudei
Cravando-os numa placa:
Aqui diariamente passava uma borboleta
Que enfeitiçavam meus olhos com suas cores
Hoje passa uma lagarta carregada por um pardal
Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved
Comentários
Anna/Dennel
Ola Dennel.
Andou sumido.
Senti sua falta por aqui.
Seus escritos continuam otimos como sempre.
Votei nos outros mas esse em especial vim comenta-lo.
Senti amor como desilusão nele.
o final é forte ,heinn!
De uma borboleta passou a ser uma largata....Ai!!!
Isso é magoa!
Mas entendi você.
Abraços
Anna A FLOR DE LIS