somenos de palavras encravadas na epiglote,
desmancho um pedaço de silêncio para lavar o estreito,
porque o silêncio,
a falta de menoridades, engasga,....
soluço de pasmo com o que não dizer,
com o que não falar,
com o que se poderá sentir,...
ladeiras suadas que escalo só,
só para murmurar presente,...
nuvens climatizadas,
poros de sorvimentos divinos
que tombam sobre a terra,
não chegam para levar de mim
o afago de dizer nada,
para nada sentir,
para tudo reviver,....
serei primazia de sofrimento
pré-determinado?,
e o que me olha desconfiado
enquanto rebato,
retardo,
reaproximo a vida da cútis que me arde?,
já vejo mulheres a romancear
com insultos,
crianças que pedincham ao verbo
por doces e tempo solto com a vida,...
a vida desmente-me dogmas,
diz-me que de tempo a restar
será o sufoco que sinto,...
e porque não menos que muito,
sempre foi o que aspirei,
silêncio,
rendo-me à música solene
dos despejados de espírito.....